Switch Mode
Participe do nosso grupo no Telegram https://t.me/+hWBjSu3JuOE2NDQx

Damn Reincarnation – Capítulo 399

Um Sonho (5)

Eugene abriu os olhos.

A primeira coisa que ele viu foi o rosto de Noir, que estava pressionado bem perto do seu nariz. Ela também deveria ter acabado de acordar como Eugene, mas não, parecia que ela provavelmente nem tinha dormido em primeiro lugar.

— Sai de perto! — Eugene rosnou, empurrando a cadeira para trás com uma expressão de nojo.

Noir, que estava saboreando estar perto o suficiente para sentir a respiração de Eugene em sua pele, clicou a língua desapontada e disse:

— Teria sido tão romântico se você tivesse se inclinado para a frente de surpresa e nossos lábios coincidentemente se tocassem.

Ela se aproximou tanto dele porque esperava explicitamente que algo assim acontecesse. Se tudo o que Noir queria fosse um beijo, ela poderia ter feito isso quando quisesse enquanto Eugene ainda estava preso dentro do sonho, mas esse não era o tipo de flerte que Noir preferia.

Eugene lançou um olhar furioso para Noir, que estava lambendo os lábios distraidamente, e olhou para o céu. Embora parecesse que eles tinham estado dentro do sonho por um bom tempo, não parecia que muito tempo havia passado na realidade.

Música tocava no salão de banquetes abaixo, como se as pessoas reunidas quisessem animar o clima reprimido. No entanto, os sons usuais de alegria que deveriam ser ouvidos em um banquete estavam ausentes. Todos no banquete ainda estavam distraídos com o pensamento de Eugene e Noir estarem juntos enquanto subiam a torre para terem alguma privacidade.

Depois de lançar um olhar furioso para Noir por mais alguns momentos, Eugene soltou um suspiro frustrado e começou a coçar a cabeça irritado.

— Eu estava certa, não estava? — Noir perguntou com um sorriso brilhante antes de continuar a falar. — Eu disse que você se arrependeria se escolhesse não ver. E eu estava certa?

Eugene apenas ficou em silêncio.

Noir sorriu.

— Hehe, sem chance, Hamel. Pode ser que você esteja se recusando a responder porque isso feriria seu orgulho? Eu realmente gosto de como você tem uma personalidade assim. Devo chamar isso de um dos seus encantos inesperados? É bastante fofo.

— Você não vai embora? — Eugene mal conseguiu moer as palavras, mesmo enquanto seu interior fervia de raiva.

Noir sorriu enquanto se levantava.

— Para tornar nossas memórias de hoje ainda mais bonitas, que tal irmos lá para baixo e darmos uma volta na pista de dança?

Em vez de responder, Eugene apenas levantou o dedo do meio. Enquanto olhava curiosamente para o dedo longo e áspero de Eugene, Noir se inclinou para trás contra a grade.

Noir sorriu.

— Seus dedos são bem longos…

— Pare por aí! — Eugene latiu.

— Tudo bem, tudo bem. Não é como se você fosse uma criança, então não sei por que reage tão puritano a coisas assim. — Noir reclamou enquanto inclinava a cabeça para o lado e olhava para baixo do terraço.

Seus olhos encontraram os olhares daqueles que a observavam no salão de banquetes abaixo.

Após perceber alguns olhares especialmente ferozes de Sienna, Kristina e Ciel, Noir sorriu.

— Apesar de agir tão inocente e fingir não se importar com essas coisas… parece que você ainda é apenas um homem, não é?

— O que você quer dizer com isso? — Eugene exigiu.

— Apenas contando as mulheres que consigo ver agora, você já enfeitiçou três delas. — Noir acusou. — Embora hmm, de fato, com sua aparência e habilidades… três não é tão grande coisa, não é? Se você somar todas as jovens que estão interessadas em você, poderíamos alinhá-las da propriedade Lionheart até a capital de Kiehl.

Não havia nenhum sentimento de ciúmes em sua voz. Noir não tinha a menor dúvida de que o relacionamento entre ela e Eugene tinha que ser o mais sincero, profundo e romântico que Eugene teria.

O deles era um relacionamento mais apaixonado e fiel do que a típica história de amor. Amantes comuns só podiam experimentar um relacionamento limitado a uma única vida, mas Noir compartilhava com Eugene um vínculo e um destino que literalmente duravam além da sepultura.

— Dançar, hmm… — Noir murmurou para si mesma.

Agora que ela pensava sobre isso, seu desejo de dançar com Eugene, de mãos dadas, no salão de banquetes, parecia bastante trivial. Se eles realmente acabassem dançando juntos, tinha que ser o tipo de evento que a faria feliz sempre que pensasse de volta no futuro — enquanto também sendo uma memória angustiante que lhe traria dor depois de experimentar sua perda.

— Dancemos na próxima vez. — Noir decidiu firmemente. — Afinal, isso não é um palco montado apenas para nós dois.

Para uma ocasião tão monumental, ela não queria ter sua ‘primeira’ em um lugar como este. Embora fosse, de certa forma, um salão de banquetes luxuosamente decorado, ficava muito aquém dos padrões de Noir.

Com uma risada, Noir desdobrou suas asas pretas, parecidas com as de um morcego.

— Se decidir vir à minha cidade apenas para se divertir em vez de me matar, farei questão de lhe dar as boas-vindas sinceramente.

Noir acenou gentilmente para Eugene enquanto levantava voo.

Sem se levantar de sua cadeira, Eugene lançou um olhar furioso para Noir enquanto ela voava para cima. Noir subiu até o teto, que fora encantado para se parecer com o céu noturno, e passou facilmente pela estrutura física antes de desaparecer.

— Haaah. — Eugene soltou um longo suspiro assim que teve certeza de que Noir tinha realmente ido embora.

Ao inclinar sua cadeira para trás nos pés traseiros, a testa de Eugene se franzia em pensamento.

“Ela é ainda mais monstruosa do que eu pensava”, Eugene admitiu para si mesmo.

A Rainha dos Demônios da Noite, Noir Giabella; mesmo trezentos anos atrás, aquela mulher já poderia ser contada como um dos poucos demônios de alto escalão que eram os mais fortes de todos os demônios, além dos Reis Demônios. Mas agora — ela acumulou força o suficiente para não precisar mais excluir os Reis Demônios.

Durante as poucas vezes em que ele a encontrou no passado, Eugene já havia sido capaz de sentir a força de Noir e o quão alta era sua classificação. No entanto, esta foi a primeira vez que ele experimentou adequadamente a habilidade de Noir.

O sonho que ele acabara de ver era incrivelmente realista, tanto que teria sido impossível para ele perceber que era um sonho se não soubesse desde o início. No sonho, não foi apenas Noir que serviu como o centro do sonho, que parecia vividamente real; tudo o que ela tinha visto e experimentado também parecia genuíno.

“Apenas em uma comparação básica, ela é muito mais forte do que Iris”, Eugene julgou.

Poderosa o suficiente para fazer até Raizakia parecer insignificante. Mesmo que Iris aparecesse na frente dela como a nova Rainha Demônio da Fúria, Noir ainda poderia olhar para ela com desprezo.

Eugene franziu a testa, “Apenas em termos de seu poder negro, ela já ultrapassou muito o nível de um Rei Demônio comum. Já que aquela vadia louca não tomou nenhuma precaução, eu consegui manter minha consciência, mas….”

Em uma luta em que ambos estivessem genuinamente determinados a se matar, Eugene ainda seria capaz de permanecer consciente?

Noir era um monstro que poderia transformar até mesmo uma sonolência passageira em um sono sem fim com apenas um toque. Mesmo que fosse apenas por um piscar de olhos, se Eugene adormecesse, sua consciência poderia ser arrastada para um sonho interminável. O que era ainda mais horrível era que o uso de Noir do Hipnotismo e Encantamento que ela lançava através do Olho Demoníaco da Fantasia poderia realmente mirar mais de uma pessoa ao mesmo tempo.

Portanto, mesmo que você liderasse um exército de soldados que contasse centenas de milhares, tudo seria insignificante diante da Rainha dos Demônios da Noite. Isso já havia sido comprovado no passado distante, durante a era da guerra, quando Noir facilmente liderou um grande exército, totalizando trinta mil no total, para a floresta antes de afogá-los.

Agora que ela se tornou incomparavelmente mais forte do que era naquela época… não importa quantos soldados fossem levados contra ela, todos seriam aniquilados no momento em que entrassem no campo de visão de Noir.

Eugene suspirou, “Pelo menos há algumas boas notícias… Eu sou capaz de resistir.”

Mas e quanto a Sienna e Anise? Trezentos anos atrás, elas haviam sofrido muito por causa de Noir, mas ainda haviam sido capazes de mostrar alguma resistência à habilidade desde o início.

Seria possível agora? As condições não eram exatamente as mesmas. A Noir do passado era mais fraca do que ela é agora, e ela não havia sido capaz de usar o Olho Demoníaco em alguém parado bem na frente dela. Ela sempre mirava feroz e persistentemente no momento em que Eugene e seus camaradas eram forçados a fazer pequenos descansos, exaustos de sua jornada pelo Domínio Demoníaco.

Em outras palavras, Sienna e Anise nunca haviam sido submetidas a um lançamento ‘direto’ do Olho Demoníaco.

“A razão pela qual pude resistir deve ser a pequena quantidade de divindade que possuo. E isso só vai ficar mais forte com o tempo”, Eugene percebeu.

Quanto mais adoração ele recebesse, mais forte sua divindade cresceria. Eugene levou esse fato como um pequeno consolo e soltou um suspiro profundo.

No final, era como Noir havia dito. Se Eugene e Noir lutassem, então provavelmente — não — quase com certeza, Noir venceria. Nem mesmo Eugene poderia determinar qualquer possibilidade de vitória em uma batalha contra um demônio tão ridiculamente forte.

Enquanto Eugene estava perdido em pensamentos, seu rosto se retorceu em um olhar carrancudo, a música continuava a subir em direção a ele do salão de banquetes abaixo. Embora todos tivessem visto Noir deixar o salão de banquetes, isso não significava que eles pudessem simplesmente retomar o banquete como se nada tivesse acontecido. Isso porque Eugene, que poderia ser considerado o protagonista deste banquete, ainda permanecia isolado lá em cima na torre.

— O que é essa expressão? — Sienna perguntou quando saiu para o terraço, tendo ido procurar Eugene pessoalmente depois que ele não retornou prontamente. — Aquela vadia, Noir, fez alguma coisa perturbadora com você?

— Eu te contarei mais tarde. — Prometeu Eugene enquanto suavizava sua expressão.

Vermouth estava em Ravesta. Essa informação não era algo que Eugene manteria para si. Ele precisava compartilhar essa notícia com suas companheiras Sienna, Kristina e Anise. Mas mesmo assim, ele não poderia apenas informá-las imediatamente.

Este banquete luxuosamente decorado poderia ser descrito como a conclusão da comemoração festiva triunfal do Herói, Eugene Lionheart, primeira derrota de um Rei Demônio. O clima ali já havia sido esfriado pela intrusão repentina dos demônios. Se Eugene baixasse ainda mais o humor, este banquete estaria arruinado.

“Não podemos deixar isso acontecer”, Eugene decidiu.

Pelo bem dos convidados que foram até ali — ou melhor, para evitar qualquer dano ao seu respeito pelo Herói — Eugene teria que retornar ao banquete com um sorriso calmo no rosto.

— Hmm… — Sienna franziu os lábios enquanto examinava a expressão de Eugene, então entregou a Eugene uma taça de champanhe que segurava em uma mão. — Não há como você ter feito algo que não pode falar com aquela vadia, certo?

— Então até você vai insinuar coisas estranhas assim? — Eugene resmungou enquanto aceitava a bebida.

Embora não fosse uma bebida geralmente destinada a ser engolida de um só gole, ele despejou o champanhe pela garganta para acalmar seu estômago perturbado.

Em vez de continuar a fazer mais perguntas, Sienna riu.

— Se você está se sentindo melhor, meu discípulo, então vamos descer juntos.

Eugene sorriu.

— Algo parece estranho quando você usa esse tipo de tom comigo…

Depois de trocar algumas palavras descontraídas entre si, Eugene e Sienna desceram juntos para o salão de banquetes.

Eugene podia sentir olhares seguindo cada um de seus movimentos. Embora todos parecessem curiosos sobre que tipo de conversa poderia ter acontecido entre Eugene e Noir, ninguém estava disposto a perguntar diretamente.

— Por acaso, você conseguiu descobrir de qual marca era aquele biquini?

A única que faria uma pergunta desse tipo sem se importar com a atenção que atrairia era Melkith.

Não era apenas uma piada para aliviar o clima ainda tenso. Quando se tratava de escolhas de moda não convencionais, Melkith nunca havia sido superada, mas no banquete de hoje, ela havia sido completamente dominada por Noir.

No entanto, a aparência de Noir havia sido tão não convencional, mas também tão bonita, que Melkith não teve escolha senão reconhecer sua derrota. Assim, Melkith decidiu prestar seus respeitos a Noir, independentemente do fato de que esta última era um demônio, e estava genuinamente curiosa sobre a origem do biquíni que Noir usava.

— Como diabos eu saberia disso? — Eugene amaldiçoou.

Melkith fez beicinho.

— Você… Não importa o quê, você não acha que é demais me xingar assim, meu irmão mais novo? No passado, você sempre me tratou com respeito me chamando de irmã mais velha Melkith, mas agora que você ficou convencido por todas as pessoas que te chamam de herói, você ousa me xingar assim?

Eugene protestou.

— Quando eu já te chamei de irmã mais velha, Senhora Melkith?

Melkith fungou.

— Seja como for, suas palavras realmente me entristeceram. Como tal, exijo que você me empreste a Wynnyd.

— Você ainda não desistiu disso? — Eugene suspirou.

— Desistir? As palavras ‘desistir’ não existem no meu dicionário, Melkith El-Hayah. Honestamente, Eugene, até na sua opinião, ele está indo longe demais, não é? Não, pense sobre isso. Três dos Reis Espíritos já me aceitaram. O Rei Espírito do Relâmpago, o Rei Espírito da Terra e o Rei Espírito do Fogo estão todos satisfeitos, contentes e felizes por terem assinado um contrato comigo. Então, por que é apenas Tempest quem continua se recusando? Isso não significa que Tempest é o estranho? Você entende o que estou dizendo, certo? — Melkith despejou essa torrente de palavras sem pausar para respirar.

Embora pudesse ser a força de Melkith temporariamente superando sua razão, quando ele pensava logicamente sobre isso, Eugene tinha que admitir que as palavras de Melkith estavam corretas. Mesmo que ela não fosse a pessoa mais normal, era verdade que Melkith era uma invocadora de espíritos sem precedentes, que havia conseguido fazer um contrato com três Reis Espíritos.

E olhando para como os Reis Espíritos reagiram às ações tolas de Melkith de volta ao porto e o fato de não terem se oposto quando ela usou seu feitiço de assinatura, Combinação de Espíritos, apenas para desfilar no desfile… também parecia ser verdade que os Reis Espíritos estavam satisfeitos com seus contratos com Melkith.

[Espera, Hamel, há um problema com a base dessa opinião. Uma vez que eles já fizeram um contrato, não é natural para eles seguir as solicitações de sua invocadora de espíritos? E também, embora eu não tenha certeza sobre Terra e Relâmpago, sabemos que o Rei Espírito do Fogo não assinou um contrato com Melkith El-Hayah porque a aprovou. Ele só assinou um contrato depois que Melkith provou sua determinação em evitar o nascimento de um novo Rei Demônio,] a voz de Tempest falou urgentemente na cabeça de Eugene.

Como ambos os lados tinham um ponto, Eugene concordou com a majestade grave de um austero Juiz da Suprema Corte e pronunciou.

— Se é assim que a Senhora Melkith se sente, estou disposto a lhe emprestar Wynnyd por algum tempo, sujeito a certas condições.

Tempest soltou um rugido, [Hamel! Você perdeu o juízo? Além disso, Wynnyd não pertence a você. É um tesouro do clã Lionheart! Isso significa que Vermouth a confiou à proteção do clã! Seria absurdo você emprestá-la a alguém por sua própria vontade!]

Pensando nisso, Tempest também tinha um ponto. Na época em que estava estudando no exterior em Aroth, Eugene teve que obter a garantia de Carmen e dos Cavaleiros Leão Negro como um todo para emprestar brevemente Wynnyd para Melkith.

No entanto, naquela época, Eugene tinha apenas dezessete anos, e ainda não havia sido reconhecido como o Herói; também era a primeira vez que ele conhecia Carmen.

— Está bem? — Eugene virou a cabeça e perguntou.

Mas e agora?

“Quem você pensa que eu sou?” Eugene perguntou a Tempest.

O Deus da Guerra, Agaroth.

O Orgulho dos Lionheart.

O Herói da Luz.

O Leão Negro…

— Desde que as condições sejam apropriadas. — Carmen concordou prontamente com o pedido de Eugene com um aceno.

— Não é como se você estivesse entregando completamente, então não importa se é apenas permitir que ela a pegue emprestada por alguns dias. — O Chefe do Conselho, Klein, acenou em concordância.

— Eugene, faça como desejar. — Gilead também deu um último aceno de aprovação.

[Gaaaaagh!] Tempest soltou um grito terrível.

— Kyaaaaah! — Melkith comemorou animada.

Seu grito de alegria mudou completamente a atmosfera no salão de banquetes. Após trocar alguns olhares, a banda começou a tocar uma música mais animada, e os olhares fixos em Eugene também se afastaram silenciosamente dele.

À medida que a mudança de atmosfera amadurecia lentamente, Eugene fechou os olhos por alguns momentos para ouvir a música.

Embora, na verdade, não importasse o quanto ele tentasse apreciá-la, não adiantava. Embora ele tivesse ouvido esse tipo de música desde jovem como parte de sua educação aristocrática, quer fosse em sua vida passada ou na atual, Eugene não tinha pistas sobre música e também faltava a sensibilidade necessária para sentir as nuances sutis ao apreciar a música. Ele não conseguia se lembrar claramente, mas sentia que isso também devia ter sido o caso quando ele era Agaroth.

Mesmo assim, ele poderia pelo menos dançar seguindo o ritmo. Isso pode não ter sido o caso em sua vida passada, mas nesta vida, ele recebeu uma educação completa sobre como fazer isso.

Um, dois, um, dois, três.

Eugene batia de leve as pontas de seus sapatos enquanto relembrava sua infância. Sua figura extraordinária, acompanhada de membros longos, poderia fazer qualquer observador pensar que ele era um dançarino bastante decente apenas balançando o corpo grosseiramente de acordo com o ritmo.

“Certo,” Eugene tomou uma decisão e dirigiu-se para Sienna.

Sienna, que estava tendo uma conversa casual enquanto ficava em um grupo com Lovellian, Melkith e Hiridus, de repente engoliu em seco, a mão segurando seu champanhe tremendo quando viu Eugene começar a se aproximar dela.

— Mestra. — Eugene chamou Sienna.

Ele não poderia chamá-la pelo nome, já que muitos olhos estavam sobre eles. Gerenciando cuidadosamente sua expressão, Eugene parou educadamente na frente de Sienna.

— Você estaria disposta a conceder a seu discípulo uma dança? — Eugene solicitou formalmente.

Um rubor apareceu nas bochechas de Sienna. Antes mesmo dela dar sua resposta, lágrimas já estavam escorrendo dos olhos de Lovellian.

Embora ele não tivesse conseguido obter uma resposta definitiva, Lovellian havia deduzido que Eugene era de fato a reencarnação de Hamel. Foi por isso que Lovellian não pôde deixar de sentir uma grande onda de emoção neste momento. Dois heróis — que tiveram um fim trágico trezentos anos atrás e perderam a chance da felicidade — estavam agora reacendendo seu romance passado.

Um guerreiro que morreu sozinho na batalha renasceu como o Herói e uma maga imensamente talentosa que viveu em solidão por centenas de anos, cheio de pesar apesar da admiração do mundo. Um par assim, que conseguiu transcender mais de trezentos anos, agora estava de mãos dadas e dançando bem na frente de Lovellian…

Nesse caso, não havia como ele, Lovellian Sophis — que tinha consagrado a Sábia Sienna como sua mestra e de alguma forma se tornou o professor de Eugene Lionheart, anteriormente conhecido como Hamel, o Tolo — simplesmente assistir a isso sem fazer nada. Lovellian imediatamente fez um gesto mágico para conjurar algo.

Um violino lindamente curvado apareceu em suas mãos. Ao lado da magia, tocar esse instrumento era a habilidade na qual Lovellian tinha mais confiança. Desde jovem, tocar este instrumento tinha sido uma de suas paixões. E mesmo hoje, este violino era algo que ele tocava na solidão das primeiras horas da manhã, quando estava cheio de emoção. Além disso, este era um violino mágico.

— Permita-me tocar uma música para todos. — Declarou Lovellian.

Quem poderia imaginar que o Mestre da Torre Vermelha tão sério se proporia a se apresentar para uma plateia? Melkith e Hiridus, que tinham posições idênticas como Mestres de Torre, viraram-se para olhar Lovellian com espanto. No entanto, sem sentir sequer o menor traço de constrangimento, Lovellian posicionou o violino em seu ombro e descansou o queixo no queixeira.

Tiriring~

Um arco cintilante de luz roçou as cordas, produzindo uma música encantadora.


Considere fazer uma Doação e contribua para que o site permaneça ativo, acesse a Página de Doação.

Comentários

5 1 voto
Avalie!
Se Inscrever
Notificar de
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários

Opções

Não funciona com o modo escuro
Resetar