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Damn Reincarnation – Capítulo 412

O Campo de Batalha (6)

O machado de Moron.

Trezentos anos atrás, Moron nunca havia trocado o machado que ele usava durante todo o tempo que Hamel o conhecia. Ele tinha esse machado desde que saiu de sua tribo. Mesmo antes disso, Moron segurava esse machado quando se tornou um guerreiro oficial de sua tribo.

Embora esse machado tivesse muito significado para ele, Moron nunca tinha dado um nome a sua amada arma.

Mas isso era típico de Moron.

— Você está falando do seu machado antigo? — Eugene resmungou enquanto guardava a Espada Sagrada.

Mesmo que tenha resistido a tanta força, a lâmina da Espada Sagrada estava perfeitamente intacta. Como o maior relicário sagrado da Igreja da Luz, de acordo com suas lendas, a espada havia sido forjada pessoalmente pela Encarnação da Luz, então a espada nunca quebraria enquanto a fé na Luz existisse.

— Mas eu te vi usando um machado diferente. Onde você colocou o machado que usou da última vez? — Eugene perguntou.

Ele estava se referindo ao machado que Moron usou para matar o Nur. O mesmo machado que ele jogou em Ramira.

Esse não era o mesmo machado que Moron usava no passado distante. Eugene não achava nada estranho nisso. Moron sempre empunhava aquele machado amado de maneira extremamente violenta, então, depois de passados trezentos anos, aquele machado deveria ter se desgastado e quebrado.

— Eu não me lembro exatamente quando, mas acho que enterrei em algum lugar desta dimensão. — Moron revelou enquanto dava um passo para trás, apertando e soltando suas mãos dormentes.

Confuso com essa resposta, Eugene inclinou a cabeça para o lado e perguntou:

— Por que enterrá-lo?

— Porque eu não queria que ele ficasse sujo. — Respondeu Moron.

Eugene ainda não conseguia entender a resposta de Moron. Baixando a Espada Sagrada, Eugene piscou confuso enquanto Moron soltava uma risada.

— Hamel. — Moron explicou quando terminou de rir. — Esse machado… fez muito por mim. Quando comecei a viajar com Vermouth, carregava esse machado nas costas. Quando conheci Sienna, Anise e você, sempre carregava esse machado. Quando eu, não, quando lutamos contra o povo demônio, e até quando matamos os Reis Demônios, sempre usei esse machado.

Moron levantou a mão direita.

— Em todo o tempo que passamos no Domínio Demoníaco, esse machado serviu como minhas mãos e pés. — Disse Moron com carinho. — Hamel, mesmo depois que você morreu, Vermouth fez o Juramento, e o tempo de paz começou, e até quando fundei meu reino nas ruínas dos reinos do norte destruídos, esse machado fez muito trabalho em minhas mãos.

Aquele machado que havia derrubado Reis Demônios e inúmeros demônios foi então usado para derrubar montanhas e colinas, nivelando a terra. Quando eram necessários cursos d’água, ele era usado para cavar o solo, desenterrando nascentes e criando rios. Mesmo quando chegava a hora de cavar túneis, Moron sempre liderava o grupo e cavava primeiro com aquele machado.

— Hamel, com esse machado, matei Reis Demônios e fundei o Reino Ruhr. Esse machado. — Moron pausou por um momento. — Esse machado, ao qual nem mesmo dei um nome, é tanto quem eu sou quanto eu mesmo. É minha vida. Minhas memórias. Esse machado, que esteve comigo durante a maior parte da minha jornada… eu não queria manchá-lo com sangue sujo e nocivo. Também não queria que testemunhasse minha própria insanidade.

Foi por isso que ele o enterrou no chão. Moron queria manter sua arma querida e de longa data pura.

— Enquanto enterrava meu machado, pensei comigo mesmo. — Os dedos de Moron se curvaram no ar. — A próxima vez que eu balançar esse machado será se eu enfrentar um Rei Demônio. Ou talvez, quando eu encontrar alguém contra quem eu realmente deseje usá-lo.

Boom! boom! boom!!

Toda a cadeia de montanhas começou a tremer como se houvesse um terremoto.

— Hamel. — Moron sorriu.

Groooooooar!

Uma face inteira da cadeia de montanhas se abriu. O machado que estava enterrado profundamente naquela fenda voou em direção à mão estendida de Moron.

Booom!

Pegando o machado que era tão grande quanto seu próprio corpo com uma única mão, Moron o apoiou no ombro.

— Agora, eu realmente quero brandir esse machado contra você. — Moron confessou.

Algo estava diferente.

Esta não era a primeira vez que Eugene via Moron segurando um machado. No entanto, em comparação com o machado que Moron usava ao matar os Nur, o machado que ele estava empunhando atualmente estava em um nível completamente diferente em termos de ferocidade. De certa forma, aquele machado com aparência selvagem parecia ainda mais aterrorizante do que um dos Armamentos dos Reis Demônios. Além disso, a sensação de intimidação que Moron emanava ao segurar sua arma querida fazia com que ele parecesse uma pessoa completamente diferente da que Eugene enfrentou agora pouco.

— Maldito louco. Por que você não diz logo que realmente quer me matar? — Eugene resmungou enquanto a aura aterrorizante de Moron o envolvia.

Vendo Moron assim, ele sentiu que precisava reavaliar suas estimativas anteriores. Enquanto neutralizava o ataque de Moron agora pouco, Eugene pensou que mesmo que Moron usasse todo o seu poder, ainda seria capaz de vencer desde que tivesse o uso livre de suas armas e pudesse ativar a Ignição também. No entanto, se Moron empunhasse aquele machado… de repente, ele não sentiu que suas chances de vencer seriam tão altas.

— Certo, Moron. Se você quiser brandir esse machado em mim, traga-o. — Eugene desafiou.

Independentemente de ganhar ou perder, Eugene ainda ficaria feliz. Afinal, em sua última batalha, até o final da luta, ele nem mesmo conseguiu fazer Moron sacar seu machado.

Mesmo que ele tenha usado a Proeminência e a Ignição e tenha arrastado as coisas para uma luta suja… Eugene ainda não tinha conseguido fazer Moron sentir da mesma forma que ele sentia agora.

— Vamos manter em cinco golpes. — Disse Eugene, olhando para cima.

Desde o momento em que Moron pegou seu machado, chamas acenderam nos olhos de Anise e Sienna. As duas queriam parar a luta imediatamente, mas considerando Eugene e Moron, elas estavam segurando seu impulso de fazê-lo.

Eugene propôs:

— Se eu conseguir suportar cinco golpes do seu machado, isso significa que eu ganho.

— Por que estamos apenas contando os golpes do meu machado? — Moron perguntou, se sentindo confuso.

— Nas condições atuais, não estou confiante de que posso te vencer em apenas cinco ataques. — Eugene admitiu com uma risada. — No entanto, sua força te dá muito poder, e agora que você está segurando seu precioso machado… não deveria ter confiança para me derrubar em apenas cinco golpes dele?

— Hahaha! — Moron soltou uma risada alta. — De fato, é verdade. Hamel, você está certo. Cinco golpes. Vamos fazer isso.

Mais uma vez, passando por outra transformação, a aura de Moron mudou.

Grrrrr…!

O machado apoiado no ombro de Moron foi erguido acima de sua cabeça. Mesmo que fosse tudo o que ele tinha feito, a ação foi acompanhada por um rugido alto que parecia fazer o mundo inteiro tremer. Segurando o machado alto, Moron o agarrou com as duas mãos.

Cracrackcracracrak!

Moron apertou o punho do machado. Enquanto Eugene observava isso, em vez da tremenda força de Moron, ele se sentiu mais surpreso com como o machado era capaz de suportar tanta força sem quebrar.

Como Moron vinha usando-o nos últimos trezentos anos, ele deve tê-lo balançado dezenas de milhares de vezes. O punho desgastado era evidência de seus longos anos de uso, mas ainda não foi esmagado pelo aperto de Moron, que poderia até rasgar o espaço em si.

O mesmo valia para a lâmina do machado. Embora parecesse escura e manchada, não havia rachaduras ou lascas faltando ao longo da borda da lâmina.

Ao olhar para ele… Eugene sentiu a compreensão surgir naturalmente.

Assim como Moron havia dito, aquele machado era Moron em si mesmo. Mesmo que ele não tenha dado um nome real, Moron sempre tinha apreciado esse machado. Enquanto Hamel sempre jogava fora uma arma assim que perdia sua eficácia e pegava uma nova no campo de batalha, Moron sempre limpava e afiava pessoalmente o machado sempre que uma batalha terminava.

Mesmo que fosse apenas um machado comum, ele teria desenvolvido uma alma ao longo do tempo, depois de ter sido usado e cuidado por tanto tempo. Enquanto Moron erguia o machado, que se tornara um artefato, bem acima de sua cabeça, Eugene encarou Moron.

Boomboomboom!

Concentrando sua força na lâmina do machado, ela tremeu algumas vezes antes de se estabilizar.

Booooom!

Os pés de Moron se chocaram contra o chão. Saltando alto no ar, Moron desceu o machado sem hesitar.

Com os olhos bem abertos, Eugene encarou o machado caindo.

Fwooosh!

O universo interno de Eugene da Fórmula da Chama Branca transbordou, e chamas negras subiram dele.

Baaaaang!

Eugene mal conseguiu desviar a trajetória do machado. Como não conseguiu suportar o golpe permanecendo no mesmo lugar, como nas últimas vezes, Eugene foi empurrado para um lugar bastante distante. Além disso, ambas as palmas de suas mãos ficaram latejantes de dor, como se tivessem sido rasgadas em pedaços.

Quanto ao seu solo sagrado — ele ainda não desabou. No entanto, a montanha como um todo foi pisoteada.

Moron puxou seu machado, que estava enterrado profundamente no chão, e o balançou para o lado.

Boooooom!

Deveria haver uma distância segura entre eles, mas no momento em que o machado foi balançado, o espaço entre Eugene e Moron foi literalmente apagado.

“É tarde demais para tentar aparar…!” Eugene pensou em pânico, mesmo enquanto balançava a Espada Sagrada para encontrá-lo.

Cracracracrackle!

A luz jorrou da colisão entre a Espada Sagrada e o machado. As chamas negras que queimavam na espada foram sopradas para trás pela pressão do vento vindo do machado e se extinguiram imediatamente.

Creeeccreeeeeeec!

A lâmina da Espada Sagrada continuava sendo empurrada para trás, como se estivesse prestes a ser varrida pelo machado, e o sangue jorrou das duas mãos de Eugene.

— Este é o número dois! — Moron gritou com uma risada calorosa.

O machado foi erguido novamente. Eugene também puxou a Espada Sagrada mais para perto. Segurando o cabo da espada com ambas as mãos, Eugene torceu a cintura para o lado.

Fwoooosh!

As chamas se reacenderam na lâmina, e a luz brilhou dentro dessas chamas.

Moron rugiu:

— Aqui vem o terceiro!

Claaaaaang!

O machado e a Espada Sagrada colidiram mais uma vez. Eugene sentiu como se sua alma pudesse ser lançada apenas pelo impacto. Ele até se preocupou que todo o espaço selado dentro da barreira pudesse realmente entrar em colapso.

O corpo inteiro de Eugene doía devido aos efeitos colaterais. Comparado a Eugene, Moron definitivamente parecia mais à vontade. Mas ele sorriu ao ver Eugene continuar enfrentando-o de frente sem recuar.

“Então ele pretendia perder a aposta desde o início”, Moron percebeu, aceitando isso calmamente.

Desde o início da luta, Eugene insistira em enfrentar seu machado sem tentar esquivar-se ou contra-atacar. Ao fazer isso, Eugene estava entrando diretamente no campo de jogo de Moron. Mas como Moron falhou em derrotar Eugene mesmo com essa vantagem, Moron sentiu que isso era realmente sua derrota.

No entanto, ele não tinha intenção de segurar seu machado. Há quanto tempo ele não balançava seu machado assim, balançando tão forte que seus braços doíam?

Rindo, Moron puxou o cabo de seu machado para cima.

Groooooan!

Moron soltou ainda mais força. Porque tudo ao redor deles já havia desmoronado, não havia mais chão onde eles pudessem pisar, mas Moron simplesmente estendeu o pé e pisou no ar fino.

Cracracrack!

Ao fazer isso, rachaduras se espalharam como uma teia de aranha pelo ar.

Os olhos de Eugene conseguiram ver o que Moron estava fazendo atualmente. Aquele maldito louco estava usando as coordenadas espaciais que compunham toda essa dimensão como um ponto de apoio. Ao fazer isso, ele estava alavancando o peso de toda esta dimensão para o seu machado.

Dentro deste outro lado do Lehainjar, todo o peso que existia nesta dimensão estava incorporado neste único golpe do machado de Moron.

Rooooar!

As chamas da Espada Sagrada giravam como um furacão. Camadas de espada de força foram sobrepostas instantaneamente à espada, formando uma Espada Vazia. Embora ele tenha dito que não usaria Ignição ou Proeminência, Eugene nunca disse que não usaria a Espada Vazia.

Eugene sentiu que era sorte que ele não o tivesse feito. Se ele se limitasse a usar apenas a Espada Vazia, não haveria como resistir a este próximo golpe de machado.

Uma camada, duas camadas, três camadas, quatro camadas. O número máximo de camadas foi atingido em um instante. À medida que as camadas da Espada Vazia foram adicionadas às chamas que originalmente envolviam a espada, algo parecido com um raio negro começou a crepitar e faiscar sobre as chamas já negras.

— Eles estão loucos. — Sibilou Sienna, seu rosto empalidecendo ao olhar para eles.

As duas mulheres estavam a uma distância considerável da luta, e também haviam implantado suas barreiras defensivas mais fortes. No entanto, ao ver o poder que tanto Eugene quanto Moron estavam usando, não parecia que suas barreiras atuais seriam capazes de resistir a qualquer uma das ondas que seguiriam o choque entre os dois. Sienna imediatamente convocou Nevasca para sua mão e criou mais barreiras defensivas, enquanto Anise também abriu suas asas e encheu o interior dessas barreiras com luz.

O machado colidiu com a Espada Vazia. Naquele momento, nenhum som pôde ser ouvido.

No instante seguinte, as figuras de Eugene e Moron desapareceram quando foram lançadas para trás. Todos os destroços ao seu redor foram varridos para serem reconstruídos mais tarde.

Nesta dimensão que havia sido completamente esvaziada, Eugene e Moron se observaram novamente. Eugene rangia os dentes, incapaz de engolir o sangue que subia na parte de trás de sua garganta. Desta vez, até Moron havia sofrido com os severos efeitos colaterais. Ele sorriu através de sua barba negra que estava encharcada de seu próprio sangue e ergueu o machado para mostrar que ainda tinha mais um ataque.

Mesmo agora, ele só tinha usado metade de seu poder total. Moron mesmo não sabia como seria um golpe com toda a sua força. Mas agora mesmo, ele usara bastante de sua força nesse último golpe de machado.

Hamel conseguiria aguentar? Poderia ser que ele acabasse matando Hamel com as próprias mãos? Por um momento, tais pensamentos preencheram a cabeça de Moron.

Eugene percebeu a hesitação surgindo nos olhos de Moron. Mas tal consideração só o irritou.

Enquanto ele injetava mana nas camadas tremeluzentes da Espada Vazia, Eugene gritou:

— Faça isso, seu maldito!

Cracrackcracracrack!

Rachaduras apareceram por toda a Espada Vazia, mas a luz da Espada Sagrada e as chamas recém-infundidas de mana preencheram essas rachaduras. Eugene estava tentando adicionar mais uma camada. Ele não tinha tentado atingir cinco camadas antes. Esta seria sua primeira tentativa de fazê-lo.

No entanto, ele nem considerou a possibilidade de falha. Quatro camadas sozinhas não seriam capazes de resistir à força de Moron. Em sua situação atual, onde não podia usar Ignição ou Proeminência, Eugene precisava aumentar o nível de sua Espada Vazia se quisesse resistir ao machado.

Felizmente, ele teve sucesso. Dentro da Espada Vazia de cinco camadas, coisas como chamas ou raios não podiam mais ser vistas. Em vez disso, parecia apenas um amontoado preto que se estendia desde o cabo de sua espada. Nem mesmo Eugene conseguia estimar quanta energia estava agora descansando em suas mãos.

Ele viu Moron balançar o machado.

Naquele instante, Eugene sabia que esta espada poderia ser capaz de matar Moron. Mas se ele simplesmente colidisse com o machado de Moron assim, sua força atual seria apenas igualada pela de Moron. No entanto, isso ainda deixaria Moron com força suficiente para poupar.

Nesse caso, o que ele deveria fazer? Se, naquele momento, eles ainda estivessem empatados, então Eugene só precisava pensar em algumas medidas desesperadas no próximo instante.

E ele precisava fazer isso antes que Moron pudesse extrair ainda mais de sua força.

No instante da colisão de frente, as poderosas forças em suas mãos se chocariam, se cancelariam e, em seguida, desapareceriam. Eugene não poderia permitir que o confronto deles terminasse assim. Ele precisava de alguma forma romper o fluxo de força de Moron.

Isso não era apenas uma previsão ou profecia, mas sim uma revelação divina. Houve uma erupção de divindade dentro da cabeça de Eugene conforme esses pensamentos surgiam, e por um momento, seus olhos dourados foram inundados com energia divina.

No entanto, Eugene rejeitou esses pensamentos. Matar Moron? Que tipo de loucura—

Eugene resmungou em desdém para a intuição que surgiu em sua cabeça enquanto balançava a espada divina.

Desta vez, não houve comoção.

Mas agora, toda a cordilheira havia desaparecido. De qualquer forma, isso não era a realidade, e a cordilheira seria reconstruída mais uma vez. Eugene e Moron se encararam através desta dimensão completamente vazia. Moron piscou os olhos surpreso enquanto abaixava lentamente o machado.

— Hah… — Um pequeno suspiro de choque escapou dos lábios de Moron.

A parte superior de seu machado gigante… parecia ter sido cortada limpa. Apenas um pedaço do tamanho de uma palma na ponta da lâmina, no máximo, tinha sido perdido, mas Moron ainda não conseguia acreditar no que estava vendo.

— Recebi todos os cinco golpes. — Disse Eugene, ofegante, enquanto baixava a Espada Sagrada.

Ele não conseguia manter a Espada Vazia de cinco camadas por mais tempo. Eugene sugou as chamas moribundas de volta para o universo de sua Fórmula da Chama Branca, então desfez as mãos que estavam segurando o cabo da espada.

Naturalmente, suas palmas estavam encharcadas de sangue, e vários de seus dedos estavam quebrados.

Gaaghkptew.

Ao cuspir o sangue que se acumulou em sua boca, Eugene olhou de volta para Moron.

— Pensei em mandar a cabeça do seu machado voando… ou até mesmo dividir toda a lâmina ao meio. — Eugene admitiu. — Mas senti que você ficaria bravo se eu fizesse isso, então só cortei a ponta.

O machado de Moron era extremamente grande. Mesmo que um pedaço do tamanho de uma palma tivesse sido perdido, seu machado ainda poderia ser usado sem problemas.

Mas pensar que Eugene realmente tinha conseguido cortar o machado de Moron. O que tornou isso possível foi a intuição que surgiu na mente de Eugene antes do momento da colisão e os pensamentos trazidos por uma explosão de sua divindade. Eugene franziu a testa enquanto tocava sua cabeça dolorida com as costas da mão.

— Hah… haha. — Moron soltou um filete de riso enquanto baixava o machado.

Então piscou e virou para encarar Eugene.

Eugene franzia a testa:

— O que você está olhando, seu maldi—

— Eu perdi! — Moron de repente soltou um rugido alto. Apenas para seguir com outro grito estrondoso: — Eu perdi!

Moron levantou ambos os braços no ar e gritou uma terceira vez:

— Eu, Moron Ruhr! Perdi minha luta contra Hamel Dynas! Contra Eugene Lionheart!

Moron não sentiu nem um grão de vergonha ao fazer isso. Em vez disso, seus gritos estavam cheios de orgulho.

Eugene secretamente enterrou o pensamento arrependido que surgiu em sua cabeça naquele momento, “eu deveria tê-lo feito gritar essas palavras na capital de seu reino.”


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