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Damn Reincarnation – Capítulo 435

Cidade de Giabella (10)

Depois de dar alguns passos, o corpo de Noir se dissipou em névoa.

Eugene continuou a olhar enquanto a névoa desaparecia antes de murmurar com voz atordoada:

— O que foi isso…?

Ele não conseguia entender o significado das lágrimas de Noir no final.

Por que ela estava chorando? Ela estava triste porque o jogo deles acabou? Como essa era Noir, que frequentemente fazia coisas loucas, fazia sentido que ela fingisse derramar lágrimas por tal motivo.

No entanto, Eugene teve a sensação de que as lágrimas que acabara de ver… Não parecia que Noir estava fingindo. Até Noir mesma parecia estar envergonhada pelas lágrimas que escorriam por suas bochechas.

—Eu queria que fosse crepúsculo agora.

As palavras que Noir murmurou estavam ecoando na mente de Eugene.

Eugene não sabia o que pensar sobre isso.

O que ela quis dizer com aquelas palavras? Ignorando os pensamentos circulando em sua cabeça, Eugene se virou.

Eugene já havia decidido há muito tempo que não se deixaria influenciar por coisas como as memórias e emoções de Agaroth, nem permitiria ser influenciado pela vida passada de Noir Giabella. Não havia outra maneira de resolver o problema que Noir representava.

A conversa de Eugene com Noir havia sido muito valiosa. Não só ele descobriu o verdadeiro propósito de Noir para construir esta cidade, mas também confirmou que Noir era uma inimiga com quem ele nunca seria capaz de chegar a um acordo.

Ele ainda tinha uma de suas três perguntas restantes, mas não havia necessidade de usá-la imediatamente.

“Posso usar mais tarde”, Eugene decidiu. “Embora, na verdade, eu não tenha mais nada para perguntar a ela…”

Talvez fosse porque Noir havia partido, mas as pessoas começaram a andar novamente pelos arredores anteriormente vazios. Depois de puxar o capuz para bloquear olhares indesejados, Eugene voltou para sua acomodação no Castelo Giabella.

“Eu tenho a sensação de que Kristina e Anise ficarão preocupadas…”, pensou Eugene consigo mesmo.

Ele tinha dito a elas que estava saindo para fazer um reconhecimento, mas… havia durado muito mais do que ele esperava. Elas inicialmente pensaram que, mesmo que Eugene fosse generoso com seu tempo, ele estaria de volta por volta da meia-noite. Mas o sol já havia nascido. Quando ele pensou em como Anise estaria esperando para dar-lhe uma bronca, o coração de Eugene afundou, e seus ombros caíram.

Também o lembrou do dia anterior. Ele recordou a sensação dos lábios deles pressionados um contra o outro e então—

Eugene engasgou com a respiração e cobriu os lábios com a mão. Naturalmente, a sensação dentro de sua boca agora não era diferente do normal. Depois de tossir mais algumas vezes, Eugene apressou seus passos.

Como ele sequer deveria olhar para Anise… ou Kristina no rosto? Eugene continuou se preocupando com isso até finalmente chegar ao Castelo Giabella.

Quando chegou ao último andar, Eugene percebeu que a preocupação com que ele estava tão obcecado até momentos atrás era apenas uma trivialidade.

A Cidade de Giabella era conhecida como a cidade sem noite. Então, este apartamento no último andar poderia ser facilmente iluminado apenas com a vista noturna pela janela em vez das luzes internas.

Vendo como o sol já havia nascido, o apartamento deveria estar brilhante, mas agora, o apartamento estava imerso na escuridão total. As grandes janelas de vidro foram cobertas por cortinas blackout grossas, e todas as luzes, incluindo o lustre no teto, foram desligadas.

— Uh… — Eugene hesitou ao entrar na sala escura.

Alguém estava sentado no sofá grande. Era Kristina Rogeris. Ela estava usando suas vestes negras de clériga, da mesma tonalidade da escuridão que preenchia a sala de estar, e seus olhos estavam fechados.

— O que… você está fazendo aqui com todas as luzes apagadas? — Eugene perguntou cautelosamente.

Eugene não conseguia ter certeza se a Santa que estava ali esperando com os olhos fechados, ajoelhada em cima do sofá e com seu mangual ao lado dela, era Kristina ou Anise.

Se ele fosse julgar sua identidade com base apenas nesta situação ameaçadora, provavelmente era Anise, mas ele ainda estava incerto porque, ultimamente, Kristina não estava muito atrás de Anise quando se tratava de fazer Eugene se sentir ameaçado.

Clique.

Em vez de responder à sua pergunta, a Santa apertou um botão em um controle remoto. Quando ela fez isso, a TV na sala de estar ligou, e um vídeo pré-gravado começou a ser reproduzido.

Era do canal de notícias pessoais da Cidade de Giabella, que Eugene também havia assistido no dia anterior durante o jantar. No entanto, a gravação do que foi transmitido como notícia de última hora cobria um assunto diferente das notícias que ele havia visto.

— Haaah… — Eugene soltou involuntariamente um suspiro quando viu o que estava gravado no vídeo.

A gravação era de Noir Giabella escolhendo um anel em uma loja de departamento tarde da noite. Noir estava vista na tela olhando para Eugene enquanto segurava seus anéis, e o vídeo mostrava Eugene dizendo algo em resposta. Devido ao ângulo da câmera, a expressão facial de Eugene estava habilmente obscurecida, e todo o som estava completamente cortado.

— É um mal-entendido. — Eugene rapidamente insistiu.

No entanto, os lábios da Santa permaneceram firmemente selados. Ao contrário de quando ele entrou pela primeira vez na sala, seus olhos estavam agora abertos, mas seus olhos sombreados pareciam ainda mais sombrios do que a sala de estar com todas as luzes apagadas.

O vídeo foi acelerado. A tela passou rapidamente pela cena de Noir escolhendo um anel na loja de departamento. Em seguida, mostrou Noir andando ocupada pelos diferentes andares da loja de departamentos enquanto escolhia algumas roupas. Enquanto isso, Eugene seguia sem dizer nada.

— É realmente um mal-entendido. — Eugene repetiu.

O vídeo foi acelerado mais uma vez. Desta vez, o cenário mudou.

Eugene e Noir estavam andando pela rua ao amanhecer. Novamente, o ângulo foi escolhido habilmente, pois várias placas de motéis chamativas podiam ser vistas atrás dos dois pedestres.

Sinceramente mortificado e aflito com essa visão, Eugene segurou o peito.

— Realmente não foi assim!

— Você vai morrer de qualquer jeito. — A Santa finalmente falou. — Depois de ouvir você negar tudo tão firmemente, não há outra escolha além disso.

Com um ranger, sua cabeça virou-se na direção dele. Seus olhos sombreados de repente brilharam de dentro da escuridão.

Devido ao ar sinistro transmitido por esses olhos, Eugene inconscientemente cerrou os punhos de tensão. Antes mesmo de perceber, suas palmas já estavam encharcadas de suor.

— Primeiro, você foi escolher um anel em uma loja de departamento tarde da noite, depois ao amanhecer… — Kristina não conseguiu terminar o que ia dizer, e seus ombros tremiam de raiva.

Eugene tinha certeza de que se a deixasse assim, o mal-entendido definitivamente continuaria a se agravar. Eugene correu até ela e se ajoelhou em frente a Kristina.

Eugene tentou desesperadamente convencê-la.

— Ei, Kristina, eu te disse que não foi assim, não disse? É tudo um mal-entendido, realmente um mal-entendido. Não há como eu me envolver em algo estranho com aquela vadia da Noir!

— Você está tentando passar isso como uma aventura de uma noite? — Os olhos de Kristina brilharam com luz mais uma vez.

Parecia como se dois vaga-lumes azuis estivessem tremulando dentro da escuridão total.

Kristina deu um profundo suspiro.

— Sir Eugene. Eu realmente quero confiar em tudo o que você diz e faz, mas agora, Sir Eugene, você está cheirando ao perfume e odor corporal daquela vadia. Além disso… há o cheiro de álcool.

Droga. A expressão de Eugene se contorceu em um franzido enquanto ele balançava seu manto ao redor, tentando sentir o cheiro.

De fato. Talvez fosse por ele ter andado com Noir por meio dia, mas o cheiro dela definitivamente havia impregnado suas roupas.

Eugene tentou convencê-la mais uma vez.

— Eu posso explicar tudo.

— Eu tenho medo até de ouvir. — Kristina disse com um arrepio.

Eugene gritou em ofensa:

— Ei! Do que tem para ter medo?! A menos que eu tenha perdido a cabeça, eu não faria— 

— Eu estava preocupada que aquela vadia pudesse tê-lo dominado e obrigado você a agir como seu brinquedo, Sir Eugene… mas atualmente, sua mente parece muito clara. — Kristina observou suspeitosamente.

— Estou perfeitamente bem. Nada aconteceu, absolutamente nada. — Eugene insistiu e arregalou os olhos enquanto encarava intensamente Kristina, tentando transmitir sua inocência.

Ele tinha que admitir que era uma situação que poderia ser facilmente mal interpretada, mas Eugene ainda se sentia triste, aflito e irritado por ser mal compreendido assim pela Santa. Mesmo que outras pessoas talvez não soubessem melhor, a Santa pelo menos deveria estar bem ciente do caráter de Eugene.

Enquanto Eugene a encarava com seus olhos cheios de sincera emoção, Kristina também soltou uma tosse baixa à medida que o olhar em seus olhos se suavizou.

— Ahem… 

Quando ela pressionou outro botão no controle remoto, as luzes na sala escura se acenderam, e as cortinas que cobriam as janelas começaram a se abrir por conta própria.

— Foi apenas uma brincadeira. — Kristina disse apologeticamente.

— O quê? — Eugene perguntou, ainda perplexo.

Kristina confessou:

— Decidi pregar uma peça em você porque você voltou tão tarde. Não há como a Senhorita Anise e eu duvidarmos de você, Sir Eugene, por algo assim.

Era verdade que elas tinham pensado que Eugene poderia ter se deixado levar depois que as emoções de sua vida passada ressurgiram de repente… ou talvez, como Kristina acabara de dizer, ele poderia ter sido seduzido e levado à força por Noir.

Elas não puderam deixar de ter apenas uma leve suspeita de que algo assim poderia ter acontecido com Eugene. No entanto, assim como Eugene pensara, Kristina e Anise estavam bem cientes do tipo de pessoa que tanto Eugene quanto Hamel eram.

Eugene protestou:

— Você está dizendo que foi só uma brincadeira depois de apagar as luzes assim e criar uma atmosfera tão tensa…?!

— Se você tivesse nos contatado antes de ficar tão tarde, Sir Eugene, não teríamos ficado tão chateadas. — Kristina apontou.

Eugene argumentou:

— Como eu poderia ter contatado você em uma situação dessas?!

— Você poderia ter feito de alguma forma. — Kristina disse enquanto pegava o mangual que tinha colocado ao lado dela.

Não era como se ela o tivesse balançado ameaçadoramente; Kristina estava apenas segurando-o pelo cabo, mas por algum motivo, Eugene se sentiu intimidado e encolheu os ombros.

— Se realmente suspeitássemos que você estava sendo infiel, Sir Eugene, não teríamos ficado esperando aqui com as luzes apagadas assim. — Kristina acrescentou.

— Então o que você teria feito? — Eugene perguntou curiosamente.

— Provavelmente teríamos saído para te procurar nós mesmas. Na verdade, a Senhorita Anise me instigou várias vezes a sair à sua procura, Sir Eugene, mais cedo hoje de manhã. — Revelou Kristina.

No momento em que ela disse isso, o corpo de Kristina tremeluziu ligeiramente. Anise havia assumido o controle de sua consciência compartilhada.

— Eu realmente sinto que Kristina cresceu bastante. Agora, ela até se atreve a pisar nos meus calos assim! — Reclamou Anise.

— Ela realmente parece ter crescido bastante desde que nos conhecemos. — Murmurou Eugene ao lembrar de seu primeiro encontro com Kristina.

No entanto, Anise pareceu ter entendido suas palavras de maneira diferente, franzindo o cenho com desdém e encarando Eugene.

— Eu sempre soube que você era um maldito astuto. Então você esteve olhando para Kristina com esses olhos desde o começo? — Acusou Anise.

— O quê, eu disse algo estranho? — Eugene piscou confuso.

Anise retrucou:

— Não finja ser tão inocente, Hamel. Eu não esqueci o que aconteceu ontem!

O que aconteceu ontem… Eugene piscou rapidamente enquanto franzia a testa.

— Eu não fiz nada ontem! E-Eu não sou culpado pelo que aconteceu naquele dia. Na verdade, foi Kristina — não — foi você quem fez algo comigo! — Devolveu Eugene, acusando-a.

Anise exigiu indignada:

— Você realmente acredita nas mentiras de Kristina? Você realmente acha que as palavras dela fazem algum sentido! Kristina foi quem beijou, mas você acha que fui eu quem controlou a língua dela! Só faz sentido que ela seja a que moveu a língua!

Eugene hesitou.

— Isso é… quer dizer, eu não sei ao certo o que está acontecendo com toda a sua situação. Às vezes, quando é você quem está falando, Kristina é quem está movendo o seu corpo… então você não seria capaz de fazer algo assim?

— Seu maldito louco! Você está realmente dizendo isso! — Anise gritou enquanto se levantava e chutava Eugene na canela. — Este chute é da Kristina!

— Você realmente espera que eu acredite nisso? — Eugene perguntou ceticamente.

Anise ficou ainda mais furiosa:

— Se você não acredita nisso, então por que ainda acredita que fui eu quem fez aquela coisa com a nossa língua ontem?!

— Isso… isso porque parece algo que você faria… — Murmurou Eugene em voz baixa.

— O que diabos você realmente pensa de mim?! Eu não faria coisas tão… tão indecentes! — Anise cuspiu com um sibilo, e então seu corpo tremeluziu mais uma vez.

O controle de seu corpo foi mais uma vez passado de Anise para Kristina.

— Irmã! Se você fala assim, não parece que eu sou aquela que faria algo tão obsceno? Já não chegamos a um acordo sobre o problema de ontem? — Protestou Kristina.

Tinha sido mais cedo nesta mesma manhã, apenas algumas horas atrás na verdade, que eles tinham concordado sobre como dividir adequadamente seus papéis a partir de agora e sobre como progredir ainda mais quando tivessem a oportunidade. Kristina sabia que foi um erro ter dito o nome de Anise em pânico, mas não adiantava chorar sobre o leite derramado.

Eugene, que observava com uma expressão confusa enquanto as duas começavam a lutar pelo controle de seus corpos, olhou ao redor da sala de estar e decidiu mudar de assunto.

— Onde estão as crianças?

Anise resmungou.

— Que horas você acha que são agora? Ainda é de manhã cedo. Não tem como essas duas crianças acordarem tão cedo no dia.

— Não tenho certeza sobre a Rami, mas Mer na verdade não dorme, certo? — Eugene perguntou em dúvida.

— Mesmo que ela não durma, ela pode pelo menos fingir dormir ou fazer algo parecido. Se você está curioso, vá até o quarto delas e veja por si mesmo. Parece que vou ter que resolver isso primeiro com a Kristina. — Disse Anise enquanto endireitava a coluna e firmando sua postura.

Eugene se levantou do sofá, suspirando aliviado agora que a ponta do mangual não estava mais apontada para ele.

Embora o apartamento fosse espaçoso e tivesse muitos quartos individuais, Ramira e Mer tinham insistido em compartilhar o mesmo quarto. Na verdade, as duas até dormiam em uma cama grande sob um cobertor compartilhado.

— Por que vocês estão fingindo estar dormindo? — Eugene resmungou ao abrir a porta um pouco.

Não importa o quão bem isolados os quartos possam estar, os sentidos de Ramira, uma filhote de dragão, e Mer, uma familiar de alto desempenho, deveriam ser capazes de detectar mesmo as mais leves perturbações.

— Acabou? — Mer levantou a cabeça, o cobertor ainda cobrindo-a até o queixo.

Vendo-a assim, Eugene instintivamente se aproximou do lado da cama delas e acariciou a cabeça de Mer.

— O que vocês esperavam que tivesse acabado? — Eugene perguntou gentilmente.

— A disciplina. — Respondeu Mer.

Eugene franziu a testa confuso.

— Disci… o quê? Disciplina? De quem para quem?

— De você, Sir Eugene, pela Senhorita Anise. — Mer esclareceu.

Depois de ouvir Mer dizer isso como se estivesse dizendo o óbvio, a mão de Eugene, que estava acariciando a cabeça dela, naturalmente desceu até ele estar beliscando a bochecha de Mer.

— Por que eu seria disciplinado pela Anise?! — Eugene resmungou.

— Você estava vagando pelas ruas à noite, fazendo coisas ruins. — Acusou Mer.

— Que coisas ruins eu estava fazendo? — Eugene exigiu com raiva.

— Vou contar para a Senhorita Sienna. — Ameaçou Mer, olhando para Eugene com os olhos estreitos.

Aquilo… aquilo era uma ameaça que até Eugene achou difícil de ignorar. Eugene relaxou um pouco o aperto dos dedos e sentou-se na cama.

Eugene tossiu.

— Ahem… não há necessidade de dizer nada desnecessário para a Sienna quando ela está tão ocupada desenvolvendo e praticando novos tipos de magia em Aroth, certo? Será apenas uma distração para ela.

— Isso é um bom ponto. — Concordou Mer. — Mas mesmo que a Senhorita Sienna esteja trabalhando tão duro, está tudo bem para você, Sir Eugene, sair e se divertir durante uma reunião secreta com a Rainha das Prostitutas tão tarde da noite?

— Você… Eu disse para não usar uma linguagem tão vulgar, não foi? Além disso, reunião secreta, que reunião secreta? — Eugene fingiu estar desavisado.

— Benfeitor, não é muito discriminatório se você só acariciar a cabeça de Mer e beliscar a bochecha dela? Benfeitor, esta senhorita também merece ser acariciada na cabeça. — Ramira se enrolou debaixo do cobertor, depois se virou e se enroscou em Mer. — Recentemente, seu comportamento tem me deixado deprimida, Benfeitor. Se eu tivesse que dizer por que, é porque seu tratamento com esta senhorita mudou muito do que era antes.

— Como eu mudei? — Eugene levantou uma sobrancelha.

— Benfeitor, você não me bateu nem uma vez na testa nos últimos meses. — Disse Ramira, levantando um dedo e apontando para o rubi em sua testa. — Bem… é claro, ser atingida no meu rubi é muito, muito doloroso. No entanto, depois de assistir ao Benfeitor beliscar as bochechas de Mer e dar uns tapinhas nela, às vezes eu penso que também quero que você toque minha… aaargh!

Puf!

As palavras de Ramira se transformaram em um grito no final. Mer, que estava quietamente ouvindo-a falar, havia dado um tapinha na testa de Ramira.

— Idiota. Se você quer tanto ser atingida, permita-me atender suas preces. — Zombou Mer.

— O que eu quero receber é um carinhoso tapinha na testa do meu salvador, não de você! — Ramira insistiu.

Como de costume, as duas começaram a rolar juntas em uma briga.

Observando essa cena, Eugene ficou perdido em pensamentos por alguns momentos. Ele estava relembrando Gidol, onde havia morado quando era mais jovem. A imagem de dois gatos de rua brigando, que ele costumava ver nas ruas do campo, passou por sua mente.

— Isso… se eu te bater quando você não fez nada para merecer, eu seria um verdadeiro canalha. — Disse Eugene culpado.

— Isso significa que você vai bater nesta senhorita se eu fizer algo que mereça? — Perguntou Ramira esperançosamente.

Eugene hesitou.

— Bem… se você fizer algo que mereça punição, então… sim… mas eu preferiria se você ficasse boazinha em vez de fazer coisas travessas.

Ramira reuniu sua coragem.

— Mesmo assim… mesmo assim, ainda às vezes desejo que você me bata como fez a… aaargh!

Puf!

Mais uma vez, as palavras de Ramira se transformaram em gritos. Mer, que estava apenas esperando por uma oportunidade, acertou com precisão um golpe no rubi de Ramira mais uma vez.

Depois de ser atingida assim duas vezes seguidas, Ramira soltou um grito e pulou em Mer, e as duas começaram a rolar novamente como um par de gatos.

Eugene sentou-se em uma cadeira a alguma distância do caos e observou a discussão delas. Essa sensação era bastante relaxante. Enquanto assistia-as brigar por algo tão insignificante, parecia que todos os problemas do mundo estavam se tornando insignificantes…

Assim que Eugene começava a sentir vontade de tomar um chá enquanto continuava a assistir à briga delas, o vento ao seu redor de repente se agitou.

[Hamel,] a voz de Tempest foi ouvida dentro de sua cabeça. [Um problema aconteceu.]

Eugene franziu a testa.

— Um problema? Que tipo de problema? Tem algo a ver com a Senhora Melkith?

[Isso mesmo,] confirmou Tempest.

Embora ele tenha chamado de problema, a voz de Tempest estava calma como de costume.

No fim das contas, isso só poderia significar uma coisa. Esse problema estava apenas incomodando Melkith, e ela estava apenas fazendo um escândalo. Na realidade, o problema não era nem um pouco urgente nem sério.

— O que está acontecendo? — Eugene perguntou a Tempest.

Por enquanto, ele decidiu que deveria ouvir o que Melkith tinha a dizer, então Eugene pediu para Tempest conectá-los. Com esse pedido, o vento começou a se agitar, e a voz de Melkith foi transmitida para Eugene.

[Eugene! Eugene! Temos um grande problema!] Melkith gritou.

— O que te deixou tão em pânico? — Eugene perguntou calmamente.

[Demônios!] Mer soltou um grito alto. [Aquele que ameaçou me matar! Aquela criatura feia apareceu!]

A voz de Melkith estava trêmula como se estivesse prestes a chorar a qualquer momento.

No entanto, o rosto de Eugene mostrava apenas surpresa em vez de preocupação.

Isso porque, não importava o quanto ele pensasse sobre isso, não havia como Harpeuron, que estava classificado em quinquagésimo sétimo lugar, matar Melkith.

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4 meses atrás

Droga, a Noir se tornou minha personagem favorita dessa bomba de história. Meu maior desejo é que ela se torna a primeira seguidora do Eugene como Deus, eu ia ficar tão feliz. Mas a história deve caminhar pra tragédia, do Eugene matando ela e talvez ela relembrando da vida passada nos braços dele durante sua morte inevitável

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