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Damn Reincarnation – Capítulo 46

Salão de Sienna (3)

Embora não tivesse certeza de que momento essas imagens de suas figuras foram tiradas, Eugene sentiu que provavelmente era pouco antes de partirem para Helmuth. Vermouth, como foi retratado na parede, não parecia ter a Espada do Luar consigo.

“Eu também pareço ter menos cicatrizes.”

Em sua vida anterior, Hamel acabou com muitas cicatrizes. As muitas cicatrizes em seu corpo foram cobertas por suas roupas e armaduras, e até mesmo seu rosto tinha muitas cicatrizes menores. Cerca de metade delas foram obtidas enquanto trabalhava como mercenário, e a metade restante foi obtida em Helmuth.

O ‘Hamel’ na frente dele quase não tinha cicatrizes em sua pele exposta. Embora tivesse uma expressão desagradável, seus olhos não eram tão ofensivos. Por quão limpa e arrumada sua aparência era, essa imagem tinha que ser de antes deles terem passado por todos os tipos de dificuldades em Helmuth.

— Que lindo. — Murmurou Eugene finalmente.

— né? — Mer concordou: — Embora eu também tenha visto essa imagem inúmeras vezes, ainda não consigo superar o quão bonito Sir Vermouth era—

Eugene interrompeu seus elogios.

— Eu estava dizendo que Hamel era tão bonito, não meu antepassado.

Os cílios de Mer tremeram. Seu queixo caiu enquanto ela alternava entre olhar para Hamel e Vermouth.

— Você é louco? — Mer exigiu.

— Bem, meu antepassado, hum, admito que ele era bonito, mas Hamel também… Uh… Ele tem seus encantos. Com seu… Hum… Semblante indomável? E aquele… Hum… Aquele charme bestial… — Os lábios de Eugene finalmente se fecharam quando ele sentiu uma insuportável sensação de vergonha. “Que diabos estou dizendo?”

Embora a vergonha que estava sentindo já fosse intensa, o olhar de Mer, que parecia estar vendo algo confuso e patético, o fez se sentir ainda mais envergonhado.

— É assim que me sinto. — Terminou Eugene sem jeito.

— Você tem um gosto único. — Mer observou educadamente.

— É assim que as pessoas são.

— Semblante indomável? Charme bestial? Se é aí que seus gostos se inclinam, que tal admirar Moron em vez de Hamel? Só de olhar para ele, você tem a sensação de que ele é um urso, não um humano.

— Não é um pouco demais? Em vez de um urso, pelo menos diga que ele parece um monstro.

— Bem, isso também funciona.

Mer não podia negar essas palavras. Depois de olhar para os músculos salientes de Moron com um olhar de nojo, ela finalmente voltou seu olhar para Eugene.

— Além do retrato, não tem outras gravações da aparição da Senhorita Sienna? Ou algo assim. — Perguntou Eugene, curioso.

Mer retribuiu a pergunta com outra:

— Sir Eugene, você não consegue se lembrar de sua própria aparência sem precisar usar um espelho?

Eugene argumentou:

— Mas se ela ia deixar algo assim, deveria pelo menos ter deixado sua própria figura, já que tudo o que precisava fazer era ficar na frente de um espelho de corpo inteiro.

— A Senhorita Sienna provavelmente não tinha nenhum desejo de fazê-lo. — Ao dizer isso, Mer deu uma risadinha: — Afinal, ela gostava tão pouco de atenção que até relutou em deixar para trás os retratos. Agora, então, o que exatamente você está planejando fazer?

— O que quer dizer com isso?

— Embora eu não esteja muito ciente da situação, o fato de ter sido admitido aqui, apesar de ter apenas dezessete anos e não ter um alto domínio de magia significa que… Aqueles magos arrogantes devem ter visto um potencial incrível em você, Sir Eugene.

— Bem, é algo assim.

— Não há necessidade de agir com tanta humildade. Mesmo sem fazer isso, Sir Eugene, ler apenas um dos livros de magia guardados aqui vai fazer você perceber o quão humilde seu talento realmente é. — Enquanto ela dizia isso, Mer olhou para Eugene com uma expressão orgulhosa no rosto: — Não temos apenas o salão de Senhorita Sienna aqui. Incluindo ela, nove outros magos tiveram seus nomes adicionados à lista de salões de Acryon.

Esta era a Biblioteca Real, Acryon. Ali, havia outros andares dedicados a nove outros arquimagos como Sienna.

O mais alto, décimo quinto andar, era o Salão do Rei Mago que fundou Aroth. Abaixo do Salão de Sienna, no décimo primeiro andar, ficava o Salão do Mago de Batalha, que havia sido chamado de pai da magia de batalha; no décimo andar estava o Salão do Grande Invocador de Espíritos, o primeiro humano a ter feito um contrato com um Rei Espiritual.

— O segundo, terceiro e quarto andares são usados ​​para armazenar uma série de textos mágicos. — Continuou Mer: — Todos eles são livros de magia raros e valiosos que foram cuidadosamente selecionados pelos Mestres de Torres anteriores. É claro que, embora você tenha permissão para entrar em Acryon, porque possui as qualidades para ser chamado de gênio, a magia armazenada aqui foi toda criada por gênios de pleno direito.

— Entendi. — Eugene assentiu com a cabeça com uma expressão calma.

Ele sabia o que Mer estava tentando lhe dizer. De um ponto de vista objetivo, o conhecimento de magia de Eugene ainda era muito superficial. Embora de alguma forma ele tivesse conseguido entrar em Acryon, era impossível estudar sozinho os textos mágicos armazenados ali como tinha feito com os livros introdutórios sobre magia na Torre Mágica Vermelha.

— Você não é capaz de conjurar magia? — Eugene perguntou.

— Não pode ser eu a ensiná-lo. — Mer rejeitou sua pergunta silenciosa, balançando a cabeça: — Não há razão para fazer isso, e o sistema programado em mim também me proíbe estritamente de transmitir magia. Por centenas de anos, muitos magos tentaram extrair a Bruxaria de mim, mas nenhum foi capaz de alterar minhas configurações.

Depois que terminou, Mer ficou em silêncio por alguns momentos. Ela tinha uma expressão complicada em seu rosto enquanto cruzava os braços na frente dela.

— O único tipo de feitiço que tenho permissão para usar… São aqueles para remover qualquer poeira deste salão ou pegar pequenos pedaços de lixo. — Mer explicou: — Você ainda quer ver minha magia?

— Hmm. — Respondeu Eugene sem palavras.

— Nesse caso, tente invadir Acryon sem um passe de entrada. Se realmente fizer isso, vou me certificar de aparecer mais rápido do que qualquer um dos familiares dos outros andares para executá-lo, Sir Eugene.

— Isso é mesmo necessário?

— Se não gosta desse método, pode tentar atacar a Bruxaria ou a mim mesma. Se tiver um método preferido de morte, Sir Eugene, farei o meu melhor para satisfazer seu desejo.

Não soou como uma simples piada quando ela disse assim. De qualquer forma, parecia que seria impossível aprender magia pessoalmente com Mer. Depois de alguns momentos para pensar, Eugene foi para o elevador.

Enquanto caminhava, ele perguntou a Mer:

— Mesmo que você não possa me ensinar, pode me dar algum conselho sobre magia?

— Isso também é restrito. — Admitiu Mer: — Se fosse tão fácil para mim guiá-lo gentilmente para aprender magia, todos os Arquimagos de Aroth já não teriam dominado a Bruxaria?

A Bruxaria era tão infame quanto renomada. Mesmo que você não pudesse nem tocá-la sem ser primeiro qualificado para entrar em Acryon, entre todos os arquimagos que entraram naquela biblioteca, nenhum ainda tinha conseguido dominar completamente a magia da Bruxaria.

Mer hesitou.

— Se precisar de algum conselho… Hum…. Sir Eugene, quantos Círculos você alcançou?

— Se tivesse que presumir, acredito estar no Terceiro Círculo. — Admitiu Eugene sem jeito.

Mer estremeceu.

— Ugh. Sério?

— Faz pouco mais de dois meses que comecei a aprender magia. — Eugene se defendeu.

— Hum. Considerando quanto tempo se passou desde que começou, acho que pode ser chamado de gênio. Mas mesmo com isso, você ainda está longe de ser qualificado para entrar em Acryon.

Até agora, Mer estava sorrindo enquanto brincava sobre isso e aquilo, mas quando se tratava de magia, sua atitude se tornou fria e desdenhosa. Mesmo esse tipo de olhar de alguma forma lembrou Eugene de Sienna, fazendo-o sorrir divertido.

— O que você quis dizer com ‘Se tivesse que presumir, acredito estar no Terceiro Círculo’? — Mer exigiu.

— Na verdade, não criei nenhum Círculo. — Confessou Eugene.

— Não minta para mim.

— Não mesmo. Sem nenhum Círculo, tenho usado meus Núcleos como Círculos ao conjurar magia.

— Essa é a fórmula mágica única do Clã Lionheart?

— Não deveria ser. Não sei como Vermo— Quero dizer, meu ancestral costumava conjurar magia, mas a linhagem direta dos Lionheart não tem nenhum registro de tal fórmula mágica. Embora, eu não possa ter certeza sobre nenhuma das linhagens colaterais.

Havia incontáveis ​​linhagens colaterais no Clã Lionheart. Embora não parecessem interagir muito com a família principal, também havia famílias entre as linhagens colaterais que se especializaram em magia.

— Hm… — Mer murmurou contemplativamente: — Se for esse o caso, a fórmula mágica que está usando atualmente é algo que criou por conta própria, Sir Eugene? Ou você recebeu conselhos de alguns outros magos?

— Fiz tudo sozinho. — Declarou Eugene.

Mer estava perdida em pensamentos.

— Hm, hmmm…

As portas do elevador se abriram e eles entraram. Enquanto desciam para o décimo segundo andar, Mer foi apanhada em suas próprias reflexões enquanto acariciava o queixo. Talvez porque a velocidade da descida fosse tão rápida, seus pensamentos também pareceram chegar rapidamente a uma conclusão.

Mer parecia aliviada ao dizer:

— Bem, parece que suas qualificações não são tão terrivelmente inadequadas quanto temia. Eu estava preocupada que sua entrada em Acryon fosse comprada principalmente pelo prestígio de seu nome de família.

— Acho que pode ter desempenhado pelo menos um pequeno fator. — Admitiu Eugene.

— Eu realmente aprecio uma atitude tão honesta. Embora fosse mais rápido ver sua magia do que ouvi-la de você, por enquanto… Em que tipo de magia está interessado, Sir Eugene?

— Está perguntando, porque vai me dar um conselho?

— Posso não ser capaz de lhe ensinar nenhuma magia pessoalmente, mas posso pelo menos apontar a direção certa.

— Quero magia que seja útil em uma luta. A magia espiritual também não teria problema.

— Que pedido bárbaro.

Mer estalou a língua algumas vezes em desaprovação enquanto seguia atrás de Eugene.

Ainda assim, ela continuou a dar seu conselho generosamente:

— O décimo andar é o Salão do Grande Invocador de Espíritos. Esse Salão é dedicado ao humano que foi o primeiro a fazer um contrato com o Rei Espírito da Água.

— Mas não é como se você pudesse ter certeza de fazer um contrato com o Rei Espírito da Água só porque aprendeu a magia armazenada naquele salão. — Eugene resmungou.

— Bem, pode ser esse o caso. Afinal, a compatibilidade inata do invocador também é importante ao fazer um contrato com um espírito. Quanto à magia armazenada no décimo andar… A maioria dos feitiços são feitos para serem aplicados junto com o poder dos espíritos da água.

— Se for esse o caso, eles não serão de muita utilidade para mim. Prefiro os espíritos do vento aos espíritos da água.

— Mas algo como compatibilidade não cabe a você decidir, Sir Eugene… Bem, por agora, entendo o seu ponto. Se você quer magia que seja útil em uma luta, então o décimo primeiro andar é definitivamente perfeito para você. Porque esse salão é dedicado ao Arquimago, que era chamado de Pai da Magia de Batalha.

— Há mais alguma coisa que recomendaria? — Quando Eugene fez essa pergunta, eles pararam em frente à Bruxaria.

— Não tenho certeza de que tipo de estilo de luta tem em mente, Sir Eugene. Você pretende usar apenas magia quando lutar? Mesmo que a família principal dos Lionheart seja uma famosa família marcial? — Mer perguntou em dúvida.

— Vou usar os dois, magia e uma arma. — Esclareceu Eugene.

— Que arrogante da sua parte. — Mer deu uma risadinha.

Mesmo considerando o potencial que Eugene mostrou em uma idade tão jovem, ainda parecia absurdo que ele planejasse usar magia e artes marciais juntos quando lutasse.

— Se é esse o caso, em vez do décimo andar, o andar de baixo será mais útil para você. — Disse Mer, mudando sua recomendação: — Os textos mágicos no décimo andar lidam principalmente com a aplicação adequada da magia de batalha e como adaptar a magia de acordo com a situação. Em outras palavras, seu nível de dificuldade é extremamente alto. Embora esse seja realmente o caso de toda a magia deste lugar.

— Mas o que há no andar de baixo? — Eugene perguntou.

— Tem uma magia poderosa, mas simples. Os feitiços do Mago do Fogo e do Mago do Gelo, que eram rivais eternos durante suas vidas. Enquanto a magia do gelo combina bem com os espíritos da água… Já que você disse que prefere os espíritos do vento, seria melhor aprender a magia do fogo. — Embora Mer fosse sarcástica, seu conselho foi claro e útil: — Sir Eugene, uma vez que você se tornar bastante proficiente em magia de fogo, também pode ir para o sétimo andar. Embora a dificuldade dos feitiços armazenados seja bastante alta, uma vez que os domine, há uma magia poderosa o suficiente para acabar com um exército ou até mesmo uma nação em um único feitiço. Você já ouviu falar do feitiço ‘Meteora’, Sir Eugene?

— Claro que sim. — Respondeu Eugene cautelosamente: — Esse é o feitiço que faz chover meteoros do céu.

— Foi há cerca de quinhentos anos? Foi durante uma era de constante conflito entre as nações. O Oitavo Salão é dedicado ao mago conhecido como ‘Desastre’, que destruiu vários exércitos com seu feitiço assinatura ‘Meteora‘ durante esse tempo. Acryon é o único lugar no continente que possui uma cópia completa da técnica Meteora.

Embora Eugene não soubesse se aprenderia Meteora, não podia negar que estava interessado nela.

Seguindo em frente, Mer revelou:

— Há magia espacial no sexto andar. Sir Eugene, se deseja lutar com suas habilidades de artes marciais em vez de magia, eu também recomendaria aprender magia espacial. Contanto que você possa dominar completamente o Teleporte, terá uma vantagem absoluta em qualquer duelo mágico.

Teleporte era um feitiço de teletransporte de curto alcance. Embora a distância que poderia ser teletransportada fosse diferente do nível do mago que o conjurava, Sienna costumava pular dezenas de metros com um único piscar de olhos.

Enquanto continuava a ouvir o conselho de Mer. Eugene lentamente começou a ter uma ideia do que poderia fazer com Teleporte. Enquanto se teletransporta aqui e ali com Teleporte, ele pode brandir sua arma ou conjurar um feitiço. Contanto que fosse capaz de se adaptar adequadamente ao estilo, seria capaz de superar a força de sua vida anterior.

“Já que não consegui conjurar nem uma única faísca na minha vida anterior, muito menos Teleporte.”

Ser capaz de fazer algo que não podia fazer em sua vida anterior. Eugene sentiu uma espécie de prazer vibrante com isso.

Saindo de seus devaneios, Eugene perguntou:

— E quanto à Bruxaria?

Mer começou uma palestra há muito preparada.

— A Bruxaria contém uma fórmula otimizada de aplicação de mana projetada para Círculos. Através disso, pode amplificar o poder mágico criado por um Círculo. Também pode simplificar qualquer técnica, aumentando a eficiência e eliminando a necessidade de encantamentos. Ela pode até permitir múltiplas ativações do mesmo feitiço através de uma única conjuração. Além disso, ele pode ser usado para imprimir feitiços em sua mente subconsciente e armazená-los lá, permitindo que você conjure o feitiço imediatamente de acordo com a situação, e pode até definir um gatilho para que o feitiço se lance em resposta a estímulos externos.

— …

Eugene ficou em silêncio com essa extensa lista.

— Entre todos esses benefícios, o mais impressionante é que seu Círculo proporciona a aplicação ideal de força. Embora a maioria dos magos hoje em dia já use Círculos, a fórmula mágica do Círculo da Bruxaria é muito superior aos Círculos comuns. Simplificando, permite que você exerça o máximo de poder com a quantidade mínima de mana.

— Desculpe, mas não entendo nada do que tá falando.

— Claro que não vai entender. Se pudesse entender apenas ouvindo, não haveria nenhuma razão para a Bruxaria ser chamada de o maior grimório da história da magia, haveria?

Com um largo sorriso, Mer estufou o peito.

— Certo então. — Eugene deu de ombros para a ostentação: — E como devo ler isso?

— Feche os olhos e estenda a mão. — Instruiu Mer: — Depois disso, transmita sua mana para a Bruxaria, Sir Eugene… Se você fizer isso, poderá lê-la.

Ele só precisava estender a mão? Por alguns momentos, Eugene olhou para a esfera de luz que estava coberta por dezenas de anéis. Como ele não seria capaz de entender se continuasse olhando assim, Eugene estendeu a mão como Mer havia instruído. Embora sua mão estivesse se aproximando da esfera emissora de luz, ele não conseguia sentir nada parecido com calor vindo dela.

No entanto, sentiu uma tremenda quantidade de mana. Ignorando seus arrepios inquietos, Eugene retirou sua mana usando a Fórmula da Chama Branca. Estaria tudo bem se ele apenas imbuísse sua mana como estava? Ou deveria aplicá-la através do pseudo-círculo que usava sempre que lançava um feitiço? Enquanto escondia essas preocupações, por enquanto, apenas imbuiu sua mana.

De repente, perdeu toda a sensação em seu corpo. Não podia ouvir nada, e não podia sentir o cheiro de nada. Embora seus olhos se abrissem em alarme, também não conseguia ver nada. Não podia ver Mer, que estava bem ao lado dele, nem podia sentir sua presença.

— Ah. — Ele tentou fazer algum som, mas o barulho não chegou ao ouvido de Eugene.

Ele não podia nem ouvir os sons de seu próprio corpo. Foi só então que Eugene foi capaz de entender a situação em que estava.

Este era um mundo formado dentro de sua própria mente. O corpo de Eugene não existia nesse espaço. Uma vez que se conectou à Bruxaria, apenas sua consciência foi arrastada para as profundezas deste lugar.

“É semelhante a um sonho… Mas também diferente.”

As coisas não estavam mudando de acordo com sua vontade, como em um sonho lúcido. E ele não estava vendo nenhuma alucinação desagradável como na besteira criada pelos Demônios da Noite. Em vez disso, apenas sentiu uma sensação avassaladora de impotência. Como seu corpo não existia, não conseguia mover nada.

Entre todos os sentidos que foram bloqueados, apenas um sentido permaneceu acessível.

Sua sensibilidade para mana. Este mundo mental estava cheio até a borda com mana. Embora este lugar tenha sido construído na própria consciência de Eugene, a mana da Bruxaria inundou sua cabeça, criando um mar infinito de mana.

No meio desse mar, o senso de identidade de Eugene não era tão grande quanto um grão de areia. Ele não podia nem passear e explorar como desejava. Então, tudo o que podia fazer era contemplar a situação e esperar.

“A mana… Eu posso movê-la um pouco.”

Um pouco?

“Ah, isso mesmo. Então essa é toda a mana que tenho atualmente.”

Eugene percebeu que a mana que podia mover era a mana que pertencia à sua própria consciência. Mas dentro desse mar de mana, a mana de Eugene era tão pequena e insignificante quanto seu senso de si mesmo. Se reunisse toda a sua mana, seria capaz de sair dali? Provavelmente era esse o caso, mas Eugene não queria testar isso agora.

Afinal, ainda não tinha visto nada.

Eventualmente, a mana— Não, o mar começou a se mover. Uma enorme onda se formou na frente de Eugene, apenas para se tornar um único anel.

Era um Círculo. O único Círculo começou a girar lentamente e, em algum momento, acelerou tão rápido que nem percebeu que estava girando. A cada rotação do Círculo, a mana que inundava este mundo era atraída para a rotação do círculo, copiando-o. Através disso, o Círculo se multiplicou um de cada vez.

Dos níveis de aptidão mágica que foram divididos em Círculos, o nível mais alto era o Nono Círculo.

No entanto, os Círculos copiados não pararam em nove. No momento em que o Décimo Círculo foi criado, a mana que havia sido atraída para a rotação do Círculo parou, deixando uma imensa linha de Círculos. Esses dez Círculos se separaram, mas depois de se separarem, se juntaram mais uma vez para formar um único círculo gigante, e o centro desse círculo foi preenchido com uma quantidade infinita de mana.

Isso por si só já seria alarmante o suficiente, mas o fenômeno ainda não havia terminado. Inúmeros Círculos começaram a ser criados dentro do Círculo maior. Um, dois, três, quatro… Neste ponto, Eugene desistiu de contar. Tendo extraído uma quantidade infinita de mana, o Círculo maior estava criando uma quantidade infinita de Círculos dentro dele. Esses Círculos continuaram se multiplicando, dividindo, entrelaçando, multiplicando novamente, dividindo e…

Embora ele estivesse simplesmente olhando, apenas a visão daquilo estava sacudindo a consciência de Eugene. Parecia uma ilusão de ótica que esgotava a mente e causava enjoo, mas não, não era uma ilusão de ótica. Dentro desse Círculo, uma quantidade infinita de Círculos estava se multiplicando, dividindo e entrelaçando repetidamente.

“Mesmo que eu possa ver, acho que não consigo entender.”

Toda a magia que ele havia aprendido em sua vida até aquele momento parecia brincadeira de criança.

Foi isso que Lovellian disse.

Um vislumbre da verdade.

Foi assim que Melkith descreveu.

Ambos estavam corretos. Sua consciência vacilou. As transformações que aconteciam com aqueles círculos infinitos e todas as possibilidades que continham. Eugene definitivamente não conseguia compreender todos eles.

No entanto, sabia disso com certeza.

A Sábia Sienna, ela foi a feiticeira mais surpreendente e poderosa da história humana.

“Aguenta…”

Sua consciência começou a entrar em colapso. Eugene sentiu o que estava acontecendo com ele. Um obturador imparável estava prestes a se fechar em sua mente e fazê-lo cair inconsciente.

“Eu não quero desmaiar, mas…. Espera aí, impossível!”

—Seria melhor para você usar uma fralda?

—Por quê?

—Pode molhar um pouco as calças.

As palavras anteriores de Melkith não eram apenas uma piada. Quando ele foi pela última vez… Ao banheiro…? Eugene tentou desesperadamente manter sua consciência, mas neste mundo que estava conectado à Bruxaria, a consciência de Eugene era lamentavelmente fraca.

A resistência era impossível.

“Não pode ser! Por favor, meu excelente corpo, você não pode me decepcionar.”

Não deixe eu me mijar.

Com esta oração sincera, Eugene perdeu a consciência.


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FuraTripa
Visitante
FuraTripa
1 ano atrás

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