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Damn Reincarnation – Capítulo 89

Saindo do Castelo (2)

Talvez por causa do quão incomum era realizar este evento no Castelo dos Leões Negros, a Cerimônia de Maioridade dos Lionheart este ano foi particularmente majestosa.

No entanto, além disso, não foi particularmente especial e também não demorou muito. Embora as bênçãos entregues pelos anciãos fossem todas escritas de forma ligeiramente diferente, seu conteúdo era praticamente o mesmo. Não envergonhe o clã Lionheart e assuma a responsabilidade por suas próprias ações…

Dos três irmãos, Cyan foi nomeado representante. Isso ocorreu porque Eward não pôde comparecer, e também porque Cyan era o mais próximo na linhagem de herdar a posição de Patriarca.

Sem esconder suas emoções elevadas, Cyan colocou a mão em seu peito e fez um juramento. Eugene e Ciel ficaram um passo atrás de Cyan e repetiram as palavras do juramento junto com ele.

E assim, a Cerimônia de Maioridade acabou.

— Embora ainda restem alguns meses até que sejamos legalmente adultos, já que já tivemos nossa Cerimônia de Maioridade, já da para dizer que estamos todos crescidos. — Afirmou Cyan com um aceno confiante enquanto estavam voltando para a fortaleza do castelo. Colocando a mão no ombro de Eugene, Cyan fez uma oferta: — Nesse caso, devemos ir tomar uma bebida juntos, irmão?

— Você realmente é um idiota pretensioso. — Eugene bufou e afastou a mão de Cyan.

A expressão de Cyan se torceu em um beicinho, como se negasse que ele já tinha sido algo como pretensioso, e pressionou: — Então, que tal? Esta não será a nossa primeira vez bebendo juntos?

— Eu já fui beber antes. — Eugene o informou.

Cyan vacilou.

— O que você disse? Quando?!

— Enquanto eu estava em Aroth. — Explicou Eugene.

Os olhos de Cyan tremeram em choque com essa resposta casual.

Houve uma vez, quando Cyan estava passando pela puberdade, que ele, como muitos outros meninos, começou a pensar que alguns hábitos não saudáveis ​​eram muito legais. O Cyan de quinze anos passou a admirar os cavaleiros andantes errantes que apareciam em muitas sagas. Os vagabundos que eram gentis com os fracos e impiedosos com seus inimigos. Fodões que usavam capas velhas desleixadas, gostavam de álcool e cigarros e meditavam em sua solidão mesmo quando recebiam o amor de muitas mulheres…

No entanto, as únicas mulheres que se encontravam na propriedade principal eram as subordinadas; para Cyan, elas eram vistas primeiro como dependentes de sua família e só depois como mulheres. Isso significava que não podiam ser tratadas como objetos de sua afeição. Como tal, Cyan desistiu do amor pelas mulheres e, em vez disso, encarregou suas subordinadas de conseguir alguns cigarros e álcool.

Era óbvio que se ele tentasse fumar e beber em seu quarto, seria pego por aquela mãe aterrorizante dele e realmente levaria uma bronca. Como os cavaleiros e os servos da família às vezes iam fumar nos fundos dos depósitos, Cyan sentiu que haveria pouco risco de ser pego se ele se escondesse no depósito do ginásio.

No meio da sala empoeirada, ele havia se encostado em uma parede velha e fumado um cigarro… Então, em vez de servir o uísque incrivelmente forte em um copo, tentou tomar um grande gole direto da garrafa.

Mas antes que pudesse fazer isso, Eugene abriu a porta da despensa e entrou. Eugene começou a bater em Cyan até que o cigarro que acabou de acender finalmente se apagasse. Mas aquele maldito desgraçado não parou de bater nele, Eugene até agarrou Cyan pela orelha e o arrastou até Ancilla. Então, Cyan começou a ser repreendido por sua mãe também.

— Você… realmente se atreve a me olhar nos olhos… Mesmo tendo me repreendido por tentar beber antes de eu me tornar adulto… Quando você realmente bebeu álcool em Aroth?! — Cyan rosnou de raiva.

Eugene deu de ombros.

— Não é como se eu tivesse ido beber porque queria.

— Seu filho da puta! — Cyan xingou, seus ombros levantando enquanto lutava para conter sua raiva.

— Sobre aquela Bispa Auxiliar, Kristina… — Ciel os interrompeu: — Há algo suspeito nela.

Eugene se virou para ela.

— Do que você está falando de repente?

— Como quando você e Lorde Genos tiveram sua partida ontem, e hoje na Cerimônia de Maioridade também, ela estava olhando para você com um olhar estranho. — Ciel acusou.

— Em vez de Eugene, ela poderia estar me encarando. — Cyan, que acaba de ter um acesso de raiva, começou a sorrir brilhantemente assim que a conversa se voltou para Kristina. — Afinal, eu fui o protagonista da Cerimônia de Maioridade de hoje. Quanto a vocês dois… Bem… Vocês eram apenas personagens coadjuvantes destinados a me sustentar. Você não concorda? Afinal, fui eu quem recitou o juramento, e também fui eu quem ficou de pé na frente.

— Irmão, pode calar a boca um pouco? — A testa de Ciel franziu quando ela teve que evitar olhar para ele, mas o sorriso de Cyan permaneceu impassível.

Acariciando a frente de seu terno bem cortado, Cyan continuou falando.

— Embora eu já tivesse notado isso quando nos conhecemos, a Bispa Auxiliar, Kristina é realmente muito bonita… Pode ser porque ela é uma candidata a Santa, mas embora seja difícil de descrever, há um ar de divindade que parece fluir dela…

Kristina não revelou que se tornou uma santa completa para mais ninguém. Da mesma forma, ela também não revelou o fato de que Eugene havia sido selecionado como o herói, nem que ele e Kristina iriam para a Floresta Samar.

Gilead e Doynes também não divulgaram nenhum desses fatos. Do jeito que estava, esse assunto era importante demais para ser tratado com leviandade, então quanto menos pessoas soubessem disso, melhor.

— Você também não sentiu? Aquela Bispa Auxiliar, Kristina, ela está prestando tanta atenção em você que parece estranho. — Quando falou isso, Ciel olhou para o punho de Eugene.

Kristina não era a única agindo de forma estranha. Apenas dois dias antes, seu punho estava sangrando profusamente, embora atualmente não tenha restado uma única ferida. Ciel ainda podia se lembrar claramente da atmosfera dominadora que Eugene estava exalando naquele momento.

— Acho que ela só gosta de mim. — Respondeu Eugene, sua expressão mostrando o quão pouco ele se importava com isso.

Cyan riu dessas palavras como se as achasse ridículas, mas Ciel não poderia ser tão alegremente alheia quanto Cyan.

Ela inclinou a cabeça para o lado e olhou para Eugene.

— Acho que você se divertiu durante seu encontro secreto com ela…

— Suas piadas realmente precisam soar tão sarcásticas? — Eugene respondeu.

— Então, ouvi dizer que você voltará para a propriedade principal amanhã? Existe algum motivo para querer voltar tão rapidamente? Cyan disse que vai ficar no castelo até o ano que vem, então por que você não fica aqui também e faz aquele seu treinamento maluco? — Sugeriu Ciel.

Cyan admiravelmente decidiu ficar no Castelo dos Leões Negros para algum treinamento. Ele havia tomado essa decisão por causa da batalha entre Eugene e Genos. Embora os cavaleiros da família principal fossem excelentes, era verdade que eles eram mais fracos quando comparados aos Capitães dos Cavaleiros Leão Negro.

Como tal, Cyan decidiu ficar no Castelo dos Leões Negros pelos próximos meses e receber a tutela dos capitães. Gilead apoiou totalmente a decisão de seu filho, os Capitães dos Cavaleiros Leão Negro obviamente já haviam concordado, e até os Anciãos do Conselho estavam dispostos a orientar Cyan, o candidato mais provável para ser o próximo Patriarca.

Na opinião de Ciel, em tais circunstâncias, não havia motivo para Eugene não permanecer no castelo.

Não era esse o cara obcecado por treinamento desde que se conheceram na propriedade principal? Acontecia que os Cavaleiros Leão Negro também contavam com muitos magos de nível alto entre seus membros, e havia até capitães que eram bons em usar várias armas e técnicas.

Mas mesmo com tudo isso, Eugene decidiu não ficar no castelo. Apenas seu irmão, que estava com ela desde que nasceram, ficaria no castelo com ela. Ciel ficou profundamente decepcionada com esse fato.

— Além disso, dizem que a Bispa Auxiliar também partirá no mesmo dia que você — Ciel trouxe outra questão bruscamente.

— Acontece que estamos saindo ao mesmo tempo. Se sairmos separadamente, isso significa apenas que temos que usar o portão de teletransporte duas vezes.

— Desde quando você se importa com algo assim? — Perguntou Ciel.

Eugene voltou com uma pergunta.

— Por que você está tão desconfiada? Não é como se houvesse motivos para suas suspeitas.

— Ouvi dizer que você fará uma viagem depois de voltar para a propriedade principal? Para onde vai? — Ciel mudou de assunto.

— Ainda não decidi um destino, só quero sair e conhecer o mundo. — Afirmou Eugene.

— Junto com a Bispa Auxiliar? — Ciel era perspicaz desde jovem e já havia notado que algo estava acontecendo. Enquanto olhava fixamente para Eugene, ela continuou: — Depois que todos vocês voltaram do túmulo, papai e o Chefe do Conselho mostraram expressões desagradáveis. E isso vale… Para você também.

— Não vejo como isso poderia estar relacionado à eu supostamente fazer uma viagem com a bispa auxiliar, Kristina. — Respondeu Eugene evasivamente.

— Isso mesmo. A Senhorita Kristina não é uma pessoa tão livre, então por que ela viajaria com ele? — Cyan imediatamente concordou com as palavras de Eugene e olhou para Ciel em dúvida: — Irmãzinha. Você deve apenas ser honesta. Realmente quer que Eugene e eu fiquemos no castelo com você, certo?

— Irmão, por favor, cale a boca por um momento. — Ciel implorou exasperada.

Cyan virou-se para Eugene.

— Já que ela já falou tanto… Você não pode ficar com a gente? Ainda pode ir em sua viagem depois.

No final, o ponto era que Cyan também queria que Eugene ficasse no castelo com eles. Embora tivesse lido e memorizado ansiosamente o livro que recebeu dele, ainda não havia entendido completamente a essência.

Como tal, Cyan queria continuar aprendendo um pouco mais com Eugene. Embora fosse uma experiência valiosa receber conselhos dos Anciãos rigorosos e experientes, bem como a orientação dos Capitães que passaram pelo inferno e pela maré alta, Cyan ainda queria ser guiado neste treinamento por seu próprio irmão, se fosse possível.

“Não faz muito tempo desde que ele voltou, então por que está pensando em sair de novo?” Cyan pensou consigo mesmo com alguns sentimentos feridos.

Retornando depois de três anos inteiros, apenas para deixá-los novamente. Depois que sua irmã gêmea, Ciel, também partiu para o Castelo dos Leões Negros, o único que ficou na propriedade principal foi Cyan.

Mesmo que devesse ter muitos irmãos com ele, ele era o único que ainda morava naquela extensa propriedade. Claro, Cyan estava tão ocupado e envolvido em seu treinamento durante esse tempo, que nem teve um momento de sobra para se sentir sozinho, mas se possível, ele ainda queria estar com seus irmãos.

— Que pirralho fofo. — Eugene sorriu e deu um tapinha no ombro de Cyan.

Ciel era hábil em esconder suas expressões faciais. No entanto, seu gêmeo, Cyan, não foi capaz de fazer o mesmo.

— Beleza. Vamos tomar um drink juntos como irmãos. — Propôs Eugene.

— Também vou beber com vocês. — Insistiu Ciel.

— E seus deveres? — Eugene perguntou.

— Não tenho nada agendado hoje, então está tudo bem. —Depois de dizer isso, Ciel fez beicinho e continuou: — Então você está mesmo indo embora?

— Sim. — Eugene facilmente confirmou.

Uma vez que Eugene se decidia, raramente mudava de ideia. Era assim que ele tinha sido em sua vida anterior, e era assim que era agora. Embora pudesse ser muito divertido passar alguns meses no castelo, havia uma razão pela qual ele precisava ir para Samar. Uma razão que precisava ser priorizada sobre todo o resto. Ele precisava encontrar a Aldeia Élfica que estava escondida em algum lugar dentro daquela vasta floresta tropical.

Quanto a se ele realmente seria capaz de encontrar Sienna lá… Não tinha certeza. Talvez, apenas talvez, ela pudesse ter morrido há muito tempo. Como tal, precisava encontrar a vila dos elfos o mais rápido possível. Se conseguisse chegar lá, saberia exatamente em que tipo de situação Sienna estava.

Ele não sabia para onde Anise havia desaparecido, e esse também era o caso de Moron. Embora aquele idiota ainda tivesse sido avistado cem anos atrás, ele de repente declarou que estava se aposentando e desapareceu.

Os descendentes de Moron, a família real de Ruhr, respeitaram plenamente a aposentadoria de seu ex-rei. Eugene poderia ser do clã Lionheart, mas se de repente fosse procurá-los e pedisse que lhe dissessem onde estava o rei anterior, não havia como a família real de Ruhr conceder seu pedido.

De Acryon, ele seguiu esse caminho que levava a Sienna. Do túmulo de Hamel, às folhas da Árvore do Mundo. Agora ele precisava encontrar a Aldeia Élfica, em algum lugar na Floresta Samar.

— Não tem jeito mesmo. — Ciel admitiu, sentindo que definitivamente não seria capaz de mudar a mente de Eugene. Ela soltou um longo suspiro e coçou a cabeça em frustração, então mudou de assunto: — Esta é a primeira vez que vamos beber juntos. Já que você vai embora amanhã, vamos também comemorar o fim da nossa Cerimônia de Maioridade. Então, se vamos beber, devemos pelo menos beber algo bom.

— Algo bom? — Cyan repetiu, seus olhos se arregalando com essas palavras.

— A Senhora Carmen tem um vinho extremamente caro guardado em sua vitrine. Segundo os cavaleiros da Terceira Divisão, não só o preço do vinho é alto, mas também extremamente difícil de obter. — Explicou Ciel.

— De jeito nenhum a Senhorita Carmen nos daria um vinho tão caro. — Protestou Cyan.

— Não se preocupe com isso. Porque eu vou lá sorrateiramente — Ciel assegurou a ele.

— Mana… Não vai ter problemas fazendo isso? — Cyan perguntou incerto.

— Está tudo bem. — Insistiu Ciel. — Porque a Senhora Carmen não bebe nem uma gota de vinho. Ela ocasionalmente o coloca na mesa de jantar, mas apenas coloca um pouco de chá preto da mesma cor do álcool em seu copo.

— Parece que ela é uma pessoa bastante consistente. — Eugene murmurou com um bufo divertido. — Nesse caso, não haverá problemas, desde que substitua o conteúdo da garrafa por outro vinho.

Depois que tudo foi feito, os três se reuniram no quarto de Eugene no meio da noite. Ciel contou a saga de como havia invadido o quarto de Carmen para roubar o vinho, enquanto Cyan admirava a coragem de sua irmã e exalava uma sensação de expectativa pelo primeiro gole de sua vida.

No entanto, a realidade de algo era muitas vezes pior do que você esperava. Cyan, de dezenove anos, descobriu que na verdade preferia o sabor do leite quente, ao vinho amargo.

— Este é realmente um bom vinho… — Cyan espremeu, colocando uma fachada. Ele então olhou para Ciel, que estava franzindo a testa enquanto tomava um gole, e disse com desdém: — O que há com essa expressão?

— Por que as pessoas gostam de beber algo tão amargo quanto isso? — Perguntou Ciel.

— Mas eu sinto que isso é mais gostoso do que outros refrescos… Ciel, você não pode apreciar o sabor deste vinho, porque cresceu tão suavemente, sem dificuldades. — Declarou Cyan pretensiosamente.

Como nasceram como gêmeos e cresceram juntos, as palavras de Cyan obviamente não faziam sentido. Ciel ficou irritada com a bravura de seu irmão, mas ela não mostrou nada disso e, em vez disso, apenas encheu o copo de Cyan até a borda.

— Como esperado, o irmão é realmente incrível. Ela fez questão de lisonjeá-lo.

Assim, Cyan bebeu um copo após o outro até que finalmente caiu de lado. Ciel, que havia derrubado Cyan, agora se voltou para Eugene como seu próximo alvo.

No entanto, ao contrário de Cyan, Eugene era muito bom em beber. Seu plano de embriagá-lo e desenterrar todo tipo de chantagem foi um fracasso. Mesmo que o vinho que ela trouxesse finalmente tivesse chegado ao fundo, Eugene ainda estava perfeitamente bem.

— Por que você não está bêbado? — Ciel finalmente perguntou.

— Estou um pouco bêbado. — Admitiu Eugene.

Ciel aproveitou sua chance: — Você vai a algum lugar com aquela Bispa Auxiliar, Kristina?

— Eu já disse que não vamos a lugar nenhum juntos, então por que você fica me perguntando sempre a mesma coisa? — Eugene perguntou exasperado enquanto jogava o Cyan esparramado em uma cama e escoltava Ciel para fora do castelo.

Antes de sair, Ciel disse:

— Vejo você amanhã.

No entanto, Ciel não foi capaz de sair para vê-lo. Isso porque Carmen, que havia detectado sua intrusão, pegou-a e arrastou-a para fazer um treinamento individual começando cedo pela manhã.


Kristina, que havia chegado em frente ao portão de teletransporte mais cedo que Eugene, olhou para ele com um leve sorriso enquanto se aproximava. Gilead estava falando sobre algo com Doynes.

— Desculpe incomodá-lo assim. — Eugene se desculpou.

— Não pense assim. Como Patriarca, eu teria que estar lá de qualquer forma para abrir o cofre do tesouro. Também… Quero estar lá para ver pessoalmente quando você sacar a Espada Sagrada. — Gilead disse, sua voz sincera. Após o Grande Vermouth, ninguém conseguiu ganhar o reconhecimento da Espada Sagrada.

Embora não fossem diretamente relacionados pelo sangue, Gilead ainda considerava Eugene seu filho. Como tal, não podia deixar de se sentir complicado. Isso era tudo por causa de Eward. Embora realmente não quisesse pensar sobre isso, Gilead teve que admitir que o contraste entre seu filho mais velho Eward e seu filho adotivo Eugene era muito forte.

Aquela decepção de filho dele era o ponto fraco de Gilead e sua maior vergonha.

Gilead tentou não demonstrar a pena que sentia por seu filho mais velho na frente de Eugene. Depois de deixar Eugene partir em sua jornada, Gilead pretendia retornar ao Castelo dos Leões Negros.

Os poucos meses que Cyan ficaria no Castelo também serviriam como um teste para ver se ele era digno de sua posição como o próximo Patriarca do clã. O Conselho de Anciãos não tinha intenção de dar a Eward, que havia manchado o prestígio da família, tal chance.

Como tal, Gilead decidiu que… Durante esses próximos meses, ele tentaria persistentemente persuadir o Conselho dos Anciãos. Não estaria pedindo que fizessem nada em relação à sucessão patriarcal, é claro. Gilead estava apenas esperando que permitissem que Eward voltasse para a família principal.

Depois disso, Gilead queria ir ao feudo Bossar para se encontrar com Eward e Theonis. Mesmo que não conseguisse convencer o Conselho dos Anciãos, ele pelo menos queria se encontrar com sua esposa e filho para encontrar uma liberação para esses sentimentos sufocantes.

Depois de passar pelo portão de teletransporte, voltaram para a propriedade principal do clã Lionheart. Graças a ter repassado a palavra com antecedência, apenas o número mínimo de subordinados necessários para ativar a magia do portão estava esperando à frente deles.

— Você realmente não vai contar nada ao Gerhard? — Gilead perguntou a Eugene.

— Se eu dissesse a ele que estava indo para Samar, meu pai me agarraria e me imploraria para não ir, enquanto me afogava com lágrimas e ranho. — Explicou Eugene.

— Ele definitivamente faria isso. — Gilead assentiu com um sorriso brilhante. — Mas não é natural que um pai se preocupe com o filho?

— Também o deixo preocupado, senhor Patriarca? — Eugene perguntou.

— Claro… Também estou muito preocupado. No entanto, minha fé em você superou todas as minhas preocupações. — Gilead o assegurou.

— Vou dar o meu máximo para não ser pego em nada muito arriscado. Porque não vou sozinho. — Disse Eugene enquanto olhava para trás.

Kristina, que o seguia com um leve sorriso, assentiu levemente em resposta ao olhar de Eugene: — Eu também darei o meu máximo para evitar que a jornada de Sir Eugene se torne muito perigosa.

— Eu realmente não sei como um milagre de transformar biscoitos em pão ajudaria em uma situação perigosa. — Eugene observou sarcasticamente.

— Os bárbaros de Samar podem simplesmente gostar de pão. — Disse Kristina, seu sorriso ligeiramente torcido.

Eugene deu de ombros com essas palavras e olhou para frente mais uma vez.

Eventualmente, eles chegaram em frente ao cofre do tesouro. Fazia seis anos desde a última vez que Eugene tinha vindo até ali. Eugene esfregou o colar que estava usando no pescoço todo esse tempo enquanto olhava para a porta do cofre do tesouro.

— Mas enfim, está tudo bem para a Senhorita Kristina entrar lá conosco? — Eugene verificou tardiamente.

Gilead hesitou:

— Em princípio, é proibido, mas…

— Não seria estranho se uma Santa não estivesse presente no local onde a Espada Sagrada é sacada? — Kristina argumentou, sem intenção de recuar. Enquanto enfatizava o nome da espada, ela continuou: — Ninguém foi capaz de receber o reconhecimento da Espada Sagrada nos últimos trezentos anos. No entanto, se Sir Eugene conseguir isso hoje… Isso significaria que o Deus da Luz deu suas bênçãos para a jornada de Eugene, e ele pode até entregar outra revelação sobre sua jornada.

— Estou perguntando, porque estou muito curioso, mas está tudo bem uma sacerdotisa vender tão facilmente seu deus como desculpa para conseguir o que quer? — Eugene perguntou.

— Senhor Eugene. O que exatamente você quer dizer com isso? Juro pela minha palavra que nunca usei o nome de Deus em vão. — Kristina jurou.

No final, foi decidido que Kristina também os acompanharia até o cofre do tesouro. Assim como havia feito seis anos antes, Gilead acariciou a maçaneta com os dedos manchados de sangue.

Creeeeak!

As gravuras esculpidas na porta começaram a se contorcer.

O cofre do tesouro se abriu.

A primeira coisa que Eugene viu pela porta aberta parecia exatamente a mesma de seis anos antes: a radiante espada dourada que estava incrustada no centro da sala. Separada da iluminação que iluminava o interior do cofre do tesouro, a espada emitia sua própria luz.

Esta era a Espada Sagrada.

— Aaah… É… É mesmo a Espada Sagrada da Luz, Altair… — Kristina soltou um suspiro de admiração enquanto juntava as mãos.

Fazia muito tempo desde que Eugene ouvira pela última vez o verdadeiro nome da Espada Sagrada.

Kristina o chamou.

— Agora então, Sir Eugene—

— Falarei sobre isso mais tarde. — Disse Eugene, virando-se para Gilead.

Ele pode já ter pedido permissão com antecedência, mas não seria rude da parte dele simplesmente passear pelo cofre do tesouro como quisesse?

— Você não precisa prestar atenção em mim. — Gilead disse com um sorriso irônico.

Foi só então que Eugene sorriu e começou a passear pelo cofre do tesouro. Ele viu a Lança Dracônica, Kharbos, o Raio Pernoa e a Espada Devoradora, Asphel. Essas três armas estavam nos mesmos lugares que estavam seis anos atrás.

“Contanto que seja bom em empunhá-las, qualquer uma dessas armas pode ser usada para conquistar um país.” Eugene ficou maravilhado com a visão.

Isso não era um exagero. Vermouth tinha sido capaz de liberar uma tempestade com um balanço de Winith, uma montanha desaparecia sempre que disparava com a Kharbos, e quando atirava em algo com Pernoa, o próprio chão desabava. Mesmo que Asphel não pudesse criar um espetáculo tão grande quanto essas outras armas, ela mostrava seu verdadeiro poder quando cortava os feitiços de mega-classe dos demônios.

— Vermouth, sempre pensei que você fosse um maldito ganancioso para monopolizar armas como essas sozinho. — Refletiu Eugene.

Exceto pela Espada Sagrada, a maioria dessas armas foi encontrada durante a jornada. Naquela época, Hamel estava extremamente carente de mana, especialmente quando comparado ao resto do grupo, então não conseguia lidar com nenhuma dessas armas que consumiam uma carga de mana.

Esse ainda era o caso até agora. A Lança Dracônica e o Raio consumiam muita mana.

“Bem, minha mana continuará aumentando a partir de agora de qualquer forma. E como aprendi magia além disso, não devo ter problemas usando a Asphel.”

Com um sorriso, Eugene guardou as armas dentro de seu manto.

Então, ele caminhou até ficar na frente da Espada Sagrada. Foi apenas seis anos antes, quando ele tentou retirá-la pela primeira vez e falhou…

Antes de estender a mão para pegá-la Eugene virou-se para Kristina e perguntou:

— O que acontece se eu não conseguir sacá-la?

— Não há como isso acontecer. Agora que Deus enviou sua revelação autorizando isso, Sir Eugene poderá desembainhar a Espada Sagrada. — Insistiu Kristina fielmente.

Eugene esperava sinceramente que não fosse capaz de desembainhar essa espada. Ainda não podia confiar totalmente na revelação divina e também não queria se tornar o herói escolhido.

No entanto, no momento em que Eugene segurou a espada em sua mão—

“Ah, porra.”

Mesmo que não tivesse colocado nenhuma força em seu aperto para puxá-la, Eugene instintivamente sabia a verdade.

Seis anos antes, a Espada Sagrada parecia não se mexer, não importa quanta força colocasse para movê-la.

No entanto, agora parecia que seria muito fácil retirá-la.

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the kurt wow
Membro
the kurt wow
4 meses atrás

Esse deus não me parece genuíno

Saefel
Membro
Saefel
4 meses atrás

Bom, tá aí a prova de que o deus da luz é real

Flavin
Membro
Flavin
4 meses atrás

Que capítulo bom irmão

EspantaXota
Visitante
EspantaXota
6 meses atrás

obrigado pelo cap

Samuel Silva
Membro
Samuel Silva
10 meses atrás

Maldito deus

FuraTripa
Visitante
FuraTripa
1 ano atrás

Obrigado pelo cap

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