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Damn Reincarnation – Capítulo 90

Saindo do Castelo (3)

Embora o desejo de Eugene de não sacá-la fosse real, já que Kristina e Gilead estavam olhando para ele com olhos brilhantes, não podia nem fingir que não era capaz de desembainhar a espada. No final, enquanto esperava sinceramente que sua premonição desse errado, Eugene fortaleceu seu aperto na mão que segurava a Espada Sagrada.

Então, sua premonição provou ser mais do que apenas um sentimento. A Espada Sagrada, que para todas as aparências estava profundamente enraizada no chão, deslizou facilmente com apenas a menor aplicação de força. Enquanto engolia os xingamentos que ameaçavam subir de sua garganta, Eugene encarou a Espada Sagrada por alguns momentos.

— Uh… Ahhh… Ohhhhh…! — Gilead não conseguiu esconder sua empolgação.

Seu corpo tremia como se tivesse sido eletrocutado e ele cerrou os punhos com força em triunfo.

“Agora, estou no centro do desenrolar da história.” Gilead se alegrou.

O Deus da Luz e sua Santa reconheceram Eugene como o Herói. No entanto, como Gilead não era um seguidor do Deus da Luz, ao invés dessa prova de seu reconhecimento, ele ficou mais impressionado com o fato de que a Espada Sagrada havia sido sacada com sucesso depois de trezentos anos.

— Ahhh…! — A agitação de Kristina era ainda maior que a de Gilead.

Ela se ajoelhou no local, bateu palmas e as ergueu em oração.

Parado no centro de tudo isso, Eugene escondeu sua expressão azeda. A luz estava fluindo continuamente da Espada Sagrada. Quando Eugene concentrou nitidamente seus sentidos, ele pôde sentir como a Espada Sagrada estava gerando essa luz.

Era através do poder divino.

Embora não houvesse dúvida de que existia, ainda não estava claro o que era o poder divino. Geralmente vinha na forma de uma luz que só poderia ser manifestada através do ‘poder’ gerado por um sacerdote ou paladino adorando seus deuses.

“Então era assim. A Espada Sagrada poderia ser algum tipo de foco arcano?” Eugene especulou.

Eugene não adorava nenhum deus. Se existissem, então existiam, e se não existissem, não importava para ele. Embora fosse o que ele havia pensado originalmente, com todas essas revelações e outras merdas que ele foi forçado a ouvir recentemente, Eugene estava começando a ficar irritado só de ouvir todas essas besteiras.

“Adoração é para otários. De jeito nenhum vou deixar que me considerem um tolo.” Insistiu Eugene teimosamente.

No entanto, Eugene podia sentir a ‘luz’ emitida pela Espada Sagrada. Apesar de não ter o menor investimento na religião, ele ainda podia sentir o poder divino da Espada Sagrada.

Eugene infundiu sua mana na Espada Sagrada. Como se respondesse a sua mana, o poder divino expresso na forma de luz envolveu a lâmina. Ao fazer isso, Eugene criou uma espada de força que usava poder divino em vez de mana.

— Aaaah! — Kristina, que ainda estava ajoelhada, exclamou de admiração. Enquanto olhava para a luz que havia engolfado a Espada Sagrada, ela falou com a voz trêmula: — Que brilho deslumbrante ela tem…!

— Hum… — Eugene murmurou pensativamente, sem prestar atenção ao espanto de Kristina.

Todo o seu foco estava concentrado na Espada Sagrada.

O brilho forte da espada não era simplesmente para fornecer iluminação. Eugene estava bem ciente do efeito poderoso e opressivo que essa espada inutilmente chamativa tinha sobre as raças demoníacas.

“É um poder completamente diferente da mana”, observou Eugene.

Ele pode não ter um osso religioso em seu corpo, mas apenas por se tornar o mestre da Espada Sagrada, Eugene foi capaz de fazer uso de um poder divino tão intenso. Ele já tinha armas mais do que suficientes que consumiam grandes quantidades de sua mana, então era uma sorte que a Espada Sagrada não consumisse nenhuma mana.

Em outras palavras, isso significava que a espada era uma arma muito eficiente em termos de combustível. Este fato veio como uma surpresa verdadeiramente agradável.

“Embora eu não ache que vou gostar muito de brandi-la”, observou Eugene, desapontado.

Eugene estava realmente acostumado a empunhar todos os tipos de armas de sua vida anterior, mas nunca havia usado uma espada que fosse tão além dos limites de uma boa ‘arma’ como esta Espada Sagrada. Em vez de uma espada destinada a ser brandida em batalha, a Espada Sagrada parecia mais uma espada cerimonial destinada a ser usada ao duelar formalmente contra alguém e outras cerimônias.

No entanto, no final, ainda tinha uma vantagem acentuada. Eugene provavelmente não gostaria de usá-la, mas ainda assim valeria a pena mantê-la com ele como um seguro.

— Sir Eugene, você não ouviu algo como uma voz chamando por você? — Kristina perguntou.

— Do que você está falando de repente? — Eugene ergueu uma sobrancelha ao responder à pergunta.

— A Espada Sagrada, Altair é uma espada que o Deus da Luz pessoalmente forjou e concedeu a este mundo há muito tempo. — Recitou Kristina.

Isso fazia parte da mitologia fundadora do Império Sagrado de Yuras.

Há muito, muito tempo, antes que qualquer civilização fosse formada no continente, o mundo estava mergulhado em um caos sem fim.

Naquela época, os Reis Demônios não existiam. Foi uma era antes dos limites que agora separavam o povo demônio, as bestas demoníacas e os monstros terem surgido. Seus ancestrais nada mais eram do que horrores desumanos que capturavam e devoravam todos os humanos.

Comparada a esses horrores, a humanidade era tremendamente mais fraca. As brasas lançadas pelos humanos só podiam ser usadas para acender um pouco de fogo e grelhar um pouco de carne, mas era impossível para eles iluminar a escuridão que vinha depois do pôr do sol. Durante aquela era mítica, as chamas podiam emitir calor, mas não eram capazes de iluminar.

Todos os horrores nasciam da escuridão. Depois do pôr do sol, a noite pertencia a esses horrores. Os humanos fracos se reuniam para resistir aos horrores, mas não conseguiam. Quanto mais humanos eram caçados, mais a noite crescia e mais ferozes os monstros se tornavam, transformando todas as risadas do dia em lágrimas.

Quando toda a esperança estava prestes a se transformar em desespero, uma luz caiu dos céus.

Deus descera sobre o mundo. Ele iluminou a escuridão e deu às chamas que só podiam emitir calor a capacidade de iluminar.

Este mito, o mito da criação do Império Sagrado de Yuras, era indubitavelmente arrogante.

Eles realmente acreditavam que o mundo atual só poderia ter sido alcançado, porque o Deus da Luz havia descido. Eles alegaram que todos os outros deuses eram apenas filhos do Deus da Luz.

— O Deus da Luz criou uma espada de seu próprio sangue e carne para iluminar a escuridão. Altair foi o primeiro filho do Deus da Luz e o farol mais brilhante que nosso Deus deixou para proteger este mundo. — Entoou Kristina religiosamente.

Isso era, até certo ponto, um mito pertencente apenas a Yuras. Todos os outros países tinham seu próprio mito fundador separado. No entanto, a Santa Kristina não tinha intenção de reconhecer a validade de qualquer outro mito fundador.

Cristina continuou.

— Em outras palavras, isso significa que a vontade de nosso Deus ainda reside em Altair. Trezentos anos atrás… O Grande Vermouth tornou-se o mestre da Altair, cumprindo assim a revelação de Deus.

— Hmm… Mesmo com dezenas de refutações vindo à mente, Eugene apenas soltou um grunhido e continuou a ouvir silenciosamente Kristina.

— A razão pela qual o Herói foi capaz de superar todas as dificuldades que enfrentou enquanto vagava pelo mundo, foi porque Altair estava lá para mostrar ao Herói o caminho certo. Se não fosse pelas revelações de Altair… Nem mesmo o Grande Vermouth teria sido capaz de derrotar os três Reis Demônios. — Proclamou Kristina com confiança.

— Ha… Haha. — Eugene pretendia ouvir em silêncio enquanto guardava suas opiniões para si mesmo, mas não conseguiu mais se segurar.

Enquanto Eugene ria incrédulo, Gilead também se viu rindo junto com Eugene.

— Se o que a Santa Kristina está dizendo é verdade, então você está afirmando que nosso ancestral estava apenas lutando como a Espada Sagrada o instruiu? — Gilead perguntou bruscamente.

— Provavelmente não foram tão longe como instruções sobre como lutar, mas ele definitivamente deve ter recebido a ajuda da Espada Sagrada. — Insistiu Kristina.

— Santa Kristina, já que você não nasceu há trezentos anos, como pode ter certeza disso? — Desafiou Eugene.

— Não ter nascido há trezentos anos, isso não se aplica a você também, Sir Eugene? — Kristina retrucou.

Este pirralho atrevido. Eugene mal conseguiu engolir as palavras que estava a segundos de cuspir.

“É uma mentira bastante criativa. O apoio da Espada Sagrada? Ela realmente fez um trabalho impressionante como tocha”, Eugene pensou consigo mesmo sarcasticamente.

Vermouth nunca havia falado sobre a Espada Sagrada dando-lhe uma revelação. Anise também nunca disse nada sobre a Espada Sagrada ter esse tipo de poder.

— Bem, como nenhum de nós nasceu há trezentos anos, não há como sabermos a verdade. No entanto, quem diabos te disse isso, Santa Kristina? — Eugene perguntou.

— Esses fatos me foram transmitidos por meio das escrituras. — Respondeu Kristina.

Eugene franziu a testa.

— As escrituras…?

— Você já não conhece as escrituras, Sir Eugene? O fundador do seu clã Lionheart, o Grande Vermouth, é alguém que é reverenciado como um santo até mesmo dentro do Império Sagrado. Será que você nunca leu sobre o ‘Livro de Vermouth’, mesmo sendo um membro do clã Lionheart? — Kristina perguntou incrédula.

— Ah… Hum… — Incapaz de responder imediatamente, Eugene lançou um olhar para Gilead.

Gilead tossiu em voz baixa e falou.

— Então… Em relação ao Livro d Vermouth, as conotações religiosas que ele carrega são tão fortes que não é realmente autorizado pelo clã Lionheart.

Cristina engasgou.

— Mas isso é…!

— Bem… Eu também tentei ler uma vez quando era jovem, mas o conteúdo era tão absurdo que eu… — Eugene parou de falar desajeitadamente enquanto se lembrava do que tinha lido.

Levando os refugiados a ficar em frente ao mar, Vermouth ergueu a Espada Sagrada enquanto entoava as palavras sagradas e dividiu o mar…

O livro estava cheio dessas besteiras. O conteúdo era ainda mais ridículo do que o registrado no conto de fadas.

“Agora que penso nisso… definitivamente havia algo assim naquele livro”, Eugene percebeu.

Meu apóstolo Vermouth, minha bênção guiará seu braço, então ilumine a escuridão com a Luz de Deus.

Ainda deve haver limites para o tipo de besteira que podem alegar. Não foi apenas o clã Lionheart que desconsiderou o Livro d Vermouth, o livro também foi descartado pelos historiadores. Isso significava que o livro era realmente tratado como menos confiável do que um livro de contos de fadas destinado a crianças.

Kristina mudou de assunto.

— Então… Senhor Eugene, você não ouviu nenhuma revelação vinda da Espada Sagrada?

— Hm… — Eugene murmurou enquanto focava sua concentração olhando para a Espada Sagrada. — Ah!

— Aaaah! — Cristina gritou. — Você recebeu uma revelação?

Eugene admitiu com relutância:

— Por um momento, ouvi uma voz na minha cabeça, mas não tenho certeza se foi uma revelação…

— O que essa voz disse para você? — Kristina exigiu.

— Disse para olhar para Santa Kristina e dizer a ela para calar a boca um pouco. — Eugene disse com uma cara séria.

Os olhos de Kristina se arregalaram com essas palavras. Enquanto apertava a saia com força em seus punhos, ela se levantou de seu assento.

— Por favor, não use o nome de Deus para me insultar. — Exigiu Kristina com raiva.

— Eu já não disse isso antes? Que eu não tinha certeza se era uma revelação. — Eugene se defendeu.

— Isso não significa apenas que sua cabeça está cheia de pensamentos rudes em relação a mim? Em minha opinião, definitivamente deve haver uma influência demoníaca contaminando a mente do pobre Sir Eugene. — Kristina o acusou.

— Uma influência demoníaca, você diz… Desde jovem, minha mente vagava de vez em quando, e eu costumava sentir fortes impulsos que tornavam difícil de me controlar… — Eugene estremeceu. — Exatamente como — ugh — exatamente como agora. Seu… Filho da puta.

— Hã? — Kristina engasgou.

Eugene continuou.

— Talvez haja outro eu que não sou eu dentro de mim. Um Eugene Lionheart completamente diferente que está pegando emprestado a voz da Espada Sagrada para dizer essas palavras malignas…

— Você está zombando de mim agora? — Kristina perguntou, os cantos de seus lábios torcendo para cima em um sorriso perigoso.

Eugene bateu na própria cabeça, como se estivesse envergonhado, e colocou a Espada Sagrada dentro de seu manto. — Às vezes essa minha boca não se move de acordo com minha vontade.

— Essa é uma doença muito séria. Se você gentilmente permitir, posso tentar tratar a doença pessoalmente. — Ofereceu Kristina.

— Essa doença do coração é algo que preciso me curar. Eu, Eugene Lionheart, como descendente do Grande Vermouth, não quero depender da Santa para lidar com minha própria fraqueza. — Eugene declarou sinceramente.

Ignorando isso, Kristina perguntou:

— O que você pretende fazer agora?

— Vamos embora no nosso próprio tempo. — Eugene agitou seu manto enquanto passava por Kristina.

— Incomoda-me que você esteja partindo sem ao menos se despedir de Gerhard. — Confessou Gilead ao avistá-los pelo portão de teletransporte.

Enquanto olhava para o anexo à distância, Eugene tinha uma expressão irônica em seu rosto, embora se sentisse grato pela consideração do Patriarca.

— Conto com você para tomar as medidas apropriadas, Patriarca.

— Não sabemos quando você vai voltar. Mesmo que seja eu, não posso continuar mentindo para Gerhard por anos. — Gilead apontou.

— Se for esse o caso, por favor, entregue esta carta ao meu pai no último dia do ano. — Eugene pediu enquanto entregava a Gilead a carta que havia escrito no dia anterior. — Diga a ele que vou ficar bem. Tenho confiança para cuidar de mim, não importa aonde eu vá, e ainda tenho um grande Deus me protegendo em minha jornada.

— Hm… — Gilead cantarolou em concordância, embora, em vez da proteção do Deus da Luz, ele confiasse mais nas próprias capacidades de Eugene.

“Santa Kristina irá com ele também…” Gilead lembrou a si mesmo antes de dizer: — Eugene, estou confiando em você.

— Muito obrigado. — Disse Eugene com um sorriso, antes de estender a mão para Gilead. — Pode ser um pouco tarde neste momento para te perguntar algo assim, tudo bem se eu te chamar de tio?

— O quê…? — Gilead proferiu em choque.

Eugene parecia envergonhado.

— Bem, meu pai ainda está vivo e com boa saúde… E você não é alguns anos mais velho que meu pai? Então eu pensei que seria bom chamá-lo de tio—

Embora Eugene tivesse estendido a mão para um aperto de mão, Gilead puxou Eugene para um abraço apertado e disse:

— Não importa como você me chame, eu penso em você como meu filho desde seis anos atrás.

— M-Muito obrigado. — Repetiu Eugene.

Ele disse essas palavras, porque estava grato pela fé de Gilead nele e porque também se sentia um pouco culpado por pegar emprestadas tantas armas do cofre do tesouro. No entanto, a reação de Gilead foi muito mais calorosa do que ele esperava.

— Tenha cuidado, e que você alcance o propósito de sua jornada, meu filho. — Gilead deu a Eugene suas bênçãos.

— Sim… Tio. Por favor, cuide-se bem. — Disse Eugene com a voz ligeiramente embargada.

Seu caloroso abraço chegou ao fim. Mesmo assim, Gilead não começou a chorar como Gerhard teria feito. Tudo o que Gilead fez foi manter as costas retas e esticar o peito enquanto via Eugene partir. No entanto, para Eugene, aquele olhar brilhante dele parecia tão pesado quanto às lágrimas de Gerhard.

Ainda assim, não era tão ruim ter esse tipo de despedida ao partir em sua aventura. Em sua vida anterior… Não houve muitas vezes em que ele recebeu uma despedida tão carinhosa.

— Não há portão de teletransporte levando a Samar. — Falou Kristina. — Depois de passarmos pela fronteira sul de Kiehl, teremos que andar pelo resto do caminho. Você estava ciente disso?

— Bem, mais ou menos. — Eugene deu de ombros.

— Isso significa que você não fez planos de viagem?

— Não é assim com você também, Santa Kristina?

— Parece que me preparei mais diligentemente do que você, Sir Eugene. — Disse Kristina enquanto lhe dava um leve sorriso. — Em primeiro lugar, seria melhor se não usasse sua carteira de identidade pessoal, senhor Eugene.

— Porque vou receber muita atenção? — Eugene confirmou.

— Sim. — Kristina assentiu.

— Mas vai ser difícil falsificar uma carteira de identidade, e os postos de controle são bastante rigorosos quanto à identificação, principalmente quando estamos atravessando a fronteira. — Eugene levantou cautelosamente.

No entanto, a partir do momento em que atravessassem a fronteira, deixariam de estar vinculados à obrigação de apresentar a carteira de identidade. A segurança pública em Samar era tão ruim que nem se comparava a um gueto, e as carteiras de identidade tão comuns aos outros países deste continente não viam utilidade ali.

— Você não precisa se preocupar em passar por nenhum posto de controle. — Kristina o assegurou, enquanto tirava algo de dentro de suas vestes e entregava a Eugene. Apresentando-lhe uma carteira de identidade em branco, ela continuou falando: — Os sacerdotes do Império Sagrado viajam por todo o continente. Durante suas jornadas, sacerdotes de alto nível costumam atrair olhares indesejados.

— Então carregam carteiras de identidade falsas quando viajam? — Eugene perguntou curiosamente.

— Você não encontrará nenhum problema, mesmo que precise usá-la. — Disse Kristina com confiança.

Eugene sorriu e pegou a carteira de identidade. Antes de passar pelo portão de teletransporte, Kristina mostrou a Eugene como registrar a carteira de identidade em branco.

O método para fazer isso não era difícil, nem demorava muito. Uma nova identidade poderia ser criada imediatamente colocando um polegar manchado de sangue na carteira de identidade e memorizando o nome que seria usado como seu pseudônimo.

— Então, agora que foi criada, isso significa que o Império Sagrado acabará registrando essa identidade? — Eugene perguntou.

— E com isso, nossas identidades devem estar seguras, Sir Eugene. — Confirmou Kristina. — Vamos nos passar por missionários viajando para Samar.

Eugene levantou uma sobrancelha. — Você realmente não pretende ficar pregando a palavra do seu deus para os nativos de Samar, né?

— Se possível, gostaria de tentar pregar para eles, mas infelizmente os indígenas de Samar não respeitam o Deus da Luz. — Disse Kristina com um sorriso amargo.

Essa era apenas a realidade da situação. A maioria dos zelosos sacerdotes que viajaram para Samar a fim de converter os nativos para sua religião e servir a seus deuses nunca retornaram.

— Depois que você declarou que estava indo para Samar, fiz minha própria pesquisa independente sobre aquele lugar. — Kristina o informou.

— Então o que você descobriu? — Eugene perguntou.

— Embora elfos às vezes sejam vistos em Samar… A maioria desses elfos está vagando por aí, incapaz de encontrar uma maneira de voltar para sua ‘cidade natal’ — Kristina disse enquanto virava suas vestes do avesso. — Alguns anos atrás, os elfos negros de Helmuth começaram a entrar em Samar e fazer contato com esses elfos errantes. Se você quiser encontrar a vila dos elfos, deve tentar se encontrar com alguns dos elfos errantes, assim como os elfos negros estão tentando fazer.

Fazia apenas alguns dias que Eugene a informara de que pretendia ir para Samar. Nesse curto espaço de tempo, e sem sair do Castelo dos Leões Negros, ela conseguiu completar sua própria investigação… Parecia que a identidade de ‘Santa’ era bastante conveniente.

“E pensar que haveria elfos negros,” a expressão de Eugene se contorceu enquanto passava os dedos pelo cabelo.

Cada vez que sua mão apertava seus fios, a cor cinza de seu cabelo escurecia em preto. Depois que até mesmo o símbolo Lionheart bordado em sua túnica foi removido, Eugene também alterou a aparência de seu manto.

“Não tenho boas lembranças dessas pragas.”

Trezentos anos antes, enquanto eles vagavam por Helmuth, passou por incontáveis ​​crises de quase morte.

Mas entre essas, houve um momento em particular que se destacou.

Não era de suas batalhas contra os Reis Demônios….

Ou de quando seu rosto quase foi cortado em dois pela lâmina do encarceramento. Foi antes disso…

Quando conheceu Iris, a filha adotiva do Rei Demônio da Fúria, ela era de um tipo de elfo negro chamado ‘Rakshasa’.


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💥YANG💥
Membro
💥YANG💥
3 meses atrás

Emocionante

FuraTripa
Visitante
FuraTripa
1 ano atrás

Obrigado pelo cap

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