Foi uma cena muito bizarra.
Um mago negro confessando-se orgulhosamente em um laboratório secreto dos Magos.
Se um estranho ouvisse isso, riria porque era uma piada ridícula e sem graça, ou diria que era uma coisa ímpia que não podia ser dita.
Mas, surpreendentemente, isso estava realmente acontecendo no laboratório secreto subterrâneo da Mattel.
Era como……. Uma visão muito sagrada e profana ao mesmo tempo.
O menino sofredor era libertado da dor e do medo sempre que confessava, e o Bruxo, que de mãos dadas, relembrou o conteúdo da escritura e pediu perdão a Deus.
Todos assistiram a essa cena ridícula sem dizer uma palavra.
Enquanto isso, Oliver, sua voz estava calma como se não houvesse emoções, mas seu rosto… Estava completamente coberto de escuridão, talvez por causa da escuridão do laboratório.
Assim, ninguém poderia ver que expressão era.
— Por último… Não consegui salvar meu irmão que foi primeiro ao laboratório. Ele pediu ajuda, mas eu estava com muito medo. Desculpe. Eu sinto muito.
O menino clamou por perdão — ao irmão e a Deus.
Oliver pediu perdão a Deus com uma voz calma como antes.
— Senhor Deus, perdoa-nos os nossos pecados… Somos fracos e perturbados. Senhor Deus, perdoe os pecados do seu filho. Seu filho está pedindo assim. Malleluia.
— Malleluia… Obrigado. Obrigado…
Oliver disse, levantando suavemente as mãos sobre os olhos do menino inchado.
— Está tudo bem agora, então durma confortavelmente. Quando fechar os olhos e acordar… Tudo vai ficar bem.
O menino não respondeu, mas adormeceu sem medo, e Oliver segurou sua mão até que o menino adormecesse completamente.
— …….
Após um breve silêncio, o menino adormeceu completamente.
Oliver disse para as crianças ao seu redor, soltando suas mãos com cuidado.
— Todos, por favor, esperem aqui um momento.
Oliver olhou para fora do laboratório, deixando as palavras para trás.
Os pesquisadores da Mattel estavam ali com as luzes acesas.
Oliver olhou para Rosbane e perguntou novamente.
— Você pode esperar?
Rosbane assentiu e trouxe as outras crianças atrás dele como se fosse o irmão mais velho.
Oliver assentiu e saiu do laboratório.
Assim que se aproximou, os Magos da Mattel recuaram e abriram espaço para ele.
Segundo as informações da Árvore do Mundo, o número não deve ser grande, deve ficar em torno de vinte.
Mas a quantidade e a qualidade da mana eram enormes.
Alguns eram tão bons quanto os três magos que enfrentou quando entrou, enquanto um era mais forte do que todos os outros juntos.
— Obrigado pela paciência.
Oliver disse ao mago no final do grupo.
A idade do homem era de vinte e poucos anos e ele era bastante jovem, tanto objetiva quanto subjetivamente.
Ele pareceu bastante surpreso com o comportamento de Oliver, mas não demonstrou isso externamente.
— Como você sabia que eu estava no comando aqui?
— Só vi. Obrigado novamente. Obrigado por não incomodar antes.
— Também estou grato. Vi algo engraçado. Um Bruxo fazendo confissões. Vi algo realmente raro.
Oliver concordou.
Ele ainda não entendia por que fez aquilo.
Só poderia explicar que achava que deveria fazer aquilo.
Mas, fora isso, ele se sentiu desconfortável.
Era difícil de explicar, mas foi um pouco irritante.
Então Oliver falou sem rodeios, sem perceber.
— Sinto muito, mas você poderia, por favor, se afastar para que possamos passar? Estou muito cansado hoje.
O homem olhou para trás e balançou a cabeça.
— Isso seria difícil, não posso deixar você ir depois dessa confusão. Acima de tudo, esses caras meio mortos são meus amigos. Eles também são da elite da Torre Mágica que se formaram com notas altas. Preciso obter uma indenização pelos danos.
— Isso é um alívio.
— O quê?
Oliver colocou o bordão de lado, tirou o casaco e arregaçou as mangas.
— Na verdade, eu também não queria te deixar ir.
Com essas palavras, Oliver colocou a mão no peito e… Tentou extrair suas emoções.
SHUUUUU
Pela primeira vez, Oliver extraiu suas emoções, um pouco, sem usar um Pilgaret.
Um momento muito incomum.
E naquele momento, um mago de aparência mais velha que sentiu que algo estava errado tentou atacar Oliver imediatamente, e Oliver tentou responder de acordo.
— Inferno…
BOOM
De repente, uma enorme luz irrompeu entre Oliver e o mago.
Olhando para a reação surpresa dos Magos da Mattel, não parecia ter nada a ver com eles.
Enquanto Oliver continuava a se perguntar quem seria, ele ouviu uma voz familiar.
— Ei, colega. Vim para receber o pagamento do meu empréstimo.
Com o topo da cabeça careca, cabelos caídos como algas marinhas nas laterais e uma cabeça parecida com um ovo — o velho da livraria apareceu no ar.
Oliver ficou surpreso.
Ele não conseguia acreditar ao ver o velho da livraria ali e se perguntou como ele apareceu naquele lugar.
E não parecia que apenas Oliver ficou surpreso.
Todos os assistentes da Mattel pareceram surpresos com a aparição do velho.
— Quem diabos é você? Você está com ele…?
Em resposta à tentativa de um mago perguntar, o velho mago, que tentou atacar Oliver antes, interveio para impedi-lo.
Olhando para o seu estado emocional, parecia que ele conhecia a identidade do velho.
— Arquivador Merlin?
— Ho–ho… Você me conhece?
O velho da livraria perguntou com uma voz arrogante e confiante, não uma voz humilde quando falava com Oliver.
Os Magos da Mattel, que estavam arrogantes até pouco tempo atrás, começaram a tremer ao ouvir a palavra [Arquivador Merlin].
O velho mago respondeu à pergunta de Merlin.
— Conheci você de longe há vinte anos. Meu nome é Finn Rousseau, um discípulo do Grande Mago Theodore.
— Ah, eu lembro. Um caso raro. Achei que você morreria desde que passou para o comando do Theo, mas acho que não. Parabéns.
O homem chamado Finn Rousseau baixou a cabeça educadamente ao ouvir as palavras. Foi com respeito do fundo do coração, não com fingimento.
De alguma forma, a atmosfera ficou estranha.
A atmosfera que parecia que uma briga iria acontecer, morreu como uma mentira e tomou um rumo completamente novo.
O homem, que parecia ser o líder do grupo de magos, interveio de forma desagradável.
— O que vocês estão fazendo?
Quando o velho mago estava prestes a dizer alguma coisa, o velho da livraria… Não, Merlin.
— Vamos ver… Loiro brilhante, pele branca sem manchas, físico robusto — nem gordo nem magro, alto, ereto e sem óculos… Aha, você deve ser Carl, neto de Theo, o responsável por tantos boatos. É um prazer conhecê-lo, companheiro. Sou amigo do seu avô.
Carl olhou silenciosamente para a mão estendida de Merlin.
Por mais que quisesse ignorar por causa de seu temperamento, ele hesitou e logo estendeu a mão, como se pressionado pelo espírito de Merlin.
Merlin sorriu e apertou a mão de Carl.
— Você não só se parece com o Theo, mas a personalidade de merda também parece ser a mesma.
Carl retrucou.
— Meça suas palavras. Não sei que relacionamento você teve com meu avô no passado, mas ele agora é um Grande Mago, o chefe da Escola de Magia da Vida.
Em vez de ficar surpreso ou zangado, Merlin olhou — como se estivesse olhando para alguém lamentável.
— Ei, Rousseau.
— Sim, senhor. Merlin.
— Acho que os jovens não sabem sobre mim, hein.
— Desculpe, sinto muito, senhor.
— Não, não, não. Esquecer é uma grande bênção. Em primeiro lugar, não esperava nada… Enfim, vou levar esse amigo.
Merlin disse, colocando a mão no ombro de Oliver.
Todos ficaram surpresos, mas não pensaram em ceder.
— O quê?
— Isso mesmo, companheiro. Este é um amigo em quem venho prestando atenção há muito tempo, foram vocês que se intrometeram com seus truques engraçados.
— Prestando atenção?
— Aha… Acho que vocês aprovaram mais ou menos sem revisar adequadamente. São sempre iguais. Muito inteligentes em algumas coisas, mas muito burros em outras… Ou a culpa é do responsável?
Merlin estreitou os olhos e olhou para Carl.
Assim que ele recebeu o olhar, expressou sua raiva, mas foi dominado pela pressão de Merlin e não conseguiu dizer nada.
— Você acha que eu não sei como vocês trabalham?
— …
— Você ficou de olho nesse amigo desde o início, e esse olho deveria ter te avisado que ele estava comigo. Você achou que não percebi no primeiro dia em que esse amigo entrou no mercado cinza?
— …….
— Eu estava gostando um pouco do meu tempo com esse amigo. Mas você não pediu minha permissão e fez um movimento… Não é algo que me desagrade? Sinta-se à vontade para responder, não vou me importar com o que você diz agora.
Quando Carl tentou dizer alguma coisa, Rousseau o interrompeu. Era como uma babá parando uma criança.
— Sentimos muito, senhor. Merlin… Desta vez agimos um pouco precipitadamente.
— Huh, é bom ver você admitir sua culpa. Eu entendo, acidentes acontecem no trabalho. De qualquer forma, posso levar esse cara? Ninguém está morto, então está tudo bem, certo?
Merlin colocou a mão no ombro de Oliver e perguntou.
Parecia uma pergunta amigável, mas era mais uma notificação disfarçada de pergunta.
O outro lado também estava ciente disso.
Num longo silêncio que pressionou os arredores, Rousseau finalmente abriu a boca.
— Claro… Em vez disso, obrigado pela compreensão.
Clap, clap!
Merlin bateu palmas, como se tivesse terminado seu trabalho.
— Bom. Então, você vai cooperar?
Merlin perguntou, olhando para Oliver parado atrás dele.
Oliver olhou para Merlin, para a emoção em sua mão, e depois para o laboratório, para ser mais preciso — as crianças dentro do laboratório.
— Sim, mas eles podem vir comigo?
Oliver perguntou, apontando para a porta fechada do laboratório.
Era mais uma exigência do que uma pergunta.
No entanto, Carl gritou antes que Merlin pudesse responder.
— Mas que porra?!
Rousseau ficou perturbado com o rugido repentino e tentou detê-lo, mas não funcionou.
— Soltá-los?! Esses lixos ali são aqueles que recentemente conseguimos fazer os experimentos! O que diabos você quer dizer com levá-los junto?!
Parecia ser mais do que apenas orgulho.
Merlin perguntou como se tivesse notado algo.
— Hmm… Eles estão relacionados ao projeto de reencarnação?
— Sim!
Gritou Carl. A julgar pela reação, isso parecia importar.
Merlin ponderou por um momento e depois olhou para Oliver. Ele tentou perguntar algo, mas quando viu a expressão de Oliver, desistiu e viu os Magos da Mattel novamente.
— Vou aceitá-los como compensação.
— Você está brincando?!
— Não é brincadeira, cara… Não tenho condições de brincar com você. Sejamos claros. Você colocou o pé na minha zona tranquila e me incomodou. Quer admita ou não, você me deve aqui. E preciso ser compensado.
— ……
— O que você vai fazer? Aceitará meu pedido razoável agora e voltará com um sorriso no rosto de todos… Ou quer conferir as habilidades do Mago que seu avô nunca derrotou? Para sua informação, estou bem com ambos.
Naquele momento, Merlin liberou um pouco da mana escondida nas profundezas de seu corpo.
Partículas de mana rapidamente se espalharam em todas as direções do ar, varrendo tudo.
A força foi tão intensa que os corpos de todos ficaram dormentes.
Parecia indicar a diferença de poder.
Foi simples, mas eficaz, e Carl disse suando frio.
— Ugh, ugh… Você acha que isso é aceitável? Como ousa tentar pegar os resultados da nossa pesquisa?!!
— Aceitável? Isso não importa, cara. É se você tem o poder de fazer isso ou não. Seu avô não te ensinou?
— …….
Quando Carl não conseguiu dizer nada, Rousseau interrompeu novamente.
Antes que percebesse, pretendia acalmar a situação tanto quanto possível.
— Você pode levá-los com você, senhor. Merlin, mas faça apenas uma promessa.
— O quê?
— Não elimine a nossa pesquisa examinando os corpos das crianças. É um pedido de um colega acadêmico.
Carl tentou reclamar de alguma coisa, mas Rousseau o impediu.
— Tudo bem. Eu prometo, como colega acadêmico.
Isso encerrou o caso.
Havia uma atmosfera em que ninguém poderia levantar mais objeções
Merlin disse, virando a cabeça em direção a Oliver.
— Você vai trazer as crianças?
— Sim.
Oliver colocou suas emoções no tubo de ensaio, abriu a porta do laboratório e foi buscar as crianças, enquanto Merlin encarava sozinho os Magos da Mattel.
Em uma atmosfera completamente oposta à quando Oliver os enfrentou, Carl disse em voz baixa.
— Vou conversar com meu avô sobre isso.
— Você não precisa fazer isso, cara. Eu irei vê-lo pessoalmente.