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Genius Warlock – Capítulo 23

Capítulo 23

Oliver entrou no quarto de Joseph de acordo com o conteúdo da carta.

Este quarto no subsolo era o mais luxuoso, mas Oliver foi para o lugar mencionado como se não estivesse interessado em mais nada.

Ao lado da cama, havia um grupo de gavetas pequenas e um abajur que funcionava com pedras mágicas.

Oliver retirou o abajur conforme a carta instruía, então, com muito esforço, empurrou a mesa de gavetas para o lado.

Lá, Oliver viu um cofre pequeno preso à parede, como mencionado na carta.

— Hum

Oliver pegou a carta novamente e verificou a senha.

— 4… 7… 8… 1… 2… 2… 1… 5…

Os botões, que se moviam juntos, estavam no meio do pedaço enorme de ferro.

Surgiu uma abertura no cofre bem trancado. Oliver abriu a portinha e viu três caixas de armazenamento de metal empilhadas uma ao lado da outra.

Das três, Oliver pegou a caixa de número três.

Uma caixa de armazenamento que possuía um acabamento suave como se fosse pintada a óleo.

Era tão longa que Oliver não conseguia ver o fim, e a caixa longa de armazenamento estava cheia de maços gigantes de dinheiro.

Uma quantia enorme de dinheiro, que a maioria das pessoas não conseguiria acumular na vida, foi preenchida em apenas uma caixa.

Contudo, Oliver não ficou nem um pouco animado ao ver uma quantia tão grande de dinheiro, de modo que só colocou numa bolsa preparada.

— Trinta maços de 100.000 Landas… Um, dois, três…

As pilhas de dinheiro empilhadas gradualmente encheram o saco.

— Vinte e nove… trinta.

Após pegar o dinheiro, Oliver verificou três vezes a mochila, que ficou bastante pesada.

Oliver guardou a caixa de armazenamento no mesmo local, depois fechou o cofre e colocou a mesa de gavetas e o abajur de pedra mágica de volta no lugar.

Em seguida, colocou a bolsa nas costas, então amarrou a alça de segurança no topo e saiu.

Quando saiu da fábrica, Marie, Peter e outros discípulos se reuniram.

— O… quê? Por que estão todos juntos?

Um dos discípulos seniores respondeu: — Ah, você está recebendo ordens do mestre, por isso é normal que todos se reúnam para te desejar boa sorte… Tem algum problema?

Oliver respondeu: — Não, não tem nenhum…

Nesse momento, Marie se aproximou cautelosamente e ajeitou os amassados do casaco do Oliver.

Em seguida, ela colocou com cuidado a boina de jornaleiro na cabeça dele.

— Você não vai se destacar se usar isso.

Oliver tocou a boina uma vez e assentiu.

Estava na hora de partir agora.

— Me siga. Um caminhão está esperando por você na frente.

O caminhão não era outro senão o caminhão do farmacêutico, e Oliver decidiu andar nele já que visitaria Landa.

Oliver estava prestes a acompanhar, quando teve subitamente uma dúvida e perguntou aos discípulos que vieram junto com ele.

— Tenho uma dúvida, posso perguntar?

— Claro, o que…

— O Mestre pede sempre para levar dinheiro assim?

Os discípulos parados se entreolharam, incluindo os seniores.

Todos inclinaram a cabeça como se fosse a primeira vez.

— Nunca… Ele geralmente já leva a quantia necessária. Se ele realmente precisar de mais dinheiro, pede para a gente enviar pelo banco ou por uma carta.

Esse era um caso incomum.

Foi então que outro discípulo sênior falou: — Mas essa situação não é especial para começo de conversa?

Ele não estava errado.

O motivo para Joseph sair foi para tratar Andrew, que sofreu uma lesão grave.

A falta de dinheiro fazia sentido, e era impossível enviar uma quantia tão grande por meio de um banco ou de uma carta.

Qualquer erro poderia atrair uma atenção indesejada.

Oliver se moveu novamente, um pouco convencido.

— Entendi… Vou indo então. Tchau.

— Sim, tchau.

— Tchau.

Oliver foi até o caminhão e esperou na porta da frente.

Era o caminhão de seis rodas, que pegou quando foi lutar contra os magos. Além disso, tinha uma tenda preta no compartimento de carga.

Oliver olhou fixamente para o compartimento de carga por um momento, sem saber como subir.

Ele era relativamente baixo, e não tinha nenhum lugar para apoiar sua perna.

— Tem alguma escada?

— Segure a minha mão.

Uma voz desconhecida respondeu à pergunta do Oliver.

Olhou para cima e viu um homem dentro do compartimento de carga.

Ele estendeu a mão e falou novamente: — Segure a minha mão.

Assim que Oliver pegou sua mão como instruído, o homem o puxou com muita força.

— Já faz um tempo, hein? — o homem falou olhando para Oliver.

Oliver olhou para o rosto dele e se lembrou quem era.

Era o Funcionário A, subordinado do farmacêutico.

Era o homem que estava presente no caminhão junto com Oliver quando foi lutar contra os Magos.

— Ah, oi.

Oliver o cumprimentou enquanto se recordava.

Um sorriso apareceu no rosto angular do homem, enquanto fazia um gesto para sentar.

— Senta aí. Não tem lugar para sentar por causa da carga.

Como se para provar isso, o Funcionário A se sentou em cima da carga empilhada.

Oliver imitou e se sentou em uma das cargas.

— Uau, isso é muito estranho — o Funcionário A olhou para Oliver por um momento e depois falou.

Oliver não entendeu o que era estranho, mas o Funcionário A continuou falando: — Você é normalmente tão quieto?

— Sim. Não falo nada a menos que eu tenha algo pra falar.

— Por quê?

— Porque assim não apanho pro supervisor.

— Ah… é verdade. A maioria das crianças no seu lugar são assim, não são? Mas não é tudo uma coisa do passado? Afinal, você agora é o segundo em comando de uma organização de Bruxos, certo?

— Não. A segunda pessoa no comando ainda é o sr. Andrew. Ele está recebendo tratamento atualmente.

— Ele não vai ser expulso de qualquer jeito? Afinal, foi derrotado por um mago enquanto você ganhou. Tudo no mundo dos Bruxos não se baseia nas habilidades?

— Como… você sabe?

— Bem, na nossa organização, até que é fácil obter um pouco de informações sobre vocês. Além disso, também tenho muita experiência em viajar pelo mundo. Conheci muita gente de vários cantos.

Ele verificou as emoções do Funcionário A e viu que parecia ser verdade até certo ponto.

Houve um pouco de blefe, mas estava dentro do aceitável.

— E finalmente me estabeleci nesta cidade.

— Por quê?

— Ficou… curioso sobre isso?

— Um pouco.

— Você é um cara engraçado… Bem, muitas coisas aconteceram aqui e ali. Eu estava ficando velho e queria me estabelecer em um lugar um pouco mais seguro. Nesse sentido, eu invejo você.

— De mim?

— Ah, sério. Não me leve a mal porque não tenho segundas intenções. Sobrevivi por sua causa. Você nos salvou, quando estávamos prestes a morrer. Se não tivesse aparecido lá, a gente teria virado presa dos magos. Ainda bem que isso não aconteceu.

Os sentimentos do Funcionário A eram sinceros.

Tinha também um pouco de inveja.

— Por que está com inveja?

— Kuk, tá brincando?

Quando Oliver não respondeu, o Funcionário A franziu a testa e perguntou: — Você não sabe mesmo?!

— Não.

— Ah… é sério? Por que temos inveja de vocês, gênios? É por causa da magia negra.

— Só por isso?

— Seu fedelho… Você está jogando sal na ferida! Eu vi pessoalmente como você lutou. Até recordo nos meus sonhos de vez em quando. Dezenas de lâminas negras caíram como chuva e toda a área explodiu. Foi foda pra caralho. A vida não é muito mais fácil para vocês, gênios?

Oliver não reagiu.

Na verdade, era mais correto dizer que não tinha nada para reagir.

A vida era mais fácil para os gênios; para Oliver, essas palavras realmente não significavam nada.

Porque a maior preocupação dele sempre foi a sobrevivência, as únicas adições recentes foram magia negra e a luz bela, mas não havia mais nada.

As palavras do Funcionário A sobre dinheiro ou poder não o impressionaram.

Quando Oliver não reagiu, o Funcionário A falou consternado: — Ha… É isso que eles chamam de tranquilidade de um gênio? Ou é assim que o gênio deveria ser?

— Foi mal, mas, sendo honesto, ainda não sei do que está falando… Em suma, você está dizendo que está com inveja de mim por causa da magia negra?

— Bem… é exatamente isso. Pra que eu me incomodaria de carregar uma arma se soubesse magia negra?

— Então, sr. Funcionário, por que não tenta aprender magia negra?

— Sr. Funcionário? Ah, ainda não te contei o meu nome… A propósito, o que quer dizer com aprender magia negra? Acha que tenho talento?

— Não sei?

— Qual é o significado de aprender se não tiver talento?

— Não é melhor do que não aprender?

Oliver disse essas palavras sem pensar muito, mas elas fizeram o Funcionário arregalar os olhos de leve e lhe deram um sorriso estranho.

— Por quê? Vai me ensinar?

— Se o Mestre permitir.

— Está… falando sério?

— Sim.

— Isso é incrível. Bruxos e Magos geralmente não ensinam seus conhecimentos aos outros, pois só gostam de sugar o sangue de pessoas comuns.

— Ah, mas tem uma condição.

— Claro, claro. E qual é?

— Quando nos conhecemos, tive a impressão de que você sabe muito sobre os magos, então pode me ensinar o que sabe?

— O quê?

— Sobre os magos

— Não, não, não. Eu ouvi o que você disse. Mas está falando sério? Não está brincando?

— Sim.

O Funcionário A olhou para Oliver, depois falou com seriedade: — Só sei um pouco a mais sobre os magos do que as outras pessoas.

— É o suficiente. Algumas histórias que você ouviu também servirão.

— Certo… Vamos falar mais disso depois.

Oliver assentiu com a cabeça.

O Funcionário A então assentiu com uma expressão estranha no rosto.


— Olha, chegamos ao destino.

Oliver não sabia quantas horas se passaram, quando o Funcionário A falou enquanto levantava a tenda um pouco.

Entre a abertura sútil da tenda, o cenário de Landa apareceu, Oliver deu uma olhada mais de perto enquanto tentava se adaptar ao novo ambiente.

A primeira coisa que viu foi uma estrada grande cheia de carros.

Era tão gloriosa e imensa que não podia ser comparada a Wineham.

E a diferença não terminou aí.

Dirigíveis voavam casualmente no céu, e havia estranhamente muitas pessoas se movendo sob o prédio alto e enorme.

Comparada a isso, a Wineham tranquila era como um covil de baratas.

Comparada com as pessoas em Wineham que usam apenas roupas normais, as daqui estavam vestindo roupas muito coloridas.

Um homem com uma capa usando um chapéu de seda, um outro com óculos de proteção no lugar onde seus olhos deveriam estar, uma mulher com um braço mecânico, uma outra com roupas justas que mostravam o peito e um homem com uma cruz nas costas.

Era um mundo completamente diferente.

— Você parece surpreso.

O Funcionário A falou suavemente como se estivesse adivinhando o que Oliver estava pensando.

— SIm… Tem muita gente.

Oliver falou, olhando para o lugar preenchido de luzes em todos os lugares.

— É claro. Esta é uma cidade que cresceu rapidamente devorando as diversas cidades e áreas rurais ao seu redor.

— Conhece este lugar bem?

— Bem, eu morava aqui.

— Hum… então…

O caminhão parou quando Oliver estava prestes a perguntar mais, e logo ouviram uma voz que veio do banco do motorista.

— Chegamos. Saiam.

— Ei, acho que está na hora de nos separarmos — disse o Funcionário A.

Foi um pouco decepcionante, mas o trabalho do Mestre era a primeira prioridade, então Oliver assentiu também.

Quando estava prestes a sair do caminhão, o Funcionário A estendeu a mão e falou: — Não fiquei entendiado no caminho pra cá. Quero continuar nossa conversa mais tarde.

— Sim… agradeço por cuidar de mim — Oliver respondeu, apertando as mãos.

Quando Oliver tentou soltar a mão após o aperto de mão, o funcionário A agarrou a mão dele novamente e falou: — Ah, a propósito, meu nome não é Sr. Funcionário, é James. Me chame de James de agora em diante.

— Uh, sim.

— Então me fala qual é o seu nome.

— O quê?

— Já sei qual é o seu nome, mas quero ouvir de você… Qual é o seu nome?

Oliver olhou para o rosto do James por um momento antes de responder.

— Oliver.


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