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Genius Warlock – Capítulo 50

Capítulo 50

Com seus corpos cobertos de muco pegajoso, Oliver, Kent e Punho Grande desceram pela lata de lixo.

Suas roupas ficaram tão pegajosas e fedorentas que teriam que descartá-las depois, mesmo sendo mendigos, mas esse não era o grande problema agora.

O cheiro dos esgotos abaixo da superfície era muito pior do que os cheiros de Oliver, Kent e Punho Grande.

Quando Oliver começou a sentir dor de cabeça por causa do nariz irritado, ele desativou a magia [nariz sensível].

O cheiro ainda estava ruim, mas muito melhor do que antes. Pelo menos, não parecia que sua cabeça explodiria.

— Argh… De novo não, nunca pensei que veria outro esgoto secreto.

Kent falou como se tivesse visto um lugar familiar, de modo que Oliver perguntou ao ouvir essas palavras: — Tem outro lugar parecido com este?

— Uh… Landa sofreu uma destruição enorme no passado, mas ainda era uma cidade com uma história longa. Era também um posto avançado criado pelo antigo império e desde então tem servido como uma cidade e fortaleza importantes. Ao longo dos anos com a evolução do império, eles desenvolveram o sistema subterrâneo, desde os sistemas antigos de esgoto até os medievais e modernos. Então tem dois ou três esgotos.

— Hm

— É por isso que dizem que tem outra cidade debaixo da cidade de Landa. Normalmente, é usada por gângsteres, solucionadores e alguns figurões do submundo.

— Hum… os mendigos não usam? O cheiro é horrível, mas é quente, então parece bom para usar, não?

— É um bom ponto. Mas os mendigos não usam. A maioria dos esgotos estão interligados, por isso, pode se deparar com um grupo cruel se pegar o caminho errado. A morte de um mendigo não é nada demais para a população, mas é um problema para os mendigos.

— Hm… Então, como a gangue do Freckle está usando este lugar?

— Ou ficaram malucos ou… estão sendo apoiados por alguém confiável.

— E se não for uma pessoa confiável?

— Bem… eles sabem pensar, então devem ter um motivo para ficarem confiantes ou só estão se matando.

— Entendi.

Enquanto a conversa inútil entre Oliver e Kent continuava, Punho Grande, que os seguia, interrompeu: — Esperem… Oliver, você…!

— Oi?

— Como você sabe que tem uma passagem secreta aqui?

— Hm, posso contar mais tarde?

— Não, me responda agora. Você é muito suspeito.

— Hm, é…

Vendo Oliver com um olhar perturbado, Kent disse: — Melhor a gente falar disso depois.

— Kent?

— O importante agora é resgatar Gaita. Não importa como ele encontrou este lugar…

— Como assim não importa…

Punho Grande tentou discutir com Kent, mas fechou a boca e inclinou a cabeça assim que seus olhos se encontraram.

Oliver podia ver a raiva fervendo dentro dele, parecendo que ia explodir a qualquer momento.

— Oliver, sabe onde Gaita está agora?

Oliver assentiu com a cabeça.

Desativou o [Nariz Sensível], não por causa do cheiro, mas porque chegou perto do local de modo que [Nariz Sensível] não era mais necessário.

Oliver começou a se concentrar com os olhos.

Logo, sua visão fortalecida de Bruxo foi ativada, então conseguiu ver várias emoções brilhando no escuro.

No fundo do esgoto, conseguiu ver 10 adultos vigiando algumas crianças.

— Bem ali.

— Que bom…

— E tem outras pessoas além das crianças.

Provavelmente, os sequestradores.

Como se já esperasse, Kent falou enquanto segurava seu bastão com força.

— Não ligo. Guie o caminho e fique o mais quieto possível.

Oliver assentiu e começou a andar com cautela.

Todo o local podia estar escuro, mas não era um problema para Oliver, que se movia com a visão de um Bruxo.

Kent seguiu perfeitamente como se estivesse familiarizado com o lugar, só que, surpreendentemente, quem teve dificuldade em seguir foi Punho Grande.

Era como se não conseguisse se acostumar com a escuridão.

— Ah, não se preocupem comigo. — Punho Grande sussurrou.

Seu rosto mostrava aborrecimento e vergonha, mas estranhamente, suas emoções continham mais a astúcia de uma cascavel do que uma luz brilhante.

Era como se ele tivesse uma ideia diferente, mas Kent não percebeu isso e só deu a ordem para Oliver continuar. Assim, o garoto se aprofundou no esgoto como instruído.

TAP. TAP. TAP.

Conforme se aproximavam, podiam ouvir o som fraco de passos.

Kent agarrou o ombro do Oliver e o parou, então colocou um dedo na boca sinalizando para ficar em silêncio.

O som de passos logo se tornou claro, e até mesmo o som das conversas dava para ser ouvido agora.

— Ah, droga! Por mais quanto tempo temos que ficar de olho nesses merdinhas?

— Tá reclamando por quê? A gente tá ganhando uma grana só para ficar de olho nesses fodidos. Não é difícil.

— Fico irritado sempre que ouço esses fedelhos chorando, isso dá uma puta dor de cabeça…

— É por isso que deu uma surra neles agora há pouco? Não exagere… Não foi repreendido pelo Henry naquele dia por isso? Não danifique os produtos.

— Não bati muito neles. O certo não é bater nas crianças para criar elas? E falando sério, dá um ódio ficar em lugares fedorentos assim.

— Já se acostume com isso.

— Não dá para se acostumar.

— Ah, pare de reclamar… Por sinal, onde que vão vender as crianças?

— Bem? Talvez sejam vendidos para uma fábrica ou fazenda?

— E quanto às garotas?

— Ah! Isso é problemático. Não podem nem ser vendidas para um bordel com esses rostos feios.

Com essas palavras, a pessoa ao lado dele começou a rir.

Oliver olhou para Kent.

Suas emoções ferviam de ódio e raiva, mas ainda manteve a compostura e não fez nada imprudente.

Ele colocou o dedo nos lábios e então pegou uma faca do bolso.

Segurando o bastão longo em uma mão e a faca na outra, aproximou-se dos inimigos bem devagarinho, silenciosamente como um gato que estava prestes a pegar sua presa.

Kent estava quieto como uma fera se preparando para o abate, mas, quando se aproximou o suficiente, estocou com o bastão um deles bem fundo na garganta enquanto cortava o pescoço de outro.

— Urg

O homem que foi atingido pelo bastão abriu os olhos e tentou resistir.

Mas Kent não entrou em pânico, girou a faca para acabar com um e imediatamente a enfiou nas costas de outro mendigo.

Seu movimento foi tão natural e ininterrupto quanto um fluxo de água.

O que foi mais surpreendente foi que nenhum grito saiu, embora dois tenham sido mortos ao mesmo tempo.

Não era tão difícil fazer isso com magia negra, mas Kent fez com as mãos.

Era algo novo para Oliver.

— Pode me ajudar a fazer uma limpeza?

Com o pedido do Kent, Punho Grande escondeu os corpos em um lugar onde ninguém poderia encontrar.

O grupo avançou novamente.

Quanto mais fundo iam, mais as lâmpadas mágicas iluminavam.

Era difícil se mover porque havia muitas pessoas, mas conseguiram se infiltrar com a habilidade do Kent.

Logo, chegaram ao destino.

Havia mendigos armados com paus, cassetete e outras armas, enquanto as crianças estavam agachadas com medo em um canto.

— Droga… — Kent murmurou baixinho enquanto olhava para os rostos deles.

— Qual o problema, Kent?

— Gaita tá bem ali.

Punho Grande olhou para frente e perguntou ao Kent: — São muitos… o que vamos fazer?

— Bem…

— Estamos em desvantagens, não é melhor a gente sair e voltar com os outros?

— Não… não sei o que vai acontecer na nossa saída, e já matei dois deles. Temos que resolver tudo aqui e agora.

— Ah, mas…

— Vou na frente para chamar a atenção deles. Você e Oliver saiam daqui depois de resgatar Gaita. Deixem as outras crianças seguirem quando escaparem.

— As outras crianças?

— Sim, mesmo que todos não consigam escapar, alguns deles vão conseguir… Podem fazer isso?

— Sim… podemos.

— Então, façam por favor.

Com essas palavras, Kent pegou a faca e seguiu em frente como antes.

Em seguida, jogou a faca nos mendigos para pegá-los desprevenidos, mas o chocante foi que a faca perfurou o pescoço de um mendigo com um arremesso.

— …!

— O quê?

— O quê…?

Todos ficaram aflitos.

Kent não perdeu o ímpeto e foi direto para o centro do grupo de mendigos e começou a brandir seu bastão.

Não apenas brandia o bastão de madeira, como todos os seus movimentos tinham uma técnica padronizada, e Oliver, que nunca tinha visto tal coisa, olhou para todos os detalhes da habilidade.

O bastão era sua arma e escudo, Kent cortou e empurrou o inimigo que se aproximava com sua arma.

— Desgraça! De onde que ele apareceu do nada…

— Cerquem ele! Cerquem!

— Merda! Esse filho da puta desgraçado!

Os mendigos inimigos também tentaram resistir com seus tacos e porretes, mas não conseguiram tirar proveito dos números devido à falta de força e habilidades em comparação com o bastão do Kent.

Quando cercado, Kent brandiu o bastão vigorosamente quebrando o cerco e começou a derrubar os mendigos um após o outro.

Mesmo estando sozinho, dominou muitos inimigos, mas foi então quê…

BANG!

Um tiro soou e os olhos de todos se voltaram para a direção de onde o tiro veio.

Um mendigo usando um chapéu fedora apareceu.

— Henry.

Quando Henry apareceu com a arma, os mendigos ao redor do Kent fugiram, com medo de serem atingidos.

— Hm… ah… Lembro de você. É aquele que dei uma surra recentemente.

Henry ficou furioso com a provocação do Kent, que tinha jogado sal na ferida.

Ele gritou com raiva enquanto brandia a arma como uma espada.

— Seu filho da puta…! Se fazendo de forte até o fim. Quero ver se vai continuar com essa atitude depois que tiver buracos no corpo. Hein?!

— O quê? Quer atirar? Acho que você não sabe atirar, hein? Vai ser uma vergonha se errar o tiro. Tentando atacar um velho manco com uma arma de fogo; que másculo.

Kent fechou lentamente a distância com essas palavras, e Henry apontou a arma para a testa dele e falou: — Ah, não se preocupe com isso. Porque posso contar com outra coisa.

Henry falou com um sorriso estranho no rosto.

Kent sentiu que algo estava errado e olhou para trás.

Então, seus olhos encontraram Oliver.

Sendo preciso, ele viu Oliver que foi capturado pelo Punho Grande.

— Mas que mer-…

Henry riu zombando: — Fugiu um pouco do plano, mas não importa… Pensei que só idiotas te seguia, mas me enganei, tinha também um amigo que estava do nosso lado. Um amigo que conseguiu ver o futuro brilhante à nossa frente.

Kent perguntou enquanto olhava para o Punho Grande que o havia traído.

— Por que está fazendo isso?

— Kent… obrigado por me apoiar até agora, mas não quero ficar cuidando desses mendigos arrombados pro resto da minha vida. Não quero viver sob seu comando como um mendigo pro resto da minha vida. Farei qualquer coisa para sair dessa merda! Então solte sua arma agora.

Punho Grande gritou ameaçadoramente para Kent, e sua voz ressoou no esgoto como se ele estivesse possuído pelo mal.

Kent largou no chão o bastão que estava segurando, enquanto emitia uma luz surpreendentemente frágil, mas bonita.

‘Por quê…?’

Tang!

Ao som solitário do bastão caindo, todos começaram a rir um por um.

— Fuhahahaha… que perdedor, ele largou a arma por um mendigo inútil!

— Hahahaha… Seu otário, tudo acaba se você morrer. E sabe o que mais? Sua gangue já deve estar morta agora! Esse era o plano original. Ah! Nossa gangue já deve ter chegado lá agora!

Oliver observou a cena sem falar nada.

Aquele que entregou sua arma por causa dele e o sequestrador que riu do ato.

Sendo honesto, Oliver sentia o mesmo que os sequestradores.

O ato de Kent abandonar sua arma não era uma ação razoável, até mesmo aos olhos dele.

Oliver se perguntou o porquê Kent estava expondo sua vida ao perigo para alguém que não tinha nada a ver com ele.

Na verdade, era algo óbvio do Kent fazer.

Afinal, foi ele quem ajudou Oliver sem nenhum motivo e o trouxe para o grupo de mendigos.

Altruísmo e uma atitude de auto sacrifício incompreensíveis, mas consistentes. Oliver queria saber o motivo de sua ação neste exato momento.

— Desgraça… Sabe como é a minha personalidade, quero te fazer sofrer por mais alguns dias, mas to muito ocupado aqui como pode ver. Então vou acabar logo com isso.

Henry falou ao dar alguns passos, enquanto apontava a arma, e então puxou o gatilho.

BANG!

— O quê…?!!

Todos falaram, estupefatos.

Eles olharam para a cortina preta e misteriosa que apareceu do nada e protegeu Kent.

Naquele momento, alguém falou: — Foi mal, mas ainda quero perguntar umas coisas para ele.

Todos olharam na direção do som.

Eles viram Punho Grande morto, porque foi perfurado por estacas negras, e Oliver que estava de pé na frente dele.

Todos olharam para ele sem dizer uma palavra enquanto tremiam de medo.


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