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Hail the King – Capítulo 100

O primeiro encontro entre eles. ‹ I ›

A antiga propriedade do ex-juiz militar Conca abrangia mais de 10 hectares e era um castelo de pedra auto-suficiente.

Dentro da mansão, havia riachos, florestas, pássaros e flores, mas a coisa mais extraordinária era a árvore perfumada que se erguia no ponto mais central do jardim. Sempre no outono, cresceria algumas poucas flores bege finas, dando uma aparência de um guarda-chuva amarelo gigante que se abria entre o céu e a terra, e que emitia um aroma rico que cobria a cidade de Chambord com um perfume doce. Pode-se dizer que a origem do nome do Reino de Chambord veio, em parte, a partir desta árvore perfumada.

(Nota: Chambord significa ondas de aroma em chinês)

Fei saltou do grande cão preto e acariciou sua cabeça dizendo para que ele obedientemente fosse para o lado e brincasse. Em seguida, ele acompanhou a guerreira Susan através da trilha arborizada na frente da mansão, passando por camadas e camadas de sentinelas. Depois de ser procurado pelos guardas pessoais da Princesa num total de seis vezes, ele finalmente chegou ao quintal pequeno e silencioso, o mais central da mansão, e viu a Princesa Tanasha, que estava sentada numa cadeira de balanço repousando sob a gigantesca árvore perfumada.

Essa foi a primeira vez que Fei viu a misteriosa Princesa.

Essa mulher na frente de Fei era mais magra do que ele imaginava e não era tão bonita, pelo menos se comparada com Ângela e Elena, que dariam às pessoas uma sensação de deslumbramento ao vê-las pela primeira vez. Ela só poderia ser considerada normal. Seus lábios eram cheios, o que não era muito compatível com seu corpo magro e rosto branco pálido. A cor vermelha dava às pessoas um indescritível sentimento de tentação. Seu cabelo era suave, bonito e brilhava sob o sol.

Ouvindo Fei entrar, a Princesa Tanasha não abriu os olhos.

Esta mulher estava sentada silenciosamente na delicada cadeira de balanço feita de bambu e videira verde. Seus dedos finos batiam suavemente numa batida desconhecida e, depois de perceber Fei, seu corpo inteiro parecia estar imerso na atmosfera descontraída. Ela era como um desenho, com os olhos ligeiramente cerrados e a boca fechada.

Depois que a guerreira Susan trouxe Fei, ela saiu sem dizer nada.

Agora, apenas Fei e a princesa ficaram no pátio.

A atmosfera era muito silenciosa.

No entanto, Fei não tinha a menor sensação de estranheza. Ele se aproximou arrogantemente, sentou-se numa cadeira de pedra não muito longe da Princesa Tanasha e examinou a árvore gigante na frente dele. Havia uma expressão casual em seu rosto, ao contrário de qualquer expressão normal que se esperaria de um príncipe ao sentar-se com a Princesa de um Reino soberano.

Mas, por dentro, Fei estava secretamente surpreso.

Isto era porque o senso afiado do modo bárbaro de Fei disse-lhe que neste pátio, aparentemente pequeno, havia pelo menos 20 fontes de existências poderosas. Somando com todas aquelas sentinelas ao longo do caminho, Fei tinha uma sensação muito estranha – parecia que esta misteriosa princesa estava se protegendo contra algum tipo de ameaça e era por isso que ela montou todos essas barreiras de aço intransponíveis em torno dela. Sob essa proteção cuidadosa, para não mencionar os seres humanos, mesmo uma pequena mosca não pensaria em ficar perto dessa princesa magra e frágil sem a devida permissão.

Nesse momento, Fei teve uma compreensão de que todos os membros do grupo do Emissário de Coroação do Império Zenit, assim como esta Princesa pálida e frágil, estavam em estado de extrema vigilância.

Eles pareciam se preparar nervosamente para um perigo iminente…

Mas… como isso seria possível?

A comitiva da Princesa chegou a Chambord, um pequeno país subsidiário de nível 6, para coroar um pequeno rei que acabou de se tornar um adulto, o que seria, normalmente, visto mais como uma viagem de passeio e, certamente, nada perigoso. Os líderes de Zenit poderiam apenas vir e relaxar, fazer algum turismo, e depois terminar a cerimônia de coroação…, mas a situação que Fei viu foi claramente o contrário do que se esperava. Um lugar tão fortemente guardado fez o rei Alexander suspeitar, que talvez logo, o Reino de Chambord enfrentaria uma guerra brutal.

Exatamente, o que aconteceu… ou o que ia acontecer?

O tempo passava silenciosamente.

A princesa permanecia sentada na cadeira de bambu balançando lentamente para frente e para trás. Ela não abriu seus olhos de safira, nem falou. Ela continuava batendo no braço da cadeira num ritmo que às vezes era rápido e às vezes lento, como se Fei, que estava sentado ao lado, fosse apenas uma ilusão de ótica e não uma existência real.

Fei também não queria falar primeiro.

Era como se os dois estivessem jogando um jogo de criança chamado “quem falar primeiro perde”.

Depois de mais uma dúzia de minutos, Fei sentiu-se entediado, então fechou os olhos para relaxar. Quem imaginaria que depois de um tempo, do quintal tranquilo viria um barulho de ronco… e esse som de ronco era como uma vara de merd* mexendo um pote de sopa, esmagando impiedosamente o pátio tranquilo e pitoresco.

A princesa na cadeira de bambu finalmente abriu os olhos.

Ela olhou para Fei, curvado, quase deitado no banco de pedra, e um olhar de surpresa passou pelos seus olhos. Seus finos dedos, que estavam batendo na cadeira de bambu, finalmente pararam. Ela se endireitou, observou cuidadosamente por algum tempo e, depois de confirmar que este jovem rei na frente dela estava realmente adormecido, um vislumbre de expressões faciais misturadas surgiu em seu rosto.

Ela ficou aturdida por um segundo e depois parou de se preocupar com os roncos de Fei, que gradualmente ficavam mais altos. A Princesa parecia estar acostumada com isso agora.

Ela repousou de volta na a cadeira de bambu.

Mas, desta vez, ela não fechou os olhos. Seus olhos azul-celestiais de safira fitavam friamente o céu azul e ninguém poderia dizer o que ela estava pensando. A fragrância das pétalas amarelas perfumadas lentamente derivava dos ramos da árvore gigante, espalhando seu aroma através do ambiente.

O som do ronco ao lado dela perfurava seus ouvidos, contudo era harmonioso.

Os guardas, que se escondiam nas sombras, viram essa cena e todos eles ficaram chocados.

“Este pequeno rei, a ignorância realmente o faz destemido. Ele está sendo rude na frente da nossa Primeira Princesa… na capital de Zenit, São Petersburgo, nem mesmo o Imperador Yashin do Império Zenit se atreveria a fazer isso, certo? ”

Acontece que eles não sabiam que, nesse momento, Fei já tinha viajado para outro mundo.


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