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I Don’t Want This Reincarnation – Capítulo 2

Abrindo Meus Olhos (2)

Quando retornei ao quarto, notei que os pedaços do copo de vidro antes quebrado foram removidos, e que curativos juntos a remédios estavam sobre uma mesa.

Não demorei para tratar habilmente meu braço ferido, que, por alguma razão, não sangrava tanto como antes; e arranjar um pedaço de papel e uma caneta; eu precisava organizar objetivamente minha situação.

Primeiro de tudo, o pedido de Cheon Sa-yeon… Isso tinha que ser feito.

Caso eu não acompanhasse o progresso original da novel agora, poderia acabar surgindo algumas diferenças futuras não favoráveis para mim, e claro, eu também não estava em posição de desafiar abertamente um antagonista… 

Cheon Sa-yeon era realmente um vilão mórbido, logo, desobedecer suas ordens tão precocemente apenas faria que uma punição implacável me fosse reservada. No fim, o certo agora seria ficar de olho nele, pelo menos até que encontrasse um lugar para me esconder.

Vup—

Comecei a registrar meus pensamentos numa folha.

1. Qualquer dor ou sensação neste corpo parece real. A morte aparenta ser possível.

2. Para ficar “confortável”, preciso levar em conta o que aconteceu antes por aqui.

3. Preciso arranjar uma maneira de romper minha ligação com Cheon Sa-yeon.

Escrevi isso antes de pôr a caneta de lado e relaxar as minhas costas no sofá.

Era certo que eu teria que ir até a Imperatriz das Chamas Vermelhas amanhã e sequestrá-la, mas também havia tantas coisas que eu não sabia…

— Como uso minhas habilidades…?

Mesmo estando confiante de que poderia utilizar bem uma faca ou uma arma, isso não seria uma ameaça para alguém que manejava livremente um elemento natural como o “fogo”.

Já olhando para minhas mãos vazias, as lembranças das minhas originais, que não eram muito bonitas, mas sim cheias de cicatrizes e hematomas, vieram-me à mente.

No entanto, mesmo voltando a focar nestas belas mãos, nenhum sinal da habilidade de vento deste corpo era visível… Mesmo que na novel,  Han Yi-gyeol fosse capaz de lidar com o vento de maneira habilidosa.

— Haa…

Continuei olhando para as minhas palmas abertas por um tempo até que um sentimento de exaustão dominou meu corpo, foi estranho, até porque não tinha feito nada demais enquanto acordado.

“Que merda eu fiz para acabar sob o controle daquele cara?”

Após ter clicado minha língua, fui me deitar na cama…

Na minha vida passada, cresci como órfão e batalhei para viver. Se eu tivesse a habilidade de controlar o vento, era certo que teria tido uma vida mais confortável e livre… bem, mas essa não era a questão.

Han Yi-gyeol estava preso nesta situação à força por causa de sua irmã mais nova.

Na verdade, eu também não conseguia entender nem mesmo isso, afinal, nunca tive nada como uma irmã mais nova em minha vida original.

Agora deitado, fechei meus olhos, deixando para trás alguns pensamentos desagradáveis. E, num instante, minha consciência se turvou e a escuridão caiu.

◊ ◊ ◊

— A-Argh…  Ugh— Ic!

Enquanto desabava dolorosamente, suas mãos tocaram no piso áspero e sua visão foi desfocada por conta das lágrimas quentes que escorriam por seu rosto.

Tal indivíduo mal levantou a cabeça enquanto usava uma voz trêmula e hesitante para suplicar miseravelmente.

— Po-Por favor, fique comigo, fi—

— Que irritante.

A voz que cortou suas palavras instantaneamente carregava um ar frio, e era acompanhada por um olhar de desprezo.

— Han Yi-gyeol, eu falei claramente… usei sua irmãzinha como desculpa durante todo esse tempo, mas agora isso acabou. Ela está morta e você é inútil.

— …

— Se entende, não apareça novamente na minha frente. Caso contrário…

Sem terminar suas palavras, a pomposa silhueta virou as costas; as mesmas para qual Han Yi-gyeol olhava enquanto agarrava seu peito firmemente.

— N-Não, não… não, eu…

“Se você for embora também, como posso viver sozinho?” Essa seria uma das coisas que seu pobre coração parecia dizer enquanto se espremia em dor.

— Po-Por favor…

Ele forçava seu fraco corpo a estender uma mão, mas nem mesmo a bainha do manto adiante podia ser tocada.

— Por favor… Por favor, me leve junto. Fa-Farei qualquer coisa, eu prometo…

— Leve-o embora.

— Certo.

Com seus dois braços pegos rapidamente a força, Han Yi-gyeol tentou canalizar o vento nas ponta de seus dedos para se soltar, entretanto, ele não conseguiu fazer nada. Pois temia ser odiado ainda mais caso se rebelasse aqui… Bem, embora soubesse que já era tarde demais.

— U-Ugh… P-Por favor… por favor…

◊ ◊ ◊

Quando meus olhos se abriram…

— Por favor…

Involuntariamente, murmurei algo e, de maneira hesitante, me levantei — tendo feito isso, notei que, quando minha cabeça foi abaixada, algumas lágrimas caíram sobre o cobertor. — Meu estômago também parecia agitado e meu corpo nervoso.

— Haa…

Soltando um suspiro, passei a mão sobre o rosto, que estava suado e me senti levemente sujo.

— Cheon Sa-yeon… idiota.

Pelo visto, eu parecia estar derramando lágrimas preciosas por um imbecil… Com raiva, não demorei para tirar minhas roupas e ir ao banheiro a fim de me refrescar.

Com o banho tomado, me sentindo um pouco melhor, verifiquei a hora; já passava das 11 da manhã.

Vesti um roupão, bebi água e comecei a pensar calmamente.

“Por que de repente tive esse sonho?”

Sendo mais específico, a parte em que Cheon Sa-yeon abandonou Han Yi-gyeol… Isso se encontrava no meio da novel, portanto, era algo que não deveria se enquadrar na minha situação atual.

— Não faço ideia…

Pousei meu copo de água e suspirei.

Por hora, era mais fácil pular as dúvidas nas quais não se tinha as respostas e ir para aquelas que precisavam ser verificadas.

Ergui minha mão, flexionei meus dedos e fechei meus olhos…

Por um breve momento, houve uma parte no meu sonho em que Han Yi-gyeol tentou usar seus poderes; decidi repetir seus passos.

Segui me concentrando até que uma estranha e gélida sensação foi sentida em meu coração e começou a percorrer pelo meu corpo… Não demorou para que eu tomasse seu controle.

— Haa…

Deixando a energia fluir através de meus braços e minhas mãos, um som de vento assobiando, como na novel, foi ouvido.

Neste mesmo momento, abri meus olhos e apontei para o copo de vidro com minha mão.

Vuum~

E então, a água restante no recipiente começou a flutuar no ar na forma de um redemoinho. Tudo aquilo era estranho, mas…

“Se eu não tivesse sonhado, teria sido complicado descobrir.”

Fiquei feliz por saber como usar um pouco da minha habilidade; queria até testar mais a magnitude de sua força… Porém, não podia fazer bagunça neste quarto, então seria melhor ir lá fora. Além disso, a imperatriz também tinha que ser raptada.


Mais tarde, pedi que o serviço de quarto me trouxesse o almoço mais caro. Bom, antes disso, acabei descobrindo que tudo aquilo não passava de quartos de um hotel que Cheon Sa-yeon alugou.

Logo, como ele era o mestre de uma guilda famosa, aquele custo não seria um problema.

Click!

Esperando pelo jantar, liguei a TV e o noticiário começou a ser reportado: Essa seria a melhor maneira de descobrir o que estava acontecendo no mundo. 

Observando com interesse, arregalei meus olhos para a voz do locutor que se seguiu…

[A “Imperatriz das Chamas Vermelhas”, Cha Soo-yeon, que saiu para fazer um reconhecimento na área G7, está retornando hoje. A maior parte desta área é habitada por monstros de Rank B e, por ser tão ampla, não é fácil de se compreender. Espera-se que ela saia do portal por volta das 15 horas. Atualmente a guilda…]

Feito isso, comecei a olhar cuidadosamente para a foto ao lado do anunciante. Uma mulher de cabelo ruivo, olhos escuros e lábios levemente erguidos estava a ser exibida.

“Cha Soo-yeon…”

Mesmo que esta fosse uma novel focada no público masculino, aquela personagem possuía uma beleza indescritível; era definitivamente quem apareceu na obra… Bem, mesmo que só fosse uma coadjuvante que teve apenas algumas aparições no início.

Quando a explicação do locutor foi finalizada, a tela mudou, e um repórter no portal da área G7 iniciou a transmissão no local: Toda a área sendo gravada estava lotada de repórteres e de membros da mesma guilda de Cha Soo-yeon… E eu tinha que sequestrá-la? Isso tá me deixando louco.

Toc! Toc!

O serviço de quarto chegou quando a transmissão no local terminou e passou para a próxima reportagem.

— Haaa…

Após saborear o almoço caro, suspirei em alívio, troquei para as roupas preparadas por Cheon Sa-yeon e peguei minha carteira.

Infelizmente, eu teria que ir até o portal da área G7.

Por um momento, pensei se pelo menos um guarda me seguiria, mas quando abri a porta, vi que não havia ninguém no corredor.

Saí do hotel sozinho e, com minha mão, escovei a parte de trás do meu cabelo.

Inicialmente era certo de que poderia estar hesitante em relação a minha liberdade, especialmente por conta da minha irmã mais nova. Por outro lado, agora, parecia estar tudo bem.

Ah, acabei descobrindo também que este mundo em que me encontrava pela primeira vez era mais comum do que esperava.

Não havia carros voadores, monstros circulando pelas ruas ou algo parecido.

Pensando bem, em “Abismo”, foi dito até que poderia haver um usuário de habilidade especiais entre pelo menos mil pessoas. E que mesmo dentro desse número, as habilidades variavam de acordo com o rank. Sendo assim, havia muito poucas figuras com a capacidade de entrar em portais onde os monstros habitam.

— Mas está além das minhas vontades.

Andando pela rua, acariciei meus pulsos; eu queria verificar quão forte era minha habilidade… Contudo, por este mundo ser pacífico, caso algum usuário de habilidade utilizasse seu poder em qualquer lugar, poderia ser preso pela polícia.

— Fogo!

Subitamente, enquanto pensava sobre o que fazer, um grito agudo rompeu do outro lado da rua.

— O prédio está em chamas!

— …

Devo chamar isso de oportunidade?


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