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I Don’t Want This Reincarnation – Capítulo 56

Santuário Oculto (4)

Além da escuridão, havia uma saída que emitia uma luz branca.

Seguimos por ela, mas o buraco negro da 14ª sala, por onde Ha Tae-heon havia caído antes, apareceu abaixo de nós, e bem em minha frente estavam os membros da guilda, todos bastante surpresos com nossa aparição.

— Vi-vice-mestre!

— Meu Deus! Vocês estão bem?

— O que aconteceu?

À medida que os membros da guilda se aproximavam, fui ficando menos tenso. Até que…

Kugugung!

— Nossa!

— A porta…

Quando a porta se abriu, os membros da guilda ficaram surpresos e alternaram olhares entre Ha Tae-heon e ela. Ao perceber, Ha Tae-heon suspirou.

— Vamos sair daqui, depois conversamos.

Após sair da sala, a segunda equipe que estava na outra nos cumprimentou. Não importava quanto tempo tivesse passado, ou se não tivéssemos voltado, eles teriam esperado por nós depois de limpar a sala.

Ha Tae-heon conversou com os membros da guilda que estavam confusos com a situação.

— Encontramos um monstro de nível S+ em uma área distante.

Tinha muitas testemunhas para fingir que nada havia acontecido, então foi melhor dizer a verdade.

Além disso, depois que eu e Ha Tae-heon desaparecemos, tivemos que contar o incidente à primeira equipe, que provavelmente ficou aterroriza ao ficar trancada na 14ª sala por 3 horas.

Depois de ouvir uma explicação detalhada, os membros da guilda finalmente compreenderam o nosso estado físico.

— Então é por isso que vocês estão nesse estado….

Quando um dos membros da guilda murmurou, eu sorri de forma envergonhada e toquei meu rosto. Mal pensei no meu estado depois de tudo que aconteceu.

Ha Tae-heon não parecia tão abalado, tirando as manchas de sangue em seu rosto.

— O espaço estava distorcido devido a uma anomalia no portão, então acho que enfrentamos um monstro oculto.

Ao ouvir a explicação de Ha Tae-heon, voltei meu olhar para trás. A estátua da deusa ainda estava de pé no meio do salão, na mesma posição.

“Obviamente, a primeira vez que ouvi a estátua da deusa se mover foi neste salão. Sendo assim, será que esta estátua também se tornaria um monstro?”

O padrão que Ha Tae-heon descobriu no chão do espaço retorcido também era suspeito. Se realmente houvesse um item escondido debaixo dele, provavelmente seria um de classe alta.

Nem mais, nem menos, eu só desejava um de classe S. Como já há um casaco de classe SS para defesa, poderia ser um item de ofensiva.”

Foi bem legal imaginar o Ha Tae-heon lutando com uma arma de classe S.

Eu estava sozinho entre os membros quando alguém da guilda olhou para mim e perguntou:

— A propósito, vice-mestre, qual é sua relação com Han Yi-gyeol-ssi?

Opa…

Só então relembrei da cena de quando o Ha Tae-heon caiu. Gritei por ele e pulei para salvá-lo sem pensar duas vezes. Definitivamente não era algo que você faria por alguém que conheceu pela primeira vez.

O que eu deveria fazer? Que desculpa deveria dar? Olhei para Ha Tae-heon com uma expressão perturbada. Fui evasivo ao dizer rapidamente que não havia relacionamento.

Ele, porém, olhou calmamente para os rostos curiosos ao seu redor e disse:

— Han Yi-gyeol e eu.

Naquele momento, fiz contato visual com Ha Tae-heon. O admirei por tentar explicar.

“Você vai saber o que dizer, Ha Tae-heon.”

Ele seria capaz de superar esta situação habilmente. Porque ele estava sempre preparado para várias situações. Você consegue. Acredito em você.

— Nos conhecemos há muito tempo.

— O quê?

Fiquei tão surpreso que retruquei.

Ha Tae-heon apontou para mim e acrescentou:

— Nos conhecemos desde antes de eu despertar. E ainda temos uma boa amizade.

Você está louco?

Os membros da guilda estavam animados e conversando como se não conseguissem nem mesmo ver minha expressão desnorteada.

— Não é de se admirar. A atmosfera entre vocês era estranha.

— Antes mesmo de acordar!

— Por que não disse que era íntimo do Mestre da Requiem?

— Ele não é qualquer um.

Todos começaram a fazer julgamentos sobre mim. Forcei um sorriso e cutuquei Ha Tae-heon com o cotovelo.

Ele me olhou de relance, e ainda acrescentou.

— Pensei que seria complicado explicar que já nos conhecíamos, então pedi a Han Yi-gyeol que agisse como se estivéssemos nos encontrando pela primeira vez. Ele estava apenas seguindo minhas ordens, então, por favor, não o condenem.

— Ha. Haha.

Os membros então me viram de outra forma. Até tive vontade de chorar.

“Estou ficando louco.”


Depois de tanto alvoroço, saímos apressados do portal. Assim que Ha Tae-heon saiu, os repórteres que estavam esperando lá fora rapidamente empurraram seus microfones na nossa direção.

De certa forma, os guarda-costas até tentaram nos resguardar, mas rapidamente toda a área virou uma confusão com repórteres e espectadores que estavam desesperados para obter uma foto ou uma entrevista.

No meio disso tudo, tentei escapar, mas fui pego por Kim Soo-hwan.

— Yi-gyeol-ssi…

Kim Soo-hwan me chamou com uma cara triste, com uma voz cheia de pesar que inundou minha consciência.

— Não posso acreditar que é próximo do vice-mestre…

— Eu, era… Kim Soo-hwan-ssi, eu…

— Estou envergonhado de ter te dito que sou fã dele e contado tanta coisa.

— Não. Não pude te contar antes …

— Tudo bem. Ouvi dizer que você seguiu ordens. Não podia desobedecer.

Kim Soo-hwan deu um sorriso falso e encolheu os ombros. Parecia que ele fingiu estar desapontado e que estava tirando sarro de mim.

— Falando nisso, me passe seu número. Vou te mandar um convite mais tarde. Até porque você quer se juntar ao fã clube, não é?

— Claro que sim.

Graças a Deus, fiquei tão aliviado. Coloquei meu número no telefone de Kim Soo-hwan.

— Da próxima vez que nos encontrarmos, vamos fofocar sobre o vice-mestre!

— Haha, combinado…

Eu não sabia como agir como fã, mas concordei no momento. Verifiquei Ha Tae-heon, que estava sendo entrevistado rodeado de repórteres. Agora era minha chance de escapar.

— Kim Soo-hwan-ssi, preciso ir andando.

— Hã? Você já está indo? Por quê? Vamos festejar!

— Não, tenho assuntos urgentes para tratar. Na próxima, eu apareço.

— Então acho melhor que se despeça do vice-mestre…

— Não, ele vai entender. Então, tchau.

Recusei diretamente e deixei a Área D17 como se estivesse fugindo sem olhar para trás.


Tack, tack.

O som do teclado preenchia o ambiente. Vários monitores grandes iluminavam a sala escura. O homem pequeno, que se sentava à sua frente, murmurava e movia suas mãos incessantemente.

Clink. Kkiik-

Uma porta de ferro grossa se abriu e alguém apareceu. Assim que entrou na sala, o homem vestindo uma camisola preta de estádio e um boné amassado chutou uns computadores próximos.

Bang!

— Ah merda, você me assustou. O que quer?

O homem, que estava cantarolando uma música, sem saber que alguém estava entrando, assustou-se com o barulho repentino, virou sua cadeira e olhou para trás. Vestido com um capuz cinza e cabelos desgrenhados, óculos grandes com chifres, aproximou-se da visita.

— Quem é você? Ninguém pode entrar aqui…

— Sou eu.

Embora fosse a primeira vez que tinha visto seu rosto, sua voz era familiar. Além disso, tinha aquela impressão estranha. O homem pensativo revirava os olhos. De repente exclamou com uma expressão amigável:

— Kim Woo-jin! Kim Woo-jin, certo?

— Hum…

Ele tirou o chapéu e desligou sua habilidade, revelando seu cabelo ruivo. O homem saltou de susto e cuidadosamente se aproximou dele.

— Não acredito! Quanto tempo! Já faz quantos anos?

— Não sei.

Kim Woo-jin respondeu friamente, batendo no homem que estava pendurado em seu braço. O homem sorriu.

— Você continua o mesmo. Mas me diga, está aqui para me ver?

Mesmo assim, apeesar daquele sorriso provocador em seu rosto, ele não quis admitir. Kim Woo-jin aproximou-se do computador e sentou-se na cadeira onde o homem estava sentado.

— Hyde.

— Hm?

— Preciso que descubra uma coisa.

— Nossa.

Com essas palavras, o homem, Hyde, apresentou uma expressão de surpresa.

— O que aconteceu? Sequer deu notícias esse tempo todo.

— Porque não precisava.

— E agora precisa?

Hyde, que arrastou uma nova cadeira do canto, sentou-se em frente a Kim Woo-jin.

— Sim.

— O que é? Me conte. Como sou muito bom, não aceito nenhum pedido externo.

Ele, murmurando, remexeu o casado e puxou dois pirulitos do bolso. Sabores limão e morango. Depois de pensar um pouco, Hyde ofereceu o sabor de morango à Kim Woo-jin, que logo recusou:

— Pode guardar.

— Por quê? É gostoso.

— Não quero.

Sensível. Hyde colocou o sabor de morango de volta em seu bolso e enfiou o doce de sabor limão em sua boca.

— Se veio até mim, não é algo simples.

— Há muitos rumores sobre problemas nos portais. Você ouviu algo?

— Claro, mas… por que esse interesse repentino nos portais? Ouvi dizer que se juntou a uma guilda. Eles te pediram para descobrir algo?

Kim Woo-jin não respondeu.

— Não… Se fosse a Requiem, eles não teriam pedido isso a você.

Ao ver o colega nervoso, os olhos de Hyde cintilaram de curiosidade.

— Quem é? Quem fez você vir até mim pela primeira vez em anos e pedir isso?

— Você não precisa saber.

— Uau.

Com uma expressão desagradável, Kim Woo-jin chutou a cadeira de Hyde na sua frente sem piedade. As rodas da cadeira escorregaram e Hyde lutou para não cair.

— Que merda! Posso ajudar, mas você precisa me contar!

— Sei que vai descobrir mais do que o que quero saber. Por que eu deveria contar?

— É mais divertido assim!

— Droga, é por isso que eu não queria vir aqui…

O olhar de Kim Woo-jin estava mais severo, parecia saber algo, e logo argumentou.

— Não, não. Ei, te contei, então dê uma checada primeiro.

— Sério? Claro que por mim está tudo bem. Mas o que tá acontecendo?

— Antes, colete informações sobre o que está acontecendo atualmente nos portais. Incluindo os que tiveram anomalias. Voltarei em busca de respostas.

— Isso é fácil.

— E…

Kim Woo-jin falou com uma voz mais calma.

— Há um usuário de habilidade chamado Han Yi-gyeol. Investigue ele.

— Han Yi-gyeol?

— Se procurar por ele, encontrará algo sobre sua irmã… Nisso, quero mais detalhes.

— Han Yi-gyeol. Han Yi-gyeol…

Onde ele ouviu esse nome? Pensou mais sobre isso e logo lembrou da notícia.

— Ah, lembrei. Aquele mercenário de rank A, certo? Ele disse que era amigo do Mestre da Requiem.

— Nem tanto assim.

— Mas todos dizem que são.

— Eles não são amigos.

Kim Woo-jin estava enfurecido. Por que isso?

— Tudo bem, não ligo pra isso… Só tenho que ficar de olho no Han Yi-gyeol, certo?

— Ficar de olho… ei. Por que você está falando assim?

— Então, de que outra forma você descreveria “buscar informações”?

— Apenas, você sabe, falar com ele…

— Que bobagem…

Hyde fez uma expressão de indignação. Kim Woo-jin, seu idiota, acho que você perdeu um pouco de sua sanidade enquanto não estávamos juntos.

— Ah foda-se, de qualquer forma…! Descubra tudo. Você entendeu?

— Sim. Não se preocupe.

Kim Woo-jin suspirou profundamente em resposta e se levantou.

— Já está indo embora? Não te vejo há muito tempo. Por que não saímos?

— O que faríamos em um lugar como esse? Tô fora.

Kim Woo-jin partiu sem olhar para trás.

Clink, bang!

Enquanto a porta de ferro se fechava com um som alto, Hyde, que estava sentado em uma cadeira, girava enquanto pensava na situação.

— Continua mal-humorado.

Mesmo depois de vários anos, nada havia mudado. Enquanto resmungava, ele se lembrou do pedido de Kim Woo-jin.

— Han Yi-gyeol.

Tap.

Quando pesquisou pelo nome na internet, várias notícias apareceram.

Quando viu seu rosto, Hyde sorriu.


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