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I Don’t Want This Reincarnation – Capítulo 9

Esse ou Aquele Cara (1)

Eu achava que a Cha Soo-yeon estaria me esperando lá fora, contudo, Ha Tae-heon era o único que eu podia ver… Parecia que ela tinha ido embora primeiro.

— Pensei que também tivesse ido embora.

— Temos que terminar nossa conversa.

Com uma expressão intrigada, declarei: — Estou falando sério sobre lhe dar um item. Eu tenho algo a gan—

— Suas circunstâncias não importam. — Ha Tae-heon arregaçou a manga de sua camisa e continuou falando, irritado: — Você deve saber quanto dano causou à nossa guilda. Não resista, apenas me siga.

— Seguir… calma. Para onde?

— Para a guilda.

“Guilda?”

Pisquei meus olhos.

Não pode ser…

— Ha Tae-heon-ssi, só estou perguntando por acaso, mas… Você planeja me levar para a Guilda Roheon agora?

— E se for?

Dei um passo para trás em pânico.

— Acha que eu seria louco para segui-lo? Falei claramente que, mesmo que use a força, nunca vou falar sobre o—

— Então me explique com essas suas falas mansas…

Interrompendo minhas falas novamente, Ha Tae-heon voltou a me encarar.

— Como poderei confiar em você e deixá-lo partir quando a única coisa que tenho são suas palavras de sequestrador? Como entrarei em contato com você mais tarde?

— Err…

— Além disso, como vai voltar? O único carro que resta aqui é aquele que eu trouxe.

— Ah.

Pensando bem, vim no carro de Cha Soo-yeon quando cheguei aqui, então eu não tinha mais um transporte para voltar.

Me sentindo um pouco constrangido, respondi da maneira mais maliciosa que pude: — Você está preocupado comigo?

— Não diga besteiras.

— De todo modo, mesmo que queira me prender, não posso te seguir. — falei com calma, mas, sem me dar conta, a tensão fluía cada vez mais por meu corpo.

Eu já sabia, mas quando realmente enfrentei Ha Tae-heon, a diferença de poder entre nós se tornou ainda mais aparente.

Quanto tempo eu seria capaz de sobreviver se ele decidisse atacar de maneira mais séria?

“Provavelmente 10 minutos… Mesmo que eu tente fugir, serei pego rapidamente.”

Ha Tae-heon olhou para mim sem responder minhas palavras.

Enquanto o silêncio continuava, um suor frio se formou nas minhas costas e meus punhos se cerraram. E, acima de tudo, era difícil para eu ficar parado por não estar me sentindo bem.

— Não tenho a intenção de desperdiçar energia com você…

Ha Tae-heon tinha aberto a boca depois de muito tempo; fazendo me preocupar ainda mais.

— Vou levá-lo para a guilda para assinar um contrato.

— Contrato?

— Você pediu que fizéssemos um acordo.

Me deparando com essa fala, hesitei por um momento e depois acenei com a cabeça.

— Você quer fazer um contrato para um acordo?

— Eu tenho três coisas a estabelecer ao seu respeito. Primeiro, um acordo justo. Segundo, um meio de contato. Terceiro, informar a mestra da guilda de sua presença.

— …

— Você e eu escreveremos um contrato com o mesmo conteúdo. E o processo será realizado na frente da mestra.

Esse contrato… seria uma oportunidade ou um veneno para mim?

Ponderei com a maior calma possível. E, depois de ter tido tempo para pensar em várias possibilidades, sorri um pouco e abrir a boca.

— Que tal deixarmos de lado essa questão dos meios de contato? Em vez disso, acrescentaremos: “Irei encontrá-lo na hora certa e, se não cumprir isso, serei penalizado”.

— Por qual razão?

— Não estou numa situação em que possa decidir as coisas apressadamente.

Peguei meu celular e o acenei para Ha Tae-heon.

— Ele não é seu…

— Isso. Tudo o que conversarmos acabaria indo direto para o meu chefe. Eu meio que odeio isso.

— …

Ha Tae-heon pensou em algo por um momento e depois se virou com uma expressão indiferente.

— Vamos voltar primeiro.

Não sei se ele aceitou minha proposta ou não…

Comecei a arrastar minhas pernas cambaleantes e rapidamente o segui.

◊ ◊ ◊

— Então…

A mulher que estava me olhando da cabeça aos pés disse com uma expressão confusa: — Você está dizendo que trouxe o sequestrador? Para a nossa guilda?

— Não sou um sequestrador, mas sim um convidado de negóci—

— Sim — respondeu Ha Tae-heon, cortando minhas palavras.

A mulher, ou melhor, a Mestre da Guilda Roheon, sorriu com a resposta que recebeu do protagonista e o levou para um pouco mais longe.

— Que tipo de besteira é essa? Entregue-o imediatamente à polícia!

— Então não quer o item Rank S?

— Você acredita nisso?

— Não acredito.

— Então por que você…

Ha Tae-heon levantou levemente o canto de seus lábios.

— Acredito no contrato. Se assinarmos um, nem mesmo esse larápio filho da puta será capaz de quebrá-lo.

“Larápio…? Ele está falando de mim?”

— Haa… Tae-heon. Você não faz esse tipo de coisa.

Mentira, isso certamente é algo que ele faz.

Ha Tae-heon era o tipo de pessoa que se vingava perseguindo sua presa até os confins do mundo. Ele era um homem de extraordinária persistência e obsessão.

“Era justamente por isso que não conseguia parar de entrar em conflitos com Cheon Sa-yeon, que também era tão ou mais persistente do que ele.”

Entretanto, o melhor continuava sendo o protagonista.

Se Ha Tae-heon era do tipo que usava a cabeça, Cheon Sa-yeon era do tipo que usava tudo ao seu redor; ou seja, pessoas não passavam de meios para que ele conseguisse o que almejava.

— Aquele portal já se foi. Acho que temos que compensar essa perda.

— Mas um portal como aquele…

— Não acho que seja um portal normal.

— Exatamente.

Quando entrei na conversa, a Mestra da Guilda Roheon me olhou de relance.

Comparado ao aspecto do Ha Tae-heon, não foi nada assustador, então sorri de propósito.

— É um Portal Rankeado.

— Como era de se esperar — falou Ha Tae-heon enquanto acenava a cabeça com um rosto que indicava esperar minhas palavras.

A mestra da guilda, que viu isso, voltou a falar com uma voz afiada: — Acho que era um de Rank A. Isso não é nada para nossa guilda.

Depois de ouvir tais palavras, calei minha boca de propósito com um sorriso.

Não havia necessidade de dizer ao Mestre da Guilda Roheon que este portal era de Rank SS.

Quando não a respondi, ela enrugou ainda mais a testa. E assim, Ha Tae-heon logo a impediu de dizer algo a mais.

— Enfim…

A Mestre da Guilda Roheon, que aparentava estar um pouco insatisfeita, decidiu que tinha que me mandar embora primeiro, e então começou o processo para a formação do contrato imediatamente…

No fim, o lugar onde eu, Ha Tae-heon, e ela estávamos atualmente, era a grande sala de visitas dentro da Guilda Roheon.

Lá havia um sofá macio e espaçoso, uma mesa luxuosa e um chá perfumado… E mesmo assim, eu me sentia desconfortável.

No fim, só querendo sair dali o mais rápido possível, comecei a verificar rapidamente o contrato.

“Informações pessoais, blá blá blá… isso realmente não importa.”

Aquele era um contrato afirmando que, se eu não fornecesse o item de Rank S ou superior a Ha Tae-heon, acabaria por receber penalidades.

Continuei olhando para cada passo a passo e, então, chegando em uma certa parte, indaguei a Ha Tae-heon, que estava sentado e escrevendo à minha frente.

— Não há nada no contrato sobre como manter contato. E quanto a isso?

— Vou consertar isso agora.

Ha Tae-heon tirou algo do bolso do seu de seu terno e me entregou.

O que recebi foi um pequeno e velho celular dobrável: havia apenas um número armazenado no registro telefônico.

— Este é um celular especialmente projetado que só pode ser contatado pelo meu número. Logo, serei eu que me encarregarei dos nossos contatos.

— Hmm…

Eu esperava isso desde o momento em que informei o protagonista sobre minha situação, que eu era monitorado por Cheon Sa-yeon. Contudo, de alguma forma, acabei me sentindo estranho em recebê-lo.

No entanto, não demorei para tal, decidindo aceitar o celular, guardá-lo e falar: — Certo, acho que entendi.

As sobrancelhas de Ha Tae-heon tremeram como se não gostasse da minha resposta fraca, mas, felizmente, ele não perguntou nada.

— A propósito, por favor, inclua o que eu quero no contrato.

— O que você quer?

— Quando receber o item, faça um favor por mim… Não importa quando for.

— Certo…, mas colocarei um limite nisso.

— Não importa. Ha Tae-heon-ssi, vou pedir para que você faça algo que não lhe causará nenhum dano ou a alguém ao seu redor.

Meu contrato e o do Ha Tae-heon, que foram completamente escritos com o conteúdo adicional, foram trocados.

A Mestra da Guilda Roheon, que estava ignorando a situação, desligou a câmera; sendo a testemunha, ela tinha que assistir até a última declaração para o contrato proceder justamente com honra.

— Se quiser o vídeo, eu o enviarei a você.

— Não é necessário.

Em primeiro lugar, não era como se me faltasse confiança em Ha Tae-heon. E, muito pelo contrário, eu esperava ganhar mesmo que só um pouco de sua credibilidade através deste incidente.

— Han Yi-gyeol…

— Sim?

Olhei para frente porque pensei ter ouvido meu nome, mas apenas me deparei com Ha Tae-heon, seriamente, lendo o contrato.

“?”

Me senti incomodado, mas achei que não era nada demais.

Assim, como o contrato havia terminado, eu só queria sair deste lugar. E a essa altura, eu já sabia que a notícia do retorno de Cha Soo-yeon para a Guilda Jayna teria chegado a Cheon Sa-yeon…

Agora, eu realmente tinha que voltar.

Felizmente, a Guilda Roheon e a Guilda Requiem não estavam muito distantes.

— Então… vou indo~

Me curvei e deixei a sala de visitas.

Eu estava muito cansado, exausto e meu rosto se encontrava dolorido; só queria voltar e descansar…


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