(Sentinela): “Na-navio pirata avistado!!”
A tripulação do navio entrou em pânico no momento que eles ouviram o grito da sentinela. Do mesmo modo, as crianças imediatamente pararam de comer e começaram a olhar ao redor com rostos preocupados em seus rostos.
Sério? Vamos nos livrar desses retardados malditos! Fran estava começando a relaxar e se divertir! Eu não VOU deixá-los escapar disto.
Os gêmeos imediatamente foram até o Capitão, que prosseguiu explicando a situação.
(Capitão): “Parece que estamos a ponto de ser atacados por uma frota de piratas”
(Flut): “Frota? Quantos?”
(Capitão): “Oito navios no total”
Huh, esse era na verdade um número bem decente.
(Flut): “O que você acha de nossas chances de despistá-los e escapar?”
(Capitão): “Temo que isso não seja possível. Eles têm até uma lancha”
(Flut): “Então devemos lutar?”
(Capitão): “Com o devido respeito, Sua Alteza, eu desejo que você e sua irmã embarquem em um barco salva-vidas e escapem”
(Flut): “Não seria possível para todos nós embarcarmos no mencionado bote salva-vidas?”
(Capitão): “Nós poderíamos fazer isso, mas a maioria de nós precisaria ficar para trás com o objetivo de lutar com os piratas e assim atrair a atenção deles. O plano é fazer Suas Altezas escaparem junto das crianças e alguns poucos selecionados”
(Flut): “Eu me recuso a permitir que isso aconteça. Eu não posso me permitir escapar enquanto sacrifico meus vassalos”
(Satia): “Eu também apoio os sentimentos do meu irmão. Nos recusamos a escapar sozinhos”
Se eu ainda fosse humano, eu provavelmente estaria acenando com a cabeça em aprovação. Eu gostava da forma que o Príncipe e a Princesa pensavam. Normalmente, este tipo de situação seria resolvido ao fazer alguns subordinados agirem como distração enquanto eles escapavam. Na verdade, eu poderia dizer que escapar ao custo da vida dos outros era precisamente seu dever como Realeza. A única forma de descrever as duas Realezas, atualmente protestando sobre essa exata ação, era dizer que eles eram ingênuos.
Mas isso era bom. Eu gostei muito deles, e eu realmente não achava que havia qualquer problema com a Realeza agindo da forma que eles agiam.
(Serid): “Eu também sou contra a ideia”
(Flut): “Você também Serid? Entendo, você reconhece o valor de fazer todos nós escaparmos juntos”
(Serid): “Eu também sou contra essa ideia. Eu acredito que seria melhor se nos rendêssemos”
(Salrut): “Quê!? Seu tolo! Como você pode simplesmente considerar a ideia de render-se!?”
Salrut rugiu com raiva em resposta a súbita sugestão de Serid.
(Serid): “Não podemos derrotá-los em combate”
(Salrut): “E é precisamente por isso que nós devemos permitir que o Príncipe e a Princesa escapem enquanto obtemos o tempo que eles precisam!”
(Serid): “Então você está dizendo que acredita que os dois vão ser capazes de navegar pelo oceano e voltar em segurança para casa com nada além de um barco a remo? Seria muito mais favorável declarar as identidades de Suas Altezas e nos rendermos. Piratas são primitivos, mas seria completamente absurdo para eles estarem dispostos a fazer de nosso país seu inimigo. Eu posso garantir que os piratas não vão ferir o Príncipe nem a Princesa, mas ao invés disso, vão exigir resgate como compensação pela segurança deles. Não há motivo para nós resistirmos. Resistir não fará nada além de irritar nossos inimigos e eliminar qualquer meio potencial de negociação”
A proposta dele parecia ser apoiada por uma boa quantidade de lógica, mas as coisas provavelmente não aconteceriam tão calmamente como ele pensava que aconteceriam.
(Salrut): “Sua proposta é ridícula! Eu me recuso a reconhecer sua viabilidade”
(Serid): “Coloque-se no seu lugar Salrut. Um mero ⌈Cavaleiro⌋ como você não tem direito de participar desta conversa”
(Salrut): “Eu sou o guarda de Suas Altezas. Eu tenho o direito de agir de acordo com meu próprio arbítrio em tempos de necessidade”
(Serid): “Quão imprudente você é. Você por acaso acha que ser promovido a guarda de Suas Altezas o provê com o direito de argumentar contra mim?”
(Salrut): “Impudência não faz parte desta provação! Meu dever é apenas proteger, e isso é precisamente o que eu estou tentando fazer”
(Serid): “Silêncio estrangeiro! Você não é nada, um mero cão apanhado pela Rainha por capricho! Eu tenho mais do que motivos suficientes para duvidar da verdade de suas palavras”
(Salrut): “Vejo que você desceu ao nível dos insultos agora Serid”
(Serid): “E por qual motivo eu não iria? Você só está encorajando uma medida que traria mais riscos para Suas Altezas do que o necessário. Realmente, eu comecei a duvidar de seus motivos. Você realmente fugiu do |Reino Raidos|? Isso não passou de fingimento? Uma mentira? Não é possível, ou melhor, provavelmente, você está meramente visando a [Lâmina Divina] de nosso país? Eu acredito que sim”
(Fran): “[Lâmina Divina]? Em posse?”
Fran entrou na conversa acontecendo entre os dois homens velhos porque suas orelhas captaram algo que atraiu sua atenção.
(Salrut): “De-de fato. Nosso país está em posse de uma única [Lâmina Divina]“
(Serid): “Não se atreva a chamar o |Reino Fyrias| de seu país, seu maldito raidosiano!”
(Salrut): “Eu te desafio a repetir essas palavras!”
E assim, os dois velhotes começaram a discutir mais uma vez. Ew.
Quer saber, pensando nisso, eles não estão, meio que desperdiçando muito tempo com isto?
(Mestre): “Eles estão sendo muito irritantes agora, então o que você acha de resolvermos o problema dos piratas por eles Fran? De qualquer forma, eles provavelmente vão nos contar mais sobre a [Lâmina Divina] se você perguntar mais tarde”
[Fran]: (“Nn. Boa ideia”)
(Mestre): “Puxa, por que isto tinha que acontecer no meio de uma refeição…”
[Fran]: (“Sushi. Gostoso”)
(Mestre): “Urushi, fique aqui e proteja o Príncipe e a Princesa, tudo bem?”
[Urushi]: (“Woof!”)
[Fran]: (“Guarde sushi. Eu quero”)
[Urushi]: (“] Latido! [“)
(Mestre): “Oh, você acabou gostando disso?”
[Fran]: (“Nn. Só perde para o curry. Gostoso”)
Bom, ainda não é páreo para o amado curry dela, aparentemente.
(Flut): “Espere, Fran, onde você está indo?”
(Fran): “Nn? Afundar inimigos”
(Flut): “Quê? Espere! Você está sendo imprudente demais!”
O Príncipe tentou impedir Fran ao segurar ela, mas ela facilmente esquivou e subiu na balaustrada¹ do navio.
(Fran): “Já volto”
E com essa frase, ela saltou.
(Satia): “Kyaaa! Fran!”
(Crianças): “Fran!”
As crianças correram para a balaustrada do navio com pressa. Eles assumiram que ela mergulharia no oceano, mas, bem, não. Nem mesmo Fran poderia embarcar em um navio pirata com facilidade se ela tivesse que nadar até ele. E foi por isso que eles não a viram nadando quando espiaram pelo convés. Ao invés disso, eles foram cumprimentados por uma visão bastante peculiar. Fran estava usando magia para saltar pelo ar.
(Criança A): “Woah!”
(Criança B): “Isso é incrível!”
(Criança C): “Fran está voando!”
Eu ativei ‖Telecinésia‖ e a deixei subir em cima de mim. Para as crianças, parecia que ela estava surfando no ar.
Nos custou trinta segundos para chegarmos acima dos navios pirata. A bandeira que eles hastearam era uma com uma caveira gravada. Em outras palavras, as pessoas que estávamos a ponto de enfrentar eram piratas equivalentes a insetos.
O único fato notável sobre os navios era que eles já tinham sofrido uma boa quantidade de dano. Quase parecia que esses piratas tinham acabado de passar por outra batalha. Um dos navios tinha até um buraco gigante na lateral.
(Mestre): “Que diabos é isso?”
(Fran): “Não sei”
(Mestre): “Ah, bem, tanto faz. Eles têm seus canhões preparados, então eu acho que não podemos apenas ignorar isso”
(Fran): “Afundar o maior por último?”
(Mestre): “Claro, por que não?”
(Fran): “Nn. Começando agora”
(Mestre): “Er, espere um segundo, espere. Por que não tentamos começar por aquele ali?”
(Fran): “Maior?”
(Mestre): “Yeah, eu quero verificar se aquele é onde o Capitão está. Eu também quero perguntar algumas coisas a ele antes de afundarmos todos eles”
(Fran): “Entendido”
E assim, nós acabamos atacando o navio que parecia ser o navio-almirante² primeiro. Os piratas a bordo não poderiam fazer nada além de nos encarar com suas bocas abertas enquanto preparávamos nosso assalto.
(Fran): “Começando”
(Mestre): “Manda ver. Mas tenha certeza de não matar o Capitão”
(Fran): “Nn”
Fran saltou de mim, me agarrou durante sua queda e imediatamente matou todos os piratas ao seu redor enquanto ela aterrissava.
O que aconteceu em seguida foi basicamente um massacre. Cada um dos movimentos de Fran resultava na morte de um pirata. Havia muito poucos lutadores decentes, mas nenhum deles era capaz de remotamente se aproximar do nível de Fran. Suas opções de longo alcance também foram completamente anuladas. Nenhuma das flechas ou feitiços que eles lançavam poderia penetrar a ‖Barreira Mágica‖ de Fran.
(Pirata A): “Qu-quem diabos é você!?”
(Fran): “Aventureira”
(Pirata B): “Merda! Isto é completamente insano!”
(Pirata C): “Morra vadia!”
(Fran): “Não”
(Pirata C): “Gyaaahhh!”
Nos custou apenas alguns momentos para derrotar todos os piratas a bordo do navio tirando o Capitão.
(Capitão Pirata): “Monstro maldito!”
Oh, que diabos!? Eu já odeio este cara.
[Fran]: (“Mestre. Não contente?”)
(Mestre): “Bom, é. Apenas observe o que ele está vestindo”
(Fran): “Nn?”
Que merda de pirata ele deveria ser!? Ele não tinha nenhum tapa-olho, ele não tinha nenhuma perna de pau e ele não tinha nenhum gancho, mas que merda é essa!? Ele não tinha nem mesmo a porcaria de um chapéu com a porcaria de uma caveira! Ele literalmente não era nem mesmo um pirata de verdade. Qual é!? Eu estava torcendo para que ele parecesse com o Capitão Gancho, ou até o Jack Sparrow, mas não! Este imbecil não parece nada com um pirata! Mas que merda é esta!? Eu sinto que eu fui enganado!
(Mestre): “Ele está literalmente vestido da mesma forma que qualquer guerreiro habitual!”
O Capitão estava vestindo uma armadura de placas normal com um elmo. Não havia absolutamente nada de interessante sobre a aparência dele. Bom, quer dizer, ele pelo menos tinha uma capa e sua armadura era de uma qualidade bem alta, mas ele literalmente não parecia nada com o Capitão de uma tripulação de piratas. Eu nunca teria nem imaginado que seria ele. A única razão para eu saber foi porque eu usei ‖Avaliação‖.
(Capitão Pirata): “Maldita seja! Me solte! Me solte neste exato instante!”
Fran ergueu o pirata enquanto eu expressava minhas queixas. Vendo uma garotinha fofa como ela levantando um homem enorme e musculoso era meio esquisito.
(Mestre): “Oh, que seja… vamos apenas seguir com o questionamento e acabar com ele”
[Fran]: (“O que perguntar?”)
(Mestre): “Pergunte se ele é quem está no comando da esquadra inteira”
E assim, nós começamos a interrogar o pirata. Fran fez as perguntas enquanto eu descobria se ele respondia ou não com a verdade ao usar o ‖Princípio da Falsidade‖.
Os resultados de nosso interrogatório foram os seguintes: ele era o líder da esquadra, eles tinham uma base com mais pessoas lá, e eles não tinham nenhum tesouro porque eles tinham acabado de partir.
Eu queria perguntar ao Capitão mais algumas coisas, mas nós ficamos sem tempo. Os outros navios que estavam por perto começaram a nos bombardear apesar do fato de o Capitão deles ainda estar vivo. Que insensíveis.
(Capitão Pirata): “Esses desgraçados me traíram!”
Eu não tinha certeza do que ele esperava. De qualquer modo, eles provavelmente só acabariam escolhendo um novo chefe se ele morresse.
(Mestre): “Tudo bem, vamos destruir todos os outros navios”
(Fran): “Nn”
(Capitão Pirata): “Gyuke!”
Fran deu um golpe no pescoço do Capitão e o deixou inconsciente. Por alguma razão estranha, ele soltou um som realmente esquisito quando isso aconteceu. Aliás, a boca dele começou a espumar, e seus olhos giraram completamente em suas órbitas.
(Mestre): “Que merda foi essa?”
(Fran): “Nn? Efeito legal. Bom golpe”
(Mestre): “Eh, ah, bem, tanto faz. Nós podemos deixar ele vivo se você quiser. Só o enrole e o leve conosco ou algo assim”
(Fran): “Nn. Indo”
Um segundo bombardeamento nos assaltou enquanto Fran levantava o Capitão e voltava para cima de mim. Eles pareciam estar mirando em nós, mas eles não pareciam conseguir nos atingir devido ao alvo pequeno que éramos em relação ao que eles costumavam atirar.
(Fran): “Ativando agora”
Fran ativou seu ‖Armazenamento Dimensional‖ enquanto ficava acima dos outros navios. Desta vez, contudo, ela não estava colocando nada dentro dele. Na verdade, era exatamente o oposto. Você se lembra daquelas rochas gigantes que nós por acaso recolhemos no outro dia³?
(Mestre): “Fuahahaha! Tomem isto! ‖Colisão do Monólito Destruidor‖!”
[Fran]: (“Nn?”)
(Mestre): “Er, não é nada. Não se preocupe com isso”
(Fran): “Nn”
Os piratas estavam claramente em total desordem. Bem, eu não poderia culpá-los por isso. Uma rocha do tamanho do navio deles simplesmente apareceu do nada.
Fazer isto nos permitiu nos livramos das pedras gigantes que estavam guardadas sem nenhum motivo enquanto também afundamos os navios inimigos de uma vez. Era genuinamente uma aplicação do clássico “dois coelhos com uma cajadada só”.
Honestamente, nós provavelmente poderíamos apenas ter nos livrarmos das pedras no oceano antes, mas fazer isso seria como despejar lixo em local proibido ou algo do tipo, então eu meio que me sentia culpado apesar do fato de que eu provavelmente não seria repreendido por isso. No entanto, isto fez eu me sentir muito bem.
O som abafado de madeira sendo despedaçada soou pelo mar no momento que a rocha atingiu o navio. Este som foi imediatamente acompanhado por um altíssimo impacto metálico e, finalmente, uma série de gritos. E isso foi tudo. O navio se partiu ao meio e afundou no oceano.
(Fran): “Próximo?”
(Mestre): “Com certeza!”
Nós fizemos a mesma coisa com os outros navios também. Os piratas tentaram nos acertar com magia e flechas, mas seus ataques eram muito esparsos e falharam em conseguir mais do que nada, já que todos os ataques deles foram completamente negados pela ‖Barreira Mágica‖ de Fran.
Nos custou menos de cinco minutos para afundarmos todos os oito navios piratas. Naturalmente, o navio-almirante recebeu exatamente o mesmo tratamento que o resto, e assim, nós conseguimos nos livrar de dois terços das pedras que tínhamos armazenado.
(Mestre): “Tudo bem, isso é tudo. Vamos voltar para o navio”
(Fran): “Nn”
Notas:
[1] Balaustrada é o conjunto dos balaústres (haste de madeira ou de metal) e das correntes, cabos de arame ou vergalhões que guarnecem a borda de um navio e servem para proteger as pessoas a bordo.
[2] Navio-almirante, navio-chefe ou capitânia, é o navio de esquadra tripulado por um comandante como outro navio de igual tamanho ou categoria de esquadra, porém o que o distingue dos demais é que a bordo se encontra o oficial general ou o comandante geral de operações navais e que lidera uma esquadra ou divisão de combate individual, pelas próprias forças de frota, uma vez que sempre se encontra acompanhado de outros navios de apoio logístico, avisos e de combate.
[3] O Mestre está se referindo aos eventos do capítulo 081, durante a destruição da ilha flutuante que era o Calabouço do Lich, ele guardou várias rochas gigantes em seu Armazenamento Dimensional para diminuir os danos na região.