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Lightning Is the Only Way – Capítulo 216

O Sabre Rakshasa

Nos dias seguintes, Gravis conversou mais com os outros membros, mas passou a maior parte do tempo focado no Sabre Rakshasa. A Técnica de Batalha era realmente interessante e abriu os olhos de Gravis para uma nova forma de combate.

O Sabre Rakshasa precisava de quatro componentes para funcionar: uma vontade poderosa, Espírito, Energia e um sabre físico. Normalmente, um ataque poderoso com uma Arma Espiritual exigiria o elemento e o Espírito do usuário. O Espírito controla e fortalece o elemento dentro da arma, aumentando seu potencial destrutivo. No entanto, o Sabre Rakshasa era diferente.

O uso regular de uma Arma Espiritual não exigia a vontade, apenas o elemento e o Espírito. Mas o Sabre Rakshasa também requeria a vontade. O que a vontade fazia para que a técnica funcionasse?

O Espírito e a Energia não eram inerentemente perigosos. O Espírito só se tornava perigoso quando combinado com algo perigoso, como um elemento, funcionando como um agente de refinamento ou suporte. A Energia também não era inerentemente perigosa; era necessário transformá-la em um elemento para torná-la destrutiva, pelo menos neste mundo inferior. Outros mundos certamente tinham técnicas diferentes.

Podia-se resumir da seguinte forma:

A Energia era o componente básico e o recurso.

O elemento era a forja do recurso em algo destrutivo.

O Espírito refinava o material destrutivo.

O Sabre Rakshasa jogava o conceito do elemento completamente fora. Em vez disso, usava a vontade para transformar o Espírito de um agente de refinamento em um recurso de forja, capaz de transformar algo inofensivo como a Energia em algo destrutivo.

O Sabre Rakshasa mostrava um método que usava a vontade de forma a se fundir com o Espírito. Nesse ponto, o Espírito se fundia com a vontade e, portanto, carregava suas propriedades supressivas e destrutivas. Normalmente, o elemento usava o Espírito como um recurso que fortalecia o elemento. No entanto, no caso do Sabre Rakshasa, o oposto era verdade.

Ele usava a Energia para fortalecer a mistura de vontade e Espírito. Dessa forma, a vontade do usuário se manifestava em uma forma física e poderia ferir diretamente os outros. Normalmente, uma Aura de Vontade afetava apenas a vontade dos outros e não podia ferir diretamente as pessoas, apenas as suprimir.

Contudo, quando alcançava a manifestação física com o suporte do Espírito e o fortalecimento da Energia, podia danificar os outros. Se a mistura fosse usada corretamente, poderia ser transformada em uma onda destrutiva que cortaria ou destruiria o que atingisse.

Após entender como o Sabre Rakshasa funcionava, Gravis suspirou. — Um mundo totalmente novo se abriu diante dos meus olhos — disse.

Nos últimos dias, os Cinzentos haviam se mudado várias vezes. Segundo o Ancião Byron, eles não tinham uma sede fixa, pois isso lhes daria uma residência permanente e, portanto, um alvo para os Verdes. Eles estavam sempre em movimento e, no momento, estavam alojados em uma cadeia de montanhas.

Gravis rapidamente deixou o acampamento para encontrar um lugar onde ninguém pudesse observar. Ele confiava nos Cinzentos, mas ainda era cauteloso em mostrar seus centros de poder anormais. Depois de se distanciar vários quilômetros do acampamento, ele retirou seu sabre e se preparou.

WHOOOSH!

Sua Aura de Vontade apareceu, e os arredores tremeram um pouco. Surpreendentemente, o chão e as montanhas não foram danificados. Aparentemente, devido à maior densidade de Energia na atmosfera, o terreno havia sido endurecido. No Continente Intermediário, quando Gravis liberava sua Vontade de Unidade, um domo de terra suprimida sempre aparecia ao redor dele. Aqui, isso não aconteceu.

Gravis seguiu as instruções do livreto e combinou sua vontade com seu Espírito. Levou algum tempo, mas ele rapidamente conseguiu. Quando terminou, sentiu algo completamente novo aparecer. Parecia que uma grande parte da visão de seu Espírito havia sido comprimida, fazendo a área parecer um pouco maior em sua mente. Claro, Gravis sabia que isso era apenas uma ilusão criada pela compressão do Espírito.

A área comprimida tinha a forma de uma esfera, e Gravis a moveu levemente. Movê-la não custava Espírito, o que já era um alívio. Gravis então fez a mistura de Espírito e vontade atingir o chão.

BANG!

Um estrondo alto ecoou como se alguém tivesse socado o chão. O solo afundou cerca de um metro, mas nada mais aconteceu. Gravis poderia alcançar mais com um soco, mas é importante lembrar que ele não havia infundido nenhuma Energia na mistura.

Gravis rapidamente percebeu que a mistura havia desaparecido, e o Espírito infundido havia sido usado. Felizmente, uma vontade era inesgotável, portanto, não poderia ser consumida como o Espírito. No total, cerca de 10% do Espírito de Gravis havia sido usado.

— Interessante — murmurou Gravis enquanto coçava o queixo pensativo. — Agora, vamos tentar de novo com um pouco de Energia do meu corpo.

Gravis convocou a mistura novamente e então infundiu a Energia inerente de seu corpo na mistura. Ele usou cerca de 50% da Energia, o que não era muito. Vale lembrar que a Energia inerentemente armazenada dentro do corpo de Gravis era equivalente à Energia no dantian de alguém no sétimo nível de Reunião de Energia.

Gravis sentiu a esfera se tornar mais poderosa e agora podia vê-la com os olhos, de certa forma. Se alguém olhasse para ela, veria apenas uma área cinza e distorcida com cerca de um metro de diâmetro. Os objetos atrás da esfera pareciam distorcidos e com cores apagadas. Após observar por um momento, Gravis fez a esfera atingir o chão novamente.

BOOOOM!

Apareceu uma cratera de dez metros de largura, mas nenhum destroço foi lançado para fora. Era como se a pedra e a terra dentro da cratera tivessem desaparecido. Poder-se-ia pensar que a esfera havia engolido os detritos, mas não era verdade. A pedra e a terra foram trituradas em pó, que rapidamente se dispersou nos arredores.

Quando Gravis viu isso, ficou surpreso com o potencial destrutivo. Deve-se lembrar que ele usou apenas metade da Energia que alguém no sétimo nível de Reunião de Energia teria. No geral, a destruição era tão forte quanto um soco regular de Gravis.

Gravis então usou os 50% restantes de sua Energia para criar outra esfera, mas dessa vez, infundiu a esfera em sua Arma Espiritual. Assim que a esfera entrou no sabre, a cor do sabre escureceu para um tom acinzentado e começou a vibrar um pouco. Gravis verificou seu sabre e concluiu que ele poderia suportar tal ataque.

Não se deve esquecer que seu sabre era uma Arma Espiritual fraca. Ele a havia obtido do Ancião Rubro, quando o matou em uma luta. O fato de que alguém no Reino de Reunião de Energia já possuísse uma Arma Espiritual já era impressionante. Claro, era praticamente impossível que alguém nesse nível entrasse em contato com Armas Espirituais mais fortes.

Gravis então usou seu sabre e desferiu um golpe em uma montanha a cerca de 100 metros de distância.

WHOOOM!

Um fino crescente que seguia o movimento do sabre foi criado e disparou com incrível velocidade contra a montanha. Não fez barulho quando atingiu a montanha, e nenhuma destruição era aparente a olho nu. No entanto, no Espírito de Gravis, a destruição podia ser vista.

Uma fenda de um milímetro apareceu na montanha, se estendendo por dezenas de metros em seu interior. Quando Gravis viu isso, ele respirou fundo. — Isso é quase tão forte quanto meu soco carregado com raio e aceleração adicional.

Gravis sabia que o golpe do sabre seria poderoso, mas isso o surpreendeu. Deve-se lembrar que a Energia infundida compunha a maior parte do potencial destrutivo do ataque, e Gravis havia usado apenas 50% da quantidade de Energia que alguém no sétimo nível de Reunião de Energia teria!

O sétimo nível de Reunião de Energia e um ataque físico com um corpo de Formação do Espírito com Relâmpago de Destruição eram mundos à parte. Como isso podia ser tão destrutivo com tão pouca Energia?

Claro, Gravis logo encontrou a resposta. — É minha Vontade de Unidade — concluiu. — Minha Vontade de Unidade já está, como o nome sugere, no Reino de Unidade, que é um Reino inteiro acima da minha cultivação. Como o ataque usa minha vontade, uma vontade mais forte significa um ataque mais forte.

No entanto, Gravis enfrentava um dilema. Esse ataque consumiria a Energia inerente em seu corpo, que ele normalmente usava para se curar. Usar esse ataque utilizava o mesmo recurso que ele precisava para se curar, então ele só poderia fazer uma coisa ou outra se usasse a Energia de seu corpo.

— O manual dizia que não posso usar essa técnica com um elemento, pois a mistura será consumida se entrar em contato com qualquer coisa física que não seja Energia. Mas, meu Espírito não é especial? Ele é adaptado ao raio, então infundi-lo com raio não deve ser um problema.

— Talvez funcione com o raio.

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