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Lightning Is the Only Way – Capítulo 746

Avatar de Arma

Gravis voou devagar, demorando cerca de uma hora para chegar ao destino. Durante o trajeto, várias pessoas surgiram à sua frente, perguntando se ele era novo. Elas se apresentaram e disseram que ele poderia visitá-las e conversar sempre que quisesse.

Gravis ficou surpreso com a receptividade e perguntou a uma das últimas pessoas por que todos eram tão amigáveis. Descobriu que o fato de ele voar devagar pela Seita, em vez de se teletransportar, fazia os outros acharem que ele queria iniciar conversas, mas não queria ser invasivo. Era como alguém esperando educadamente perto da casa de outra pessoa.

Gravis não se importou e decidiu aproveitar a oportunidade para conhecer mais membros da Seita. Todos foram bastante receptivos e educados, exceto Jacinto Pinto. Pelo que Gravis ouviu, Jacinto Pinto adorava ser uma espécie de valentão de playground, achando que isso tornava o ambiente sereno e entediante um pouco mais animado.

Gravis teve que concordar que o comportamento de Jacinto Pinto realmente dava um toque especial. Aquele cara era hilário!

Quando Gravis finalmente chegou ao centro da Seita, ele entrou diretamente no maior prédio que conseguiu encontrar. O edifício não era protegido por Formações, permitindo que qualquer pessoa visse ou ouvisse o que acontecia lá dentro. Gravis achou isso um gesto bastante transparente da liderança da Seita.

Não havia guardas nem nada parecido na entrada, e Gravis entrou sem ser impedido. Provavelmente, qualquer membro dos Irrestritos poderia entrar, se quisesse. A Seita realmente abraçava a liberdade.

Dentro do prédio, não havia portas. Gravis entrou em um salão relativamente pequeno, com algumas cadeiras de madeira. No total, havia vinte cadeiras, mas apenas sete estavam ocupadas no momento. Havia também mesas cheias de bebidas e frutas variadas.

No entanto, em contraste com o ambiente simples, as pessoas presentes estavam longe de ser comuns. Liran estava sentado em uma das cadeiras, aparentemente de forma aleatória. Para alguém que entrasse na sala, seria impossível identificar o líder apenas pela disposição das cadeiras.

Em outras duas cadeiras, Gravis viu dois Reis Imortais, mas, em comparação com Liran, eles estavam no Reino da Circulação Menor Básica. Provavelmente, eram Vice-Mestres da Seita.

As outras quatro pessoas eram Imortais no Pináculo. Esses deviam ser os anciões.

— Ei, Gravis — cumprimentou Liran com um sorriso. — Que bom que você veio. Pegue uma cadeira.

Gravis deu de ombros, sorrindo, e simplesmente se sentou próximo ao Mestre da Seita.

— É assustador o quanto você combina com a Seita — comentou Liran, rindo.

— Por quê? — perguntou Gravis.

— Você acha que qualquer novo discípulo ousaria se sentar mais perto do Mestre da Seita do que os Anciãos ou os Vice-Mestres? — indagou Liran com um sorriso maroto. — Mesmo conhecendo nossa filosofia, eles ainda ficariam nervosos sobre onde se sentar.

Gravis pegou uma das frutas na mesa e a mordeu. O sabor era doce, mas também denso, como se estivesse mordendo um pedaço de carne com gosto de fruta.

— Sei por que me chamou — disse Gravis sem rodeios após engolir. Ele pulou a conversa fiada e foi direto ao ponto.

— Por quê? — perguntou Liran.

— Você quer saber sobre liberdade — respondeu Gravis enquanto pegava outra fruta.

Liran sorriu, um pouco embaraçado. — Sim, foi por isso que pedi para você vir — admitiu. — Poderia nos mostrar seu Avatar?

— Você já viu o meu — disse Gravis, enquanto continuava comendo. Essas frutas eram excelentes! — Quero ver o seu primeiro.

As pessoas na sala se entreolharam, confusas. Toda a conversa já as havia deixado desconcertadas. Gravis podia mostrar seu Avatar? Isso significava que ele não era um Cultivador de Armas?

— Eu não posso — respondeu Liran.

— Por quê? — perguntou Gravis, parando de comer. Ele esperava que Liran concordasse. Isso não condizia com a impressão que tinha dele e da Seita Irrestrita.

Liran suspirou. — Você realmente não sabe nada sobre Cultivo com Armas. Isso é difícil de entender para mim.

— O que isso tem a ver com seu Avatar? — perguntou Gravis.

— Bem, este é meu Avatar — disse Liran, tirando seu arco e mostrando-o a Gravis.

Gravis franziu a testa ao olhar para o arco. — Não entendi — comentou.

— Nós, Cultivadores de Armas, fundimos nosso Avatar com nossa arma — explicou um dos Vice-Mestres. — Isso aumenta a conexão entre nossas Leis normais e nossa Lei da Arma. Tirar nosso Avatar da arma consome muito tempo e energia, assim como colocá-lo em uma nova arma.

— Huh — murmurou Gravis, enquanto várias coisas faziam sentido em sua mente.

O homem que se matou quando Gravis tomou sua lança?

Gravis não apenas tirou a arma do homem, mas também seu Avatar. Colocar o Avatar em uma arma provavelmente envolvia muitos riscos, e um deles era que o Avatar poderia ser roubado e não poderia ser facilmente recuperado.

Ter o Avatar na arma significava que ele era físico e podia ser quebrado ou roubado com facilidade. Quando Gravis tirou a arma daquele homem, provavelmente quebrou a conexão entre o Avatar e ele. Talvez o homem até tenha esquecido todas as Leis contidas em seu Avatar.

O fato de Liran e Arthur terem lutado sem seus Avatares, mesmo tentando se matar?

Isso também fazia sentido agora. Não era que eles não tivessem usado seus Avatares, mas que lutaram com eles desde o início.

Outro problema dessa ação era que armas podiam ser destruídas. Se uma arma fosse quebrada, o Avatar também seria. No entanto, isso realmente era uma desvantagem? Um Avatar normal também podia ser atacado e definitivamente não era tão resistente quanto uma arma.

Gravis sabia disso porque havia consumido o Avatar do Céu intermediário. Provavelmente, ainda estaria lutando contra o Céu intermediário se o Avatar dele estivesse dentro de uma arma poderosa.

Então, por um lado, não era possível lutar sem o Avatar, mas, por outro, podia-se usar todo o poder do Avatar o tempo todo, sem medo de que ele fosse destruído em um ataque surpresa.

“Não é à toa que todos esses Cultivadores de Armas estão dispostos a vender um rim por uma boa arma”, pensou Gravis. “Quando eu administrava a Gravitas, a maioria dos meus clientes eram Cultivadores de Armas, e eles sempre queriam o melhor.”

— Isso é estranho, mas faz sentido — disse Gravis.

— Sim — concordou Liran. — Eu mostraria, mas preciso estar no meu auge o tempo todo por causa de Arthur. Ele pode atacar a qualquer momento.

— Ou pode estar lá fora, tentando aumentar seu Reino — comentou Gravis.

— Ou isso — concordou Liran com um aceno de cabeça. — Mas não consigo saber qual é o caso. Se eu também sair para aumentar meu Reino, ele pode atacar enquanto não estou aqui. Conheço Arthur, e tenho certeza de que, se eu não estiver, ele destruirá toda a Seita.

— Além disso, se eu aumentar meu Reino, teria um tempo muito limitado antes de ter que partir. Caso contrário, as outras Seitas ficariam irritadas. Então, Arthur teria carta branca para retomar a Seita.

Gravis assentiu. Arthur tinha a iniciativa, e Liran só podia reagir. No geral, Liran estava em uma posição desvantajosa no momento. Se ele estivesse disposto a aniquilar toda a Seita do Cutelo da Punição, ambos estariam em pé de igualdade. Infelizmente para Liran, ele não estava disposto a fazer isso.

Bondade era um luxo difícil de sustentar.

— Então, você pode nos mostrar seu Avatar? — perguntou Liran.

Gravis comeu outra fruta.

— Você sabe — disse Gravis.

— É exatamente por isso que você não conhece a Lei da Liberdade.

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