Klein estava escondido nas sombras de um edifício a dezenas de metros de distância da casa alvo. Ele ouviu o som fraco de tiros e o uivo de ventos violentos.
Se o inimigo corre em minha direção, devo sacar minha arma ou devo fingir que não vi? — Ele pensou enquanto tremia suando frio.
Um Beyonder que poderia, por vários meios, reduzir a vida de outros definitivamente não era Sequência 9 ou 8. Eles certamente não seriam alguém que um Vidente como ele pudesse lutar cara a cara. Mesmo se se sacrificasse, poderia não ser capaz de diminuir a velocidade do alvo o suficiente para Dunn e Leonard o alcançar.
Por sorte a Deusa da Noite Eterna, a Senhora do Desastre, pareceu ouvir as orações de seu “leal” guarda. Ninguém correu em direção ao local onde Klein estava escondido.
Depois de alguns minutos, ele ouviu uma música melodiosa vindo da casa.
Virando a cabeça de lado para ouvir melhor, Klein confirmou que era a música popular local que Leonard Mitchell sempre cantarolava. Estava cheio de palavras básicas.
Ufa. — Ele soltou um suspiro de alívio. Segurando a arma em uma mão e a bengala na outra, ele saiu das sombras em direção ao edifício-alvo.
A música popular local era o sinal para reagrupar com a qual ele havia concordado com Dunn e o resto!
Klein deu dois passos e de repente parou. Ele encostou a bengala na cerca de metal e trocou o revólver para a outra mão.
Então, ele tirou a corrente de prata da manga e deixou o pingente de topázio pendurar naturalmente.
Klein esperou até o topázio estabilizar e imediatamente fechou os olhos e entrou em estado de Cogitação. Ele recitou uma declaração de divinação:
— O canto anterior era uma ilusão.
— O canto anterior era uma ilusão.
…
Depois de repetir sete vezes, ele abriu os olhos e viu o pingente girando no sentido anti-horário.
— Não é uma ilusão… — Klein guardou o pêndulo, pegou a bengala e rapidamente se aproximou do portão de metal em forma de arco que levava ao edifício-alvo. Ele então passou a bengala preta para a mão direita e a segurou com o revólver.
Ele estendeu as mãos para tocar a cerca, com a intenção de abri-la, mas de repente sentiu um calafrio penetrante. Era como se alguém tivesse derramado um balde de gelo em seu pescoço sem aviso prévio.
Klein sibilou e retraiu as mãos, seus dentes cerrados.
— É como se fosse inverno aqui… — Sob a luz fraca das estrelas e o poste distante, ele olhou através do jardim atrás da cerca de metal. Ele viu os galhos secos, flores caídas e folhas cobertas de geada branca no solo marrom.
Incrível! — Klein ficou maravilhado. Ele dobrou os dedos e tocou na glabela para ativar sua Visão Espiritual.
Ele devolveu a bengala de prata à mão esquerda e a empurrou contra a cerca para abrir o portão fechado.
O portão chiou e ele entrou, adentrando no caminho de pedra que levava diretamente ao prédio azul acinzentado. Em ambos lados do caminho havia plantas deformadas que pareciam se assemelhar a ghouls no escuro.
A cena o lembrou de várias histórias de terror e filmes paranormais.
Ele subconscientemente diminuiu a respiração e acelerou o passo. No entanto, depois de mais alguns passos, alguém de repente deu um tapinha em seu ombro esquerdo.
Badump! Badump!
O coração de Klein quase pulou para fora, e depois começou a bater rapidamente.
Ele levantou a mão direita, apontou o revólver e lentamente se virou para olhar.
Na penumbra, ele viu um galho frágil que estava quase caindo.
— É Isso que chamamos de “assustar a nós mesmos”? — Klein torceu o canto dos lábios, sacudiu a bengala e afastou o galho.
Ele continuou avançando enquanto soluços fracos soavam em seus ouvidos, e “sombras” embaçadas e translúcidas apareciam diante de seus olhos.
Essas sombras se aproximaram depois de sentir a respiração de uma pessoa viva e o calor da carne e sangue.
Klein deu um pulo de susto e imediatamente correu para a porta do prédio azul acinzentado.
É isso que o capitão quis dizer com “entender a atmosfera”? É muito mais assustador do que a última vez que ajudei Sr Deweyville… O ressentimento desse espírito ressentido é mais “rígido” do que as sombras. Naquela época ela não tinha tomado a iniciativa de atacar… — Ele pensou enquanto caminhava em direção ao altar no meio da sala de estar. Era uma mesa redonda cheia de marionentes mal feitas; havia três velas apagadas no meio delas.
Dunn Smith estava em pé diante do altar, de costas para Klein. Ele pegou um boneco atrás do outro e olhou para eles.
O Coletor de Cadáveres Frye olhou para as sombras flutuantes e estendeu a mão na tentativa de confortá-las, mas tudo o que fez foi passar por elas. As sombras não o atacaram, aparentemente o reconhecendo como um deles.
Quando Leonard Mitchell notou a chegada de Klein, ele mudou de tom, tornando sua voz mais suave e encantadora.
— Calma é a manhã sem som,
— Calma, para se adequar a uma dor.
— E apenas através da folha desbotada,
— A castanha tamborilando no chão.
…
Na recitação calmante do poema, Klein parecia ver um lago claro refletindo a luz da lua e uma lua carmesim pairando silenciosamente, no alto do céu.
As sombras inquietas se acalmaram e pararam de perseguir o rastro quente dos Falcões Noturnos vivos entre eles.
Dunn colocou a marionete de volta, se virou e disse a Klein:
— Esta é uma cerimônia para uma terrível maldição. Ainda bem que o destruímos.
— Primeiro prepare um ritual para confortar os espíritos restantes, depois tente se comunicar com os espíritos dos mortos e veja se pode obter alguma pista deles.
Klein, que percebeu que não era mais um fardo, imediatamente estendeu o peito e disse:
— Sim, Capitão.
Ele chegou ao altar em alguns passos e estendeu as mãos para tirar os bonecos da mesa redonda.
Naquele momento, ele notou pelo canto dos olhos que cada boneco tinha um nome e uma mensagem correspondente.
— Capitão, você descobriu alguém que conhece? — perguntou Klein de passagem.
Então, ele olhou para Dunn e Dunn olhou para ele. Ambos ficaram em silêncio.
Sou tão bobo… Por que eu faria alguma pergunta que teste a memória do capitão! — Klein quase cobriu o rosto e suspirou.
Se fosse qualquer outro chefe, ele definitivamente encontraria uma oportunidade para dificultar minha vida por causa disso. Felizmente, o Capitão esquecerá isso… Será que isso é uma vantagem ou uma desvantagem? — Ele pensou, meio feliz, meio brincando.
Após um breve silêncio, Dunn parecia finalmente ser capaz de diferenciar a realidade do mundo dos sonhos. Ele respondeu:
— Há alguém que você conhece.
— Quem? — Klein parou, com a mão ainda estendida para colocar uma vela de volta onde deveria estar.
— Joyce Mayer, o sobrevivente da tragédia do Alfalfa — respondeu Dunn.
Joyce Mayer? O noivo de Anna… — Klein de repente pensou em Salus na casa de trabalho. Ele parecia ter sido instigado e enganado por alguém, o fazendo manifestar sua raiva e cometer um incêndio criminoso.
Klein retraiu a mão direita e disse em voz profunda:
— Instigador Tris?
— Ele usou as vidas que foram encurtadas como sacrifício, com a intenção de amaldiçoar todos os sobreviventes da tragédia do Alfalfa? Porque ele não sabia quem descobriu seu envolvimento e fez uma denúncia com a polícia…
Se Tris se vingasse diretamente, teria sido impossível acabar com todos os alvos espalhados por Tingen. Após dois ou três assassinatos, ele teria sido notado pelos Falcões Noturnos, Punidores a Mandato e Consciência Coletiva das Máquinas. Então, ele perderia a chance de continuar sua onda de assassinatos. Klein preencheu os espaços em branco de por que Tris começou tudo isso.
Dunn primeiro assentiu e depois balançou a cabeça.
— Não todos os sobreviventes, apenas os sobreviventes em Tingen. Seu ritual de maldição só pode afetar as pessoas dentro desse alcance.
— Além disso, o responsável pelo ritual é uma mulher, não Tris.
Klein franziu as sobrancelhas e perguntou:
— Talvez seja um especialista que a Ordem Teosófica enviou para ajudar Tris?
Sim, as origens da Ordem Teosófica podem envolver a Seita Demoníaca. É normal que seus especialistas sejam mulheres.
Dunn sorriu e disse em sua voz profunda:
— Eu concordo com seu julgamento. Embora tenhamos encontrado apenas aquela mulher e não Tris, há suposições que podemos fazer. Como, por exemplo, a mulher e Tris não ficam juntos. Ou Tris estava procurando pessoas que irão morrer em breve.
Klein não disse mais nada. Ele colocou as três velas no lugar, pegou o óleo de essência da lua cheia, sândalo vermelho e outros ingredientes e montou o altar rapidamente.
Depois que usou uma adaga de prata para fazer uma barreira selada, ele começou a orar à Deusa da Noite Eterna, a Senhora da Calma e do Silêncio. Ele rezou para que as sombras dentro e fora da casa fossem completamente consoladas.
Infelizmente, na tentativa subsequente de se comunicar com os espíritos dos mortos, Klein pôde ver apenas um pouco do que os espíritos haviam visto antes de suas mortes. Não havia pistas úteis.
Depois de acomodar as sombras em um sono tranquilo na noite escura, ele terminou a cerimônia e removeu a barreira de espiritualidade. Ele então balançou a cabeça e disse aos outros:
— A backlash do ritual interrompido causou danos graves e as imagens remanescentes do responsável por isso tudo foram perdidas.
Dunn não ficou surpreso. Ele apontou para as escadas e disse:
— Vamos dar uma olhada no segundo andar e tentar novamente.
— Okay. — Klein, Leonard e Frye assentiram.
Os três Falcões Noturnos subiram as escadas para o segundo andar e se separaram para procurar em cada quarto.
No final, eles se reuniram em um quarto que estava cheio de um aroma fraco. Eles viram vestidos bagunçados espalhados e caixas abertas.
Dunn pegou uma caixa da penteadeira e a cheirou antes de perguntar:
— São cosméticos?
— Para ser exato, eles são produtos para cuidados com a pele. Desde o Imperador Roselle, eles não foram agrupados com um termo amplo — explicou Leonard com um sorriso. — Capitão, como um cavalheiro, há certas coisas que você precisa saber.
Klein não entrou na discussão, mas olhou para o espelho na penteadeira.
Havia uma rachadura óbvia no espelho, e havia pedaços quebrados no tapete logo abaixo.
— A Beyonder saiu às pressas. Ela não o destruiu completamente… — ele disse de repente em uma voz profunda. — Talvez eu possa tentar.
— Deixo isso com você — respondeu Dunn em confiança.
Klein rapidamente trouxe as velas do primeiro andar e as acendeu em frente do espelho quebrado.
Sob a luz fraca e tremeluzente das velas, ele pegou itens como essência da lua cheia para criar uma barreira de espiritualidade.
Depois que Klein preparou tudo, ele parou diante do espelho que refletia as luzes das três velas e recitou em Hermes.
— Eu rezo pelo poder da noite escura.
— Eu rezo pelo poder do mistério.
— Eu rezo pela graça amorosa da Deusa.
— Eu rezo para que o espelho receba uma breve restauração, rezo para que ele mostre todas as pessoas que refletiu no mês passado.
…
Enquanto o encantamento estava sendo recitado, um vento forte subitamente uivou dentro da barreira de espiritualidade.
Os pedaços quebrados do espelho giraram no chão e retornaram aos seus locais originais.
O espelho que estava coberto de rachaduras subitamente ondulou com um brilho sombrio. Klein passou as mãos sobre ele e uma figura humana apareceu de repente na superfície do espelho. Mas essa figura não era Klein.
Era uma donzela jovem, gentil e doce, com um rosto redondo. Talvez fosse porque o espelho estava quebrado ou talvez pela reação do ritual interrompido que também afetou o segundo andar. Suas feições faciais estavam embaçadas e sua aparência real não era exatamente muito clara.
Mas mesmo assim, Klein achou a pessoa estranhamente familiar.
Estou muito curioso com o desenrolar dessa história.
Louve o Louco!
seguindo o contexto da história é bem normal que eles não saibam que é o tris ou trissa, tanto faz, já que eles desconhecem os efeitos da sequencia assassino, mas também depois que a gente descobre, tudo fica fácil e parece simples olhando de fora
AFF PQ. ELES NÃO DESCOBREM LOGO QUE A TRISSY É O TRIS ARGH AKAICALMRAIONXNQ
Todo os leitores já sabem que é a Trisa, por favor Klein conecta os pontos logo pela mor
Nessa feijoada tem “calabresa”… 😅
É o tris modo pá virada
Kkkkkkk