— O quê? — Tolle, que se parecia com um urso, pulou em choque e olhou para Klein antes de olhar para o quarto. Com agilidade que não era adequada ao seu corpo, ele entrou correndo.
Ele afastou o pano branco que cobria o cadáver e, depois de examinar o corpo com cuidado, soltou um suspiro de alívio.
— Está melhor do que eu imaginava. Não é um problema tão sério.
Talvez eu devesse ter sacado meu revólver e baleado Maynard cinco vezes com balas anti-demônio. Vamos ver se você acha isso sério ou não… — Klein brincou interiormente e apontou para fora da porta.
— Isso é tudo que você precisa de mim, certo?
— Não! — gritou Tolle. — Espere um momento.
Klein perguntou, intrigado:
— Por quê?
Tolle explicou seriamente:
— Temos que impedir que acidentes aconteçam. Depois que conversarmos com Madame Sharon e conseguirmos seu testemunho, eu o mandarei de volta para a rua Zouteland.
Se Maynard pode ressuscitar depois de morto por dez horas, o que mais não poderia acontecer? O que eu faria se você fosse embora? — acrescentou Tolle em sua cabeça.
— Tudo bem. — Klein massageou a têmpora e disse:
— Então encontre uma sala silenciosa para que eu possa descansar.
Ele não estava se sentindo cem porcento em todos os aspectos, pois havia avançado há apenas um dia. Tendo acabado de realizar várias cerimônias de rituais, usado dois charms e sofrido um susto não trivial, ele precisava entrar em Cogitação para eliminar quaisquer problemas.
Klein agora estava extremamente cauteloso para não perder o controle.
Tolle cobriu o corpo do morto com o pano branco novamente. Ele obviamente relaxou e respondeu:
— Não tem problema.
Ele levou Klein para um quarto iluminado pelo sol. Ele apontou e disse:
— Inspetor Moretti, não se preocupe. Ninguém vai te incomodar. Vou visitar Madame Sharon primeiro.
Klein assentiu levemente e o observou se afastar. Então, ele fechou a porta e as cortinas.
No quarto escuro e silencioso, ele caminhou lentamente até a cadeira de balanço, sentou-se confortavelmente e deixou seu corpo balançar ritmicamente.
Havia inúmeras luzes fantasmas esféricas sobrepostas em sua mente. Os zumbidos nos ouvidos de Klein e a dor latejante em sua cabeça desapareceram lentamente, pouco a pouco.
Quando sua situação se estabilizou, ele abriu os olhos e olhou para a escuridão. Ele vislumbrou a silhueta de uma cama, armário e outros móveis. Então, calmamente pensou em suas tentativas anteriores.
Não há muito feedback de algumas piadas exageradas…
Talvez eu ainda tenha que controlar os poderes da poção Palhaço, pois ainda existem efeitos negativos remanescentes… Claro, não posso eliminar a possibilidade de que essa “atuação” tenha pouco efeito.
Pessoalmente, não estou muito disposto a desempenhar o papel de um palhaço. Mas já que escolhi o caminho da Sequência, só posso encarar isso de frente…
Na verdade, todo mundo tem que agir como um palhaço em um ponto ou outro de suas vidas. Não preciso ficar tão desconfortável com a ideia.
Tenho que compreender o quanto antes os elementos principais de um palhaço…
Enquanto vários pensamentos se agitavam em sua mente, Klein repentinamente pegou um meio centavo de bronze.
Principalmente por hábito, ele divinou se a morte de Maynard era devido a influências sobrenaturais.
Talvez seja um risco ocupacional… — Klein balançou a cabeça, rindo. Seus olhos ficaram escuros e ele recitou repetidamente:
— A morte de John Maynard foi devido a influências sobrenaturais.
…
Ding!
Ele jogou a moeda enquanto se ajeitava na cadeira de balanço. Ele viu seu brilho de bronze cintilar enquanto girava no ar.
Pak! A moeda caiu bem na palma da mão aberta de Klein, revelando o número 1⁄2 voltado para cima.
Uma resposta negativa. Em outras palavras, não houve influências sobrenaturais envolvidas na morte de John Maynard. Acho que aquele homem morreu de prazer orgástico. Não se deve rir dos falecidos, por isso não usarei uma frase chinesa insípida para zombar dele… — Klein guardou a moeda e permitiu que seus pensamentos vagassem antes que ele quase adormecesse.
Toc toc! Toc toc! Toc toc!
Sob as batidas lentas e rítmicas, Klein ajeitou suas roupas, vestiu o quepe de policial e caminhou até a porta.
Assim que a palma da mão direita tocou a maçaneta, uma cena apareceu em sua mente.
O inspetor parecido com um urso, Tolle, estava parado do lado de fora da porta e endireitando seu colarinho. Sua expressão parecia perturbada e desamparada.
Klein girou a maçaneta e abriu a porta sem pressa.
Inspetor Tolle apareceu diante dele enquanto endireitava seu colarinho.
— Desculpe por lhe fazer esperar.
— Já encontramos Madame Sharon e obtivemos seu depoimento. Você pode retornar à rua Zouteland.
— Sinto muito por ocupar seu precioso tempo.
Klein não perguntou o motivo de suas emoções atuais, mas sorriu e disse:
— Madame Sharon admitiu que estava com Maynard na noite passada?
— Sim. Ela disse que, sob a influência do álcool, ela e Maynard não conseguiram se controlar. Quando descobriu que ele morreu de ataque cardíaco, ela ficou com muito medo e fugiu do quarto depois de se arrumar, e então se escondeu em seu próprio quarto de hóspedes. Não temos motivos suficientes para apresentar queixa contra ela no momento, então tivemos que deixá-la ir embora restringindo parte de sua liberdade. Teremos que esperar a autópsia — explicou o inspetor Tolle em detalhes.
Klein inclinou a cabeça para o lado e sorriu.
— Para quem você está explicando isso?
Tolle balançou a cabeça e forçou um sorriso amargo.
— Ah sim, eu não tenho que explicar para você. Estou apenas frustrado com Madame Maynard e comecei a tagarelar sem perceber.
— A esposa de Maynard voltou? — perguntou Klein em resposta.
— Sim, infelizmente. Havia algo de anormal na locomotiva a vapor. Não estava atrasada. — Tolle deu uma resposta afirmativa de maneira brincalhona.
Klein não perguntou mais, e verificou se tinha todos os seus pertences pessoais antes de seguir o inspetor Tolle pelas escadas.
— Por que você não está prendendo ela?
— Ela é uma assassina! Quero processá-la e quero processar todos vocês por negligência ao dever!
— Vou contratar o melhor advogado para processá-los!
…
Comentários severos entraram nos ouvidos de Klein e ele olhou inconscientemente. Ele viu uma senhora voluptuosa e de pele clara de meia-idade com um olhar furioso. Apesar de ter dois jovens segurando seus braços, ela continuou gritando com eles.
Um vestido bastante na moda e popular em Backlund neste ano… — Depois de ler frequentemente a revista Estética Feminina, o primeiro pensamento na mente de Klein foi algo não relacionado à situação. Ele então viu alguns cavalheiros protegendo uma dama atrás deles.
A dama vestia um longo vestido preto, tinha pele clara e lisa, cabelos castanhos parecidos com cachoeiras e olhos castanhos. Ela parecia tão lamentável quanto uma florzinha na floresta. Isso fazia as pessoas quererem involuntariamente protegê-la.
Madame Sharon… — De repente, Klein pensou no “porno” em que ela havia estrelado. Ele rapidamente levantou a mão direita, cobriu a boca e tossiu duas vezes.
Por hábito, ele bateu seus molares esquerdos duas vezes e observou as pessoas presentes com sua Visão Espiritual.
Há algum tipo de problema com o corpo da sra. Maynard. As cores de sua aura são mais finas. Das cores de suas emoções, ela definitivamente está sentindo raiva e ódio, o que é consistente com sua aparência externa…
Hein? A cor das emoções de Madame Sharon está sombreada em azul, o que representa pensamento racional e calma… Isso é totalmente contrário à sua aparência de pânico e nervosismo. Como esperado, uma socialite não é tão inocente… O corpo dela é muito saudável.
Depois de examiná-la, Klein estava prestes a desviar o olhar quando de repente viu Madame Sharon erguer a cabeça e lançar um olhar em sua direção. Então, ela abaixou a cabeça novamente e olhou tímida e trêmula.
Se eu não pudesse ver suas cores de emoção diretamente, eu poderia ter sido enganado pelo seu ato… Você deve considerar trabalhar como atriz… — zombou Klein. Ele não ficou mais tempo e saiu da casa de Maynard com o inspetor Tolle. Eles pegaram a carruagem arranjada pela delegacia e retornaram à rua Zouteland.
Depois de assumir o turno do Capitão, ele continuou a trabalhar no Portão Chanis. Ele aproveitou a oportunidade para escrever um pedido de reembolso.
Depois de uma noite sem grandes acontecimentos, Klein voltou para o andar de cima e recebeu o café da manhã que havia pedido para Rozanne comprar.
— Eu amo essa massa! — ele elogiou.
Ele havia dado o dinheiro para o café da manhã com antecedência.
— Sério? Eu posso tentar amanhã então! — respondeu Rozanne alegremente.
O canto do lábio de Klein se contraiu quando ele se concentrou em sua batalha com o leite e a massa.
Às oito e vinte e cinco, ele bocejou e lutou contra o desejo de adormecer; chegando ao Clube de Tiro nas proximidades.
Ele havia marcado uma consulta com o médico do asilo, Daxter Guderian, alguns dias atrás.
Bang! Bang! Bang!
No pequeno campo de tiro, Klein e Daxter miraram em seus respectivos alvos e esvaziaram os tambores.
Clink! Clank!
Daxter virou e soltou os cartuchos vazios antes de examinar Klein com interesse.
— Você está muito mais confiante que antes.
Claro, avancei para a Sequência 8. Agora possuo real capacidade de combate… — Klein refletiu sobre sua própria expressão facial e movimentos corporais em sua cabeça e deliberadamente agiu arrogantemente.
— Porque eu usei apenas cerca de um mês para dominar completamente o poder da minha poção.
Daxter fez careta e disse:
— Embora isso seja algo para se orgulhar, não há necessidade de dizer isso o tempo todo.
Ei, como Espectador, você não viu através da minha performance… Pelo que parece, um Palhaço tem o poder de suprimir a capacidade de um Espectador. — Klein sorriu com a descoberta e perguntou:
— Como está Hood Eugen recentemente?
— … Ele ficou louco de verdade. — Daxter fez uma pausa e continuou:
— Eu o examinei com vários métodos. Ele realmente ficou louco. Estou pensando em começar a medicá-lo, para ver se posso tratá-lo.
Como Psiquiatra Sequência 7, ele realmente fingiu ser um paciente mental… Mesmo que estivesse dando tratamentos a outros pacientes, ele não se alinhou ao elemento principal do nome da poção. Essa foi uma maneira incorreta de usar o “método de atuação”. Não é à toa que ele ficou louco… — Klein pensou e disse:
— Antes de enlouquecer, você descobriu quem entrou em contato com ele?
— Além dos médicos, pacientes, enfermeiros e funcionários que trabalham no asilo, não havia pessoas de fora que tivessem contato com ele — respondeu Daxter com confiança.
Klein assentiu brevemente e disse:
— Que tal ainda antes? Alguém o visitou? Ele saiu do asilo regularmente por um período de tempo?
Para cumprir sua promessa inicial, Klein nunca perguntou nada sobre Hood Eugen em suas primeiras reuniões.
Daxter entrou em uma profunda reflexão. Levou algum tempo para ele dizer:
— Fora os membros dos Alquimistas da Psicologia, não havia mais do que cinco pessoas que o visitaram. Um deles veio três vezes. O nome dele era El.
Sem Klein perguntar, ele continuou:
— Mas ouvi de Hood Eugen que El era um pseudônimo.
— O nome verdadeiro dele era Lanevus.
Lanevus não é o cara que roubou aquele vidente, umas mulheres aleatórias e ainda engravidou outra?!!!!
Só faz besteira esse cara.
Louve o Louco!
Lanevus é o charlatão lá, só lembrei pq falaram nos comentários
Lanevus, o desgraçado. Pensei que ele nunca iria dar as caras de novo.
Grande consideração, eu já teria esculachado ele todinho na minha mente
caloteiro
Vai me copia?
O cara que roubou os investimentos da mina
Lanevus… Já vi esse nome mas esqueci
Mano, ela é viúva!! Custava pegar um homem solteiro???
A melhor comida é sempre a dos outros
Se eu não pudesse ver suas cores de emoção diretamente, eu poderia ter sido enganado pelo seu ato… Você deve considerar trabalhar como atriz… — zombou Klein.
Isso memo, é quenga essa aí