Lord of Mysteries – Capítulo 305

“2.000 libras? Isso é o suficiente para enlouquecer todos os caçadores de recompensas e detetives particulares de Backlund! Isso não é como o Contra-Almirante Furacão, Qilangos, que ficou no mar por longos períodos de tempo e tinha um monte de subordinados. É uma recompensa que pode ser tocada facilmente se alguém estender a mão…”

“Bem, um pirata com proeza de combate comparável a uma Sequência 5 valia 10.000 libras de ouro, e um assassino da Sequência 6 teria que estar no valor de 3.000 a 4.000 libras para ser razoável… o assassino em série ser um Sequência 7, em vez de um quase especialista que está prestes a avançar para a Sequência 5?”

“É muito possível que o ritual mencionado pelo Sol seja bastante antigo. Talvez depois do Cataclismo ela raramente tenha aparecido novamente, e as poucas grandes Igrejas e militares não têm nenhuma informação sobre isso… Há um problema subjacente. Diz-se que a Igreja da Deusa, a Igreja do Deus do Vapor e da Maquinaria, bem como a família real Augustus, surgiram do Cataclismo. É razoável se eles não estão cientes do passado, mas a Igreja do Senhor das Tempestades sempre insistiu que eles são um dos mais antigos… o abismo?”

Depois de ouvir as palavras de Isengard Stanton, a primeira coisa que passou pela cabeça de Klein foi avaliar o valor da recompensa, e então permitiu que sua mente vagasse e fizesse muitas conexões.

— Qual a sua opinião? — Isengard notou que Sherlock Moriarty parecia distraído e o pressionou.

“Minha opinião?” Klein ficou momentaneamente perplexo.

Um detetive particular normal definitivamente teria concordado, tanto por causa da recompensa quanto por causa do conhecido detetive à sua frente. Uma amizade com Isengard lhe proporcionaria grandes benefícios nos círculos de detetives.

O problema, porém, era que Klein não era um detetive particular normal. Ele estava preocupado em encontrar os Falcões Noturnos que estavam no comando da investigação.

“Embora agora eu tenha barba, óculos e uma mudança no penteado, e os poucos Falcões Noturnos que me viram apenas algumas vezes não me reconhecessem, e se fosse a Madame Daly? No entanto, também não é certo recusar o pedido, pois isso não faria sentido. Pareceria bizarro e suspeito… Além disso, espero pegar aquele diabo o mais rápido possível. Caso contrário, não sei quantas garotas inocentes serão mortas…” Klein hesitou por alguns segundos, depois sorriu.

— Recentemente assumi um caso muito problemático. Receio não ter muito tempo livre.

Antes que Isengard Stanton pudesse falar, ele acrescentou: — Posso participar da discussão e ajudar a examinar as informações e analisar as pistas, mas não acho que farei nenhuma investigação específica.

“Farei uma adivinhação mais tarde. Se houver algum problema, também evitarei compartilhar minha opinião e serei apenas um espectador…” Enquanto falava, Klein rapidamente formulou um plano.

Segurando a bengala preta na mão, Isengard ponderou por um momento e disse: — Sem problemas.

— Reuni mais de uma dezena de detetives e tenho gente suficiente para fazer a investigação. O que mais admiro em você é seu excelente raciocínio e capacidade analítica. Sem tantos recursos quanto eu, você conseguiu ir até a Doca Leste Balam e foi para a União das Docas.

— Se capturarmos o criminoso e recebermos a recompensa, distribuirei as recompensas de acordo com a contribuição de todos de maneira razoável. Confie em mim, tenho alguma credibilidade neste negócio.

— Tudo bem, espero uma parceria agradável. — Klein estendeu a mão direita e apertou-a, sentindo o calor seco da palma de Isengard.

Não era fácil para um cavalheiro de meia-idade na casa dos quarenta ou cinquenta anos manter tal calor no final do outono de Backlund. Isso aumentou as suspeitas de Klein de que Isengard era um Beyonder.

— Igualmente. — Isengard sorriu e assentiu.

Naquele momento, Klein percebeu que estava sendo um tanto indelicado, então sorriu e disse: — Desculpe, esqueci de convidá-lo para entrar, vamos conversar sobre isso durante um café e chá?

— Obrigado pela oferta. Já providenciei para que os detetives venham à minha casa às nove da manhã para discutir o caso. Meu assistente está esperando por eles lá. — Isengard pegou uma maravilha de beleza mecânica: um relógio de bolso de prata com gravuras complicadas, abriu-o e disse: — Precisamos ir até lá para encontrá-los. Isso será um problema?

— De jeito nenhum. Deixe-me usar o banheiro primeiro e trocar de roupa. — Nesse momento, Klein repentinamente redescobriu a sensação de ser um Falcão Noturno novamente: derrubar o mal, manter a ordem e proteger as pessoas.

No banheiro, Klein foi acima da névoa cinza e recebeu uma resposta aceitável por meio da adivinhação. Ele rapidamente voltou ao mundo real, vestiu o casaco e o chapéu, pegou a bengala e seguiu Isengard até uma carruagem alugada, onde se sentou ao lado dele.

Isengard olhou para ele e perguntou aparentemente pensando: — Estou muito curioso sobre como você conseguiu descobrir que a morte de Siber estava relacionada à União das Docas na Doca Leste Balam. Como foi?”

“Eu não descobri… É um mal-entendido…” Klein considerou a pergunta seriamente para forjar uma mentira.

Com um sorriso no rosto, ele respondeu vagamente: — O cerne da investigação foi primeiro determinar que a morte de Siber foi causada por um farsante. Este ponto foi tudo graças ao repórter Mike Joseph. Depois de confirmar isso, usando as pistas sobre a rota de Siber da Rosa Dourada, juntamente com outras pistas, tive um palpite correspondente, então me disfarcei de repórter para realizar as investigações.

Isengard assentiu levemente e, sem perder mais tempo com o assunto, passou a dar um relato mais detalhado dos assassinatos em série do que o jornal havia descrito, especialmente o caso mais recente.

O tempo voou à medida que a discussão e o intercâmbio avançavam. A carruagem chegou a um prédio um tanto antigo no Burgo Hillston.

A iluminação da casa não era muito boa. Embora não houvesse muito nevoeiro em Backlund hoje, permaneceu bastante sombria. Isengard Stanton conduziu Klein pela espaçosa sala de estar até a sala de atividades onde a lareira havia sido acesa.

Klein olhou em volta e viu cerca de dezesseis detetives, que haviam ocupado todos os assentos disponíveis na sala de atividades.

— Sherlock? — Uma voz surpresa soou; parecia estar muito familiarizado com Klein.

“Quem é esse?” Klein olhou surpreso e percebeu que o detetive Stuart, de quem ele se despedira ontem, estava realmente aqui.

Ele cuidadosamente olhou em volta e reconheceu a detetive Kaslana, que estava protegendo Adol, e sua assistente, Lydia.

— Que coincidência. — Os cantos da boca de Klein se curvaram em um sorriso quando ele se aproximou de Stuart.

Stuart se espremeu para o lado, desocupando metade de seu assento, e disse com um tapinha:

— Talvez não seja uma coincidência. Já li sobre isso em uma revista antes. Existe um fenômeno psicológico chamado sincronicidade. Apenas pensar sobre isso pode fazer isso acontecer. Haha, isso é uma piada.

Nesse ponto, Isengard apresentou Klein aos detetives presentes: — Este é o Sr. Sherlock Moriarty, um excelente detetive.

Com seu endosso, Kaslana e os outros olharam para Klein com muito mais confiança do que antes, acreditando que ele era um excelente detetive particular.

Klein acenou com a cabeça em resposta, sentou-se ao lado de Stuart e perguntou casualmente: — Sua comissão acabou?

— Sim, a situação de Adol melhorou, e pelo visto algo aconteceu com aquelas más companhias dele, e eles não podem mais ameaçá-lo, então perdemos nossos empregos. — Stuart riu e disse: — Eu estava planejando descansar por alguns dias, mas o Sr. Stanton me convocou, então vim dar uma olhada. Na verdade, isso também é bom, porque eu realmente não gosto de lidar com casos estranhos e assustadores. Oh, assustador como naqueles com elementos paranormais. Comparado a esses, estou mais disposto a aceitar casos de assassinato!

Depois que um assistente serviu a cada um deles uma xícara de café ou chá e distribuiu as informações, Isengard sentou-se em uma cadeira reclinável, pegou seu cachimbo e esfregou-o lentamente.

— Acho que nenhum de vocês não está familiarizado com essa recente cadeia de assassinatos em série. Alguém tem alguma opinião sobre este caso? Fale para que possamos nos envolver em uma discussão sobre isso.

Stuart, cujo rosto era magro e tinha um bigode minúsculo, levantou a mão e falou primeiro.

— Acabei de ler as informações e descobri que a polícia não começou a investigar o caso com base na identidade da vítima.

— Eu não acho que o criminoso poderia ter descoberto com os olhos se a vítima já foi uma garota de rua. Ele deve ter tido contato com elas. Esta é uma pista tão importante, mas a polícia realmente perdeu! Deus, isso é inacreditável!

“Aquele criminoso provavelmente reconheceu a vítima a olho nu…” Klein murmurou para si mesmo.

A maioria dos detetives particulares concordava com as dúvidas de Stuart. Apenas Kaslana, Isengard e alguns outros permaneceram em silêncio.

— Essa é uma direção muito importante. Stuart, consiga alguns amigos para continuar esta linha de investigação. — Quando a discussão diminuiu, Isengard calmamente fez um comentário.

No tempo que se seguiu, os detetives discutiram, levantaram a voz para retrucar, levantaram-se às vezes para andar de um lado para o outro e organizar seus pensamentos. Durante todo esse tempo, Klein ouviu sem fazer comentários.

Quando a troca estava quase terminada, ele de repente levantou a mão e disse: — Quero informações sobre os assassinatos em série não resolvidos nos últimos vinte anos, abrangendo Backlund e até mesmo todo o reino.

A sala de repente ficou em silêncio por alguns segundos, e a maioria dos detetives particulares foi momentaneamente incapaz de entender as intenções e pensamentos de Klein.

Isengard levou o cachimbo ao nariz, inalou seu cheiro e disse, pensativo: — Você acha que esta não é a primeira série de crimes do assassino?

— Você suspeita que ele já tenha cometido crimes semelhantes antes, mesmo que o modus operandi seja diferente?

“Não é uma suspeita, mas quase uma certeza…” Klein respondeu em seu coração.

Este foi o seu raciocínio com base nas informações fornecidas pelo Sol.

Como o assassino estava trabalhando duro para avançar da Sequência 6 para a Sequência 5, o que ele fez na Sequência 7 como assassino em série?

Se ele não tivesse cometido crimes semelhantes, teria sido difícil para ele digerir a poção. Mesmo com o acúmulo de tempo, onde havia uma chance significativa de perder o controle ao avançar da Sequência 7 para a Sequência 6. Além disso, havia um alto risco de os Beyonders no caminho do Abismo perderem o controle.

Portanto, Klein decidiu que, independentemente de o assassino conhecer ou não o método de atuação, ele deve ter cometido assassinatos em série durante seu tempo como Sequência 7 por vários motivos.

Dessa forma, mesmo que o processo de digestão da poção da Sequência 7 não levasse anos para ser concluído, juntamente com a Sequência 6, vinte anos seria um limite bastante razoável. Afinal, se alguém fosse muito velho, independentemente de ter digerido a poção ou não, avançar para a próxima Sequência seria muito perigoso. À medida que o ritual avançava, a pessoa ficava cada vez mais louca, deixando para trás pistas óbvias.

No estágio atual, o assassino está calmo e tem a capacidade de interferir na adivinhação e no rastreamento. Quase não havia brechas, mas ele poderia não ser o mesmo durante seus primeiros dias de inexperiência!

Quando ele concluiu um caso de assassinato em série, havia uma grande chance de que não fosse tão cauteloso!

Este foi o acompanhamento que forneceria as melhores pistas!

Muitos pensamentos passaram pela mente de Klein, mas ele assentiu e respondeu: — O modus operandi desse criminoso não o faz parecer um novato.

— Tenho motivos para acreditar que ele já fez tais casos antes!

— Ao combinar o passado e o presente, é mais provável que compreendamos o cerne do problema.

Ouvindo sua resposta, os detetives sussurraram entre si em discussão. Após um breve silêncio de Isengard, ele elogiou sinceramente: — Uma ideia brilhante!