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Makai Hongi – Capítulo 262

Capítulo 262

○ Castelo do Rei Demônio Menor de Melvis – Farneze

Ela reuniu seu exército e voltou para o castelo.

A expedição foi um grande sucesso. Kyuka estava morta.

O lado norte ficaria quieto por enquanto. Não era mais uma preocupação.

No entanto, Farneze parecia sombria.

(Certo, como devo dizer a ele?)

Mesmo tendo cumprido sua missão, havia muitas coisas que ela não sabia.

“Não tenho certeza, mas acho que um dos meus subordinados a derrotou.”

Essa seria a coisa certa a dizer. Mas seria aceitável?

(Se ao menos Golan não estivesse inconsciente…)

Isso era o que mais a incomodava.

Na verdade, ele ainda não havia mostrado nenhum sinal de se levantar.

E assim sua esperança de descobrir por ele se desfez.

Ainda assim, seria melhor dizer o pouco que sabia em vez de mentir ou encobrir a verdade.

Farneze só sabia o que seus homens lhe contaram.

Pode ter havido apenas uma insurreição no acampamento de Kyuka. Talvez houvesse rebeldes que ajudaram Golan.

Talvez Kyuka já estivesse morta quando Golan chegou.

No mundo demoníaco de hoje, parece que qualquer coisa poderia acontecer e não seria uma surpresa.

Então não era impensável que alguém estivesse mirando secretamente em Kyuka.

(Fazer o que… vou ser honesta e dizer que não sei.)

Com o coração pesado e os pés arrastados, Farneze dirigiu-se à sala do trono de Melvis.

“… Então, você está dizendo que ele fez isso?”

A voz baixa de Melvis ecoou no corredor.

“Não sei. É verdade que eu o mandei para lá, mas não tem como ele… Dito isso, a situação faz parecer assim. Pelo menos, de acordo com os relatórios.”

Que relatório mais estúpido.

Farneze sentiu vergonha de suas palavras.

“Então, este Golan. Ele é aquele de quem falamos antes?”

“Sim. Aquele que evoluiu de um Ogro.”

“Hmm…”

“…”

Os silêncios de Melvis podiam infligir dor.

Farneze pareceu encolher enquanto esperava.

Quanto tempo havia passado?

Melvis sentou-se, imerso em pensamentos por um longo tempo, antes de murmurar: ‘Compreeendo’.

“Sim?”

Quando Farneze olhou para cima para ver se havia perdido alguma coisa, Melvis levantou-se lentamente.

“Leve-me até ele.”

“S-sim, Vossa Majestade!”

Farneze teve que correr para alcançar Melvis.

As pessoas que trabalhavam no castelo devem ter ficado muito surpresas.

Melvis estava passeando pelos corredores.

Todos eles tiveram que parar o que estavam fazendo e se ajoelharem.

Uma vez que Melvis passou por eles, seus olhares seguiram suas costas com olhos temerosos.

– Você disse que ele estava no consultório médico?

“Sim.”

Quando Melvis entrou, todos olharam para ele com os olhos arregalados antes de descerem ao chão.

Todos pareciam não acreditar que isso estava acontecendo.

Mas Melvis não deu atenção a eles enquanto se dirigia para o paciente maior.

“Este deve ser ele, a julgar pelo seu nível de mana.”

“Sim.”

Era Golan quem estava deitado ali. Ele ainda estava em um sono profundo.

Agora que Melvis estava lá, todos, inclusive os feridos, saíram da sala.

Uma vez que a sala ficou em silêncio, Melvis murmurou, ‘Vocês estão aqui?’

“Estamos.”

“Estamos.”

“Perto de ti, sua Majestade.”

“Próximo se ti, sua Majestade.”

Você podia escutar mas não vê-los. Eram Jikae e Manny.

“Vou mergulhar agora.”

“Certo, vai mergulhar.

“Certo, parece que vai.”

“Então, se chegarem perto, mataremos todos.”

“Vamos matar, matar todos.”

Melvis colocou a mão no peito de Golan e sussurrou: ‘Mugen no Ri.’

○ ??? – Golan

“Ei, aconteceu de novo.”

Quando me virei para ouvir a voz atrás de mim, vi que era o outro eu.

“Olá, outro eu. Nos encontramos novamente.”

Eu disse alegremente. ‘Parece que sim’, ele respondeu.

“Onde estamos?”

“Sei lá. Ah, você se lembra do que aconteceu perto do fim?”

“Claro que lembro. Você derrotou Kyuka.”

“Ah é, aquela era a única técnica que alguém como eu poderia usar. Fico feliz por ter me lembrado dela a tempo. Obrigado por me ensinar.”

“Eu deveria estar agradecendo. E sinto muito por acabar com minha mana antes de lutar contra Kyuka.”

“O que importa, se o resultado foi bom? Mais importante, estamos no mesmo lugar da última vez? Pelo o que vi, parece o mesmo.”

“Realmente. Acho que estamos dentro da Esfera de Controle. Mas não tenho certeza, já que é apenas a minha segunda vez.”

“Tudo bem, então vamos apenas dizer que é. Onde é a saída?”

“…Sim, poderíamos procurar por uma. Mas há algo que eu quero falar com você. Tudo bem?”

“Sim, claro. É uma pena não ter uma bebida e uns aperitivos, mas eu queria falar com você de novo.”

“É como eu me sinto. Que diabo…?! O que é isso?”

“É uma quantidade assustadora de mana. Quem é você? Ou melhor, onde você está?”

Que estranho. Não estávamos dentro da Esfera de Controle?

Mas ainda assim havia alguém aqui dentro. Não apenas isso, mas era tão poderoso que era difícil de dizer onde estava.

“Ele vai nos encontrar se não fugirmos!”

“Fugir? Mas para onde? Parece que está em todo lugar.”

Senti como se a atmosfera sinistra nos seguisse, não importa onde fôssemos.

E se não podíamos fugir, poderíamos muito bem lutar.

O outro eu parecia concordar.

Então paramos e olhamos para o espaço vazio à frente.

“Nós deveríamos?”

“Por que não?”

“Verdade.”

“Sim, com nós dois aqui, o que temos a temer?”

Rimos como se fossêmos invencíveis. Estávamos em sincronia.

Quando entramos em posição de combate, um único velho apareceu na nossa frente.

No entanto, ele era muito alto. E tinha olhos penetrantes e brilhantes. Mas mais do que tudo…

“Essa sensação de mana inimaginavelmente concentrada… desgraçado, quem é você?”

O outro eu gritou. O estranho inclinou a cabeça.

“Por que são dois?”

“Como é?!”

“Não! Não vá!”

Eu agarrei seu braço para detê-lo. Eu sabia só de olhar. Esse cara era perigoso.

Senti uma sensação de desespero semelhante a quando tive que enfrentar a Rei Demônio Tralzard.

Dito isto, quer nos mantivéssemos firmes e lutássemos ou decidíssemos fugir, estávamos em uma posição ruim. Talvez devêssemos nos separar e atacar de lados opostos?

No

No entanto, eu duvidava que isso fosse o suficiente para derrotá-lo.

Foi dito que Dom Quixote enfrentou um moinho de vento depois de pensar que era um dragão. Provavelmente era assim que parecíamos agora, certo? Era alguém com quem deveríamos ser hostil? Era muito imprudente lutar?

“Ei, o que são essas correntes?”

O outro eu perguntou enquanto apontava para os pulsos do velho. Eu também as tinha visto e me perguntei se era a nova moda.

Seus braços estavam presos por grossas correntes.

“Então você consegue ver isto?”

“Quem não conseguiria?”

Pelo contrário, eu que queria saber. Ninguém é estúpido o suficiente para perder algo tão grande.

A menos que ele normalmente as escondesse sob as roupas.

“Qual de vocês é Golan?”

Ele ignorou minha pergunta.

“Nós dois somos Golan. Hehe!”

“Bem, se você me perguntar qual, não tenho escolha a não ser responder da mesma forma.”

Nós realmente estávamos em sincronia.

Juntos, éramos Golan. O que havia de errado com isso?

“…Hmm.”

O velho parecia estar pensando.

Teria sido um bom momento para fugir ou emboscá-lo. Mas eu ainda duvidava que qualquer um deles fosse bem-sucedido.

Além disso, quem diabos era ele?

Não estávamos dentro de nossa Esfera de Controle?

Como ele conseguiu entrar?

O outro perguntou com apenas um olhar, ‘Vamos matá-lo?’

Eu balancei minha cabeça.

Se ele estava olhando para longe de nós sem se defender, era porque nossos ataques não eram uma ameaça para ele.

Se atacássemos, ele lançaria facilmente um contra-ataque. E o resultado seriam nossas mortes.

“São duas almas, e ambas são Golan. Além disso, eles conseguem ver esta corrente…”

Ele estava falando sozinho? Não parecia que ele estava falando conosco.

“…Muito interessante. Que bom que decidi dar uma olhada.”

“O que você está tagarelando aí? Eu perguntei quem você é!”

Eu estava lutando para evitar que ele quase arrancasse um pedaço de mim, e por causa disso minha reação acabou sendo atrasada.

Antes que eu percebesse, o velho estava olhando para nós.

O brilho em seus olhos ficaram cada vez mais nítidos.

O olho do demônio – foi o que pensei instintivamente, mas repentinamente meu corpo ficou paralisado.

Merda. Eu deveria ter sido mais cauteloso.

Eu não conseguia mais levantar um único dedo.

O outro eu estava no mesmo estado. Era como se fôssemos sapos sendo encarados por uma cobra.

O velho olhou para nós e disse,

“Nome? Meu nome é Melvis. Tenho certeza de que já ouviu falar.”

Claro. Tentei acenar com a cabeça, mas então lembrei que estava paralisado.

Foi assim que encontramos o Rei Demônio Menor Melvis, o rei mais sinistro do Mundo Demoníaco.

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