A noite havia caído e como era de se esperar de um Grêmio ponta de linha, a segurança não relaxou nem um pouco. Os guardas posicionados em frente às celas alternaram seus turnos, e parecia que as pessoas que estavam posicionadas ao redor da fronteira tinham feito o mesmo.
Como eles veriam constantemente pessoas entrando e saindo do acampamento. A única pessoa que parecia nunca se mover era o tenente. Embora fosse óbvio em qual barraca o tenente ficava, já que estava no centro do acampamento, e era a maior de todas ali.
“Vamos nessa!” Disse Ray.
Os habitantes da cidade ficaram apenas observando atentamente os seis, apenas se perguntando o que iriam fazer e como iriam escapar de suas algemas e celas. Jack era um garoto alto e musculoso, então eles pensaram que ele havia usado sua força bruta, mas com o resto, eles tinham dificuldade em imaginá-los quebrando alguma coisa.
Seguindo o que Ray disse, cada um deles quebrou as algemas de metal ao mesmo tempo. Alguns deles usando magia, enquanto os outros usaram Ki.
As pessoas olhavam para eles com espanto, mas ainda não sabiam como seis pessoas seriam capazes de fazer isso sozinhas.
“Err, pessoal.” Van disse. “Eu ainda estou um pouco preso.” – Enquanto os outros quebraram suas algemas facilmente, Van ainda era um amador quando se tratava de magia, então ele não fez a mínima ideia de como se soltar.
“Venha aqui” – disse Lenny enquanto lançava um feitiço que tinha feito com que as algemas enferrujassem e caíssem no chão.
Ray então chamou Martha e Jack e, sem dizer nada, levantou as mangas de suas roupas, revelando a marca do Asas Carmesim.
A multidão atrás deles ofegou.
“São eles, nunca os vi pessoalmente.”
“Eles vieram para nos salvar?”
“Mas como eles saberiam que estávamos aqui.”
“Eles parecem tão jovens que eu tinha achado que provavelmente eram capturados.”
O velho deu um passo à frente novamente e sorriu. – “Agora eu sei por que você estava tão confiante. Você tem outros vindo, não é? Um exército foi convocado.”
A multidão começou a conversar mais uma vez e desta vez estava mais animada.
“Sim, isso faria sentido.”
“Talvez o Asas Carmesim tenham enviado todo o seu exército depois de ouvir sobre o sofrimento que passamos.”
Ray não respondeu de volta, mas se aproximou das barras da cela, então as abriu usando as duas mãos, causando um som de estalo.
Os dois guardas que estavam parados do lado de fora viraram a cabeça ao ouvir o som, mas antes que pudessem fazer qualquer coisa, Ray agarrou seus rostos e os jogou no chão.
“Ninguém mais está vindo, somos apenas nós” – Ray respondeu.
Enquanto todos passavam pelas barras que Ray havia dobrado para os lados, Jack foi o último a passar por elas e dobrou-as novamente. – “Eu acho que é melhor se vocês ficarem aqui.”
Eles fizeram o que foi dito, mas ainda não conseguiram evitar orar para que os Anéis Negro não os torturassem muito depois que esses jovens fossem capturados. No entanto, uma vez que eles soubessem que eram parte do Asas Carmesim, eles não podiam imaginar esses seis recebendo uma leve punição.
Depois de esperar alguns momentos, de repente, sons de gritos puderam ser ouvidos por todo o acampamento. Explosões aconteciam à esquerda e à direita. Bolas de fogo no ar. O sangue e cavaleiros totalmente armados foram lançados para o céu e no final eles até viram o que se parecia ser um anjo voando ao luar.
“Essas pessoas não são meros mortais, elas devem ser deuses descidas dos céus!” O velho afirmou.
Dentro da tenda principal, o tenente Adam estava ocupado contando as moedas que tinha ganhado ao aceitar este trabalho. Eles não estavam apenas sendo pagos pelo Império, mas também cobravam impostos das várias cidades na área circundante. Eles alegaram que esta era uma ordem do Reino Alure que supostamente estaria se protegendo contra o novo reino Asas Carmesim.
Embora isto não fosse verdade, quando eles tivessem saído já seria tarde demais para alguém fazer qualquer coisa a respeito. Virando a cabeça lentamente para trás e olhando para um baú cheio de moedas ele disse:
“Tô podre de rico!” Adam gritou, mas então o som de explosões pôde ser ouvido do lado de fora.
Um dos guardas entrou correndo. “Senhor, estamos sob ataque.”
“Mas que merda! Tinha que ser logo agora!” Adam se levantou abruptamente e gritou ao bater com o pé no chão. “Tem quantos deles lá? E sabemos qual é o objetivo deles?”
O guarda engoliu em seco antes de responder. “Senhor, o senhor não vai acreditar nisso, mas eles parecem ser do Asas Carmesim, eles de alguma forma foram levados como cativos antes e atualmente o numero deles é apenas seis.”
Ao ouvir essa notícia, Adam voltou a se sentar. – “Apenas seis, e você correu para me dizer isso. Volte para mim assim que tiver capturado os tolos.”
“Mas senhor…” Só então um pé foi sentido nas costas do guarda. Ao ser chutado para frente, ele caiu no chão bem na frente de Adam.
A pessoa que entrou foi Ray.
“Como você ousa entrar em meu escritório, você sabe quem somos, nós somos os Ané―” Antes que Adam pudesse terminar a frase, uma lança de gelo se formou e Ray a atirou diretamente em seu ombro, fazendo-o gritar de dor.
Pouco depois o resto o seguiu e se reuniu dentro da tenda.
“Fizemos o que você pediu, Ray.” Martha disse. – “Todos os membros restantes que ainda estavam vivos foram para as celas e foram embarcados em uma carruagem.
“Onde está todo mundo!” Adam gritou. “Guardas! Venham ajudar!”
Ray deu um passo à frente e, em resposta, Adam puxou sua espada. No momento, Ray não tinha nenhum equipamento, pois tudo havia sido levado e colocado ao lado de Adam com todo o resto.
Vendo isso, Adam puxou sua espada. Agora que olhava para a lamina mais atentamente, ele notou que sua cor era prata brilhante e na parte inferior, no cabo da arma, penas roxas de tons escuros podiam ser vistas.
Estava claro que Adam era o tipo de pessoa que obteve sua posição não por meio de seu próprio poder, mas por meio de maquinações e esquemas maliciosos.
“Bem, bem, olhe para isso” – disse Bliss olhando para o baú cheio de moedas. “Parece que o Império pagou a você uma grande soma, afinal.”
Naquele momento Martha também pegou um pedaço de papel detalhando os relatórios do que os outros membros haviam feito. “Eu não acho que tudo isso veio do Império. Olhe para isso!”
Neste momento, Adam estava visivelmente tremendo enquanto segurava a espada em sua mão. Ray deu um passo à frente e agarrou a lâmina da espada com as próprias mãos nuas. Adam tentou o seu melhor para movê-la, e usou toda a força que conseguiu reunir para poder se afastar junto a espada, mas era como se a lâmina estivesse cravada no concreto ou debaixo de uma montanha, mas então sangue começou a escorrer pela lâmina ao cabo.
“Oh, estou surpreso, parece que você realmente tem uma bela espada, já que é capaz até de ferir minha pele desse jeito.”
No entanto, o que os outros estavam vendo não passou despercebido e até mesmo os olhos de Adam estavam iluminados de medo quando ele viu o sangue. A cor do sangue não era vermelho, mas em vez disso, era preto, a mesma cor de uma besta.
De fato, uma bela espada