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My Dragon System – Capítulo 357

É Assim que se Faz

As imagens na mente de Ray estavam caóticas, ele conseguia se lembrar de alguns pedaços aqui e ali, mas não era o suficiente para lembrar muito. – ‘Eu realmente conhecia um Dragão Negro neste lugar?’ – ele pensou.

Os Dragões tendem a vir em todos os tipos de cores, mas suas cores também indicam sua força e habilidade. A maioria dos Dragões de uma cor específica só eram capazes de usar uma certa habilidade elemental. Ray, no entanto, como o Dragão Vermelho Sen, era capaz de usar todos os tipos de magia, exceto uma.

Mas ele não conseguia se lembrar que Magia era essa. Isso era exclusivo para uma raça separada de Dragões, mesmo antes da época em que Ray vivia. E ele nunca conheceu um em sua vida antes, ou pelo menos ele pensou que nunca tinha conhecido um. No entanto, a estranha cidade do vale havia despertado sua memória de quando ele era mais jovem, indicando que talvez sim.

“Você está bem, Ray?” Jack perguntou, sentindo-se um pouco preocupado, pois Ray não tinha falado muito desde que eles chegaram.

“Sim, apenas este lugar me lembra de algo.” – Desejando mudar de assunto, Ray fez sua própria pergunta. “E você, Jack? Ver este lugar conseguiu refrescar sua memória?”

Os dois ainda estavam andando na carruagem, enquanto Jack guiava a geringonça com rodas pelo caminho, Ray estava deitado no topo do telhado, observando os arredores. Era realmente uma área isolada agradável. Coberta por colinas e árvores gigantescas.

“Bem, eu me lembro de vir aqui quando criança e estudar aqui, mas não me lembro de mais nada.” Jack respondeu.

Em primeiro lugar, Ray nunca teve esperanças em relação a Jack, o objetivo era ver se alguém na cidade conseguia se lembrar, não ele.

Eles finalmente chegaram à entrada principal e, ao contrário de toda a cidade antes dela, não havia paredes. Em vez disso, havia duas pequenas torres de vigia construídas com madeira, cada uma com um guarda dentro. Enquanto eles também tinham guardas estacionados na parte de baixo.

“Identificação, por favor!” O guarda disse em voz alta e severa com a mão estendida.

“Receio que perdemos nossa identidade fugindo de um bando de bestas sinistras, esperávamos poder nos abrigar em sua cidade por alguns dias.” –  explicou Ray.

Cada reino teria que passar por um novo esquema de registro de cidadãos, e o mesmo foi feito no Reino Asas Carmesim assim que foi criado. Normalmente, este não seria o caso, e apenas o reino que havia sido criado teria que emitir novos registros, mas o Império forçou todos os outros reinos a registrar novamente seus cidadãos.

Era para ver quem faria parte do Asas Carmesim e quem não faria. Ray achou incrível o quanto eles estavam se esforçando para se livrar do Asas Carmesim, enquanto ao mesmo tempo, nem sequer a metade desse esforço era vista ao enfrentarem a Sombra.

“Sem identificação, sem entrada.” O guarda respondeu.

“Oh, não diga isso, tenho certeza de que podemos arranjar algo, como você pode ver, somos mercadores muito ricos.” –  disse Ray, apontando para a carruagem especialmente projetada.

Jack ficou impressionado com as palavras de Ray, era a primeira vez que ele conseguia falar tão bem. Onde estava o Ray brutamontes que iria abrir caminho no murro? O que Jack não sabia era que, antes de Ray partir, Slyvia tinha feito o possível para dar a Ray o máximo possível de aulas de socialização humana.

Foram necessárias muitas tentativas, mas, eventualmente, eles chegaram a algum lugar. Felizmente, Slyvia era muito inteligente, ela planejou quais cenários e problemas eles poderiam ter encontrado durante suas viagens e decidiu se concentrar apenas neles.

Ray então ofereceu sua mão e continuou com um sorriso no rosto, era perfeito, exatamente o que Slyvia disse a ele para fazer. Nesse momento, nas mãos de Ray estava um conjunto de dez moedas de prata, que valeria cerca de um mês de pagamento para um guarda em uma cidade como esta. Foi um suborno que deu certo.

‘O que há com esse sorriso maligno?’ – o guarda pensou. – ‘Ele deve estar planejando um ataque.’

“Pessoal, agarrem os intrusos!” Quatro guardas cercaram rapidamente a carruagem e sacaram suas armas.

Jack, que estava observando a coisa toda acontecendo, estava balançando a cabeça. Ele podia ver que a lição de Slyvia havia funcionado maravilhosamente, mas ela não foi capaz de mudar sua expressão facial. Quando Ray tentou dar um sorriso amigável para o guarda, seu rosto parecia de um terrorista que tramava um extermino em massa.

Não querendo causar uma confusão ou uma cena, Ray ergueu as mãos e se rendeu. Felizmente, Ray foi instruído sobre o que fazer nessas situações também. Sabendo que ele podia falhar.

Se o Império soubesse que o Asas Carmesim estavam em uma cidade estranha, eles certamente iriam investigar.


Os guardas começam a escoltar não apenas Ray, mas Jack e a carruagem também. No entanto, eles lutaram para descobrir como mover a coisa. Não havia cavalos para empurrá-lo e também parecia ser mais pesado do que uma carruagem normal.

“Posso ajudar se você quiser.” –  disse Jack. “Eu prometo que não vou fugir, já teríamos tentado isso se a gente quisesse.”

Os guardas permitiram que Jack subisse no topo do veículo e o conduzisse lentamente até a cidade enquanto caminhavam ao lado.

A cidade estava cheia de pequenos edifícios aqui e ali, poucas coisas eram mais altas do que dois andares. Não era como as cidades a que estavam acostumados e tudo parecia muito mais silencioso. No entanto, ainda havia as mesmas barraquinhas que sempre viam nas ruas, vendendo comida e roupas.

A escola que Jack frequentou não era mais uma escola de Cavaleiros de propriedade de Avrion, mas agora havia se transformado em uma escola pública. Ainda assim, eles puderam ver crianças praticando esgrima com alguns dos guardas da cidade do lado de fora.

O que aconteceu quando eles passaram com seu novo veículo, parecia estar causando um grande rebuliço na cidade. Sempre que passavam por um novo local, as pessoas paravam o que estavam fazendo e começavam a seguir o veículo.

“O que é aquela coisa, como está se movendo?”

“Deve ser algum tipo de magia.”

“Só a realeza seria capaz de pagar algo assim, né?”

“Não seja retardado, você não vê que as mãos deles estão amarradas? Devem ser prisioneiros.”

Ray olhou para o chefe da guarda. “Como dissemos, somos comerciantes, estamos tentando apresentar essa nova tecnologia aos nobres ricos na esperança de que eles possam investir mais para que possamos produzir esses itens em massa em grande escala.” –  explicou Ray.

Nesse momento, um homem grande e gordo saiu de um dos lados e começou a correr. Seus olhos foram direto para os guardas enquanto ele corria para o veículo.

“O que é isso, essa beleza! Quem criou isso, quem é o dono disso!” O grande homem disse. “Exijo saber imediatamente.”

“Este veículo pertence a esses dois prisioneiros.” O chefe da guarda respondeu.

O homem grande então caminhou até o guarda e sorriu. Ele então estendeu a mão e apertou com a mão do guarda, colocando uma moeda de ouro sem que ninguém visse. – “Se eles forem prisioneiros, então acredito que este veículo será uma mercadoria apreendida. Desejo tirar isso de suas mãos e me livrar dele para você.”

O guarda sorriu de volta e se curvou. “Seria um prazer.”

Jack foi então retirado da frente da carruagem enquanto o homem gordo subia. Como Jack já o havia preenchido com um núcleo de besta, ele ainda era capaz de rodar no momento.

“Você vê, chefe?” Disse Jack. “É assim que você suborna alguém.”


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