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My House of Horrors – Capítulo  404

Sinto Muito [2 em 1]

O espírito do celular olhou para Chen Ge com timidez e medo. Pegou o celular velho em volta do pescoço com as mãos. O display que estava brilhando fracamente tinha noventa e nove chamadas não respondidas e cada uma delas vinha do mesmo número registrado — Mãe.

Chen Ge sentiu que o espírito do celular não era um espírito maligno, não conseguia sentir nenhuma vingança ou veneno dele. No mínimo, o espírito do celular parecia com um garoto que não sabia de nada.

“Você quer que eu te ajude a encontrar sua mãe?” O espírito do celular assentiu. Levantou os dois braços e acenou diante de Chen Ge para dizer algo. Todavia, este não conseguia entender o que ele estava tentando se comunicar. O espírito do celular agarrou o celular em volta do pescoço para escrever uma mensagem e enviar para Chen Ge. Seu celular vibrou e leu a mensagem que acabou de receber.

“Minha mãe esteve procurando por mim. Quero que use meu celular para enviar uma mensagem para ela. Meu celular está na Cidade Li Wan em Jiujiang Oriental.”

“Seu desejo é que eu envie uma mensagem para sua mãe?” Chen Ge assentiu. Cada um dos fantasmas tinha suas próprias histórias e foi devido aos sonhos não realizados que permaneceram no mundo humano. Chen Ge colocou o espírito do celular de volta no quadrinho. Planejava ajudá-lo a realizar o seu desejo naquele dia. A Sociedade de Histórias de Fantasmas desperdiçou tal espírito especial. Somente eu conseguirei apoiá-lo em seu potencial total.

O espírito do celular seria imensamente útil para a Casa Assombrada de Chen Ge. Se estivesse disposto a ajudá-lo, o número de visitantes usando o celular para tirar fotos e gravar vídeos dentro dela diminuiria drasticamente.

Após tomar um banho frio, Chen Ge trocou para um conjunto de roupas limpas e limpou a Casa Assombrada por um tempo. O parque temático abriu para negócios às 9 da manhã. O céu estava bem sombrio e nublado, mas não diminuiu a paixão dos visitantes. Comparado aos dias anteriores, o número havia aumentado muito.

Os cenários de uma estrela já tinham perdido sua atração para os clientes recorrentes. A maioria começou a desafiar os cenários de duas estrelas e muitos dos mais experientes já estavam desafiando o de três estrelas. Só numa manhã, seis a sete lotes de visitantes entraram na Aldeia do Caixão e Terceira Enfermaria. A habilidade de adaptação dos visitantes para com os novos cenários era muito maior do que Chen Ge esperava.

Todos tinham um limiar de medo em seu coração e conforme experienciavam cenários mais assustadores, o limiar aumentaria lentamente, o que criou uma pressão em Chen Ge.

A recompensa para a Missão de Julgamento da Terceira Enfermaria foi os dez pacientes mentais. Se eu realmente colocá-los dentro da Terceira Enfermaria, mesmo sem os outros adereços, conseguirei assustar os visitantes até se mijarem nas calças. Contudo, o problema é que não posso garantir que as almas destes pacientes mentais irão ouvir meu comando. Eles são pacientes mentais, afinal de contas.

Para garantir a segurança dos visitantes, Chen Ge não usou a lista de pacientes da Terceira Enfermaria.

Não há melhor solução temporária. Quando alguém estiver próximo de derrotar o cenário, vou apenas pedir ao Velho Zhou e seus amigos para ‘ajudar’ o grupo de visitantes. A preocupação de Chen Ge pelo divertimento dos visitantes era multifacetada. Enquanto pensava em maneiras de assustar os visitantes, ainda estava preocupado com a segurança deles. Hoje em dia, certamente é difícil de fazer negócios.

Sentado dentro da Casa Assombrada, após enviar os visitantes no cenário subterrâneo, agarrou uma cadeira e sentou para descansar. Seu relógio biológico atual era quase similar ao de Zhang Ya, seu dia era noite e noite era dia. Tinha toneladas e atividade noturna e de manhã, precisava encontrar tempo para dormir. Tirando o celular, Chen Ge navegou na internet por informação sobre a Cidade Li Wan. Era apenas uma pequena cidade normal.

O celular do espírito do celular está em Jiujiang Oriental, então deve ter assombrado lá. Como acabou nas mãos da Sociedade de Histórias de Fantasmas? Isto significa que a sociedade de algum modo está relacionada à Jiujiang Oriental? Chen Ge balançou a cabeça. Acreditava que a chance disso era muito baixa.

Após um dia inteiro de trabalho, a Casa Assombrada só encerrou o dia às 6:30 da noite. Após Xu Wan e Gu Feiyu saírem do trabalho, Chen Ge ligou para Lee Zheng, perguntando como ele devia cooperar com eles. A resposta recebida foi para não fazer nada por enquanto e aguardar por atualizações. Desde que a polícia disso isso, Chen Ge, naturalmente, não iria causar problemas.

Ele entrou na sala de descanso da equipe para colocar o martelo e o gravador na mochila. Após garantir que não esqueceu de nada, saiu da Casa Assombrada, fechou a porta e pegou um táxi para ir à Jiujiang Oriental.

Diferente da noite anterior, agora estava confiante. Não sentia nenhum rastro dentro de medo em seu coração. No mínimo, sentiu antecipação e animação. A Cidade Li Wan não era tão isolada, o táxi dirigiu por trinta minutos antes de chegar no seu destino.

Durante a jornada, começou a chover. A chuva não era pesada, mas Chen Ge não trouxe um guarda-chuva. Após pagar, apressou para dentro de uma central de operações de celular que estava próximo.

Vendo a forma curiosa que Chen Ge estava vestindo, a pessoa no balcão olhou com suspeita e perguntou com cautela: “Senhor, em que posso ajudar?”

“Está tudo bem. Só estou dando uma olhada.” Chen Ge tirou o quadrinho e encontrou um canto silencioso para se comunicar com o espírito do celular. Após um tempo, recebeu uma nova mensagem dele.

“Terraço dos Apartamentos Pu Ming na Rua Leste da Cidade Li Wan? Este é o endereço?” Chen Ge leu o endereço no celular e então se virou para encontrar a pessoa da loja de mais cedo: “Sinto muito, mas como chego nos Apartamentos Pu Ming?”

“Apenas siga esta rua e caminhe reto até avistar o edifício mais velho.” A pessoa foi bem legal e pensou que Chen Ge era um estranho que acabou de se mudar para a cidade e estava procurando por um lugar para alugar: “A Rua Leste é bem insegura e o local não é limpo. Sugiro que encontre um lugar na Rua Oeste. Sim, o aluguel pode ser maior, mas não é muito.”

“Obrigado.” Chen Ge carregou a mochila e correu para os Apartamentos Pu Ming na chuva. Após cerca de dez minutos de uma corrida leve, finamente encontrou o prédio de apartamentos descrito pelo espírito do celular. O edifício parecia ter mais de trinta anos — parecia velho e decrepito: “Este é o lugar?”

Chen Ge entrou no local e parecia vago. A maioria dos apartamentos tinha uma camada grossa de poeira. Subiu até o topo. A porta que levava ao terraço estava trancada. A fechadura estava tão enferrujada que até o buraco da chave não escapou da ferrugem.

Parece que este local já está abandonado faz muito tempo. Chen Ge pegou o martelo da mochila para esmagar a fechadura. Abriu a porta. O terraço estava cheio com lixo e havia uma fileira de vasos de planta ao longo da parede. No entanto, as plantas já estavam mortas. O celular do espírito do celular está aqui?

Chen Ge olhou em volta do local antes de focar sua atenção nos tanques de água próximos. Os tanques pareciam ter sido usados pelos inquilinos para marinar lixo. Estavam todos selados e uma rocha foi colocado em cima deles. Chen Ge chegou mais perto com o martelo em mãos. Moveu a rocha e abriu o primeiro tanque de água. Estava vazio, não havia nada dentro.

Então, moveu a rocha do segundo tanque. Antes mesmo que pudesse abrir o tanque, um cheiro estranho vazou de dentro. Abriu a tampa e quando olhou, suas pálpebras tremeram.

Havia uma criança desidratada que era tão fina quanto um galho presa no tanque. Suas características faciais eram similares ao do espírito do celular e havia um celular antigo pendurado em volta do pescoço. Chen Ge ficou ao lado do tanque por um longo tempo, tanto que seu cabelo ficou totalmente molhado pela chuva: “Achei você.”

Pegou o celular para se preparar para chamar a polícia quando o espírito do celular enviou uma mensagem: “Antes de chamar a polícia, quero usar meu celular para enviar uma mensagem para minha mãe. Ela deve estar muito preocupada.”

“Devemos usar seu celular?” Chen Ge não sabia por que o espírito do celular o impediu de chamar a polícia, mas respeitou a decisão do garoto: “Okay.”

Não queria arruinar a cena do crime. Tirou algumas fotos do tanque de água e removeu o celular do corpo do menino. Após tantos anos, é claro, o celular não estava funcionando mais. Recolocou a tampa e preparou para retornar após concluir o desejo do espírito do celular.

Guardando o martelo, desceu rápido as escadas para voltar a central de celular onde se escondeu da chuva. A chuva ficou mais pesada, encharcando sua camisa.

“Senhor, em que posso ajudar de novo?” A pessoa havia acabado de ajudar Chen Ge, então ficou surpresa ao vê-lo retornar tão cedo.

“Pode me ajudar a carregar este celular? Ainda há um carregador para este modelo? Se não puder ser usado mais, então por favor, remova o chip.” Chen Ge passou o celular para a mulher. Esta deu uma olhada e seu rosto afundou com dificuldade. Ela remexeu pelo balcão, mas não conseguiu encontrar um carregador adequado: “Senhor, seu modelo já está desatualizado.”

“Não usei este celular já faz vários anos. Entendo a dificuldade. Se realmente não puder ligar o celular, pode me ajudar a remover o chip? Preciso conseguir o número de telefone.” Chen Ge entendeu o pensamento do espírito do celular. Sua mãe vinha procurando por ele, então este queria usar o próprio celular para enviar a ela uma última mensagem.

“Você não usa por vários anos?” A pessoa balançou a cabeça: “Mas senhor, se não tiver pago a conta do celular por mais de três meses, o número será deletado automaticamente, então acredito que já tenha sido desativado.”

“Desativado?” Chen Ge permaneceu ao lado do balcão, sua mão foi subconscientemente para o quadrinho no bolso.

“Espera, deixe-me checar para você.” A pessoa era muito paciente e gentil. Abriu a carcaça e removeu o chip. Então colocou o número do chip no computador para pegar a informação. Olhando para a informação que surgiu na tela, a pessoa ficou chocada: “Seu cartão ainda está operante.”

“Sério? Mas você não disse que o número seria desativado após três meses? O celular não é usado faz anos.” Chen Ge tentou olhar para a tela. Também achava que isto era bem impossível.

“Sim, isso se não pagar a conta por mais de três meses. Contudo, desde que seu número foi ativado sete anos atrás, alguém pagou a conta todo mês. Aqui está o registro de pagamento.” A tela mostrou todo o registro de pagamento dos últimos sete anos e a última transação aconteceu no dia anterior!

A mulher olhou para Chen Ge e surgiu um sorriso em seu rosto: “Senhor, mesmo que tenha esquecido do seu número, alguém não esqueceu. Ela resistiu por sete anos — isso é muito inacreditável da parte dela.”

“Obrigado.” Chen Ge comprou um novo celular que podia usar o chip da mulher e saiu da central. Colocou no novo celular. Olhando para o céu sombrio, entrou num beco próximo para convocar o espírito do celular.

“Este é o seu assunto.” Chen Ge passou o celular para o espírito do celular. O garotinho segurou o celular, seu corpo estava tremendo. A chuva continuou. Chen Ge agachou silenciosamente diante dele e olhou em seus olhos quando perguntou: “Que tal eu te levar para vê-la?”

O espírito do celular balançou a cabeça. Segurou o celular, mas não ousou enviar a mensagem. Após um longo tempo, devolveu o celular para Chen Ge.

“Ela está com medo de que você não seja capaz de contactá-la após seu número ser desativado, então vai pagar a conta mensalmente para manter seu número ativo. Ela tem aguardado por você.” Era desconhecido se foram as palavras de Chen Ge ou não, mas o espírito do celular enviou uma mensagem para ele e desapareceu.

Abrindo a mensagem, continha um endereço — Rua Pu Yuan 37, Floresta Tong Tong. Chen Ge não parou para descansar e chamou um táxi para levá-lo ao endereço dado pelo espírito do celular.

Por volta das 8 da noite, chegou no local e até então, já estava chovendo muito. A camisa de Chen Ge estava completamente encharcada. Escorou contra a parede e avaliou a florista que estava do outro lado da rua. A loja era pequena, mas a decoração era confortável e receptível. Quando cainhou na direção do lugar, conseguia até sentir o cheiro das flores no ar.

Abriu a porta de vidro e o carrilhão de vento soou. Uma mulher que parecia ter trinta anos estava trabalhando num arranjo de flores. Quando ouviu o carrilhão de vento, se levantou e rapidamente abaixou o arranjo.

Chen Ge estudou a mulher diante dele. Parecia muito normal: “Olá, gostaria de comprar um buque de cravos.”

“É para a sua mãe? Que tipo de cravos ela gosta?” A mulher levou Chen Ge pela loja.

“Não sei bem. Que tal você pegar aquela que achar linda.”

“Okay, então pode vir pegar amanhã de manhã. Ou posso enviar uma foto e se estiver satisfeito, posso enviar para você.”

“Tudo bem.” Chen Ge olhou pela loja e achou uma pequena placa de madeira em cima do balcão do caixa. Havia uma foto de um garoto fofo nela: “É o seu filho?”

A mulher assentiu e as emoções em seus olhos eram complicadas: “Seu nome é Tong Tong. Ele desapareceu perto da loja a quase seis anos atrás. A polícia suspeita que tenha sido sequestrado por traficantes de humanos.”

“Traficante de humano?” Chen Ge não pediu a mulher para elaborar. Quando ela estava sonhando acordada, Chen Ge deixou o dinheiro no balcão do caixa: “Tenho certeza de que o garoto está bem, talvez esteja pensando em você agora.”

Chen Ge saiu da loja, não querendo perturbar mais a mulher.

“Espere um minuto!” A mulher chamou Chen Ge de repente.

“O que é?” Embora estivesse surpreso, a mulher saiu da loja com um guarda-chuva: “Está chovendo, pegue isto e use. Você pode devolver amanhã quando vier pegar o buque.”

Chen Ge agradeceu, mas não aceitou o guarda-chuva e caminhou para fora da floricultura. O som do carrilhão de vento foi engolido pela chuva. Chen Ge deu a volta no quarteirão antes de entrar no café em frente à floricultura. Sentou num local que estava próximo da janela e convocou o espírito do celular: “Converse com ela. Ela tem aguardado por você.”

Chen Ge passou o celular recém-comprado para o espírito do celular. O garotinho, que parecia magro e vulnerável, segurou o celular com as mãos e ficou ao lado da janela, olhando para o outro lado da rua.

As luzes na floricultura apagaram e a mulher saiu com sua bolsa e guarda-chuva. Como de costume, trancou e porta e foi embora.

Vendo sua sombra desaparecer na distância, o espírito do celular finalmente usou o celular. Pensou por um longo tempo e usou o número do telefone para enviar uma mensagem para a mulher.

“Sinto muito.”

Do outro lado da rua, quando a mulher ouviu o alerta de mensagem no celular, não prestou atenção de começo. Segurou o guarda-chuva numa mão e pegou o celular com a outra. Contudo, quando viu a mensagem na tela, seu corpo pareceu congelar.

O guarda-chuva caiu de sua mão, ela ficou sozinha na chuva com o celular na mão.

Dentro do café, o espírito do celular inclinou contra a janela, e esta refletiu as lágrimas que fluíram por seu rosto.


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