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My House of Horrors – Capítulo  487

Ela Está Me Seguindo

Algum passageiro se sentou aqui mais cedo com as roupas molhadas?

Xiao Gu tocou no banco, parecia molhado, mas não como água. Não conseguia descrever.

Melhor trocar de assento.

O ônibus dirigiu tranquilamente. A vista dos dois lados passou muito rápido e não conseguia sentir o ônibus tremer. Se levantando, Xiao Gu olhou em volta. Havia poucas pessoas neste último ônibus — incluindo ele, havia apenas seis.

As três primeiras fileiras na esquerda estavam vazias e uma velha senhora se sentou na quarta. Continuou olhando pela janela como se tivesse algo em mente.

Uma mulher se sentou na mesma fileira do lado direito e manteve a cabeça abaixada enquanto mexia no celular. Parecia ter trinta e usava roupas da moda. Xiao Gu acreditava que ela era uma empregada de uma empresa próxima e vinha fazendo hora extra até o momento de pegar o ônibus.

Xiao Gu se sentou no meio do ônibus sozinho. Atrás dele estava uma mulher por volta dos quarenta ou cinquenta que estava abraçando uma criança no colo. A mulher era obesa e seu rosto estava cheio de rugas, mas a criança em seu colo parecia linda e bonita, completamente diferente dela.

Olhando para trás, havia um estudante sentado na última fileira. Carregava uma bolsa escolar e seu uniforme estava encharcado. Parecia ter terminado as aulas.

Estudantes de hoje em dia realmente estão sob muita pressão.

Xiao Gu estava prestes a virar a cabeça quando o aluno levantou a cabeça de repente para encontrar seu olhar antes de evitar rapidamente.

Seu rosto parece tão pálido e seu corpo está tremendo — ele está doente?

Ele trocou de assento se sentou perto da porta traseira. Interpretando um assassino enlouquecido na Casa Assombrada era difícil. Precisava correr o tempo todo e algumas vezes, para criar uma surpresa, precisava seguir as ordens do chefe e percorrer uma rota longa para bloquear o caminho dos visitantes do outro lado. Após um dia inteiro de trabalho, Xiao Gu estava se sentindo cansado. Escorou no banco e suas pálpebras ficaram pesadas.

No momento que estava para cochilar, algo o atingiu levemente na nuca. Ele se virou e viu uma bola de papel no chão: “Isto veio do aluno?”

Xiao Gu pegou o papel. Pensou ser uma pegadinha, mas pensou um pouco melhor, refletiu sobre a aparência do aluno e não acreditou ser o caso. Segurando o papel, se virou. O aluno estava com a cabeça abaixada. Não havia sinal de que ele havia arremessado a bola de papel.

Xiao Gu abriu e viu a sentença que foi escrito na pressa.

‘Não adormeça ou você perderá sua parada.’

Era um lembrete normal e Xiao Gu sabia que a pessoa foi gentil por escrever isto. Ele guardou o papel e se virou para sorrir para o garoto na última fileira e falou suavemente: “Está tudo bem. Vou sair na última parada.”

Feiyu abaixou a voz de propósito, mas como não tinha outras pessoas no ônibus, estava muito quieto e sua voz saiu muito mais alta do que esperava. Quando as palavras ‘última parada’ saiu de seus lábios, o ônibus virou de repente. Gu Feiyu olhou para o assento do motorista e percebeu que o homem estava o observando pelo retrovisor.

O motorista estava usando o uniforme da empresa de transporte público de Jiujiang. A jaqueta parecia velha e seu pomo de Adão saltou para cima e para baixo. Seu rosto estava suado — parecia nervoso e assustado. Estava com as duas mãos no volante. Como o aluno, o motorista desviou o olhar rápido.

Ele está com medo do quê?

Xiao Gu estava confuso. A maneira que o motorista olhou era estranha, como se estivesse tentando lhe dizer algo.

A chuva ficou mais forte. Era dois mundos diferentes dentro e fora do ônibus. Xiao Gu perdeu a vontade de dormir e se virou para estudar silenciosamente os outros passageiros. O ônibus percorreu a rua noturna e logo chegou na próxima estação. O ônibus entrou e quando estava parado, a voz eletrônica falou: “Ding! Chegamos no Hospital Central. Clientes partindo, por favor, certifique-se de ter todos os seus pertences consigo e por favor, façam fila na porta traseira.”

As portas da frente e de trás abriram ao mesmo tempo e a chuva lá fora gotejou no ônibus. Logo, um homem de meia-idade com um fio vermelho em volta do pulso entrou no ônibus. Estava usando um jaleco branco, então provavelmente era um médico do Hospital Central.

O médico vasculhou no bolso por um longo tempo pelo trocado, mas não conseguiu encontrar. O motorista viu que estava chovendo, então acenou para o homem entrar primeiro e podia procurar pelo trocado no assento.

A porta da frente fechou e o médico caminhou no ônibus, segurando os corrimões. Quando passou por Xiao Gu, parou e se virou para ele. Sentado, Xiao Gu levantou a cabeça para olhar para o médico. Percebeu que o doutor tinha um olhar estranho. Suas sobrancelhas eram grossas e quando olhou para a pessoa, seus olhos esbugalharam como se fossem sair.

“Olá…” Xiao Gu achou estranho por sendo encarado pelo médico. Se levantou e preparou para sair na próxima parada.

Vendo Xiao Gu se levantar, o médico se moveu para trás e sorriu apologeticamente. Se sentou do outro lado de Xiao Gu. O ônibus estava escuro e Xiao Gu acreditava que tinha visto que a boca do médico não tinha dentes quando sorriu mais cedo. Segurou o papel no bolso e não ficou mais no banco. Moveu diretamente para a porta traseira.

Talvez eu deva apenas chamar um táxi.

Segurando o corrimão, moveu para a porta e quanto chegou, seu corpo congelou e ficou descrente.

Parado no ponto de ônibus estava uma mulher numa capa de chuva vermelha. A mulher tinha a cabeça abaixada e seu cabelo molhado bloqueava seu rosto.

A mesma mulher de antes? Por que ela está aqui? Esta não é a mesma parada, certo?!

Gu Feiyu ficou atordoado quando a voz fria começou de novo: “O veículo partirá logo. Por favor, sentem-se. Bem-vindos ao ônibus sem motorista da Rota 104. Queridos passageiros, por favor, cheguem mais perto da porta traseira. Nossa próxima parada é o Restaurante Hong Si.”

A porta traseira fechou lentamente e Xiao Gu voltou a realidade. Por que a mulher na capa de chuva apareceu na estação próxima do Hospital Central? E ela está mais próxima da porta que antes! Ela está me seguindo?

Com suor deslizando pelo rosto, a expressão de Xiao Gu não era diferente do motorista. Segurou o corrimão com força e não voltou ao banco instantaneamente.

“Você… está bem?” Uma voz arrepiante veio por trás de repente — o médico estava encarando Xiao Gu.

“Estou bem.” Xiao Gu voltou ao assento e abaixou a voz para perguntar: “Senhor, você viu uma mulher numa capa de chuva vermelha parada perto da porta traseira na parada mais cedo?”

“Capa de chuva vermelha?” O médico balançou a cabeça: “Acho que não.”

“Impossível.” Xiao Gu se virou para perguntar ao estudante na última fileira: “Você viu aquela mulher? Ela estava no ponto de ônibus!”

O estudante o ignorou. Nem mesmo virou a cabeça. Manteve seu rosto observando a chuva pela janela, mas suas mãos continuaram se movendo dentro da bolsa como se estivesse procurando por algo.


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