— Harvey… Você parece saber de algo — a mãe de Alex, Lavinia, encarou seu marido com os olhos estreitos.
Com seu humor excelente, sorriso peculiar e atitude calma geral, apesar de seu filho levar quatro garotas ao quarto, era suspeito demais.
Lavinia só podia suspeitar de algo.
Harvey riu: — Você sempre foi a voz racional da família. Algumas vezes, no entanto, exagera na imaginação.
— … — Lavinia olhou para seu marido em silêncio.
Harvey continuou sorrindo: — E eu sempre fui o pai legal. Alex se tornou um jovem extrovertido que ainda segue seus princípios e presta atenção nas responsabilidades por nossa causa.
— Tivemos um equilíbrio perfeito que raramente acontece. Porém, ninguém pode manter um equilíbrio apropriado na vida. Algumas vezes, ficamos confusos pelas nossas regras. Ocasionalmente, tentamos aderir demais a elas.
— A melhor maneira… é seguir os sentimentos. E é o que fiz agora. Você ouviu a voz dele? Como ficou aliviado? Você não sabe o que aconteceu entre ele e aquelas garotas, então não pule para as conclusões.
— Se elas são a fonte de sua felicidade e está tudo bem com ele, então Alex tem meu apoio. — Harvey balançou o jornal, voltando a olhar para ele.
O olhar de Lavinia apunhalou seu marido: — Então você sabe de algo!
Harvey a ignorou.
Ela então sentou perto dele. Cruzando os braços, começou a reclamar do filho, que estava mudando demais em pouco tempo. Fazia apenas alguns meses desde que começou a jogar, afinal de contas.
— Esta criança nem tem dinheiro para cuidar de todas — Lavinia bufou, pronta para usar as despesas para forçar Alex a falar a verdade.
O marido sorriu: — Talvez as meninas encontrem trabalhos de alta renda.
— Ah, não! De jeito nenhum! Meu filho não usará garotas para ganhar dinheiro! — Lavinia balançou a cabeça algumas vezes e se levantou, pronta para chamar seu filho e as meninas.
Após sua esposa ir ao segundo andar, Harvey sussurrou: — Você permanece igual, independente do mundo.
*****
— Alex! — Lavinia bateu na porta.
Neste ponto, sua voz alta e ações acordaram as outras garotas. Elas começaram a perceber a nova situação. O sistema cintilou diante de seus olhos, transmitindo o que aconteceu.
Após abrir a porta, Lavinia entrou: — O-O que aconteceu.
Ela fixou o olhar instantaneamente em uma garota de cabelos brancos, cujos olhos dourados peculiares brilhavam devido às lágrimas. Suas bochechas coradas tinham vários rastros molhados enquanto continuava chorando nos braços de Alex.
Não sabendo exatamente o que aconteceu, o tom de Lavinia suavizou. Ela não conseguia ficar com raiva de Alex ou da mulher em seus braços por algum motivo. O humor de Stella influenciou até a mãe de Alex, o que era algo impossível.
E enquanto a encarava, Sara se aproximou de sua sogra: — Sogra… é muito complicado, mas muito aconteceu antes de chegarmos aqui… Você poderia nos dar mais tempo?
Lavinia assentiu: — Não me importo… Mas por que ainda está nua?
Sara exibiu um sorriso envergonhado: — É… porque não temos roupas.
— M-Meu filho rasgou todas as suas roupas? — Lavinia perguntou num tom suave, pensando nas palavras dela, pois seu filho não podia ter estes fetiches.
Sara corou e balançou a cabeça: — Não é isso…
— Vou pegar minhas roupas. — Lavinia saiu do quarto, retornando dez minutos depois com roupas que deixaria as garotas saírem do quarto.
Ela então deixou seu filho com as esposas, pois todos pareciam precisar de uma conversa séria.
*****
— Ah… eu… não… sou… eu… — Stella chorou nos braços de Alex enquanto lembrava das questões durante os eventos do antagonista.
Após ser ferida pelo cão leal, que seguia cegamente as ordens de seu pai, a atitude de Stella mudou significativamente. Ela voltou ao ela antiga, pior ainda. Ela estava tão mais preguiçosa que nem conseguia acreditar em si.
Mesmo em seu humor normal, Stella jamais ignoraria os machucados de suas irmãs. Ela levaria algum tempo, mas nunca descuidaria totalmente dos estados delas. E desde que a ferida de Schnee era perigosa, a garota alada normal a curaria imediatamente.
Não, ela usaria a Forma Suprema para não deixar que nada disse acontecesse de novo.
Porém, Stella apenas olhou para sua irmã gata e foi isso. Não fez mais nada, forçando Alex a usar suas habilidades pela sua conexão.
Alex a abraçou com força: — Você é você, Stella. Você não teria chorado por suas irmãs se não fosse você e pronto. É simples assim.
Ele podia dizer que Stella se culpava. Talvez, Alex tivesse trazido algumas das habilidades do jogo para o mundo real porque conseguia ver através das emoções de Stella como se tivesse escrito em seus olhos.
Ele a segurou com força, encorajando enquanto afagava suas costas.
Stella agarrou suas roupas, escondendo seu rosto choroso nos ombros dele. Ela não queria que ninguém olhasse para ela, pois sabia que havia decepcionado.
Alex e todas olharam para Stella com carinho. As garotas se aproximaram, acariciando e bagunçando suas lindas mechas brancas.
Schnee abraçou Stella por trás, espremendo seus seios gigantes nas costas dela: — Você derramou muitas lágrimas. Sei que não é mais influenciada por aquele cão. E essas lágrimas significam que você pensa nesta garota sensual como sua irmã de verdade.
— Isso é o bastante para mim. Há um problema maior neste mundo. — Schnee soltou a garota alada, cruzando os braços enquanto se sentava na cama.
Ela mostrou a bunda: — Minha bunda não parece a mesma sem minha cauda. Também preciso das minhas orelhas de gato. Provavelmente não conseguirei nem caminhar direito.
— Querido, me ajude. — Schnee se enrolou na cama, abraçando seus joelhos com força.
Alex sorriu suavemente e elevou o queixo de Stella. Ele apontou para a irmã gata, que estava bem, sem ferida alguma. Schnee também estava fazendo beicinho, pois não sentir as orelhas e rabo de gato era demais para ela.
Stella se sentiu muito melhor agora que todos a encorajaram.
Ela assentiu: — Também vou te ajudar.
Alex sorriu amplamente: — Essa é minha deusa.
Ele beijou a testa da Stella, então se virou para Sara, que colocou as roupas de sua mãe.
Ela parecia muito estranha, mas Alex sorriu do mesmo jeito.