Após a ambulância levar Stella ao hospital, Alex e suas esposas pegaram um táxi para segui-los. Eles se sentaram em silêncio, segurando as mãos um do outro. Aguardaram aproximadamente uma hora para examinar o corpo de Stella.
E então, um deles falou o que todos já esperavam: — Não sabemos o que aconteceu com ela. Tudo parece bem. Precisamos fazer mais testes.
Stella não acordou mesmo após algumas horas. Ela sem dúvidas estava em coma, esperançosamente só por alguns dias.
Quando a noite caiu, Sara forçou Alex a sair do hospital, retornando para casa com suas esposas.
— Parece… o pior — Alex sussurrou enquanto lembrava do seu término com Olivia. Ele estava num estado perdido similar, não sabendo o que fazer. Sentiu-se vazio e não tinha vontade de fazer nada.
Embora não fosse igual com Olivia, pois sua ex-namorada estava saudável, e Stella perdeu o tempo precioso, Alex jurou não deixar isto atrapalhar.
Ele ficaria um dia fora e então retornaria ao Mundo de Avander. A causa do coma da Stella sem dúvidas era Elias Deathwill.
Por causa dele, Alex nunca pararia de subir de nível. Se a chave para salvar Stella fosse alcançar o nível 500, ele subiria de nível como um louco.
— Já sinto que meu mundo desabou… Só posso continuar porque sei que a Stella não morreu… mas se ela morresse, machucaria tanto que não conseguiria continuar vivendo com vocês? — Alex perguntou, olhando para Sara, Schnee e Remia, sentindo que seu coração estava prestes a explodir.
Remia não conseguiu conter as lágrimas, abraçando seu amado: — Entenderíamos você. Estaríamos com você e sofreríamos da mesma dor. Nós superaríamos juntos.
Schnee agarrou a mão de Alex, olhando para ele com emoções mistas: — Compartilharíamos a dor e trabalharíamos para superar isto. Mataríamos o assassino, seus amigos e sua família. Não deixaríamos o homem só pagar o preço com sua vida.
— E se fosse uma mulher, eu perfuraria sua bunda com um dildo de vinte metros primeiro. Não me importo com o que os outros possam pensar — Schnee falou num tom fraco, tendo um toque de sua personalidade ousada, apesar da situação dolorosa.
No final, Sara falou após fechar as portas, jogando as chaves na estante: — Nosso amor só pode florescer. As pessoas ficarão com inveja disto no futuro, onde teremos guerras em cada terra e reino.
— Todos nos alvejarão e, ainda assim, nosso amor apenas florescerá. Matarei nossos inimigos por cada cicatriz nos corpos de minhas irmãs e marido. Continuarei em frente, sabendo que tenho minha família e filha esperando por mim.
— Jamais pararei e farei tudo para manter nosso amor e casa — Sara disse, seus olhos cintilando com uma luz peculiar, como se usasse os Olhos da Alma.
Ela jamais pararia; seu orgulho era o amor genuíno e uma família amável. Ela sempre controlaria seus sentimentos como uma guerreira fria.
E embora Alex se sentisse abençoado e aliviado por ter todas, conseguia ver que Sara teve a mudança mais significativa. Poderia estar relacionado ao seu pecado, um poder que crescia pelo ódio, pois Elias Deathwill provou ter algum controle sobre isto.
Ele beijou a testa de Remia, pois ela o abraçou com lágrimas deslizando por seu lindo rosto: — Obrigado.
Jamais esqueceria sobre a humanidade com uma fada gentil e fofa do seu lado.
Ele então abraçou Schnee, agradecendo: — Onde diabos você encontrará um dildo de vinte metros?
— Farei um contra nossos inimigos — Schnee riu levemente, sentindo-se muito melhor. Ela sempre teria uma perspectiva diferente no seu grande círculo familiar, que muitas vezes aliviaria o humor, algo que Alex era grato.
Por fim, Alex encarou os olhos de Sara.
Ela sorriu, sentindo orgulho de seu amado. Alex parecia muito melhor e pronto para continuar. Seu coração saltou de alegria.
Contudo, enquanto olhava nos olhos dela, lembrou das palavras que ela disse uma vez: — Tiraremos um dia de folga. Todos nós.
— Você passará o tempo com a Celia, tudo bem? — Alex envolveu as mãos na cintura de Sara, aproximando seu rosto do dela.
Eles estavam a um centímetro antes do contato próximo.
— Eu vou — Sara sorriu, ouvindo seu amado. Ninguém e nada a impediria de ouvir e ver a intenção de Alex. Mesmo que as palavras dele fossem contra seus princípios, ela ouviria e responderia apropriadamente.
Seu orgulho não interferiria entre eles.
— Você trabalha demais, Sara — Alex acrescentou, lembrando de tudo que Sara fez no pouco tempo após chegar na Terra.
Sua Missão Terráquea se transformou num trabalho de gerente e ela jurou trabalhar para Alex e suas irmãs. Passou muito tempo pesquisando sobre a Terra e seus costumes. Também trabalhou com Tomo Homie e a aliança.
Ela também era mãe, fazendo o melhor para passar o tempo com sua filha.
Alex também tinha impressão de que Sara sabia mais que ele sobre os antagonistas. Caso contrário, ela não estaria tão tenaz no assunto dos demônios famintos. É claro, era verdade que a presença deles era perigosa e que eles poderiam causar vários problemas.
Porém, Sara estava muito proativa.
— Estou bem — Sara disse, curvando os lábios num sorriso deslumbrante, tranquilizando seu amado enquanto acariciava seu braço esguio.
— Você desenvolveu um alto senso de responsabilidade, Sara — Alex balançou a cabeça, não concordando: — E com isso vem um grande orgulho. Se virar húbris, você mudará completamente.
— Então, antes de chegar nesse nível, lembrarei o que é seu orgulho. Sua filha, mãe, irmãs e eu. Somos seu orgulho.
— Fico aliviado que esteja sempre ao meu lado, pronta para trabalhar mesmo com um coração partido. Você sempre esteve nos ensinando e orientando, especialmente eu. É por isso que não passe do ponto com seu plano para heróis.
— Acredite no meu amigo e foque em si. Eu preferiria ter você passando mais tempo com a Celia que com os jogadores — Alex sorriu, acariciando a bochecha de Alex.
Ela olhou para ele atordoada. Neste momento, seu coração estava límpido e puro, desprovido de qualquer outra influência além dos seus sentimentos pelo seu homem.
— Okay… — Sara sussurrou, estendendo as mãos para segurar as bochechas de Alex, dando um beijo suave em seus lábios: — Há muitas fadas na floresta em nosso castelo.
— Passarei algum tempo com eles. Será mais fácil porque tem a avó — Sara riu, lembrando do seu encontro com a avó de Celia, a rainha das fadas da floresta.
Foi estranho, mas as garotas rapidamente encontraram uma ligação em comum através da Celia. As festas do chá era a melhor maneira de se aproximar.
Celia também compartilhou um segredo com seu pai sobre a avó.
Alex assentiu brilhantemente porque isso foi o que esperava: — A sogra aparentemente é boa em canto também.
Ele se virou para Remia: — Algum pensamento.
Remia sorriu, sentindo que esta mudança na conversa fosse o melhor para o humor atual: — As canções de ninar da mãe sempre foram ótimas. Meio que sinto falta agora.
Schnee zombou, lembrando também do primeiro encontro com a avó. Naqueles olhos verdes, a gatinha luxuriosa viu informações valiosas: — Forçaremos ela a cantar, não é?
— E se não cantar, no futuro, alguém a fará cantar um refrão através de sua lança forte, grossa e longa — Schnee riu.
Remia olhou para ela estranhamente, suspirando antes de agir como se não tivesse entendido as palavras de Schnee.
Sara também entendeu o significando, deixando apenas Alex, que de alguma forma não conseguiu compreender o duplo sentido das palavras.