Por causa das circunstâncias difíceis de explicar, a presença de Celia teve que ser oculta por muito tempo.
Porém, como ela apareceu no mundo real e cumprimentou a avó, toda a Casa Mao esqueceu do senso comum!
— Você é tão fofa! — Lavinia ficou de joelhos, abraçando a garotinha amável. Ela nunca imaginou que Celia seria tão adorável!
A maneira que ela disse “vovó” causou um dano crítico no coração de Lavinia, tornando as circunstâncias inúteis. Não importava se Celia e Alex eram parentes de sangue.
Celia era sua filha!
E Lavinia era avó de Celia por causa disso!
— A vovó cheira e abraça como o papai! — Celia exclamou antes de beliscar o rosto de Lavinia! A senhora beliscou o nariz de Celia de volta, formando uma relação próxima com a princesa dullahan.
Elas foram a cozinha, onde Lavinia mostrou a Celia sua culinária e o pequeno presente que tinha em mãos.
— Papai me comprou um celular! Vou pegá-lo em breve! — Celia exclamou timidamente, transmitindo sua intenção com fofura!
Lavinia foi vítima da presa da criatura adorável: — Vovó comprará um laptop!
— Hehe! — Celia riu e correu na direção de sua avó enquanto Alex e Sara estreitavam os olhos para ela.
Talvez, Lavinia sempre quisesse ter uma filha, pois não foi nenhum pouco rigorosa com Celia. Foi completamente diferente do que Alex lembrava da sua infância; ele até olhou para sua mãe.
Todavia, enquanto Celia continuava rindo e aproveitando a presença de todos, encontrando os pais de Alex e o novo mundo, Alex não podia ser rigoroso por muito tempo.
— Ela é uma garotinha adorável. — Harvey se aproximou de seu filho, encarando seus olhos vermelhos: — Você é muito sortudo, conseguiu pular muitas noites sem sono, Alex.
Alex olhou para o seu pai intensamente, escolhendo as palavras apropriadas para fazer as perguntas importantes. Sara estava ao lado, os observando em silêncio.
Harvey ajudou Alex, pois trouxe o tópico primeiro: — Você quer saber da nossa origem, não é?
— Vamos sair — Harvey acrescentou, guiando Alex para fora. Nenhuma das meninas seguiu, pois aprenderiam sobre isto em algumas horas.
Sara sorriu antes de se virar para sua filha: — Agradeça a vovó, Celia!
— Obrigada! Obrigada! Hehe! — Celia agradeceu a avó enquanto comia um bolo que nunca provou antes.
Estava tão gostoso que queria cada vez mais!
E desta maneira, Celia se apaixonou lentamente pelos avós e um mundo novo.
Alex e Harvey foram ao terraço e observaram o pôr do sol num humor único.
Harvey lembrou do seu passado, que estava repleto por momentos bons e ruins. Seus olhos também ficaram vermelhos, similares aos de Alex.
No final, Harvey abriu a boca: — O começo não foi diferente. O jogo apareceu no mercado, todos começaram a jogar e as pessoas se tornaram boas ou malvadas.
— Você sabe como é, Alex. Algumas pessoas só queriam fazer o oposto do que os outros amam, então se tornaram vilões pelo bem disto. O mundo tinha várias aventuras, e aproveitamos cada segundo.
— Eu fui um daqueles que não conseguiu distinguir entre realidade e jogo. Amava as pessoas do outro lado e me sentia mais feliz com eles que na minha casa.
— Como órfão, vivi sozinho após fazer dezoito anos. Antes disso, lutava frequentemente com outros órfãos e me desenvolvi numa pessoa difícil de conversar.
— Um dos órfãos mais velhos me ajudou com minhas habilidades comunicativas. Ela abriu um mundo para mim… Nunca serei grato o bastante por ela e sua paciência — Harvey riu levemente, lembrando de uma garota que o ajudou a aproveitar cada coisinha do mundo.
Alex sentou em silêncio, ouvindo atentamente seu pai. Em algum ponto, ele começou a rir, fazendo algumas perguntas e até sabendo mais sobre as namoradas de Harvey porque pareciam pessoas interessantes.
Harvey até falou sobre a mãe de Olivia, o que foi chocante para Alex.
Porém, isto o fez pensar: — Se tudo ocorresse bem, eu teria muitos irmãos, não é?
— Provavelmente — Harvey riu sinceramente. Ele ficou aliviado, pois seu harém costumava ser muito maior que o de Alex. Parecia que seu filho tinha mais restrições, ou talvez Harvey fosse muito mole.
Apesar disso, Harvey esperava que Alex repreendesse ou pelo menos comentasse os números. Porém, ele ficou interessado em cada uma.
No entanto, seu coração parou quando Harvey mencionou Ivonne, Não pode ser coincidência, pode?
Na verdade, Alex enviou sua consciência a sua alma. Porém, ninguém saiu do oceano, o que fez perceber que Ivonne estava envergonhada demais para sair, ou simplesmente não queria lembrar da sua antiga vida.
Também havia chance de que Alex simplesmente não tivesse meios que usar sua alma na Terra e que só ele poderia visitar.
Entretanto, ainda seria legal se pudessem conversar entre si.
— Não importa quando aprendi que o jogo é real. Fui igual a você, feliz que poderia desenvolver uma família real com todas.
— Tudo mudou quando a deusa desceu, anunciando nosso pecado. — O tom de Harvey ficou sem emoção, nem mesmo querendo sentir algo pela deusa.
No começo, ele ficou hipnotizado por sua beleza. Ela desceu do céu, percorrendo escadas invisíveis, envolta num vestido branco maravilhoso. Ela era inigualável, alcançando o epítome da beleza.
Na verdade, vários jogadores acreditavam que ela havia aparecido para ajudar, pois ela simplesmente encantou todos, independente do gênero.
Eles estavam errados.
[Maldita humanidade. Nenhuma mana habita seu mundo, mas ousam criar e empunhar armas o bastante para destruir minha criação, sua casa. Por este pecado, vocês pagarão com suas vidas.]
[Benevolência é um dever para uma criação superior como eu. Vocês têm uma chance de manter seu mundo pecaminoso se conseguirem vencer os antagonistas cuja existência depende da vitória.]
[Vençam e serão perdoados.]
Aquelas palavras apareceram quando a colisão entre os antagonistas e o mundo mágico se tornou a prioridade nas vidas de todos.
Desde então, a deusa algumas vezes se juntaria ao jogo, enviando missões para os dois lados.
— Uma das missões foi construir um templo. Foi assim que minha vida mudou — Harvey expressou, lembrando do prédio que o permitiu ir ao outro mundo e se tornar o guardião.