— Armas para destruir o mundo? — Alex sussurrou, imaginando numa arma possível que poderia eliminar a deusa.
Harvey assentiu, dizendo o que estava na mente de Alex: — Armas nucleares. Minha casa desenvolveu uma arma nuclear da qual a palavra de um homem poderia destruir o mundo inteiro. Vários países tinham acesso a armas similares, possivelmente o bastante para destruir o mundo também.
— Isso deve ter irritado a deusa — Harvey contou sua teoria.
Se nada impedisse o progresso, várias armas nucleares apareceram para destruir o mundo. É claro, ninguém planejava usar aquelas armas de verdade.
Eles eram mais uma ferramenta política.
Porém, a deusa desceu do céu como se temesse que alguém roubasse ou tomasse uma parte da sua autoridade.
— Entendo… — Alex sussurrou, tendo uma imagem melhor das origens de seu pai.
Seus pais vieram de outro mundo similar a Terra. Eles se tornaram namorados no jogo antes mesmo de saber que o mundo era real. Eles aguentaram dificuldades, principalmente por causa dos antagonistas e seu desejo de vencer.
Alex naturalmente aprendeu mais sobre os antagonistas e guardiões.
Seu pai se tornou o guardião porque não conseguia aguentar mais perdas. Ele perdeu várias namoradas e não conseguia mais usar uma espada contra os antagonistas.
E quando estava prestes a ter um filho com Ivonne, Blackburn Blade a matou.
Alex jamais esqueceria esse nome. Ele já havia desenvolvido Ira pelo homem que não deu paz ao seu pai nem quando ele queria sair do mundo para se tornar o guardião.
Eu realmente preciso falar com a Ivonne depois, Alex pensou, sentindo-se bem estranho, pois tinha alguém próximo a uma tia em sua alma.
A dupla de pai e filho então falou sobre Lavinia. Claramente, ela não estava ciente do que estava acontecendo, sendo como uma mãe da Terra. Porém, na realidade, ela foi uma jogadora cujo poder matou vários antagonistas.
Harvey contou a Alex que Lavinia ainda era a mesma pessoa. É claro, as memórias estavam seladas e, uma vez desbloqueadas, causaria algumas mudanças, pois se lembraria do passado doloroso.
Todavia, ela ainda seria a mesma mãe.
Alex sorriu e perguntou: — Está tudo bem, desselar ela, não? Sei sobre o objetivo dos antagonistas, sua situação e minhas esposas vieram de outro mundo.
— Você deve me contar como alcançou tudo isto, Alex — Harvey riu, não discordando de seu filho.
Alex compartilhou sua história, o que deixou Harvey chocado além da crença. Se ele lutasse contra Alex agora, venceria todas as partidas. Entretanto, no futuro, Alex progrediria de certo modo que ele venceria todas as partidas sem esforço.
E isso foi só porque conseguiu subjugar a Ira em si.
— Deusa Caída… então ela é a criadora daquela energia — Harvey murmurou, lembrando de um evento estranho do passado.
No passado, as forças de Harvey e dos outros jogadores encontraram algo similar ao que Alex portava. Aquela escuridão influenciou os corações de todos, se tornando um monstro das trevas.
Eventualmente, se destruiu.
— Mas o que aconteceria se não fosse o caso? — Harvey sussurrou, se virando para Alex. Ele ficou surpreso ao ver o olhar estranho de seu filho: — Qual é o problema?
— Você está surpreendentemente calmo — Alex falou com uma risada: — Acho que puxei isto de você.
Harvey deu um tapinha no ombro de Alex, respondendo com orgulho: — Essa energia nos deixou assustados, mas você conseguiu superar e transformar no seu poder.
— Estou orgulhoso de você, Alex.
— Você também tem o conceito do antagonista e guardião em seu coração. Existem similaridades, porém, vem com responsabilidades diferentes. Não sei qual você aceitará, mas tem meu apoio
— Mas eu preciso dizer, você pode acabar irritando duas deusas ao mesmo tempo! Tenha cuidado — Harvey riu, acreditando totalmente no seu filho.
Alex estava acostumado a ter o apoio de Harvey, porém, não pôde deixar de sorrir como uma criança, sabendo que seu pai sempre o apoiaria e que seus pais sempre acreditariam nele.
— Eu sei… mas elas não devem ficar tão enfurecidas comigo… só quero viver num mundo onde as pessoas sorriem — Alex sussurrou, olhando para o céu, que atualmente estava brilhante, trazendo calor aos corações de todos.
Entretanto, se chovesse com nuvens negras ou cinzentas, o humor das pessoas despencaria.
É claro, isso não se aplicava a todos, apenas a maioria.
E o mesmo aconteceu com a ideia de Alex de um “bom mundo”. Ele preferiria viver num mundo que melhorava seu humor com pessoas sorrindo e aproveitando a vida.
— E se houver alguém que use energia pecaminosa como eu, vou enfrentá-los. Lutarei com quem tentar matar a mim e minha família — Alex disse, confiante em suas amadas e seu futuro comum.
Harvey assentiu: — A Deusa Caída parece desesperada. Não seria estranho mais pessoas com sua energia aparecerem no Mundo de Avander. E se alguém do povo de Yasir atravessar o purgatório com energia pecaminosa, então o potencial da Deusa Caída também é enorme.
— Sei que não ficará complacente, mas tenha cuidado — Harvey acrescentou com um pouco de preocupação, pois as energias divinas não era piada.
Alex assentiu, acreditando nos seus princípios: — Eu vou.
— Um homem pode não decidir o destino de dois mundos… Isso é o que quero dizer, mas não consigo compreender o que você se tornará no futuro. Você pode mudar o conceito inteiro dos antagonistas, pecados e ainda mais. Realmente não sei.
— No entanto, sei o que posso fazer. Amanhã, vamos treinar, Alex — Harvey sorriu como se mal pudesse esperar para dizer aquelas palavras.
Alex retribuiu na mesma moeda, aceitando o convite para duelar!
Após aquela conversa, Alex e Harvey desceram.
Enquanto a reunião com Celia e sua família ocorria, Alex pensou novamente no passado de seu pai. Ele entendeu agora por que Harvey queria que ele não soubesse de tudo no começo, pois recorrer só à Mana do Guardião estava errado.
Era um aumento de poder, não uma habilidade em si. Harvey também acreditava que Alex não tinha um demônio, porém, não era o caso.
Isso levaria algum tempo para explicar, mas Alex preferiria ter uma conversa com Ivonne primeiro.
Não havia sinais da deusa se juntando ao jogo… Se ela seguir o mesmo padrão, então sairá quando o mundo for todo voltado as forças dos jogadores e antagonistas, Alex ponderou antes de eliminar aqueles pensamentos.
Ele não sabia muito sobre a deusa além da sua conexão com o medo. Não seria surpreendente se não seguisse o padrão do mundo de Alex. Similarmente, não seria surpreendente se seguisse o mesmo padrão.
Ela era a deusa e a criadora. Ela poderia fazer o que quisesse.
Apesar disso, era hora de focar na família, pois aqueles laços eram o que sempre o levava a conseguir mais!
— Vovô! — Celia gritou: — Quero saber sobre o vovô!
Harvey riu: — Vovô gosta de ler e dirigir. Algumas vezes me deparo com idiotas irritantes que me forçam a usar força para impedi-los.
— Vovô gosta de ler livros de príncipes e princesas também?! — Celia juntou as mãos numa expressão “uau””, olhando para Harvey com olhos muito diferentes.
Harvey exibiu um sorriso estranho enquanto todos caíam na gargalhada.
Alex olhou para eles com um leve sorriso. Não sabia se Celia ajudaria seu pai e se tornar um avô legal, assim como Harvey queria, pois não eram parentes de sangue.
No entanto, ela com certeza daria um gosto de como era ser um avô.
E enquanto Harvey ria ao lado, prometendo ler alguns livros com Celia, Alex teve certeza que ela realmente era um membro de família.
— Onde está a Sara? — Alex perguntou.
Schnee se virou, apontando para a porta do banheiro: — Irmãzona queria bancar a forte… mas acabou fugindo para chorar no banheiro.
Alex suspirou: — Voltarei logo.
— Ok — Schnee mostrou o joinha antes de retornar a ser uma boa tia. A esposa gata teve um bom momento em particular provocando sua sogra com seu conhecimento sobre Celia e seus gostos.
Ela sabia de muita coisa, então Lavinia só podia aguentar todas aquelas provocações e aprender sobre sua neta fofa de maneira brutal.
Porém, quando Celia lembrou de toda intimidação e como Schnee não levava a sério o pique-esconde com ela, a pequena dullahan se juntou a sua avó: — Vovó sempre foi legal comigo! Eu amo mais a vovó!
Os olhos de Schnee tremeram: — Você só conhece ela faz uma hora.
— Vovó é a melhor! — gritou Celia.
Schnee respondeu com olhos frios: — Você tem duas avós agora, não é?
— Eh… — Celia não sabia o que dizer, e seus olhos lacrimejaram.
Lavinia ergueu o queixo, olhando para Schnee com um sorriso: — Boa tia, hein? Como pode fazer nossa princesinha chorar assim?!
— Vadia! — Schnee xingou.
Lavinia berrou: — Não ouse usar este linguajar na presença dela!
A vida na Casa Mao continuou assim pelos próximos dias.