My Vampire System – Capítulo 145

O dia seguinte chegou e quando Vorden acordou, tinha leves olheiras. Quinn eventualmente conseguiu dormir um pouco, mas não parecia muito melhor.

“Não conseguiu dormir muito?” Quinn perguntou.

Vorden balançou a cabeça enquanto olhava para Peter que ainda parecia estar dormindo pacificamente: “Pelo menos ele ainda parece humano.”

Todos os estudantes do primeiro ano tiveram dois dias de folga depois da expedição.

Quinn sabia que precisava se apressar e encontrar uma solução para Peter nestes dois dias. Eles estavam em uma grande cidade que não só tinha pessoas da escola, mas trabalhadores e soldados também.

Devia haver um necrotério na cidade. Embora crimes que levassem a morte não ocorressem, como uma cidade normal em que a maioria dos cidadãos eram soldados, também não significava que não havia morte. Uma coisa era certeza, eles não queriam pegar um corpo do necrotério na escola em que estavam. Seria óbvio demais e outra investigação ocorreria.

Enquanto Quinn pensava sobre o que fazer, uma batida foi ouvida na porta. Quando abriram, ficaram surpresos ao ver a Layla. Ela estava sozinha e veio atualizar da situação com a Erin.

“Parece que ela se acalmou um pouco,” Layla disse: “E serei honesta, foi estranho. Ela realmente não ficou com raiva pelo fato de que você era um Vampiro mesmo depois que tentei explicar, mas sim porque você poderia ter nos ajudado mais durante a expedição. De qualquer forma, e quanto a ele?”

Quinn então explicou sobre o que aconteceu com o Peter e como tinha se transformado em um ghoul. Quando Quinn mencionou isto, sua expressão imediatamente afundou, ela leu livros o bastante para saber de algumas consequências de estar em proximidade com um ghoul. Alguns deles eram criaturas famintas por sangue, enquanto outros ansiavam constantemente por sangue.

E depois de ouvir a explicação de Peter, percebeu que estava certa.

“Sabe, depois de ver você transformar o Peter, pensei que estava escondendo algo de mim, mas acho que foi porque estava com medo e honestamente, ser um Vampiro é legal e tudo, mas, só que um ghoul não é tanto assim,” Layla disse.

Quinn começou a pensar sobre o que Layla acabou de dizer, antes de tudo acontecer, ele considerou seriamente transformar Layla em um vampiro. Porém, o sistema tinha declarado que transformar alguém em um ghoul era um dos resultados possíveis.

“Sistema, se eu usasse o Ritual de Sangue na Layla, o resultado seria o mesmo?” Quinn perguntou.

“Honestamente, não tenho certeza, depende muito da pessoa e da situação em que está. Talvez o Peter tenha virado um ghoul porque estava perto da morte quando o ritual ocorreu, mas talvez ele tivesse se transformado em um de qualquer forma considerando quão mentalmente fraco era. Não posso dizer que não vai acontecer, mas acredito que a Layla tenha uma chance maior de virar outra coisa.”

Por enquanto, Quinn decidiu manter as palavras do sistema para si. Ele já tinha problemas demais para lidar, e não precisava de outro se Layla virasse algo mais problemático que um ghoul.

“Oh. Quase esqueci.” Vorden disse enquanto pegava uma bolsa pequena debaixo da cama antes de jogar para Quinn pegar.

Quinn abriu a bolsa e notou que parecia estar cheia de cristais.

“Como a expedição acabou cedo, conseguimos manter tudo isto.”

“Você tá falando que estes são…?” Quinn perguntou com um olhar animado.

“Yep. Os cristais dos Lagartos Alados que pediu.” Vorden respondeu com um sorriso.

Olhando na bolsa que parecia haver por volta de trinta cristais, Quinn conseguia imaginar pelo o que o grupo passou para ser capaz de obter tantos assim. Mas agora percebeu porque Erin estava tão furiosa, com esta quantidade de cristais, seu grupo teria subido ao topo do placar.

Agora, no entanto, ele tinha cristais o bastante para criar um traje para si. A capa que Sam usou era dura o bastante para bloquear os Golpes de Sangue de Quinn enquanto também podia se tornar flexível. Se pudesse usar isto para criar um conjunto completo de roupas, então finalmente seria capaz de lutar durante o dia.

Embora no começo não tivesse certeza de quem poderia pedir por ajuda para fabricar a roupa, alguém surgiu em sua mente. Logan, se havia alguém que era bom em criar coisas e sabia se algo era possível ou não, ele era a única escolha possível.

Todavia, ele não podia simplesmente deixar Peter como estava, não com a chance de ele virar um monstro faminto por carne.

Vorden pôde ver que Quinn parecia estar em um dilema. Devia haver um motivo para Quinn pedir a ele e Layla reunir o máximo de cristais possível.

“Apenas vá fazer o que precisa,” Vorden disse: “Layla e eu podemos lidar com o problema; eu tenho uma ideia mesmo.”

“Tem certeza? E quanto quer que eu pague por isto?” Quinn perguntou.

“Você está brincando,” Layla disse: “Quinn, se não fosse por você voltar a tempo quando o Dalki atacou, teríamos perdido nossas vidas e isso inclui a Erin. Por mais que diga que está com raiva, ela não pode negar que você salvou nossas vidas. O mínimo que poderíamos fazer é dar estes cristais de graça.”

Quinn olhou para eles mais uma vez e soube que se havia alguém com quem poderia contar, este alguém seria Vorden e Layla: “Tudo bem, só me diga que houver algum problema, eu devo estar na área VIP bem acima.”

Depois disso, Quinn saiu do quarto com pressa e os cristais em mãos.

“Na área VIP?” Layla disse: “Me pergunto o que ele vai fazer lá.”

“Vai saber.” Vorden disse ao dar de ombros. Somente então Peter começou a acordar e esfregar os olhos: “Mas agora, temos um problema maior para lidar.”

….

Dentro do edifício do segundo ano, Duke estava sentado na mesa de seu escritório enquanto fumava um cigarro, ele não era um fumante compulsivo, mas quando estava sob imensa pressão, descobriu que tendia a fumar muito mais cigarros que o normal.

“Droga, aquele Truedream está vindo de novo!” Duke disse consigo.

A porta da sala então abriu e um dos sargentos com um afro e óculos de sol entrou. Seu nome era Raphael e era um dos professores do segundo ano: “Senhor, trouxe a lista de nomes que pediu.”

Raphael então se aproximou e entregou um pequeno bastão para Duke. Quando colocou na mesa, um display digital exibindo a lista de alunos apareceu.

“Vamos ver… Parece que temos uma boa safra de habilidades aqui.” Duke disse: “E você chegou à origem de todos? Não haverá reclamações das famílias importantes se algo der errado?”

“Sim, senhor.”

No topo da lista de nomes, uma das fotos dos alunos estava sendo exibida. Era a foto do Peter.