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Reformation of the Deadbeat Noble – Capítulo 165

O caminho de Judith (1)

Os guerreiros antigos que exploraram artes marciais e técnicas de luta passaram por muitos erros para se tornarem mais fortes. Algumas vezes atravessavam longos treinamentos, em outras compartilhavam os seus conhecimentos com os outros, e em outras vezes, lutavam com demônios assustadores e aterrorizantes.

E através dessas práticas que duraram séculos, o conceito de Operação de Aura foi criado.

As noções de Acumulação, Reforço, Endurecimento, Crescimento, Concentração e Manifestação foram passadas pelos antigos guerreiros para os espadachins atuais, e cada método tinha a sua própria característica e história por trás.

Claro, enquanto os humanos faziam avanços, os orcs não estavam atrás. Embora tivessem tido apenas uma pequena participação na construção da estrutura da Operação de Aura, conseguiram criar uma operação de aura única por conta própria, uma “Espiritual”.

Como os humanos, os orcs também herdaram os conhecimentos dos guerreiros antigos de cada tribo e, hoje, a soma de todas essas técnicas resultou na técnica dos Cinco Espíritos Divinos.

‘A Técnica dos Cinco Espíritos Divinos. Isso também, dos guerreiros de Durkali!’

Depois de ouvir isso, Airen engoliu a seco. Ele não sabia todos os detalhes. Tudo o que sabia sobre espíritos era o que Kuvar falava ocasionalmente. E essa era a primeira vez que ouvia sobre esse método em toda a jornada.

No entanto, era claro que era uma grande oportunidade, porque esse método transformou Karakum um dos dez maiores guerreiros do continente.

‘Claro, nem todo mundo pode usar essa Operação de Aura…’

Ele ouviu isso de Kuvar.

Essa técnica lidava com Aura, mas tinha grande envolvimento com espíritos. Por isso, pessoas que não tinham talento para lidar com eles não podiam nem mesmo tentar.

Era só olhar para Tarakan agora; apesar de ser um chefe, não tinha energia espiritual em sua Aura.

No entanto, Airen tinha certeza de uma coisa. Entre os cinco espíritos, ele podia lidar ao menos com “metal”.

‘Eu consegui lidar com as estacas de ferro do homem no meu sonho.’

Uma confiança profunda encheu o coração dele. E Airen não foi o único a se sentir confiante.

Tão logo ouviu as palavras “Técnica Divina dos Cinco Espíritos”, Judith olhou para Tarakan.

‘Eu preciso aprender isso.’

Água, terra, madeira, metal. Ela não sabia desses e nem estava interessada. Mas era diferente com o elemento do fogo.

Do momento que testemunhou a dança de espadas de Ian, Judith trabalhou duro para capturar a essência da dança e a replicar usando o elemento do fogo.

Fogo era o ideal que ela perseguia. Claro, havia diferenças nisso, mas Judith foi atraída pelas palavras ditas pelo chefe.

No entanto, no meio disso tudo, um pensamento brotou na cabeça de Bratt: ‘Isso vai ser aceito pelos guerreiros de alto-nível de Durkali?’

Se o chefe e Karakum tivessem poder absoluto, não teria problema. As suas palavras seriam lei. Mas, até onde tinha visto, os guerreiros de alto-nível de Durkali eram como os nobres no reino humano.

Era claro para Bratt, olhando para Khalifa e Gorha. Não, nem precisava ser para eles. Era evidente só de olhar para Gunt e seus homens.

Do ponto de vista deles, estariam felizes se humanos pegassem o seu mais precioso tesouro?

Nesse momento, Mestre Khalifa apareceu. Bratt pensou que eles tinham descido a montanha, mas não era o caso. Khalifa não estava sozinho. Atrás dele estava Gunt e três outros orcs. Todos ouviram o que Tarakan disse e suas expressões não estavam boas.

Todos olharam para Mestre Khalifa e, depois de um momento de hesitação, o grande orc falou: “Chefe, sou contra isso.”

“Por que, Khalifa?”

“Também quero te perguntar uma coisa. Por que fez essa decisão sozinho? É uma má escolha. Como você pode passar a essência das operações de Aura e espírito, que os grandes guerreiros Durkali devotaram as suas vidas para formar, para humanos que acabamos de conhecer?”

“Não estamos apenas passando para eles. Os antigos guerreiros não nos falaram? Água parada apodrece. Se eles não tivessem passado os conhecimentos para frente, Durkali teria aproveitado todo esse período próspero? Não. Você também sabe disso. E não só isso, não foram só os orcs, mas os humanos e os elfos compartilharam os seus conhecimentos conosco. Eles nos deram uma coisa no nível da Técnica Divina dos Cinco Espíritos.”

A conversa entre Tarakan e Khalifa foi na língua dos orcs, então ninguém além de Kuvar entendeu o que falavam. Mas era claro que Khalifa não tinha gostado da ideia. A expressão de Judith começou a mudar. Não porque ela não entendia, mas porque eles não pareciam se entender a seu favor.

Ela não sabia se podia ou não falar, mas sabia que causaria problemas para Tarakan se abrisse a boca, então permaneceu em silêncio. No entanto, quando Gunt interveio falando a língua oficial do continente, o seu humor azedou: “Chefe! Essas pessoas eram todos guerreiros que se provaram. Mas esses não são!”

“…”

“Os dois Mestres Espadachins e a criança da família Lloyd são descendentes dos antigos heróis, e talvez tenham direito a isso, mas não a mulher de cabeça vermelha. Ela não tem nem família, nem provou nada. Ainda assim, ousou insultar os orcs.”

“Esse maldito…”

Judith murmurou um xingamento e Bratt, que estava ao seu lado, ouviu claramente. Talvez tivesse chegado aos ouvidos de Khalifa, mas Bratt não parou ela, sabendo que, no momento que fizesse isso, Gunt falaria ainda mais.

No entanto, nada mudou.

Ouvindo as palavras do seu terceiro filho, Khalifa assentiu e disse: “Concordo com Gunt. Sem considerar o certo e errado, não é verdade que aquela espadachim humana não se provou como guerreiro?”

“Esse foi um pedido de Gurgar. Esses quatro terão grande impacto no futuro de Durkali e nos tornará prósperos.”

“Irei considerar isso também. Que tal pegarmos tudo o que aconteceu e tomar uma decisão na Grande Reunião? Acho que é certo ouvir os espíritos e outros guerreiros, além de Gorha também.”

Essa era a influência de Gunt?

Kuvar e os outros quatro permaneceram em silêncio enquanto Khalifa falava a língua do continente, e Karakum fechou os olhos. Ele não queria interferir com nada depois de sair da posição de chefe.

Tarakan respirou fundo e assentiu.

“Faremos a reunião.”

Depois de um tempo, o chefe desceu a montanha e anunciou a Grande Reunião.

Como era uma reunião de elite, a discussão foi feita e a conclusão foi tomada mais cedo que o esperado. Tudo graças a Gorha, conhecidamente contra Khalifa, que concordou com ele dessa vez.

Permitiriam que Airen e Ilya aprendessem. E, embora Bratt Lloyd ainda não tivesse atingido os padrões, respeitaram as palavras de Gurgar e concordaram. Mas, Judith, que pensaram não ser qualificada, só poderia aprender depois de provar o seu valor.

Ela teria que passar pela provação de um guerreiro. A fim de provar que era uma excelente guerreira, teria que lutar contra três guerreiros de alto-rank, um de cada vez.

Todos que ouviram isso se preocuparam por Judith, mas ela apenas sorriu e disse: “Senhor Gurgar me falou que isso seria um presente para nós, e agora eu preciso lutar pra conseguir…”

Aquela provação não era algo que ela não pudesse superar. Todos que a ouviram assentiram.

***

Uma semana depois da ressurreição de Gurgar.

Em uma grande área parecida com aquela na Terra da Prova, o “Julgamento de um Guerreiro” foi iniciado para provar as qualificações de Judith. Todo o cenário era parecido com aquele na Terra da Prova.

Incontáveis orcs preenchiam os assentos para assistir a batalha entre os orcs e a humana.

A diferença ali era que os espectadores estavam do lado dos orcs.

“Quero ver o quão forte é essa humana.”

“Judith? Nunca ouvi falar. Além disso, ela não é muito nova?”

“Não importa se um humano é jovem ou velho. A batalha é contra os três filhos do grande Khalifa. Ninguém além de um Mestre pode ganhar deles.”

“Mesmo um Mestre humano não conseguiria.”

“Os corpos dos orcs são superiores e enfrentar três deles em sucessão seria difícil para qualquer Mestre.”

Ao contrário dos orcs viajantes, que eram amigáveis com os humanos para sobreviver, os orcs do norte subestimavam-nos completamente. Para eles, humanos eram como anões.

No entanto, se alguém perguntasse se os orcs se sentiam superiores aos humanos, a resposta seria NÃO.

Tudo por causa da história do mundo.

400 e 150 anos antes. Os guerreiros orc lutaram contra múltiplos subordinados dos Diabos sem folga e contos das suas conquistas se espalharam pelo continente. Mas foram os humanos que tiveram o papel decisivo para acabar com o caos.

Dion Lindsay, o primeiro líder da família Lindsay, cortou a cabeça do Rei Demônio Dragão.

O Comandante dos Cavaleiros Brancos de Avilius, o Reino Sagrado, enviou três dos Sete Grandes Diabos de volta para o Reino Demoníaco.

Mesmo o mais forte dos orcs não era capaz de fazer isso. Não importa o quão forte Karakum era, ficou aquém diante de Ian, Khun e Julius Hul. E isso deu um senso de inferioridade para os orcs.

Superioridade e inferioridade. Essas duas emoções, que eram impossíveis de se misturar, coexistiam dentro dos orcs. E isso era mostrado com a tribo subestimando guerreiros humanos.

“Gunt! Termine isso sem envolver os seus irmãos!”

“Senhor Gunt! Acabe com ela!”

“Gunt, Pahun, Garam! Quem quer que seja, não volte atrás!”

“Cai fora, humana!”

“Woah!”

Nem mesmo um orc parecia torcer por Judith. No entanto, esse não era bem o caso.

Kuvar, que estava sentado ao lado de Tarakan, torcia pela vitória de Judith. No entanto, estava extremamente ressentido pela virada negativa dos eventos.

‘Os três filhos do Mestre Khalifa… Eles são os melhores entre os orcs Especialistas.’

Garam — o mais velho —, em particular, era conhecido por ser capaz de superar um Mestre. E derrotá-los seguidamente seria de extrema dificuldade para Judith, não importava o quão forte era.

A desvantagem era ainda maior pelo fato de ter que enfrentar os orcs com o seu corpo pequeno.

Diferente dos humanos, os orcs aprendiam a lutar desde muito jovens.

Kuvar, que estava enlouquecendo, fechou os olhos e pensou no seu professor. Ao contrário dos outros orcs, orou pela vitória e segurança da humana de cabelo vermelho.

“Huh!”

Gunt, o primeiro dos três guerreiros, pisou no palco da batalha. Os seus olhos estavam presos em Judith.

Ele sabia que ela seria uma oponente difícil. Mas lutar era o caminho de vida dos orcs. Além disso, quando considerado os físicos, a humana não era párea para ele.

Gunt, que já tinha previsto sua vitória, sorriu e disse: “A partir de agora, vou te mostrar o que é um verdadeiro guerreiro.”

Judith não se incomodou em responder. Apenas levantou os punhos sem abrir a boca, pronta para a luta.

Vendo isso, Gunt riu.

Não era uma postura ruim, mas, graças à diferença de tamanho, não era nada intimidante.

Lambendo os lábios, entrou em posição e, logo, o anúncio do começo da luta veio.

Imediatamente, ele, que tinha tomado uma posição baixa, decidiu por um golpe mais baixo, para esmagar Judith.

Gritos e comemorações surgiram de todos os lados, mas logo diminuíram.

Judith, que fingiu recuar, rapidamente deu um passo à frente e chutou.

Gunt cambaleou para trás. Graças aos grossos pescoço e mandíbula, não teve danos graves.

Mas Judith não perdeu a chance.

Ela correu e deu uma série de socos no orc, que ainda estava atordoado.

E não parou aí.

Judith foi por trás e envolveu o pescoço do oponente com os braços e o estrangulou.

Esse foi o fim. Gunt resistiu por um momento, mas logo caiu no chão como uma marionete de cordas cortadas.

Silêncio.

Ali, Judith sussurrou na orelha de Gunt: “Quem é o guerreiro de verdade aqui, seu bosta?”


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