Switch Mode

Reincarnated With The Strongest System – Capítulo 113

Paraíso Final [Parte 2]

William avançou com sua lança em um golpe direto, enquanto todo o poder de Stormcaller explodia da lâmina encantada. Como um raio, o jovem empurrou sua lança para frente sem piedade.

No entanto, o que aconteceu a seguir o deixou sem fôlego.

A bela mulher não se moveu e recebeu seu ataque com calma. Por um breve momento, William sentiu um impulso para recuar, pois a pessoa à sua frente parecia estranhamente familiar. No entanto, esse sentimento desapareceu tão rápido quanto surgiu. Ele focou toda a sua atenção na oponente diante dele e colocou ainda mais força em seu golpe.

Quando a ponta da lança estava a apenas um metro do rosto de Ella, seu punho se moveu e desviou o golpe para cima sem esforço. O garoto imediatamente executou um corte descendente para recuperar seu impulso, mas Ella foi mais rápida do que ele.

Os dois trocaram golpes várias vezes dentro do Mar da Consciência. Não importava o que William fizesse, ele não conseguia levar vantagem. Na verdade, parecia mais que sua oponente estava apenas igualando seu nível atual de força.

“Stormcaller! Aniquile meu inimigo!” William lançou Stormcaller contra a garota de cabelos azul-claros e deixou que a lança atacasse autonomamente. Em seguida, convocou seu arco e aljava, disparando uma barragem de flechas que não deixavam caminho para fuga.

“Muito bom,” Ella disse em aprovação. “Mas ainda não é o suficiente.”

Ela agarrou Stormcaller quando a lança tentou atacá-la e a usou para desviar as flechas disparadas por William. Em seguida, avançou em sua direção, segurando a lança, que lutava ferozmente para escapar de suas mãos.

A lança emitiu correntes elétricas poderosas para ferir quem tentasse empunhá-la à força, mas foi em vão. A eletricidade passou inofensivamente pelo corpo de Ella, como se fosse apenas uma brisa leve.

William estreitou os olhos, pois finalmente entendeu que sua oponente estava apenas pegando leve com ele.

“Arte de Guerra do Deus do Trovão, Oitava Forma,” William murmurou enquanto mirava seu arco na figura que se aproximava. “Extermine, Khryselakatos1)!”

A flecha encaixada no arco brilhou com uma luz verde e sombria. Quando William soltou a corda, um silvo sutil, semelhante ao de uma víbora, ecoou pelo campo de batalha.

Ella estava prestes a desviar o ataque de William, mas mudou imediatamente de plano, pois sentiu algo ominoso vindo da flecha que ele disparou contra ela.

Ela interrompeu sua investida no momento exato para ver a flecha se multiplicar em centenas de cópias.

A Arte de Guerra do Deus do Trovão, Khryselakatos, era um golpe especial que William podia usar quando empunhava um arco. Sua habilidade consistia em imbuir uma flecha com um veneno extremamente potente, especialmente letal contra mulheres.

Para piorar, a flecha disparada por essa técnica se multiplicava em centenas. Cada uma delas possuía as mesmas propriedades da original, tornando essa habilidade o ataque perfeito contra grupos de inimigos.

Mesmo que as flechas apenas os arranhassem, o veneno os tornaria incapazes de continuar lutando.

“Você aprendeu um truque bem desagradável,” Ella disse calmamente enquanto jogava a lança que ainda lutava em suas mãos. Em seguida, sorriu e estendeu sua mão esguia acima da cabeça. “Fortaleza de Gelo.”

Massivas paredes de gelo a cercaram por todos os lados, e uma fortaleza gigante surgiu dentro do Mar da Consciência de William. Todas as flechas disparadas por ele cravaram-se nas muralhas da fortaleza, enquanto Ella permanecia no topo, sorrindo para ele.

“Hora da brincadeira acabou,” Ella anunciou.

Com um único passo à frente, ela apareceu bem na frente de William antes de desferir um soco casual.

Antes que o garoto pudesse reagir ao movimento inacreditável de sua oponente, o golpe de Ella já o havia atingido. O punho dela se cravou no peito de William, lançando-o a cem metros de distância de onde ela estava.

O rosto de William se contorceu de dor ao receber o golpe inacreditável da bela mulher de cabelos azul-claros. Tudo aconteceu tão rápido que ele nem teve tempo de entender como ela conseguiu atingi-lo em um intervalo de tempo tão curto.

“É perigoso deixar sua mente divagar durante uma luta,” uma voz sussurrou em seu ouvido. “Certifique-se de manter o foco no seu oponente o tempo todo.”

Antes que William pudesse dizer ou fazer qualquer coisa, ele se viu sendo arremessado contra o chão de rosto para baixo. Se ele pensava que sua situação não poderia piorar, estava completamente enganado.

No momento em que seu rosto atingiu o solo, um pé pousou em suas costas, desferindo outro golpe poderoso que fez o oceano ondular sob seu corpo.

Diferente de sua Mestra, Celine, a bela mulher de cabelos azul-claros e olhos roxos não deu a William tempo para se recuperar e o fez experimentar um mundo de dor.

Com cada soco, William sentia o núcleo de sua alma estremecer. Com cada chute, seus pensamentos se dispersavam.

Ella desferiu golpe após golpe, sem parar, até que William soltasse sua arma. Stormcaller caiu no oceano e a luz de sua lâmina desapareceu completamente.

O garoto estava prestes a cair no chão também, mas um par de braços esguios o segurou e o envolveu em um abraço protetor.

“Você ficou um pouco mais forte,” Ella sussurrou no ouvido do garoto inconsciente. “Muito bem.”

Ella flutuou no ar. Um segundo depois, um trono celestial apareceu e ela se sentou ali, embalando o garoto em seus braços. Ela soltou o fecho na parte de trás do pescoço que segurava sua roupa superior.

Não seria fácil trazer William de volta ao que era antes, e Ella entendia que uma recuperação consistente e gradual era a escolha mais adequada. Por isso, ela estava disposta a dar ao seu bebê todo o apoio necessário e a nutrir tanto seu corpo quanto sua alma para auxiliar no processo de cura.


< Cura da Alma em efeito >

< A consciência do Anfitrião se recuperará lentamente com o tempo >


Quando William acordou, encontrou-se dentro do familiar curral das cabras. O interior do estábulo estava banhado em uma luz alaranjada, pois o sol estava prestes a se pôr. O jovem ficou em um transe enquanto uma memória vaga passou brevemente por sua mente antes de desaparecer completamente.

‘Acho que estou esquecendo algo muito importante,’ William franziu a testa enquanto se apoiava para se sentar. Ele fechou os olhos e refletiu por um longo tempo, mas não conseguiu alcançar a memória fugaz que surgiu momentaneamente ao despertar.

Quando a sensação finalmente se dissipou, o garoto coçou a cabeça em confusão. “Se eu esqueci, então não deve ser importante.”

Assim que estava prestes a se levantar para ir até a casa de Celine, uma sombra apareceu na entrada do curral. Ella caminhou até William carregando uma cesta na boca.

Ela a colocou ao lado do garoto e baleou.

“Obrigado, Mamãe,” William disse.

“Meeeeh.”

William não percebeu, mas Ella sim. Quando o garoto lhe agradeceu, o canto de seus lábios se levantou levemente. Era como se seu corpo estivesse se lembrando de como sorrir, mas ainda estava enferrujado e precisava de mais “manutenção” para funcionar direito.

Os olhos de Ella suavizaram, pois ela sabia que o verdadeiro William estava começando a ressurgir novamente.

Nos dias seguintes, Anna começou a visitar William com sua filha, Eve, para verificar seu estado.

Ela até mesmo colocava Eve ao lado de William para que sua filha pudesse conhecer melhor seu primo mais velho.

William tinha medo de tocar no bebê, mas também temia que rejeitar as tentativas de Anna partisse o coração de sua tia. Por isso, ele fez o que pôde e sentou-se reto, sem se mover um centímetro.

Ele permitiu que sua priminha engatinhasse sobre ele, colocasse os dedos no seu nariz, puxasse um pouco de seu cabelo e, às vezes, até dormisse em seu colo.

Sempre que chegava ao seu limite, lançava um olhar suplicante para sua tia, e Anna entendia isso como um sinal de que o “tempo de vínculo familiar” havia acabado. Ela então pegava Eve nos braços e agradecia a William por brincar com sua filha.

Com a ajuda da nutrição de Ella, William começou a abrir seu coração novamente. Esse também era o motivo pelo qual ele se esforçava para suportar a presença de sua adorável prima, que parecia determinada a arrancar alguma reação dele.

Os dias passaram…

As semanas passaram…

Os meses passaram…

Finalmente, no quarto mês, o jovem saiu do curral e caminhou até a colina com vista para Lont.

Ele respirou o ar fresco da manhã e encarou a escuridão. O céu começava a clarear no leste, mas o sol ainda não havia nascido. Seu braço esquerdo envolvia o corpo de Ella, que compartilhava seu calor com ele, enquanto os dois esperavam pelo amanhecer.

Quando o sol finalmente apareceu no horizonte, os primeiros raios de luz iluminaram o mundo. Os olhos verde-claros de William, que haviam recuperado sua clareza, brilharam como esmeraldas ao contemplar a beleza do mundo onde nasceu.

“A escuridão não pode expulsar a escuridão, somente a luz pode fazer isso,” William murmurou. “O ódio não pode expulsar o ódio, somente o amor pode fazer isso.”

Por alguma razão, essas palavras vinham à sua mente de tempos em tempos. Ele tinha a sensação de que alguém muito próximo a ele já as havia dito. No entanto, por mais que tentasse se lembrar do dono dessas palavras, apenas uma figura vaga de cabelos azul-claros surgia em sua mente.

“Meeeeeeh.”

“Sim, Mamãe. É um lindo nascer do sol.”

“Meeeh.”

William acariciou suavemente o lado do corpo de Ella enquanto olhava para a cidade de Lont.

Uma pequena cidade no interior, onde todos viviam em paz e longe dos horrores do mundo.

Um pequeno pedaço de paraíso em uma terra devastada por conflitos.


“Senhorita, você gostou?” William perguntou. “Fiz questão de usar todas as minhas habilidades culinárias nisso.”

“Não está ruim, mas pode colocar carne na próxima vez?” Celine respondeu. “Embora eu seja uma elfa, não sou vegetariana.”

“Mestra, vegetais fazem bem para o corpo,” William rebateu o argumento de Celine. “Mantêm a pele macia e fazem você parecer jovem e saudável.”

Após a refeição, William partiu para voltar à Residência Ainsworth.

Quando o garoto não estava mais à vista, a bela elfa sorriu enquanto lançava um olhar de canto para Oliver. O Macaco Papagaio revirou os olhos antes de voar para a cozinha, a fim de preparar alguns pratos de carne para Celine.

Ambos não queriam que William tivesse uma recaída, então não se atreviam a cozinhar carne quando ele estava por perto. Embora fosse um incômodo, os dois suportavam a situação pelo bem de seu discípulo.


Nota:

[1] Queria dizer que errei na tradução, mas é esse o nome mesmo, a pronuncia seria kiri sela catos ou kairiu sela catos, é um arco da fantasia existe até em alguns jogos.

Faça uma Doação e contribua para que o site permaneça ativo!
Conheça nossa Assinatura VIP e seus benefícios!!

Comentários

5 1 voto
Avalie!
Se Inscrever
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais Antigo Mais votado
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários

Opções

Não funciona com o modo escuro
Resetar