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Release that Witch – Capítulo 341

Rota de transporte

— Alteza, posso lhe fazer uma pergunta? Você sabe quem são esses lunáticos? — Carter esperou Vader sair, se aproximou de Roland e perguntou.

— Creio que só há duas possibilidades: a Igreja ou Timothy, pois somente eles possuem as pílulas. Garcia está bem longe de Castelo Cinza e não tem motivos para querer me assassinar agora. — Roland suspirou — Mesmo assim, creio ser mais provável Timothy. Ele não se atreve a enviar seu exército para me atacar, deixando a Cidade Real desprotegida, mas isso não significa que ele abandonou seu plano de vingança.

Roland achou que foi muita sorte que esses lunáticos só estivessem com pílulas em vez de explosivos. Se conseguissem acender com sucesso os explosivos entre a multidão, os esforços desses dois meses teriam sido completamente desperdiçados.

Na verdade, esse esquadrão suicida não era sua preocupação. Ele estava usando uma Pedra da Retaliação Divina e estava sendo protegido pelos seus guardas o tempo todo, mesmo agora quando Rouxinol não estava próxima. Sendo escoltado e protegido por 10 soldados bem treinados com revólveres, Roland acreditava que ninguém conseguiria se aproximar dele, nem mesmo uma Extraordinária.

Ele ficou surpreso ao perceber a velocidade com que seu ­modus operandi mudou em menos de um ano desde que se tornou o Lorde da Região Oeste. Se ele fosse aquele engenheiro mecânico de antes, só o fato de presenciar uma tentativa de assassinato ou até mesmo de discursar para uma multidão dessas seria o suficiente para deixá-lo em pânico e tremendo de medo. Mas agora, apesar da tensão, ele conseguiu esconder seus sentimentos inquietos, demonstrando estar calmo e sob o controle da situação. Com a absoluta confiança em seus bravos e leais guarda-costas, ele ficou espantado consigo mesmo. Estando no centro das atenções, ele foi capaz de permanecer tranquilo e sereno durante essa emergência.

— Por favor, leve a delegação de emissários até o castelo e pergunte todos os detalhes sobre como eles recrutaram essas pessoas. — Roland disse a Barov — E também preciso saber onde exatamente essas pessoas embarcaram.

— Sim Vossa Alteza. — Como o Primeiro Ministro da Prefeitura, Barov estava desconfortável. Ele não esperava que os oficiais mais competentes escolhidos para essa missão tivessem cometido um erro tão grave.

— Não os culpe. Antes de tudo precisamos esclarecer toda essa situação.

Quando todos os refugiados passaram pelo posto de controle, Roland voltou ao seu escritório no castelo. A delegação de emissários trouxe boas notícias desta vez. Como a Cidade da Águia e o Porto de Água Clara na Região Sul foram destruídos na batalha, as fazendas fora das cidades estavam desertas e todos os antigos moradores se tornaram refugiados, procurando por abrigos. Devido ao caos e ao frio que acabara de chegar em todo o Reino de Castelo Cinza, o preço dos alimentos estava nas alturas e o preço dos escravos já havia caído pela metade.

Se Roland pudesse fornecer-lhes uma rota de transporte confiável e eficaz, essas pessoas iriam vir para a Região Oeste. De fato, de acordo com o relatório da delegação de emissários, depois de ouvirem a notícia de que Vila Fronteiriça estava recrutando, muitos refugiados estavam começando a viajar para a Região Oeste.

Mas oferecer essa rota de transporte era uma tarefa complicada.

Como agora, durante os Meses dos Demônios, a neve caía sem parar cobrindo todas as estradas, a melhor opção seria escolher um transporte fluvial, usando navios para transportar refugiados pelo Rio Vermelho. O Vilazinha, único navio de Vila Fronteiriça e movido com o vento produzido por uma bruxa, obviamente não atendia a todas as necessidades de transporte de refugiados. Para cumprir essa tarefa com eficiência, pelo menos mais vinte navios seriam necessários.

A escassez de barcos foi um dos grandes problemas enfrentados pela delegação de emissários. Em sua missão, eles descobriram que não era difícil convencer os refugiados a vir para a Região Oeste, e a maior parte das peças de ouro era gasta no assentamento e transporte deles. Apenas cerca de 400 refugiados haviam chegado a Vila Fronteiriça e mais de 3.000 ainda estavam assentados em Vila do Salgueiro, Cidade da Prata e Serra do Dragão Caído, esperando por navios para buscá-los.

Infelizmente, todos os proprietários de navios aumentaram os preços com base na tendência atual do mercado. O custo do orçamento para o transporte dos 3.000 refugiados restantes era agora quase o mesmo que o do último plano de resgate na Cidade Real de Castelo Cinza. Se continuasse assim, esse transporte de refugiados custaria mais dinheiro do que eles poderiam imaginar.

Após o relatório da delegação, Roland pensou por um momento e rapidamente decidiu pedir ajuda à Câmara de Comércio de Margaret, esperando que ela oferecesse um preço melhor por causa de Raio.

Além disso, ele esboçou um plano de médio prazo em sua mente. Ele iria construir mais navios, a fim de controlar os gastos com transporte. Com os avanços na produção de aço e cimento, Vila Fronteiriça agora era capaz de construir enormes e robustos navios a vapor, servindo como veículos de transporte.


Depois do almoço, Barov bateu na porta do escritório, entrou e disse:

— Alteza, descobri o que o senhor queria saber.

— Prossiga. — Roland disse.

— Cyron, um dos meus aprendizes, estava encarregado dos refugiados no Norte. Ele não conseguiu encontrar navios suficientes para transportar os refugiados para cá, então ele contatou alguns velhos amigos na Cidade Real de Castelo Cinza, esperando que eles pudessem ajudá-lo com a questão do transporte. — Barov suspirou — Com isso, ele alocou os refugiados para Cidade da Prata, que fica perto da capital. Acredito que Timothy tenha ouvido sobre isso e enviou alguns de seus homens para se misturarem com os refugiados.

— Quantos refugiados estão lá agora na Cidade da Prata? — Roland perguntou.

— Cerca de oitocentos — Barov respondeu —, e os navios contratados fazem uma viagem de ida e volta em pelo menos meio mês. Estou preocupado com o que acontecerá quando trouxerem o próximo grupo de refugiados para cá. Pode ser perigoso. Que tal chamarmos de volta o pelotão do Primeiro Exército que está em Cidade da Prata e abandonarmos esses refugiados por enquanto? — Barov sugeriu.

— Não, não, vamos melhorar nosso processo de seleção para identificar os enviados de Timothy ainda na Cidade da Prata. — Roland respondeu — Se abandonarmos os refugiados, alguns deles podem voltar para suas antigas cidades e divulgarem essa notícia. Ninguém confiaria em nós novamente.

Com a ajuda de Sylvie e Rouxinol, espiões e assassinos poderiam ser identificados facilmente. Eles não eram uma ameaça para Roland. Ele só queria tomar providências adequadas para garantir a segurança dos refugiados inocentes.

— Sim, Vossa Alteza. — Barov ponderou por um momento e perguntou — Então, e quanto a Cyron?

— Antes de tomar minha decisão, eu quero ouvir a sua opinião. — Roland sugeriu.

Barov hesitou por um momento e respondeu:

— Sugiro despojá-lo de sua função na Prefeitura e aplicar uma multa de dois meses de salário. Ele não foi prudente o bastante para esse trabalho, mas me parece que enviá-lo para a mina da encosta norte é um pouco cruel demais. Afinal, essa não foi a intenção dele e, de certa forma, o incidente não causou mal nenhum.

Roland não pôde deixar de rir, pois era fácil ver que Barov estava com o coração apertado, mesmo que seu rosto estivesse sério. Roland sorriu e respondeu:

— Acalme-se, eu já tomei minha decisão. Ele não abandonou o seu dever e nem cometeu um erro deliberadamente. Digamos que o erro que ele cometeu foi mais subjetivo, por isso, uma punição mais leve seria o ideal. Afinal, podemos considerar que essa foi a sua primeira vez realizando esse tipo de serviço, e pelo que me lembro, ele está com o quê? Vinte e poucos anos, certo? Então, essa punição mais branda irá fazê-lo amadurecer rapidamente. A multa de dois meses de salário é o suficiente, não precisa demiti-lo.

— Sim, Vossa Alteza. — Barov respondeu e fez uma reverência.

Roland sorriu e balançou a cabeça. Ele sabia que Barov não estava disposto a punir Cyron severamente, apesar do fato de que ele sugeriu uma punição bem dura no começo. Cyron estava no seu primeiro grupo de aprendizes e o vem seguindo desde a época em que morava na capital do reino. Ele o encorajava como seu próprio filho.

— É só isso. Está dispensado. — Roland disse, e Barov se retirou.

Então Roland se esticou e tirou alguns papéis em branco da gaveta, prestes a desenhar o esboço da fábrica que produziria os navios de cimento movidos a vapor, mas Ramos, de repente, entrou correndo no escritório.

— Vossa Alteza. — Ela disse toda animada — O Observador chegou!

— É mesmo? — Roland levantou-se e rapidamente a seguiu até o quintal do castelo. Um enorme balão de ar quente estava gradualmente pousando, lançando uma enorme sombra no jardim.

Assim que pousou, Anna pulou, enquanto Roland abria os braços para recebê-la. Anna aproveitou a oportunidade e deu-lhe um abraço apertado com um sorriso nos lábios.

— Eu estou de volta.


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