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Release that Witch – Capítulo 623

Batalha Até a Morte

Sob o bombardeio da artilharia, a Igreja se desorganizou e gradualmente se separou, enquanto os Guerreiros da Punição Divina, que não foram afetados mentalmente, começaram a avançar mais rápido, deixando os Guerreiros de Julgamento para trás.

De repente, Raio notou algo estranho no campo inimigo.

Uma mulher, que estava vestida como padre e irradiava uma luz dourada do corpo, desceu rapidamente pela montanha cavalgando e estabilizou o exército desordenado. Mas desta vez, ao invés de avançarem em fileiras ordenadas, eles começaram a se espalhar pela montanha para que as próximas ogivas não tivessem a mesma eficácia das anteriores quando caíssem.

Aquela mulher era uma bruxa pura.

Quando Raio estava prestes a pedir que os dois Canhões Cancioneiros atacassem a área onde a bruxa pura estava, ela ouviu o grito de Maggie.

— Cuidado!

Raio rapidamente voou dez metros para cima, e logo em seguida, um enxame de gafanhotos passou por debaixo de seus pés, não atingindo-a por pouco.

Após falharem o ataque, os inúmeros gafanhotos se amontoaram e formaram a imagem do rosto de uma mulher:

— Suas malditas vermes, como se atrevem a desafiar a Igreja?! Vão pro inferno!

— Maggie, continue a guiar os canhões! — Raio levantou seus óculos de proteção, apontou a pistola para o enxame de gafanhotos e disse: — Matar outras bruxas te deixa feliz? Então morra!


Inimigos entraram no campo de visão de Danny. Desta vez, eles vieram com muito mais guerreiros que antes. Todo o caminho da montanha estava coberto por brilhos de armadura. Os Guerreiros da Punição Divina não usaram mais a tática de mover-se lentamente enquanto seguravam os enormes escudos, mas sim vieram correndo com toda a velocidade desde o início.

Olhando para o oceano de inimigos que se aproximavam, ele sentiu uma pressão enorme em seu coração. Suas mãos suadas fizeram com que a arma ficasse pegajosa. Ele só tinha visto uma cena assim durante os Meses dos Demônios, onde milhares de bestas demoníacas avançavam insanamente, sem nenhum medo de morrer, em direção à muralha. Tudo no caminho dessas bestas seria impiedosamente destroçado. Mas agora, o Primeiro Exército estava enfrentando inimigos mais poderosos que as bestas demoníacas.

Mas Danny não os temia. Naquela época, as bestas demoníacas não conseguiram romper a muralha que a Milícia defendia, e desta vez, os corpos dos guerreiros da Igreja serviriam como barricadas de carne para a defesa do Primeiro Exército.

Além disso, a mulher que ele queria proteger estava na retaguarda do campo de batalha.

Quando Danny havia entrado na trincheira de manhã, ele viu uma pessoa familiar com cabelos verdes que se virou e sorriu para ele. Apesar de saber que só foi por pura cortesia, aquele rosto sorridente foi como uma flor desabrochando que se enraizou em seu coração.

Foi uma surpresa inesperada ela ter vindo para o campo de batalha com Sua Majestade Roland.

De qualquer modo, ele não poderia permitir de jeito algum que os inimigos rompessem as linhas de defesa.

Foi uma pena que o Lorde Machado de Ferro o havia expulsado da unidade especial de tiro depois que ele violou a disciplina militar. Se sua arma não tivesse sido trocada por um rifle de repetição, ele ensinaria esse Exército da Punição Divina uma boa lição.

— Eles atravessaram a linha de 300 metros! — Malt informou a distância dos inimigos. — Também há atiradores de lança!

— Entendi. — Danny deu uns tapinhas no ombro do rapaz e disse: — Tome cuidado!

Malt, que foi vítima das ações de Danny, depois de ter sido curado completamente por Nana, teve sua arma rebaixada para uma pederneira normal. Contudo, já que ele só foi um cúmplice, ao invés de confinamento, o comandante foi benevolente e só tirou um mês de salário dele.

A verdade era que desta vez a investida ofensiva do inimigo foi tão rápida que os quatro bunkers e torres de metralhadora não conseguiram suprimir completamente o Exército da Punição Divina. Devido às imensas nuvens de poeira e fumaça, muitas aberturas foram criadas.

Os Guerreiros da Punição Divina logo atravessaram a linha vermelha.

— Os inimigos atravessaram a linha de 200 metros! Eles estão atirando lanças!

— Deitem-se no chão!

— Abaixem-se!

Gritos contínuos vieram das trincheiras. Danny atirou cinco vezes em sucessão e depois se jogou no chão. Ao mesmo tempo, ele recarregou a arma. Depois do ataque de lanças, se levantou e atirou no inimigo mais próximo.

Naquela distância, os rifles de repetição seriam tão poderosos quanto as novas armas. Danny conseguiu ver o rosto de um Guerreiro da Punição Divina, que parecia sereno, como se nada estivesse acontecendo ao redor dele. Esses guerreiros só paravam de avançar quando eram baleados no peito ou pescoço ou quando um projétil estourava suas cabeças, espirrando sangue azul para todo o lado.

Com mais e mais inimigos atravessando a linha de fogo, Danny atirava com seu rifle de repetição sem parar. Obedecendo ao exercício de treinamento previamente estabelecido, ele rapidamente foi em direção à segunda trincheira.

Assim que entrou na segunda trincheira e viu seus colegas de equipe, uma sombra negra caiu do céu. Era um Guerreiro da Punição Divina que havia pulado por cima do arame farpado e pousado bem na frente deles. Em seguida, o guerreiro avançou em direção a Malt empunhando uma grande espada, querendo cortá-lo ao meio.

— CUIDADO!!! — Danny agarrou Malt pelo braço e o puxou para si.

Então ouviu-se um barulho!

Danny de repente sentiu que sua mão ficou dormente, e em seguida, ele caiu no chão.

Assim que abriu os olhos, Danny percebeu que Malt, que estava em seus braços, havia sido cortado ao meio na cintura.

Malt olhava para ele, com a boca aberta, querendo falar algo, mas tudo o que saía de sua boca era sangue.

Danny sentiu sua cabeça zumbir e começou a gritar, mas o Guerreiro da Punição Divina já havia avançado em sua direção. Desta vez, Danny teve suas duas mãos decepadas pela lâmina do Guerreiro da Punição Divina, e por pouco a espada não atingiu seu rosto.

Quando o Guerreiro da Punição Divina avançou novamente na direção dele, Danny já conseguia ver o momento em que sua cabeça seria decepada pela lâmina.

Justo quando ele pensava que estava prestes a morrer, outra lâmina apareceu em seu campo de visão e bloqueou a espada do Guerreiro da Punição Divina, criando faíscas. O Guerreiro da Punição Divina não suportou o impacto e deixou sua espada cair no chão.

Uma mulher, que tinha um rabo de cavalo preto que se estendia até a cintura e olhos que irradiavam uma luz dourada, apareceu de repente na frente de Danny, como uma deusa da guerra.

O Guerreiro da Punição Divina, que havia perdido sua espada, não titubeou e imediatamente tentou dar um soco nela. Mas antes que pudesse fazer isso, sua cabeça foi destroçada pela espada da mulher, sem nenhuma resistência.

O sangue azul do Guerreiro da Punição Divina espirrou no rosto de Danny.

— Vamos! — Ela olhou para os soldados assustados e bradou. Em seguida, avançou na direção de mais dois Guerreiros da Punição Divina.

— Esse rapaz tá ferido!

— Tire-o daqui!

— Malt… — Danny disse com a voz rouca.

— Ele está morto! — Alguém bradou. — Você quer matar todos nós?!

Os soldados cataram os dois braços decepados de Danny e puxaram ele para a trincheira na retaguarda. Enquanto era levado pelos soldados, Danny assistiu ao já morto Malt desaparecer gradualmente do seu campo de visão.


Raio voou para trás do enxame de gafanhotos a toda a velocidade e atirou.

Ela já havia entendido como funcionava a habilidade da bruxa pura. Matar inseto por inseto do enxame seria uma tarefa dificílima. Neste momento, a bruxa pura já havia perdido boa parte de seu poder mágico, especialmente quando Maggie havia se transformado no inimigo natural dos gafanhotos, a andorinha, só que um pouco maior. Maggie voava ao redor dos gafanhotos, forçando-os a se aglomerarem bastante, e em seguida puxava a pistola e atirava várias vezes junto com Raio. Com o passar dos minutos, um grito furioso veio dos gafanhotos.

Ela não poderia sobreviver por muito tempo.

Quando Raio estava prestes a recarregar a arma, os gafanhotos de repente deram meia volta e fugiram em direção ao chão.

— Maggie! — Gritou a garotinha.

— Awwwwww!

Maggie, em forma de besta demoníaca, dobrou suas asas e mergulhou na direção dos gafanhotos com a boca aberta.

— O que é isso? É… impossível! — Um grito de espanto veio dos gafanhotos. Eles queriam dar a volta para escapar, mas já era tarde demais.

Sem muita dificuldade, Maggie abocanhou o enxame e mastigou duas vezes.

— Gosto horrível!

Raio deu de ombros e guardou a arma na cintura.

— É porque eles não estão assados e temperados.

Foi só neste momento que Raio notou que havia alguns arranhões e marcas de sangue em seu corpo. No início da batalha, ela havia sido tocada várias vezes pelos gafanhotos, que tinham dentes e pernas afiadas. Se elas duas fossem pessoas normais, não teriam conseguido desviar facilmente dos ataques sorrateiros e rápidos dos gafanhotos.

Ao olhar para baixo e ver o chão coberto de crateras e cadáveres, Raio respirou fundo e disse:

— Não precisamos mais guiar a artilharia aqui. Vamos voltar para ajudar Sua Majestade.

— Awwwww!


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