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Release that Witch – Capítulo 695

O Encontro

— Como, como isso é possível?

Número 76 sentiu como se uma bomba tivesse explodido em seu coração, e ficou petrificada no local.

Já que ela sabia que o anel mágico só conseguia responder a flutuações de poder mágico num alcance limitado, que, em teoria, era por volta de 100 passos (50 metros), ela só havia levantado o anel por levantar e não esperava ver nada no castelo a essa distância. Ela se perguntava como isso era possível.

Ela respirou profundamente, piscou os olhos e, novamente, colocou o anel na frente do olho.

O feixe de luz ainda estava lá. O que ela tinha visto não era uma ilusão, e sim algo real.

Uma animação indescritível invadiu seu coração, fazendo ela ficar agitada.

Ela logo lembrou da conversa que teve com Pasha

— Pasha, que tipo de pessoa é elegível para ser a Escolha Divina?

— Você vê a borda do anel? Aquela cujo feixe de luz preencher todo o campo de visão será a Escolha Divina que procuramos.

— Isso é muito exagerado. Até mesmo o feixe de luz de Lady Eleanor é capaz de cobrir apenas metade da visão do anel.

— Então o potencial da Escolha Divina deve ser maior que o das Três Líderes combinadas. Eu admito que esse requisito é muito difícil de atender, mas não temos outra escolha. Lembre-se, a Chave não representa a força do poder mágico nem se equivale à capacidade de luta. É por isso que você deve checar cada bruxa.

A borda? Preencher todo o campo de visão? — Número 76 repetiu as palavras em seu coração. — Não… Pasha. O milagre que estou vendo agora é muito maior que isso. — Mesmo vendo através do anel, que havia sido colocado bem perto do olho, Número 76 não conseguia ver o feixe de luz inteiro. A largura do feixe se estendia para além de sua visão, e somente se ela movesse o anel horizontalmente, conseguiria ver o vasto panorama da imensa muralha de luz. — As divindades finalmente sorriram para os seres humanos. Lady Natália, você estava certa. Encontramos a Escolha Divina.

Quando Roland entrou no banheiro, bocejando, ele viu Zero escovando os dentes na frente da pia de rosto.

— Hmm… Onde está a pasta de dente?

— Aqui. — A garotinha pegou a pasta, que já estava quase no fim, e a deu para Roland.

— Obrigado. — Roland pegou um copo de água e enfiou a escova de dente molhada na boca. Ao olhar para si mesmo e Zero, uma pessoa alta e outra baixa, num espelho, na frente de uma pia pequena e fazendo movimentos sincronizados de escovação de dente, ele de repente deu risada.

Zero cuspiu a espuma da boca e lançou um olhar para Roland, dizendo:

— Você tá rindo de quê?

— Você é muito baixinha. — Roland respondeu com voz anasalada.

Em seguida, ele sentiu um chute na canela.

— Lembre-se de fazer a barba, ou você vai parecer um velhote. — Ela disse enquanto jogava o cabelo para trás e fazia um rabo de cavalo. — Não me envergonhe hoje.

É apenas uma reunião de pais. — Ele suspirou e enxaguou a escova de dente. — Eu não sou seu pai verdadeiro. Sou apenas um representante.

Já que em seu guarda-roupa só havia roupas baratas, ele ficaria agradecido se achasse algo que o faria parecer elegante.

— A propósito, acho que você fica melhor com cabelo solto. — Roland disse. — Mas se você insistir, sugiro maria-chiquinha. Vai combinar mais com você.

— Nada disso é da sua conta! — Zero retrucou.

Em seguida, ela bateu a porta do banheiro com força.

Parece que o comportamento dela piorou após o verão… Será que eu a mimei demais? — Roland ponderou.

Já que nas últimas semanas ele entrava e saía do Mundo dos Sonhos com mais frequência, ele havia dominado o truque de como entrar no Mundo dos Sonhos. Em outras palavras, era algo que dependia dele. Se ele não quisesse entrar, o estranho Mundo dos Sonhos não apareceria, e ele dormiria por toda a noite sem nenhum sonho.

Portanto, ele podia controlar facilmente o passar de tempo no Mundo dos Sonhos.

Em mais de dois meses, além de explorar mais a fundo a Cidade Sagrada de Hermes, Roland havia passado o resto do tempo em várias bibliotecas e livrarias, procurando por alguns livros que ele havia lido há muito tempo.

Além disso, ele descobriu que o poder peculiar em seu corpo também funcionava no fragmento de memória. Por esta razão, sua aventura no Mundo de Neve havia ficado muito mais fácil do que ele havia imaginado. Com cordas para escalar e furadeira, ele havia conseguido chegar no profundo da caverna debaixo da catedral, onde o Templo Secreto Principal ficava localizado. Embora Roland não tivesse achado a tal Sala de Oração mencionada por Isabella, os documentos que registravam a história secreta da Igreja e a pesquisa sobre as Pedras Mágicas o surpreenderam bastante.

Mas ele não havia conseguido entrar na antiga Cidade Sagrada, pois quando ele tentava passar pela passagem secreta na Área Secreta Principal, o caminho à frente simplesmente desaparecia, não deixando nada a não ser uma escuridão infinita e raios escarlates, como se o vazio houvesse consumido o outro lado.

Parecia que, quando Zero foi derrotada, a vontade dela de resistir havia sido tão forte que restou apenas uma pequena área, a nova Cidade Sagrada de Hermes, que foi salva no fragmento de memória.

A conta bancária de Roland foi preenchida rapidamente ao vender as armaduras que ele havia trazido da Cidade Sagrada. Finalmente, ele havia conseguido comprar um ar-condicionado, instalando-o na sala de estar, e também uma geladeira maior para substituir a anterior que era pequena, melhorando significativamente sua vida no apartamento.

Claro, também houve alguns problemas. Algumas pessoas haviam tirado fotos e gravado alguns vídeos no dia em que ele havia corrido incrivelmente rápido pelas ruas para salvar Zero. Essas fotos e vídeos foram postados na internet e também mostrados pelos canais locais de televisão. Mas felizmente, já que as fotos e vídeos foram registrados de longe, ninguém havia conseguido ver o rosto dele, e ele também havia jogado fora as roupas que ele havia usado naquele dia, portanto, Zero não havia desconfiado dele.

Como resultado, o tópico de conversa sobre quem era esse homem, que se vestia TÃO MAL e que parecia um lutador marcial, havia viralizado na internet por um bom tempo.

E sobre isso, Roland só podia dizer: “É… Bem… Sinto muito por ser tão pobre e não conseguir comprar algumas roupas decentes.”

Agora que ele não precisava mais se preocupar com dinheiro, ele naturalmente havia mudado seu foco para os vizinhos do edifício de apartamentos.

Ele se perguntava se havia portas similares que abriam fragmentos de memória escondidos nos apartamentos dessas pessoas.

O método mais simples de entrar nesses apartamentos, além de invadir, seria pagar aos moradores.

— Estou pronta, tio. Vamos. — Zero disse quando terminou de se vestir, aproximando-se dele com uma mochila nas costas.

Hoje era doze de setembro, o primeiro dia da rematrícula escolar. A presença dos pais ou responsável de cada estudante era obrigatória.

Roland ficou impressionado com o novo visual de Zero.

Ela havia colocado uma blusa preta de manga curta, uma saia plissada e um par de meias longas e tênis, o que a fez parecer bastante jovial e adorável.

Ela também havia feito uma maria-chiquinha, com duas mechas de cabelo caindo sobre os ombros, presas por fitas amarelas. A feição dela estava impecável; a pele, branca e brilhosa; as pupilas, vermelhas; como se ela fosse uma elfa que havia saído de uma fantasia.

Roland estendeu a mão, esfregou a cabeça dela e disse:

— É isso aí.

— Eu só prendi meu cabelo assim porque quis, não foi por sua causa…

— Sim, eu sei. Hihi

— É verdade!

— Eu não disse que é mentira.

— Por que eu sinto que você está mentindo pra mim?

— É porque você pensa demais. — Ele disse, fingindo estar sério enquanto segurava a risada por dentro. — Vamos, senão vamos perder o ônibus.

Tudo o que Roland precisaria fazer na reunião de pais era se sentar no fundo da sala de aula e ouvir as crianças falando sobre os sonhos que tinham. Estudantes nessa idade não estavam acostumados a mentir e trabalhariam duro para alcançar os objetivos que eles haviam prometido na frente dos pais.

Roland havia pensado que esta seria uma manhã pacífica, mas não esperava que o Mundo dos Sonhos fosse tão imprevisível.

— Você de novo?

Uma voz feminina soou em seus ouvidos.

Ele virou a cabeça e viu Garcia sentada na cadeira ao lado.


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