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Return of the Frozen Player – Capítulo 9

Jardim de Leuf (1)

Jardim de Leuf fica localizado numa cidade remota chamada Cheokcheon, no condado de Pyeongchang, na província Gangwon. Depois que as zonas seguras começaram a aparecer em todo o mundo, Portais parou de se formar em áreas povoadas.

Creak.

Um táxi autônomo parou em uma área rural, e um homem carrancudo saiu.

— Merda, por que sempre tem que ser eu pra ver essas merdas… Ele resmungava enquanto pegava sua câmera. Os outros repórteres que haviam chegado antes dele acenaram calorosamente para ele.

— E aí, Repórter Jung! Tá bem?

Jung arrumou sua manga enquanto corria para eles.

— Sim. Mano, tá frio hoje, hein. Não acredito que a gente tem que passar por isso todos os dias.

— É aquilo que te falei. Não há garantia de que o homem que concluiu a Maldição do Amanhecer vai concluir o Jardim de Leuf.

— Claro que não tem. Os superiores só querem publicar artigos antes dos grandes veículos de notícias, mas como não tem muita história, eles simplesmente enviam pessoas de baixo escalão como a gente.

— Que bosta, tô cansado disso. Só quero ficar famoso logo e entrar nos noticiários principais.

Os repórteres continuaram a reclamar sem parar de seus superiores. Enquanto conversavam, outro táxi autônomo subiu pela estrada não pavimentada.

— Hã? Parece que tem outro vindo.

— É, parece mesmo. Outra pobre alma se juntando a nós.

— Vamos ir lá cumprimentar ele? Afinal, todo mundo aqui é farinha do mesmo saco.

O jovem que saiu do táxi parecia ter vinte e poucos anos. Ele olhou em volta, viu o Portal e começou a se aproximar.

— Q-Quê? Ele tá tentando entrar no Portal?

— Oi? Esse cara tá bêbado? Vamos ter que parar ele!

Os repórteres correram, tentando impedir sua entrada no Portal. O homem franziu a testa quando bloquearam seu caminho.

— O que vocês tão fazendo?

Perguntou o homem.

— O que você acha? Tá realmente tentando entrar no Portal?

— Tô.

— Nossa…

Um dos repórteres soltou um longo suspiro, claramente irritado. Ele gesticulou com o dedo.

— Me mostra.

— O quê?

— Me mostra sua licença de jogador.

— Meu Deus, o mundo tá estranho demais.

O homem suspirou e estendeu sua licença, irritado.

— Jogador… Seo Jun-Ho?

— Calma aí. Faz só duas semanas que ele tirou a licença?

— Aaargh, juro por tudo que vou surtar. Ei, moleque, você ao menos sabe em que tipo de lugar você tá tentando entrar?

— Jardim de Leuf.

— Então, sabendo no canto que você tá se enfiando, por que ainda tá querendo entrar?

Os repórteres zombaram enquanto estudavam sua aparência. Sua armadura parecia de alta qualidade, mas seu corpo parecia ainda mais fraco do que o deles.

“Esse cara é o bicho pau?”

“Ele é realmente um Jogador…?”

“Não parece um jogador do tipo físico. Será que é um mago?”

“Ele passa fome?”

Eles não pretendiam, mas eles mesmos ignoraram o homem. Nesse momento, um dos repórteres descobriu algo enquanto o observava.

— Calma, quê? O emblema na lança dele… isso não pertence à Associação de Jogadores?

— Nossa, verdade. Você é da Associação?

— Sim.

— Ah, entendi.

Exclamou um repórter. Ele rapidamente trocou olhares com os outros repórteres. Se eles usassem esse homem magro, poderiam criar a manchete que seus superiores queriam. Eles calmamente ligaram seus gravadores de voz e começaram a falar.

— Meu Deus, você deve ter um peso e tanto pra carregar, apesar de parecer tão jovem.

— Aposto que as pessoas te desprezam, porque você faz parte da Associação.

— Tô ligado dessas coisas aí, não. Disse Seo Jun-Ho secamente. O repórter deu um tapinha no ombro, agindo amigavelmente.

— Vamos lá, só tô falando isso, porque você me lembra meu irmão mais novo e eu me senti mal por você, para pra pensar um pouco. Você teve que pegar um táxi desde o amanhecer e veio para esta cidade fantasma sozinho só pra entrar numa dungeon. Como eles podem tratar alguém desse jeito? Não é, Repórter Jung?

— Nossa, eles não podem estar fazendo isso com você. Se você estivesse em uma guilda, nunca que te tratariam assim.

— Né? Não sei o que a Associação está pensando, enviando um jovem como essa para um Portal Não Concluído.

“Ah…”

Os olhos de Seo Jun-Ho escureceram enquanto ele observava a terrível atuação dos repórteres. Ele percebeu exatamente que tipo de artigo eles queriam escrever com essa atuação terrível deles.

“Parece que eles querem escrever sobre como a Associação coagiu um Jogador a ir para um Portal Não Concluído.”

Os portais são bombas-relógio. Se ninguém entrasse neles por algum tempo, eles se tornariam Portais Abertos. Naturalmente, uma vez que abrissem, os monstros de dentro viriam para a Terra.

“Zonas seguras impedem que Portaiss sejam formados, mas não fornecem proteção contra monstros.”

Os Portais Não Concluídos eram espinhos para a Associação, já que não podiam forçar as pessoas a entrar nesses Portais se não quisessem. Por causa disso, os jornalistas de segunda mão estavam sempre promovendo conspirações.

“Se eles conseguirem provar de alguma forma, seriam capazes de imprimir uma notícia exclusiva.”

As guildas certamente invadiriam a Associação se surgisse um boato de que a Associação estava enviando Jogadores Coreanos para suas mortes em vez de protegê-los.

“Sendo naquela época ou hoje, esses repórteres de bosta sempre causam um puta problemão.”

Eles deixariam de lado os fatos e avançariam com tópicos sensacionalistas. Eles não merecem ser chamados de repórteres. Não tinham moral ou objetividade. Seo Jun-Ho sempre se recusou a reconhecê-los como repórteres de verdade. Ele tirou a mão do repórter de seu ombro.

— Na vida, tudo tem um limite, pra quebrar sua honra como repórter também entra nessa conta.

Ele resmungou friamente. Ainda nem havia entrado no Portal, mas já estava exausto. Seo Jun-Ho massageou a parte de trás de sua cabeça.

— Oi? Fala mais alto. Por que a Associação te enviou aqui?

— Você ainda não me respondeu. Tô certo em dizer que você tá aqui, porque tá enfrentando a pressão da Associação?

Os repórteres sem delicadeza empurraram seus microfones em seu rosto, tentando provocar uma reação. Seo Jun-Ho não aguentou mais, e ele fez uma careta.

— Desencosta, seus filhos da puta.

— C-Como é?

Os repórteres se assustaram, surpresos com a repentina profanação. Mesmo jogadores de alto escalão não fariam a imprensa sua inimiga. Com algumas exceções, Jogadores Estrela sempre foram criados através da mídia.

— Nós repórteres somos as vozes do povo. E você acabou de xingar a gente?

— Te dei um conselho, porque você me lembrou meu irmão mais novo, e me retribui desse jeito?

— Se você continuar agindo assim, sua reputação vai ser destruída! Tem noção disso?!

Os repórteres zangados gritavam para ele. Para Seo Jun-Ho, além de ridículos, eles eram patéticos aos seus olhos. Ele convocou levemente sua energia mágica enquanto olhava para eles.

— Repórteres? Não tô vendo nenhum por aqui.

Quando uma sede de sangue explodiu do corpo de Seo Jun-Ho, os repórteres se encolheram. Sua magia era muito baixa, mas ele tinha a sede de sangue de um homem que havia enfrentado inúmeras situações de vida ou morte. Era algo muito acima do que esses porcos, que simplesmente se sentavam em cadeiras de escritório o dia todo, poderiam lidar.

“Ugh…Como os olhos de um humano podem ser tão…”

“Eu só queria fazer minha manchete. Não quero morrer.”

“Esse cara é maluco?”

Os repórteres de segunda mão recuaram com o rabo entre as pernas. Seo Jun-Ho ainda parecia completamente farto deles.

— Você são uns merdas que só sabem irritar pessoas, e tão me irritando agora!

Antigamente, nenhum repórter se atrevia a cuspir tal absurdo, e nenhum deles solicitou arrogantemente sua licença de Jogador. Os poucos que cruzaram a linha receberam críticas em todo o mundo, e os periódicos associados até fecharam suas portas.

“Nossa, que saudade dessa época.”

Seo Jun-Ho estava começando de baixo agora. Ele suspirou e entrou direto no Portal.

O Portal azul ficou vermelho, mas os repórteres foram lerdos e não conseguiram impedi-lo de entrar. Suas mandíbulas caíram.

— Q-Quê?

— O Portal tá vermelho… ele realmente entrou.

— Tá de brincadeira com a minha cara? Ele pode morrer, e nem deixou suas últimas palavras?!

Suas estupefações rapidamente se transformaram em raiva.

— Aquele moleque mal educado acabou de entrar ali?

— Esse desgraçado!

— É exatamente isso que precisamos dizer aos cidadãos. Precisamos contar a eles a verdade sobre o caráter de Seo Jun-Ho!

— Ele não sabe como respeitar os mais velhos… merda, olha, na minha época…

Os repórteres o xingaram por um tempo considerável até que um deles começasse a fazer as malas.

— Tô indo pra casa.

— Hã? Mas hyung-nim, você não vai esperar para ver se o Jogador sai do Portal?

— Acha isso algo realmente necessário de se saber? Olha, você acha que aquele desgraçado vai realmente concluir esse portal?

Ele bufou e olhou para o Portal.

— Esse arrombado vai morrer lá dentro de qualquer maneira. Então, pra que esperar, se já sei o óbvio?

— Isso é verdade… A taxa de sucesso de Portas Não Concluídos é muito baixa.

— Não é baixa, é quase nula.

Suas palavras convenceram os outros. Os repórteres começaram a arrumar suas coisas, preparando-se para partir. Também foi em parte, porque eles ainda estavam se sentindo irritados com o que Seo Jun-Ho havia dito anteriormente.

— Vamos pegar um pouco de ensopado naquele posto de avenida.

— Gostei da ideia. Todo mundo está de mau humor, então bora beber, também.

Os repórteres entraram em seus carros, saindo pela estrada acidentada e não pavimentada. O último repórter a entrar no carro olhou para o Portal.

“Mas e se eu der as costas e ele realmente sair do Portal?”

Ele considerou isso por um segundo. Se o chamado Seo Jun-Ho conseguisse ter sucesso, o repórter nunca teria outra chance de entrevistá-lo. Se o jogador realmente conseguisse, ele se tornaria um famoso Super Novato. O repórter bufou enquanto deixava sua imaginação se desdobrar.

— Ahh, não tem como. Isso não é um filme.

Ele tinha certeza absoluta de que isso não aconteceria. Então, entrou em seu carro e ficou parado.

***

— Que lugar bonito.

Seo Jun-Ho sussurrou em admiração quando entrou no Jardim de Leuf. Sua beleza rivalizava com a Biblioteca e Jardim Huntington na América. O grande jardim continha grandes flores de todas as formas e cores em plena floração.

Jun-Ho examinou a cena.

— É um lugar bonito, mas logo menos vai virar uma desgraça.

Qualquer um que não soubesse sobre Leufs teria rapidamente refutado sua fala. Como alguém poderia falar que tal lugar, cheio de flores belas, viraria uma “desgraça”?

Seo Jun-Ho disse isso, porque com o pôr do Sol, essas flores se tornariam monstros cruéis, os Leufs, criaturas disfarçadas de flores.

Jun-Ho balançou calmamente sua lança.

— Comparado com a lança que eu costumava usar… essa aqui é um lixo.

Afinal, a lança que ele costumava usar era uma arma de Grau Único. Comparado a isso, a lança que ele estava carregando atualmente tinha um design rude, e o centro do equilíbrio estava um pouco torto. Mesmo que Seo Jun-Ho tivesse usado todos os tipos de armas, ele simplesmente não podia dizer que esta era uma decente.

— Olha, pra armas, tenho altos padrões.

Disse ele com altivez. Girando a lança elegantemente. Depois de praticar nos últimos dois dias, ele se acostumou com o peso da arma.

— Informações do Portal.

[Jardim de Leuf.]

Nível necessário: Nível 5-10

Limite do grupo: 4

Requisitos de Conclusão: Derrote todos os monstros.

Dificuldade: Difícil

— Hm.

O número máximo de pessoas que poderiam entrar no Jardim de Leuf era quatro, e era provavelmente por isso que Seo Jun-Ho foi a primeira pessoa a entrar sozinha.

“Até o Super Novato da Índia trouxe três membros de sua própria equipe.”

Isso significava que seu trabalho em equipe deveria ser impecável em batalha. O fato de ainda falharem significava que havia algum tipo de armadilha mortal.

— E provavelmente seria…

Seo Jun-Ho olhou todo o seu redor, analisando cada detalhe do Jardim. Além do jardim, havia um labirinto de 3 metros de altura, feito de ramos sinuosos e hera.

“Deve ter alguma armadilha escondida ali.”

Seo Jun-Ho caminhou pelo caminho de terra, com cuidado para não pisar em nenhuma das flores. Ele se sentou no banco no meio do jardim.

Tudo o que ele precisava fazer era esperar até que os Leufs acordassem.

— Ainda bem que comprei alguns e-books. Ele se deitou no banco e abriu a novel de fantasia que havia baixado em sua Vita. Continuou lendo até o pôr-do-sol.


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