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Re:Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu – Arco 6 – Capítulo 17

O Rei do Mar de Areia

O time de Não-Combatentes unanimemente optou por seguir pelo caminho da esquerda na bifurcação.

Era evidente que se eles progredissem pelo caminho da direita, acabariam sendo engolidos pelo miasma, resultando em uma discórdia crescente que os levaria a matar uns aos outros. Por isso não havia erro na escolha do caminho da esquerda, era a coisa mais natural.

Com isso, para Subaru, as perguntas estavam providenciando respostas também. Embora, assim como o caminho da esquerda não era exatamente uma aposta segura, aquilo que o estava fazendo ter essas dúvidas era uma natureza doentia.

Se ele rotulasse o caminho da direita como uma cilada emocional, então teria que rotular o que os aguardava no caminho da esquerda como uma armadilha física. Aquele grotesco Majuu revestido em chamas… Ele preferira evitar encontrar o Centauro, se possível.

Mesmo se ele entrasse em uma batalha contra aquilo, suas chances de sucesso eram pequenas, até aí era óbvio. A diferença de poder entre eles não era o único problema. A razão era que quando a hora de encontrar o Majuu chegou, no estado emocional atual dele, ele não conseguiu manter confiança alguma em si para que pudesse lutar ao lado de Ram e Anastasia.

Subaru: “Pra dizer a verdade, teve uma hora nas dunas de areia que eu vi um Majuu estranho à distância. Ele tinha um corpo humano começando do pescoço de um corpo que parecia o da Patrasche, e tinha uma boca enorme escancarada do abdômen até o peito. E para terminar, um chifre enorme vindo do corpo humano dele, onde era para ser a cabeça…”

Anastasia: “Hã… Que merda. Isso é tão nojento…”

Ram: “Honestamente, isso é bastante repugnante.”

Eles seguiram o mesmo fluxo da conversa sobre o Majuu, no qual ele naturalmente incluiu sua explicação sobre as particularidades do Centauro, como na última vez. As reações das duas membras do grupo em resposta à descrição… Três, incluindo Patrasche, foram mais uma vez desagradáveis.

Não é como se Subaru quisesse dar esta explicação porque ele só queria. Entretanto, ele teve que considerar que havia 70% de chance de que eles não iriam ser capazes de evitar o encontro com aquela coisa agora que seguiam pelo caminho da esquerda.

Subaru: “Eu esperava que todas vocês fossem ficar encantadas por ele, mas de qualquer forma, definitivamente parece uma criatura perigosa. De momento, eu irei chamá-lo de Centauro, mas não é só a aparência dele que parece nojenta, a crina nas costas do corpo dele queima em chamas… Parecia forte pra caramba. Pra não dizer muito, não parece que a gente seria capaz de ganhar dele.”

Ram: “Por que ignorou um Majuu igual esse depois de descobri-lo? Você tem um desejo de morte?”

Subaru: “Aaah?”

Ele o explicou enquanto retinha suas emoções o máximo para que não explodissem, porém raiva brotou dentro dele no momento em que Ram havia respondido em sua maneira frívola. Apesar de ele tê-la avisado explicitamente, quem ela pensava que era?

Ela sempre olhou arrogantemente para os outros — pensando-o, ele sentiu sua raiva metamorfosear-se em ódio. Subaru respirou fundo. Ele fez tudo que pôde para manter suas emoções violentas em controle, tudo para acalmar-se.

Subaru: “Que se foda…! Esse lugar é uma bosta.”

Ram: “É certamente difícil, não é? Até eu tenho que tomar cuidado com as palavras que escolho.”

Subaru: “Se você for escolhe-las agora, então sabe, talvez, elas não vão fazer nada melhorar.”

Tanto a voz como a expressão de Ram foram tingidas com simpatia para com Subaru, o qual estava sobrecarregado por emoções. No entanto, como a atitude simpática dela continuava a irritá-lo, ele tinha de dizer que aquilo que ela fez também acabou por produzir o efeito oposto.

Anastasia: “É fácil falar acerca dos efeitos do miasma, mas isso é tudo que é assustador sobre ele, ‘cê não acha? Na real, eu e a Ram-san não ‘tamos afetadas.”

Subaru: “O que você quer dizer com isso? Se você ‘tá com ideias fantasiosas do tipo ‘só a gente vai ficar bem’, pode ir parando. Se nós formos tocar na ferida, eu e você somos iguais.”

Anastasia: “Palavraaas duras. Eu não tinha intenção de dizer isso mesmo se eu tivesse tamanha autoconfiança. A capacidade de julgamento e a determinação de alguém, e coisas assim, são assuntos diferentes da força mental da mente e do corpo dessa pessoa… Poréeeem, fala’ sem parar que ‘cê ‘tá completamente paralisado pelo quão assustador é miasma é bem ruim, né não?”

Anastasia ofereceu-lhe seu sincero conselho, expressado com um ar de superioridade. Apesar das palavras dela terem sido racionais, Subaru irritou-se por ela não entender o ponto em questão. Estando na vanguarda do grupo, Subaru tinha forçado a ela seu ponto anterior enquanto marchava pelo corredor de areia.

Ao ouvir isso, Anastasia pigarreou com um pequeno “Hã, Hãm”, e disse:

Anastasia: “O que eu tenho a dizer é relacionado ao miasma… Mas desde que nem eu sei tanto sobre, ‘cê pode me perdoar se o que vou dizer pareça duro?”

Subaru: “Eu imagino que somente quem sabe sobre todos os detalhes são o Culto da Bruxa, né?”

Anastasia: “Correto, mas, no mundo, também há gente que gosta de fuçar nas coisas que o resto despreza. Por exemplo, tem os esquisitos que saem estudando coisas tipo miasma, né? Só o que eu sei é algo que mal parece a verdade vinda de um rumor de um rumor de um rumor.”

O que Anastasia levantou seria um suposto Pesquisador da Bruxa?

Tinha uma forte ligação a isso, mas seria ridículo presumir que eles não existissem, se ele pensasse acerca disso.

Este mundo possivelmente tinha pesquisadores também. E, é claro, tais indivíduos que possuíam esta sede de conhecimento racionalmente evitariam pesquisar por tabus e se manteriam na linha junto ao fluxo do mundo — Não, não havia maneira de que eles fossem ser corretos, de natureza obediente.

Haveria encarnações de curiosidade que não se encaixariam ao molde geral, qualquer que fosse o mundo ou a época.

Anastasia: “Embora antes que eu entre no que sei sobre o rumor, a gente tem que se perguntar primeiro, o que é『Miasma』?”

Ram: “É… a mana contaminada que a Bruxa e os Majuus deixam para trás, certo? Eu escutei que os Cultistas da Bruxa também deixam a mesma coisa também.”

Anastasia: “A resposta da Ram é a visão prevalecente. O miasma é algo que a Bruxa emana, então até os Majuus que foram criadas pela Bruxa emitem ele de maneira similar… Só que ‘cês já escutaram isto?”

Ram: “――――”

Anastasia: “Já escutaram que os Cultistas e os Majuus na verdade detestam uns aos outros.”

Anastasia = Eridna falou sem pausa. Conhecendo como a criadora era, elas talvez teriam afeição por exibir seu próprio conhecimento. Parecia que a máscara tinha caído e por trás dela a verdadeira natureza da raposa branca havia sido exposta.

Os olhos de Ram arregalaram-se em relação às palavras de Anastasia, em brusco contraste a Subaru, que escondeu essa impressão. Ambos os Majuus e os Cultistas eram criaturas que ela pensou serem leais à Bruxa da Inveja. Talvez ela estivesse surpresa em descobrir que eles na realidade não se davam bem.

Ram: “Eu mal consigo me forçar para acreditar nisso… Mas, é real?”

Anastasia: “Infelizmente, eu não sei com certeza uma vez que não ‘tô familiarizada com os Cultistas da Bruxa ou Majuus. É por isso que apresentei como um rumor. Mas, ‘cê não acha que seria interessante se isto fosse uma história verdadeira?”

Subaru: “Interessante……?”

Subaru respondeu, tendo a impressão de que ela não deveria ter descrito da forma como o fez para começar. Anastasia replicou-o com um curto aceno, dizendo “Hum”.

Anastasia: “Todo mundo pensa que a Bruxa e os Cultistas e os Majuus são bons amigos, né? E ainda, isso não é sabido de verdade, os dois abaixo da Bruxa são hostis entre si. Este mal entendido tem sido considerado por 400 anos… Ninguém sabe a real verdade.”

Ram: “Com certeza isso……”

Anastasia: “Eu me desculpo por tê’ trazido esse rumor adiante também, mas parece existir tantas ideias erradas sobre o miasma também. Por exemplo, a relação entre os Majuus e o miasma é o exato oposto do que é conhecido, tanto que eles o abominam. E é dito que eles odeiam a Bruxa do fundo do coração também.”

Ram: “— — Sem chance que poderia ser assim.”

Nota de tradução (Inglês): Por todo este diálogo, exceto onde é traduzido de tal maneira, eles estavam referindo-se ao termo “Bruxa” com apenas 魔女, então pareceu-me pouco claro se se referia à Bruxas no geral, ou ‘A Bruxa a qual o mundo todo conhece bem. Eu optei pelo último baseado no contexto, mas o mundo possui sim conhecimento das antigas Bruxas, portanto não devemos desconsiderar que eles usavam o termo para referirem-se a Bruxas em geral.

Ram continuou amontoando Anastasia com suas dúvidas, atraída pela história dela. Atrás das duas imersas nessa conversa, Subaru entendeu que as palavras de Anastasia = Eridna eram evidenciadas por um fator bastante inegável.

As relações entre Bruxas e Majuus eram de verdade fracas, e Majuus odiavam a Bruxa.

Essa possibilidade fez completo sentido para ele, considerando o quanto ele teve que fazer uso do prolongado 『Aroma da Bruxa』 até então. Se não fosse assim, então por que os Majuus ferviam tanto de raiva, fazendo-os persegui-lo, aquele que era coberto pelo Aroma da Bruxa.

Ele usou o prolongado aroma contra a primeira invasão de Majuus após ele ter sido invocado neste mundo paralelo. E ele até mesmo o usou contra a Baleia Branca. Era impossível ignorar a relação entre o prolongado Aroma da Bruxa e o miasma se ele organizasse todas as evidências vistas por ele até então.

… 『O Aroma da Bruxa』 prolongado que o cercava se assemelhava ao próprio miasma.

Subaru: “Impossível que todas esses Majuus receberiam um tratamento yandere do Petelgeuse. Ele não ia ser capaz de deixar o cheiro da Bruxa nesses bichos, só ela mesma poderia ter. Seria como ter o perfume de outra mulher.”

Era repugnante pensar sobre, se esse fosse o caso, mas a supracitada possibilidade se encaixava quanto à explicação lógica. Em outras palavras, os Majuus odiavam o miasma da Bruxa e olhavam para ele com hostilidade.

E para começar, a maioria das pessoas não devia saber que a teoria que afirmava que a Bruxa da Inveja havia criado os Majuus estava na verdade incorreta.

Quem criou os Majuus não foi a Bruxa da Inveja, em vez disso foi a Bruxa da Gula.

Uma vez que isso não se espalhou, parecia que ninguém percebeu as relações entre os Majuus e o miasma também. A fonte de conhecimento de Anastasia — ou melhor, ele não sabia se realmente havia um pesquisador que havia estudado a Bruxa, mas se eles existissem, com certeza tinham um bom ponto.

Subaru: “… Uma farsa e tanto, hein?”

Subaru suspirou para sua própria falta de preocupação, tendo ponderado sobre isso até este ponto. Era mais natural pensar que ela tinha acabado de vomitar o conhecimento que Anastasia = Eridna tinha desde o começo, em vez de duvidar se o dito pesquisador existia ou não. Quando o direcionamento do pensamento de Subaru se moveu a esse ponto, uma forma diferente de ódio gradualmente começou a se enraizar em seu interior.

Por que Subaru tinha de esconder desta forma as circunstâncias relacionadas a Anastasia ser Eridna? Havia uma consideração quanto a Julius e os Presas de Ferro. Em particular, Julius em seu estado atual no qual teve suas memórias tiradas do mundo.

Julius tentava agir como seu eu antigo o máximo que podia, mas, mesmo nele, havia uma parte que era negligente a respeito disso. Considerando isso, Subaru decidiu que deveria evitar quaisquer fardos psicológicos adicionais.

Ele deveria evitá-los, mas por que ele por outro lado tinha que carregar o fardo?

Subaru: “――――”

Todo mundo era egoísta.

Por que era apenas ele que deveria fazer de tudo para proteger o rabo dessas pessoas?

Era irritante. Era incômodo. Ele podia acabar abrindo o bico sobre tudo; ele não deveria? Ele podia dizê-los também a respeito do espírito de Anastasia, a respeito de seu 『Retorno Através da Morte』, a respeito de tudo—

Ram: “…Barusu. Pare de ficar colando a cabeça na areia de repente, é estranho.”

Subaru: “É a minha reação defensiva natural pra impedir a nossa amizade de piorar. Phaaah.”

Desde que a raiva de Subaru estava atingindo seu pico, ele enterrou a cabeça na parede de areia antes de lançar-se abusivo contra elas. A parede de areia estava inesperadamente instável, e parecia como se ele pudesse ser capaz de escavar através com suas mãos.

Em compensação por descobrir, Subaru cuspiu areia de sua boca. Havia algo para pensar em relação à expressão fria de Ram, mas visto que ele era responsável por suas próprios ações, ele manteve qualquer retaliação para si.

Anastasia: “Poderia o comportamento excêntrico do Natsuki-kun também ser vindo da influência do miasma…. talvez?”

Ram: “Nope, o comportamento do Barusu é como de costume.”

Subaru: “Não é como de costume! Isso é uma consequência do miasma!”

Anastasia: “Bem, dada a autenticidade das coisas aí, se a gente voltar pro que estávamos falan’o enquanto cê ‘tava berrando… Os Majuus por fim odeiam a Bruxa. Se presumirmos isso, deve tê’ uma explicação para os Cultistas e os Majuus serem hostis uns com os outros, não?”

Anastasia, que deliberadamente encontrou uma pausa na conversa deles para mudar o tópico de volta ao ponto principal, vagarosamente inclinou sua cabeça. Entretanto, a opinião similar de Subaru não alcançou as palavras dela. Pelo contrário, Ram acenou e disse:

Ram: “Se eles são hostis uns com os outros ou não, eu nunca ouvi nada… de ambos trabalharem juntos. Para começo de conversa, há também aqueles rumores de que o Culto da Bruxa não se propaga.”

Subaru: “Entendi… Então é realmente o tipo de organização secreta em que esses caras ficam escondidos e agem às escuras. Fico me perguntando por que eles não deixam nenhuma pista, no entanto.”

Ram: “Barusu e a Emilia-sama se deparam com eles até demais.”

Todos os Cultistas da Bruxa que Subaru conheceu ansiavam pela notoriedade, e estavam absorvidos no próprio senso inflamado de autoestima. Ele nem poderia dizer que os movimentos de Petelgeuse foram furtivos, e mais, os outros Arcebispos do Pecado se superaram ao fazer uma transmissão depois de terem capturado uma das grandes cidades.

Como eles podiam afirmar que eram uma organização do mal que operava nas sombras?

Subaru: “Ah, espera. E a Baleia Branca? Essa coisa ‘tava agindo com o Culto… Embora agora seja um pouco suspeito se estava ou não, pelo menos teve aquela vez.”

Anastasia: “Hmm? Muito embora eu saiba que os Majuus definitivamente odeiam o Culto da Bruxa, não tenho certeza se o Culto odeia os Majuus… Porém, de qualquer forma, mesmo que não seja assim, eu não vou me inquietar.”

Subaru: “Foi o que eu te falei…”

Proporcionando uma refutação adequada para a objeção de Subaru, Anastasia jogou sua opinião imediatamente. Que ela não queria atar-se a isso possivelmente era uma prova que de fato ela havia escutado isso de rumores vindo de outra opinião.

No entanto, ela o usou minuciosamente como base de sua conversa. No fim, Anastasia fechou um de seus olhos e disse:

Anastasia: “No fim das contas, a gente pode colocar como que não entendemos a conexão entre o miasma bem. Tem também o jeito que a Ram-san vê isso, no qual é tipo uma mana contaminada… Mas, bem, não parece que alguém possa explicar o que rola pra manaa ficar contaminada assim?”

Ram: “――――”

Anastasia: “Mana é mana, apesar do corpo da pessoa que ela passa. Mesmo se a natureza dela muda na mágica ou quando ‘cê faz algo com ela, não é possível pra ninguém adicionar uma mana infectada na própria mana.”

Subaru: “Isso……”

Anastasia: “Por que então disso da mana só podê’ ser contaminada com a Bruxa da Inveja? E, além disso, por que diabos os Cultistas se acostumam com essa mana contaminada?”

Bem excepcionalmente, Ram manteve sua boca fechada enquanto Anastasia lançava essa torrente de perguntas. Era consideravelmente estranho que ela não tivesse levantado nenhuma objeção através de suas palavras e manteve-se silenciosa. Ao mesmo tempo, Subaru estava experenciando uma sensação de déjà vu junto com seu sentimento de repugnância.

A forma como ela tinha apresentado tanto seu ponto como sua conclusão. Tudo sobre a atitude dela parecia como se ela falasse em enigmas. Ela ter parecido sobrepor-se a Echidna o deixou com um gosto amargo na boca.

Anastasia: “Certo, certo, certo, parece que a gente gastou tempo demais fofocando, ‘cês não acham?”

Anastasia repentinamente falou sem nenhuma consideração pelo silêncio de Ram e a catexia de Subaru. O tom com o qual ela havia falado até então mudou, deixando para trás a abrupta mudança de assunto. Deixando os dois seguirem, Anastasia com seu lampião iluminou parte da frente do corredor. Subaru também parou em seus passos, imitando-a. E, enquanto segurava seu lampião, ele percebeu o que ocorria.

Subaru: “――――”

Na frente deles, o corredor gradualmente se inclinou para a esquerda, e uma leve brisa soprou em sua direção. A parede de areia ainda não havia mudado em nenhum aspecto, mas ele vividamente se lembrava daquele cheiro de queimado que se misturava com a brisa, junto com essa breve curva no caminho.

Ram: “Cheira como uma coisa queimada, tipo carne grelhada, não parece?”

Ram soltou suas cândidas impressões sobre a brisa que carregava um toque de ar queimado. O aroma de carne passada do ponto, queimada, fluía das profundezas da passagem. Talvez fosse possível que este aroma era a prova de que havia alguém cozinhando, e de que eles seriam capazes de encontrar um companheiro de grupo à frente…. Embora seus pensamentos fossem bem intencionados, eles eram equivalentes à ignorância.

Ram: “A Emilia-sama e os outros descuidadamente fizeram uma fogueira e estão fazendo uma pausa… Algo como isso?”

Subaru: “Eu concordo que a Emilia seria a pessoa que aparentemente faria uma fogueira sem se preocupar, mas comigo falando do Centauro, não consigo imaginar sendo isso. Você também tem que acreditar que isto não é a sua cabeça se enchendo em excesso com pensamentos otimistas, certo?”

Ram: “Eu vou esperar ansiosamente para saber como você vai inventar desculpas para todos esses seus comentários depois que a influência do miasma passar.”

Todas as vezes que ele respondia as perguntas de Ram de tal maneira que era mais rápido que o necessário, ele acabava por mordazmente jogar de volta também a toxicidade a ela. Soltando um bufo quanto a isso, Subaru tranquilizou-se pois a quem precisava direcionar sua hostilidade não era ela.

Não havia dúvida sobre isso, considerando que eles já chegaram até aqui. Havia uma longa caverna à frente, e, lá, o hediondo Majuu revestido em chamas estaria aguardando-os.

O tempo que eles gastaram chegando aqui parecia ser um pouco mais rápido comparado à última vez. Não obstante, considerando que eles o encontrariam, talvez aquele lugar fosse a toca do Majuu. Ele não carregava nenhum traço efêmero de esperança de que ele teria se movido de lá. Se possível, eles teriam que…

Subaru: “Não temos escolha senão o matar pra passar, né?”

Ram: “Eu acho que seria proveitoso se nós conseguíssemos um plano que pudesse ser colocado em ação com base no nosso poder de combate atual.”

Anastasia: “A gente não tem força nenhuma de combate nem se eu usar a minha carta na manga… e mesmo assim, eu quero mantê’ essa coisa extenuante como um último recurso se possível, já que eu não consigo desfaze’ os efeitos dela.”

Tanto Anastasia quanto Ram se opuseram ao modo de proceder de Subaru. Embora Subaru estivesse incomodado que tivesse sido rejeitado, mesmo ele não tinha intenção de forçar suas opiniões nelas. Na verdade, isso seria um absurdo. Ele não tinha apelidado o grupo como time de Não-Combatentes em vão. Todas as escolhas que envolvessem confrontar o Majuu possivelmente acabariam por ser descuidadas.

Subaru: “Por outro lado, sem chance de a gente voltar e ir pelo caminho da direita.”

Ram: “Depois de ver todas as caras diferentes que você fez até agora, Barusu, consigo ver que você não teria culhões para seguir pelo caminho da direita, não é?”

Anastasia: “Mas, dito isso, quer dize’ que a gente ‘tá encurralado. Não ia funciona’ fazer algo tão louvável tipo voltar de onde a gente começou e esperar pelos outros virem atrás de nós…… Né?”

Ignorando a resposta impertinente de Ram, a fala de Anastasia acertou em cheio. Se ele ainda temesse o Majuu suficiente para retornar, então ele deveria ter recorrido a isso desde o começo e parado por lá mesmo. Uma vez que ele não o fez, a conclusão dele deixou-o apenas com a opção de passar pelo Majuu.

Assim, isso não queria dizer que eles não pudessem encontrar uma maneira para realizá-lo.

Subaru: “Vamos começar do começo, nós precisamos reunir informações sobre o oponente. Se tudo ocorrer como planejado, teremos uma chance.”

Disse Subaru, alcançando uma conclusão antes das duas, as quais estavam quebrando a cabeça quanto a um plano.


… Subaru dificilmente sabia algo sobre o modo de vida do Majuu Centauro.
Isso se dava devido ao fato de que eles se cruzaram por apenas algumas dúzias de segundos antes de ele ser queimado vivo. Tudo que permanecia lamentavelmente entalhado em sua alma vindo dessa experiência era que a aparência grotesca dele o fez sentir-se enojado desde o âmago, e que tinha tremendo poder de fogo. Se ele brevemente pensasse sobre, sua causa de morte foi tal que seria inevitável perceber que ela não foi nada além de ter sido em vão.

No entanto, seria incomodo se ele se preparasse para isso. Quando se tratava de 『Mortes』, Subaru Natsuki era um veterano. Desde já, ele havia cultivado experiências suficientes para não tratar um fenômeno de 『Morte』 como somente 『Morte』.

Subaru: “Primeiro, nós temos que dar atenção à aparência do Centauro.”

Sua aparência repulsiva era algo que ele não conseguiria esquecer uma vez vista. Apesar de tê-la visto por apenas alguns segundos, a aparência bizarra dele ardia vividamente em sua mente. Isso o daria uma luz em sua reflexão.

Tinha um corpo de humano sobre um corpo de um cavalo, com sua cabeça transformada em um chifre. Além disso, tinha uma boca escancarada pelo peito. Parecia mal feito, como algo feito por uma criança amadora enquanto brincava. Entretanto, havia algo que ele percebeu quando atormentava seu cérebro sem tirar os olhos de suas memórias.

Subaru: “Definitivamente não tinha olhos.”

Em essência, não havia uma cabeça no lugar onde geralmente se encontraria uma. Assim, ele tinha certeza que não havia órgãos no corpo do Majuu que providenciavam àquilo sentido de visão.

Ou visto que não havia luz lá no sistema de cavernas sob as dunas sem ser alguém possuindo um lampião, talvez os efeitos negativos de se mover por lá levaram-no a evoluir.

Subaru: “Tipo uma toupeira? Que se adaptou a viver em baixo da terra e perdeu a visão.”

Ou ele não tinha certeza se aquilo tinha visão para começo de conversa; mas ao menos possivelmente esse Majuu não confiava na própria visão e continuava a viver sem ela. Desta forma, o Majuu não pareceu tê-lo percebido devido à luz do lampião. Aquilo o percebeu dos barulhos e indicações que ele deixou por seu próprio descuido.

A saber, ou do olfato ou da audição que o Majuu teria desenvolvido no lugar dos olhos.

Subaru: “Se eu me recordo corretamente, uma vez escutei que toupeiras tem uma boa audição que funciona para elas em vez de narizes.”

Não era algo que ele havia escutado de Anastasia mais cedo, mas bem certamente era algum conhecimento estranho que ele adquiriu de algum lugar. No entanto, o raciocínio de Subaru acabou por ser mais útil que se prender a ideias infundadas. O ponto forte do Centauro estava em sua audição; atingindo esta conclusão, Subaru partiu para ação.

Logo…

Subaru: “――――”

Sem murmurar uma única palavra, Subaru balançou seu braço para cima e para baixo o mais silenciosamente que podia. Desde o momento em que ele pisou na areia, ele tomou tanto cuidado que seus passos não fariam som algum ao se chocarem contra ela.

Aquilo que ele jogou da extremidade de seu braço era uma das garrafas de água que eles colocaram no kit de sobrevivência. Sem um alvo em particular, a garrafa voou direto para o fim da longa caverna… Atraindo a atenção do Majuu incandescente do meio da caverna para onde ela aterrissou.

Centauro: “――――ϡ ϡ !!”

Assim que a garrafa de água aterrissou na areia com um silencioso estrondo, a reação do Centauro, que o escutou, foi drástica. Balançando sua crina flamejante, o Majuu saltou com seu corpo de cavalo e galopou em direção à fonte do som. Aquilo ferozmente forçou seu corpo para lá sem traço algum de hesitação.

Centauro: “――――ϡ ϡ !!”

Areia enfunou e bruxuleantes fagulhas voaram pela caverna. Dando uma volta violentamente, o Centauro deslizou. Aquilo rangeu os dentes de dentro de sua boca escancarada juntos e deixou um uivo agudo que soava como o choro de incontáveis bebês.

Aquilo pisoteava a garrafa de água, esmagando a superfície dela, e a incendiou de novo e de novo. Uma vez que o Centauro reduziu o formato original dela ao nada, deixou mais chamas as quais estavam transbordando de sua crina ao chão. E, quando tudo exceto a areia seca havia sido torrado, o Majuu parou seus passos com uma insinuação de satisfação.

Pareceu estar satisfeito. Enquanto olhava para a obra do canto de seus olhos, Subaru balançou a corda que havia prendido em sua cintura e fez um sinal para seguirem. O som dos passos deles cuidadosamente pisados na areia era abafado pelos choros agudos, do Majuu, que se impregnavam por toda a caverna. Tomando absoluto cuidado a cada passo, eles seguirem com um passo de tartaruga por vez…

「――――」

Subaru puxou sua corda, indicando uma pausa na marcha deles, parando o avanço de seu Dragão Terrestre. Para sua surpresa, o Dragão Terrestre, que não deveria ser capaz de compreender a fala humana, seguiu fielmente suas instruções. Ela tinha lentamente caminhado pela areia com uma prudente marcha que não era própria de sua grande constituição.

…Subaru e os outros estavam conduzindo a caminhada pelo precipício da morte na caverna que era coberta pela escuridão.

Parando para pensar, a largura da caverna era provavelmente do tamanho de um ginásio de escola, ou algo assim. Eles estavam numa área onde os corpos chamuscados das criaturas que foram incineradas pelo Majuu estavam jogados por toda parte.

Subaru e os outros estavam tentando mover-se e passar pelo Majuu através da tentativa de silenciar seus passos e respirações.

「――――」

A área não era tal que somente silêncio sóbrio como aquele o iria diminuir. A larga bocarra do Centauro a estava cobrindo selvagemente novamente e novamente. O som parecia com aquele incomodo que se consegue quando ar está saindo de um balão.

Não era apenas a aparência daquilo, mas até seu comportamento era repulsivo… Não obstante, ele era grato que aquilo estava comportando-se de forma tão óbvia neste momento. Graças a isso, ele conseguiria um plano que não envolveria lutar.

「――――」

Mais uma vez, Subaru pegou outra garrafa de água e jogou por detrás do Centauro. O simplório Majuu reagiu ao som e mais uma vez furiosamente atacou a garrafa vazia.

Chamas e choros de bebês permearam a caverna, e a garrafa de água escancarou-se graças ao imenso aquecimento do Centauro. Com um som ressecado, a garrafa tornou-se carvão preto.

Apesar da confusão, Subaru e os demais seguiram e diminuíram a distância entre eles e o corredor durante esse tempo.

… Esta simples distração foi a conclusão a que Subaru chegou ao observar o modo de vida do Centauro.

Tendo considerado que aquilo não possuía visão, Subaru determinou que o Centauro se valia da audição. Deixando Ram e Anastasia atrás de si, ele atraía a atenção do Majuu usando o mesmo método de arremessar coisas. Ele repetiu esta demonstração algumas vezes até que ele tivesse convencido o grupo.

O Centauro era um Majuu que caçava suas vítimas através da audição. E, ainda por cima, era uma criatura simplória que poderia ser enganada muitas vezes pelo mesmo truque.

Assim que ele foi capaz de certificá-lo, o restante foi fácil. Ele fez Ram reunir os itens para a distração assim como a fez descobrir a saída através da leitura do vento, para depois que eles realizassem a fuga do Majuu. Após isso, ele escrupulosamente disse a Patrasche sobre o plano secreto deles e a necessidade de manter-se com coração forte para não sucumbir ao estresse ou à ansiedade, e para colocar o olhar de caça dela.

「――――」

Na realidade, as táticas de Subaru estavam funcionando muito bem ao ponto de que era até anticlimático. A distância entre a caverna e o corredor já tinha sido completada pela metade e o tempo que eles gastaram estressando-se não havia sido tanto. Posto que aquilo não tinha a capacidade de intuição, o Majuu possivelmente seria vencido pela repetição da mesma coisa novamente.

「――――」

Claro, eles abandonaram a luz do lampião e a única coisa que podiam ver era a crina flamejante do Centauro que estava chiante à distância.

A luz do lampião talvez não teria afetado o Majuu sem visão, mas, ainda, eles fizeram a decisão de limitar o máximo possível tudo que pudesse engatilhar os sentidos daquilo.

「――――」

Sentindo a corda sendo puxada, a atenção de Subaru, a qual se havia perdido em pensamentos, foi trazida de volta à realidade. Ele estava segurando duas cordas enquanto colocava a distração em ação. Uma delas estava presa a Patrasche, ao mesmo tempo a outra era segurada por Ram a qual estava montada em Patrasche.

As instruções que ele havia definido para Patrasche eram “pare” e “vá”. No entanto, a conexão entre ele e Ram em particular não havia sido bem definida. Estava lá somente para chamar a atenção um do outro.

Ainda assim, a conexão deles usando a corda que meramente expressava a presença de ambos, sem a capacidade de eles se olharem olho no olho ou se comunicarem, era algo que abrandava Subaru de uma forma consideravelmente surpreendente.

Isto feito de momento para que Subaru não produzisse nenhum sentimento doentio para com Anastasia ou Ram. Ele estava num estado mental que parecia mais fácil, para ele, não olhar no rosto de outra pessoa.

Por outro lado, não significava que não havia nenhuma ansiedade em seu coração, a qual havia crescido à vontade com tamanha solidão. Subaru havia convencido a si mesmo que isso era parcialmente devido à influência do miasma… Contudo, muitas partes da história contada por Anastasia mais cedo acerca de “O que é o Miasma” tornaram-se confusas.

Ele seria curado desses efeitos uma vez que deixasse este lugar? A bem verdade, isso também parecia duvidoso agora.

Supondo que ele não fosse curado, ele acabaria sendo incapaz de livrar-se destes sentimentos desagradáveis mesmo quando se encontrasse com Emilia e Beatrice…?

Subaru: “――!?”

A corda foi puxada com força repentinamente, fazendo com que Subaru involuntariamente recuasse. A corda que foi puxada era aquela amarrada a Patrasche. O Dragão Terrestre havia feito a repentina decisão de fazê-lo parar à força.

E assim que ele levantou sua cabeça, imediatamente viu o motivo:

Subaru: “―― huu.”

Uma labareda de fogo arremessada a um passo de Subaru. A labareda de fogo era aproximadamente do mesmo tamanho que uma bola, mas foi arremessada borrifando ondas de calor aos seus arredores. Ela chocou-se contra uma parede de areia a alguns metros de distância, deixando um violento som estrondoso, seguido de uma explosão.

Um vento quente soprou chamuscando o corpo frio de Subaru; ele mal se impediu de gritar.

Definitivamente teria sido um acerto direto se Patrasche não o tivesse parado. Ele não sabia se teria poder o suficiente para matá-lo, mas ele teve certeza de que isso tinha potência de fogo suficiente para machucá-lo. Subaru cerrou seus dentes percebendo que mal teria escapado com vida, enquanto um tremor corria por sua espinha.

Por que a bola de fogo havia sido disparada nele?

Subaru: “――――”

Subaru reflexivamente se virou para olhar suas costas. O Centauro deveria ter sido enganado pela distração dele e deveria estar distraindo-se com a garrafa de água do outro lado da caverna. Entretanto, o Majuu agora tinha virado sua cabeça de chifre para onde eles estavam, grunhindo.

Quase como se soubesse que Subaru e companhia estavam ali parados.

Subaru: “――――”

Nem pensar dever ser isso — Subaru balançou sua cabeça.

Subaru desatou uma garrafa de água de sua cintura e a segurou para que pudesse fazer uma distração de novo. A corda que o conectava com Ram estava constantemente sendo puxada, chamando-o, mas ele não tomou conhecimento disso. Sua maior prioridade agora era atrair a atenção do Majuu para longe.

Ele girou a garrafa de água em um círculo e arremessou-a ao longe da esquerda do Centauro, onde caiu na areia. E como ele esperava, a atenção do Majuu direcionou-se para esse lugar e a besta desajeitada foi atraída pela isca óbvia.

Mais uma vez, chamas jorraram e o lamento de bebês chorosos ecoou. E enquanto o estrídulo eco reverberou pela caverna, Subaru encorajou Patrasche adiante em direção à saída.

Nota de tradução (Inglês): O egresso é outro corredor, a propósito, às vezes eu apenas traduzo como “saída” porque soa mais claro em Inglês que usar a ambígua palavra “corredor” que poderia referir-se ao caminho do qual eles vieram.

Eles apenas precisavam manter a repetição desse procedimento de novo e de novo. Com somente isso, eles conseguiriam romper adiante, no entanto…

Subaru: “――hk!”

Novamente, uma bola de fogo foi atirada pelo Centauro perto de onde Subaru estava andando. Tinha até chegado mais perto ainda que da última vez, com o tiro sendo tão preciso que raspou em sua pele.

A respiração de Subaru foi instantaneamente tomada pela explosão da bola de fogo, e ele foi golpeado pela onda de calor.

Subaru: “――――”

Banhado na iluminação da nova fonte de luz alaranjada em sua frente, Subaru travou olhares com o Majuu à distância. Os olhos deles não se encontraram realmente, logo dizer que eles trocaram olhares não era completamente certo.

Não obstante, a atenção do Majuu estava claramente focada nele. O Majuu não tinha uma maneira de rastreá-los com exceção do som, então por que aquilo era capaz de encontra-los em meio ao seu próprio choro…

Subaru: “O choro… dele…”

Ram: “Barusu, o eco…”

Como a questão e a resposta vieram juntas à mente de Subaru, Ram, que ainda puxava a corda, finalmente o chamou e fez barulho. No momento em que ambos chegaram a mesma conclusão, o Centauro chutou a areia.

Seus cascos chutaram a superfície da areia, e o Majuu, que era tão grande que eles tinham de olhar para o alto, voou levemente pelo fresco ar. O calor de sua crina crescia ao passo que se movia, e ele de uma vez se deslocava em grande rapidez em direção ao grupo de Subaru.

O torso humano anexado ao corpo de cavalo levantou suas mãos e puxou pedaços de sua própria flamejante crina. Ainda em suas mãos, aqueles pedaços se tornaram bolas de fogo e depois de um picar de olhos, tornaram-se balas flamejantes explosivas.

Subaru: “…!Correcorrecorrecorre!!”

A esse ponto, evitar uma luta contra o Centauro já não era possível.

Descartando o plano de mover-se com o mínimo de barulho possível, Subaru estapeou as coxas de Patrasche, ordenando que ela imediatamente corresse para o corredor.

O grupo de Subaru estava atualmente no centro exato da caverna, longe tanto do corredor do qual entraram quanto para o qual se dirigiam; uma posição tão vantajosa para o Centauro que talvez parecia que este fosse o plano do Majuu.

Subaru: “’Tava só fazendo hora com a gente…!?”

Ram: “……!”

A mente de Subaru congelou em espanto, mas o Majuu não afrouxou. Lançando bolas de fogo quando as criava, o Centauro explodia nuvens de areia no ar ao redor dos alvos fugitivos, como se brincasse com eles.

O Majuu esperava que eles iriam escapar direto pelo corredor. Tendo isso dito, mesmo se eles tentassem correr em ziguezague para confundi-lo, a audição dele capturava todo som e ele não cairia em tal truque.

Subaru: “Woah! Wah!”

Raspando as cabeças abaixadas deles, as bolas de fogo eram arremessadas uma após a outra.

Fora de vista, o Majuu corria em círculos pelos arredores deles enquanto fugiam, não os permitindo com sua barragem explosiva, jogando rajadas de areia ao ar.

Subaru: “Gah――!?”

A onda de calor da explosão em seus pés fez com que Subaru facilmente fosse erguido no ar, e em seguida o mandou voando.

Ele rapidamente protegeu sua própria cabeça com ambos braços, mas a rapidez do ar incendiado queimou a parte interior de seu nariz e de sua garganta. Respirar era doloroso e, com a parte interna de seu nariz chamuscada, ele temporariamente perdeu seu olfato.

Ele rolou no chão por causa da agonia no meio de seu rosto, em seguida levantou seu rosto lacrimoso.

A boca no torso do Centauro estava arregalada e emitia um barulho perfurador de ouvidos, quase como que se aquilo estivesse rindo. Não, na verdade estava rindo.

Rindo do fraco brinquedo humano, que não conseguia ao menos vencer uma batalha de perspicácia contra um Majuu.

Subaru: “Merda, arh…!”

Ódio ferveu nele e deu a Subaru a força para levantar.

Comparado a suspeita e desconfiança, que sentimento maravilhosamente saudável era odiar o verme que se lhe opunha. Enquanto era consumido pela escuridão da fúria destilada, Subaru bufou para o Majuu que parecia tão satisfeito consigo mesmo.

Agir como se tivesse ganho era risível.

Subaru: “――――”

Colocando uma mão na cintura, ele tirou seu chicote.

Deixando sua mão lembrar-se da sensação do cabo, ele levemente chicoteou a areia com a ponta de seu chicote; o Centauro imediatamente parou sua risada atroadora e atentamente virou seus sentidos para o estrondo do chicote.

Muito provavelmente era a primeira vez que ele escutava aquele som.

Entretanto, esse não era o real plano de Subaru. O chicote não passava de uma distração.

Subaru: “… Invisible Providence.”

Em resposta à violência do Majuu, uma turva e aflita emoção negra formou-se no coração de Subaru.

Dada a direção, tornava-se a força para rasgar o Centauro membro por membro. Usando-o desta forma, fê-lo parecer um cachorro de um truque só, mas ele não se importou. Era um truque que funcionaria com qualquer um.

Subaru: “――”

Balançando o chicote sobre sua cabeça, ele deixou o Majuu escutar ao som dele rompendo o ar.

Tomando cuidado para não alertar o Centauro, o qual estava prestando atenção de perto ao primeiro som, a mágica mão invisível avançava como se deslizasse pela escuridão, infiltrando-se na sombra do Majuu, tendo como foco o chifre no alto do torso do corpo humano dele.

Entre o corpo humano e o corpo de cavalo, ele não sabia dizer qual dos dois possuía os órgãos vitais. Com a cabeça dele sendo um chifre, se havia um cérebro posto dentro ou não era um mistério. Apesar disso, devia haver um órgão vital de algum tipo por dentro. Com isso em mente, ele iria esmagar o chifre com a palma de sua mão invisível.

Se a perda do chifre acabasse por fazer o Majuu ser obediente, ele simplesmente o faria matar-se. Isso seria muito mais agradável…

Subaru: “…!? Gu… agh… Gah!?”

Com esse pensamento, aconteceu justo quando ele estava para realizar seu plano.

Focando no Centauro e sua Mão Invisível buscando a cabeça dele, a própria cabeça de Subaru foi preenchida com uma rajada de uma inimaginável dor. Sentindo como se algo tivesse removido seu escalpo e estivesse furando seu crânio diretamente, seus olhos baixaram-se e seus lábios espumaram amarelo enquanto ele caía de joelhos.

Subaru: “Gah… ah!? Guh… Agh!!”

Levando ambas as mãos a sua cabeça enquanto se ajoelhava, ele acertou a si mesmo do lado da cabeça para tentar confrontar a dor. Esfregar a cabeça, segurá-la, nada ajudava contra a dor. Para contornar a dor, ele tentou infligir uma mais dolorosa e afiada dor. Ele acertou a si mesmo, de novo, e de novo, mas não importava o quão forte ele se batesse, ele não conseguia vencê-la.

Ele rolava na areia enquanto sua cabeça sentia como se infernais espinhos perfuravam seu cérebro, e quase desmaiando de dor, ele acabou engolindo areia sem saber o motivo.

Subaru: “Isso dói! Ahhh! Isso dói, isso dói, isso dói! Isso dói!”

Ele gritava como se estivesse cuspindo sangue.

Com uma boca cheia de areia, mastigando-a com seus dentes, Subaru surrava o chão, lutando contra a misteriosa dor para impedi-la de bloquear sua garganta. Ele não conseguia vencer, estava perdendo.

Claro, a Invisible Providence havia desaparecido instantaneamente.

Com ela dispersa, ele não tinha um modo de afetar o Centauro. O Majuu, como que desapontado com falta de resistência dele, preparou-se para transformá-lo num corpo fumegante.

Uma enorme bola de fogo, assim que seu explosivo calor aqueceu o mundo ao redor deles, afugentou a friagem no ar.

Subitamente, Subaru Natsuki iria se tornar carvão…

Patrasche: “――――ϡ!”

No último segundo, o Dragão Terrestre preto-escuro interviu furiosamente, rasgando o braço do Majuu.

Patrasche: “――――”

Com uma cor de corpo que se misturava com a escuridão, o Dragão Terrestre havia silenciosamente se aproximado do Majuu e descarregou um ataque de mordida. Perdendo o equilíbrio junto a seu braço, o Majuu deixou que caísse a bola de fogo que havia levantado sobre a própria cabeça.

Em outras palavras, o calor da bola de fogo que o Majuu criou havia explodido a seus pés e a onda à queima roupa soprou no ar.

Como que jogado pela explosão, sangue gotejou do braço ferido do Centauro e caiu nas costas dele. Sem desperdiçar um olhar, Patrasche disparou sobre a areia e, segurando com seus dentes a roupa de Subaru enquanto ele agonizava em dor, ela imediatamente começou a correr em retirada.

Segurado pelos dentes de Patrasche perto de sua cintura, balançando-se para a esquerda e a direita, atormentado pela má circulação e a dor de cabeça contínua, Subaru olhou para trás.

Por detrás de Patrasche, o Centauro instavelmente se levantou sobre suas patas.

A ferida no corpo humano espumou e o braço esquerdo que havia sido abocanhado cresceu novamente em um instante. A monstruosa habilidade de regeneração daquilo estava em ação sobre as próprias feridas. Os ferimentos por todo o corpo dele, infligidos pela explosão de há pouco, fecharam-se um a um. O Centauro retornou a seu estado completo em questão de segundos.

Com isso feito, não havia mais nada para o desacelerar.

Gritando violentamente para Patrasche, que foi surpreendia de surpresa, o Centauro acelerou em busca do Dragão Terrestre fugitivo, e o manto dele ardeu mais reluzente enquanto saltava.

A habilidade de corrida de Patrasche era impressionante mesmo no pior dos terrenos, mas o Centauro estava no próprio habitat e sua aceleração estava um passo à frente. Juntamente com a diferença em tamanho, Patrasche pesava por conta de Subaru, e o Majuu em breve estaria correndo lado a lado com ela.

Uma bola de fogo ardente apareceu na mão do Majuu, mas esta era largamente grande. Olhando de perto, a bola de fogo se tornara na mão do Majuu uma arma de cabo comprido e, num piscar de olhos, se tornou uma lança, coberta de ponta a ponta por chamas.

Centauro: “――ϡ”

Levantando a lança flamejante, o Centauro levou a ponta na direção de Patrasche. O Dragão Terrestre negro esquivou-se assim que a lança se aproximou, quase mergulhando na areia para evitar o ataque e usou isso como uma abertura para acelerar mais.

Porém, bem quando pareceu que eles conseguiriam escapar, o casco do Majuu rumou direto para o lado do torso do Dragão Terrestre. A força do ataque ultrapassou pela dura pele dela, e ela gritou quando o impacto acertou seu intestino. Mesmo assim, ela se recusou a soltar Subaru, ainda balançando por causa de seus dentes. O calor que ele podia sentir perto de sua cintura vinha do sangue que Patrasche estava tossindo devido aos ferimentos internos dela.

Esse foi o único sinal de que ela estava gravemente ferida.

No entanto, ela ainda não deixaria Subaru, e Subaru não tinha forma alguma de cuidar dos machucados de seu leal dragão. Tudo o que ele tinha era a aparentemente perpétua tortura da interminável dor em sua cabeça.

Ram: “…EL FULA!!”

Anastasia: “JIWALD…!”

O segundo golpe da lança flamejante era direcionado a Patrasche, a qual estava claramente desacelerando.

Contudo, antes que atingisse o corpo do Dragão Terrestre, ele foi interrompido de duas direções diferentes.

De um lado veio uma lâmina invisível de vento, do outro lado veio uma convergência de raios brancos de calor.

Ambas as encantações vieram de vozes familiares, mas isso era tudo que Subaru podia garantir.

Os dois feitiços atingiram o Majuu, estourando buracos pelo corpo dele e cortando o torso humano diagonalmente… Essas feridas, também, se fecharam instantaneamente.

Ram: “Barusu…! Oh, ótimo, se você está morto, devia ter dito antes!”

Anastasia: “Essa foi pesada, e esse Majuu… Eu não vo’ conseguir faze’ muito contra aquela coisa não.”

Muito embora soasse normal, uma voz dentre as garotas carregava um traço de desespero. Por outro lado, apesar de ser uma situação desesperadora, uma voz dentre as garotas carecia de qualquer senso de estresse.

Sentindo a respiração e o sangue de seu leal dragão, Subaru estava à beira do desmaio. Se ele fosse passar por toda essa dor e todo esse tormento, talvez morrer não fosse tão…

Ram: “Não se atreva, Barusu! A Rem iria chorar!”

Subaru: “…oh.”

Aquela voz, gritada justo para seus ouvidos, cortou a dor que alcançava o cérebro dele. O que a voz despertou não foi nada menos que o ódio carregado por ele para com o Majuu.

Fora esquecida.

Nem sequer uma pessoa se lembrava daquela garota.

…Não fale da Rem e de mim como se você soubesse alguma coisa.

Subaru: “…INVISIBLE PROVIDENCEEEE!”

Liberando seus sentimentos de raiva contra o Majuu que passava pelo canto de sua visão marcada de lágrimas, Subaru o atingiu com uma escura mão mágica em uma explosão de raiva.

Parcialmente lá, outra atroz dor rasgava seu crânio… Antes que ele fosse engolido por ela e perdesse a consciência, a『Mão Invisível』de Subaru acertou a lança do Majuu de frente, quebrando-a como um sinal de oposição.

…Essa foi toda a resistência que ele podia demonstrar.

Centauro: “――ϡϡ”

A recompensa para seu contra-ataque raivoso foi outra rajada de dor furiosa.

O Centauro plantou suas pernas frontais no solo arenoso e girou em torna delas, virando-se em voltas vigorosamente, e em seguida suas pernas traseiras atacaram como uma catapulta.

Seus cascos de pedra chutaram a areia para o ar enquanto aceleravam em direção ao grupo de Subaru — ele, Patrasche e Ram e Anastasia, os quais estavam próximos — com intenção de destroça-los de uma vez.

Numa explosão da força da perna suficiente para trazer ao chão parte da caverna, todos foram enviados voando para diferentes direções pela onda de areia. Subaru foi até arrancado da mandíbula de Patrasche, rolando indefeso sobre a areia, e foi jogado em consequência do impacto contra um corpo queimado e destruído.

Subaru: “Ah, uh…”

Uma dor de cabeça que não podia ser descrita e um corpo pisado pelo chute do Centauro.

Agredido pelas contínuas dores de dentro e fora, Subaru já não mais podia agarrar-se a própria consciência. De alguma forma, enquanto rolava livremente pela areia, ele podia sentir a escuridão da morte aproximando-se.

Destruição, aniquilação, morte fútil, morte em batalha.

Palavras desalmadas como essas vagueavam no fundo de sua mente, mas…

Subaru: “――――”

Numa situação em que seus pulmões esqueceram até de respirar, Subaru viu alguém a sua frente de pé.

Era uma sombra pequena e delicada. Num mundo com tão pouca luz, ele não pôde ver claramente. Mesmo assim, era um formato familiar que ele reconheceu imediatamente. Era Ram. Ela cambaleava enquanto se matinha levantada.

Ela tinha ambos os braços estendidos, para proteger Subaru.

Pare. É estúpido, impossível, inútil…

Ele tentou dizer, mas sua garganta já não o escutava mais, era como se estivesse cheia de areia… Não, ela estava cheia de areia. Por causa da areia que ele estupidamente deglutiu ao tentar confrontar a dor em sua cabeça, Subaru não mais conseguia falar claramente.

Subaru: “…por… quê?”

Com toda sua força, Subaru conseguiu um fraco apelo. Apesar de toda insatisfação e raiva contidas que ele tinha sentido para com Ram e seus outros amigos, isso certamente eles deviam saber.

Ram: “――A Rem… iria chorar.”

Ram deu apenas esta baixa resposta para as palavras de Subaru.

Pela irmã mais nova que ela não conseguia lembrar-se, pela pessoa mais querida para aquela irmã esquecida, Ram manteve-se.

O que a tinha feito ir tão longe, Subaru não conseguia compreender.

Ele não conseguia compreendê-lo, mas havia uma coisa que ele entendeu. Nesse ritmo, Ram iria morrer. Subaru morreria também. Não havia como evitar isso.

Subaru: “――――”

O Centauro berrou, balançando ambos seus braços e criando uma espada flamejante em cada um destes. Elas, porém, não pareciam exatamente como espadas, logo aquilo talvez tivesse a intenção de criar algo como machados ou martelos.

Independente, ambos eram armas embrulhadas em chamas. Aquilo estava quase para usá-los para cortar Ram em fragmentos muito pequenos e para assar Subaru.

Subaru: “…sério, anda. Tem que ter… algo.”

Encarando a morte de frente, Subaru entendeu a mão através das profundezas de sua dor.

Lutar contra a persistente dor era como mergulhar profundamente em si mesmo. Olhar para fora de si mesmo — para Ram, Patrasche ou Anastasia — era irrealista.

Mesmo se fosse zombado como em um sonho ou uma ilusão, Subaru olhou dentro de si mesmo por algo, qualquer coisa. Esta abordagem irrealista era a esperança mais realista que ele tinha.

Mergulhar em si, alcançar as profundidas mais obscuras de seu corpo, descortinar os contorcidos pensamentos obscuros; Subaru olhou dentro de si em busca de qualquer coisa que pudesse ajudar. Não a 『Mão Invisível』 que ele havia usado em excesso. Algo diferente, algo… algo novo, uma forma de recuperar-se desta bagunça.

Sua tentativa derradeira cedeu…

Subaru: “…ah.”

Nada, e enquanto o Majuu levantava suas espadas na frente dele, Subaru assistia. As chamas cruzaram-se sobre a cabeça do Majuu e, depois de uma pausa do momento, descerem sobre Ram.

Queimando o próprio ar, os próximos retalhos iriam impiedosamente queimar o trajeto através do corpo esbelto da garota, queimá-la, não deixando nada da trajetória dela, das memórias que ela carregava ou qualquer outra coisa exceto carvão preto.

“――――”

No momento seguinte, uma luz liberada com tremenda velocidade fuzilou a parte superior do corpo do Majuu.


O corpo do Majuu com o qual ele havia empunhado aquelas espadas de fogo desapareceu do mundo graças àquela tremenda luz. A luz não trouxe tais simplicidades como esmagar ou cortar o corpo daquilo, mas melhor, era o significado literal de aniquilação.

“――――”

O Centauro era um monstro que possuía um corpo humano sobre um corpo de cavalo. E a luz o havia fuzilado, fuzilado a parte que era construída como corpo humano do peito acima. Claro, isso incluía os braços e ombros, o chifre que estava no lugar da cabeça humana e a bocarra que se escancarava no peito.

Sangue silenciosamente jorrou dos ferimentos do Majuu por causa do impacto… E, imediatamente depois, as feridas daquilo começaram a espumar, preparando-se para usar a mesma técnica de hiper-regeneração que havia usado até então.

Sua carne contorcida inchou-se e seu corpo humano obliterado reformou-se de novo. O corpo humano se regenerou no exato momento e bolas de fogo rapidamente vieram a existir em ambas as mãos dele.

Centauro: “――――ϡϡ”

O Centauro rugiu e a atraente voz de incontáveis bebês preencheu o denso ar. Virando seu corpo, o Majuu não prestou nenhuma consideração para com Ram ou Subaru e, em vez disso, pulou direto em direção ao perigoso inimigo que tinha fuzilado seu tronco.

O Majuu invocou uma fileira de munição de bolas de fogo em seus braços e as lançou uma após a outra enquanto corria para frente. Consumido pela sua própria loucura, o Majuu preparou-se para desencadear sua própria batalha de choros. No entanto…

Centauro: “――ϡϡ”

As bolas de fogo trazidas à existência pelo Majuu foram todas interceptadas de frente uma a uma. Aquelas responsáveis por isso foram as rajadas de luz branca que furavam de frente as bolas de fogo com tremenda precisão. A velocidade das rajadas de luz estava além do comum e sua força era claramente superior àquela das bolas de fogo.

Os caroços de fogo foram atingidos pela luz, parados pelo poder dela, e conflitaram contra o corpo do próprio Majuu. Imediatamente depois que Subaru pensou que o Centauro havia acabado como um porco-espinho com espinhos feitos da luz branca, as chamas explodiram ao redor do corpo do Majuu.

Os braços do Centauro foram reduzidos a nada, sua bocarra foi transformada em pedaços, seu corpo de cavalo foi queimado e finalmente havia colapsado. Aquilo sovou o topo da areia, deixando um choro agudo em raiva absoluta.

Entretanto, as feridas do Majuu contorceram-se, e aquilo recusa-se a morrer. Era como se estivesse dizendo-lhes para serem mais fortes, para mudarem a abordagem e que deveriam evoluir a forma como o concederiam a morte, visto que eles não conseguiriam fazê-lo senão explodindo as partes dele até o nada.

A aparência do Majuu se transformou enquanto aquilo regenerava suas partes perdidas.

A parte humana de seu corpo havia mudado, agora seus braços aumentaram de dois para quatro e longas e afiadas presas ressaltavam sua bocarra. Sua parte inferior de cavalo também havia desenvolvido mais pernas, totalizando oito. Ao fazer um simples cálculo, percebia-se que elas dobraram em quantidade.

Além disso, sua pele chamuscada havia endurecido, agora brilhando com preto reluzente nela. Num vislumbre, parecia como uma criatura que era revestida em armadura.

E segurava um machado, um martelo, uma lança e uma espada de chamas em cada uma de seus recém-adicionados braços. O Majuu havia conseguido evoluir a si mesmo em um período inacreditavelmente curto de tempo, tudo para modificar-se pois então poderia encarar o ser que conjurava os raios brancos de luz.

“――――”

Elevando suas quatro pernas dianteiras, o Centauro de maneira ensurdecedora soltou um rugido. Estalou seus cascos levantados junto com um penetrante tinido e começou a estimular-se para frente.

Sua enorme figura era parecida com um trem blindado em aço. Seu peso e aceleração transformariam facilmente quaisquer oponentes em carne moída, levando-os a encontrar um terrível destino.

O ser que havia feito o Majuu passar vergonha acabaria completamente aniquilado se fosse recebido com um golpe final incandescente.

Centauro: “―――― ϡϡ”

Chutando areia no ar 『Uma luz branca o perfurou』e arrastando 『Uma luz branca o perfurou』uma pluma de calor flamejante, o Majuu violentamente 『Uma luz branca o perfurou』avançou. 『Uma luz branca o perfurou』O calor das chamas 『Uma luz branca o perfurou』 ardeu 『Uma luz branca o perfurou』 ainda mais forte que antes, era como 『Uma luz branca o perfurou』 o fogo do inferno 『Uma luz branca o perfurou』direto do abismo. Sua grotesca e atípica figura 『Uma luz branca o perfurou』 era de tal forma que não se podia evitar 『Uma luz branca o perfurou』de irromper em estremecer quando 『Uma luz branca o perfurou』 se pegasse a olha-la, 『Uma luz branca o perfurou』 independente de quem fosse; 『Uma luz branca o perfurou』 isso era o que Rei do Mar de Areia era. 『Uma luz branca o perfurou』 『Uma luz branca o perfurou』『Uma luz branca o perfurou』 『Uma luz branca o perfurou』 『Uma luz branca o perfurou』 『Uma luz branca o perfurou』 『Uma luz branca o perfurou』 『Uma luz branca o perfurou』 『Uma luz branca o perfurou』 『Uma luz branca o perfurou』『Uma luz branca perfurou』『Uma luz branca perfu-』『Uma luz branca perfu-』『Uma luz branca perfu-』『Uma luz branca o perfu-』『Uma luz branca per-』『Uma luz branca per-』『Uma luz branca per-』『Uma luz branca』『Uma luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』『Luz branca』…

……

…………

……………………

……………………………………

Subaru: “――――”

Já não havia mais nada para trás logo após a louca quantidade de luzes que voaram. O Majuu, que exercia tamanha ameaça, foi completamente obliterado pelas luzes até fim de seus pedaços de carne. O Majuu foi completamente fuzilado para fora deste mundo.

A única coisa que restava sobre a areia era o número incontável de raios de luz que foram desferidos contra o Majuu com intuito de apagar a existência dele… A fonte era um ferrão branco e alongado. Esses também instantaneamente se tornaram pó ao se esvanecerem.

Nota de tradução (Inglês): Optado por traduzir 針 como ferrão (stinger) desta vez em vez de espinho. Literalmente, pode referenciar-se como qualquer objeto igual uma agulha.

Subaru: “――――”

Subaru esqueceu sua dor de cabeça enquanto fitava perplexo o espetáculo com seus próprios olhos. Ele percebeu que um magro e febril corpo tinha saltado entre seus braços. Era Ram. Ele não se lembrava do que havia acontecido, mas parecia como se ele tivesse abraçado o corpo dela nos momentos finais de ambos.

Embora tivesse sido um gesto desprovido de sentido, parecia que Ram estava inconsciente.

Subaru: “――――”

Subaru podia ouvir o som de alguém pisando na areia. Que alguém estava aproximando-se lentamente de Subaru e dos outros; definitivamente estava chegando perto.

O interior da caverna ainda estava envolvido em escuridão acompanhada do frígido silêncio.

A única fonte de luz vinha dos pedaços flamejantes dispersos que foram expelidos antes pelo Majuu. Havia um pedaço bem incandescente ao lado de Subaru que o permitiu olhar por alguns metros os arredores.

O pé de alguém havia entrado na beirada do campo de visão de Subaru.

Subaru: “――――”

Erguendo seu rosto, Subaru olhou para cima, para onde o dono dos pés ― e possivelmente aquele por detrás da luz estava. Gradualmente levantando seu campo de visão, o que ele viu refletido em seus turvos olhos era… um ser humano.

Subaru: “――――”

Era… uma mulher. Uma mulher com um ar bem excêntrico.

Suas pernas eram audaciosamente despidas até o fim das coxas e a única coisa que cobria sua genitália era a bainha de seus shorts os quais foram mal cortados para a tarefa. Acima, sua cintura e seu umbigo estavam expostos. Um pedaço de tecido estava em sua esbelta cintura como um muneate para manter seus seios ocultos.

Nota de tradução (Inglês) ― Muneate: Literalmente uma invenção que age como um protetor de peito para mulheres. P. ex. Arqueiras podem vestir um protetor de peito chamado muneate para prevenir que seus seios sejam atingidos pela corda do arco.

Não obstante, ela vestia algo semelhante a uma capa em seus ombros a qual mal protegia a maior parte de seu corpo (exposto desde seus pálidos ombros) do vento.

Seu cabelo era de um marrom que era mais próximo ao preto a ponto de que parecia misturar-se com a escuridão ao redor. Seu longo cabelo estava amarrado num rabo de cavalo que o juntava por completo.

Ela encarou Subaru e companhia com olhos úmidos os quais estavam lotados de emoções profundas. Seus lábios finos curvaram-se, rompendo em um sorriso bestial.

???: “…Achei você.”

Pelo menos eu consigo entender o que ela ‘tá falando, pensou Subaru para si mesmo. E justo quando ele o pensou, sua consciência atingiu o próprio limite.

Experenciando a sensação da areia, Subaru deixou sua consciência ir sem pronunciar uma palavra sequer. Ao menos, não parecia que ele soltaria a garota envolvida nos braços dele; ele a abraçava firme.

Ele apenas tinha força de vontade para perseverar até este ponto.

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