Em relação às palavras de boas-vindas de Shaula, embora Subaru tenha entendido que elas foram direcionadas para outra pessoa, ele decidiu que as receberia sem rejeitá-las.
Houve também o conselho de Beatrice.
Não havia dúvida de que, em termos práticos, permitir que Shaula confundisse Subaru com Flugel era bastante conveniente para eles.
Com isso em mente, agora significava que se Shaula se tornasse hostil e iniciasse uma batalha, pelo menos tudo não acabaria necessariamente com eles sendo esmagados por sua força avassaladora.
Por enquanto, já que ela estava os tratando bem e favoravelmente, Subaru poderia pelo menos entorpecer sua mão de ataque.
Embora se ele fizesse isso, considerando que faltava-lhe força, mesmo sob as melhores circunstâncias, provavelmente isso seria o suficiente para acabar sendo o fator principal para ele cometer um erro colossal.
Emilia: “Você não precisa se preocupar, Subaru. Mesmo que Shaula perceba que, na verdade, você não é o Mestre dela, tenho certeza de que ela não faria nada tão terrível.”
Essas foram as palavras de Emilia, que parecia ter escutado a conversa atrás deles.
Emilia, que tinha seu cabelo prateado
Adornado por longas tranças, assegurou isso confiante para Subaru, enquanto ela brincava com uma de suas tranças com os dedos.
Subaru: “Estou feliz com o selo de aprovação de Emilia-tan, mas…Qual é a lógica por trás desse pensamento?”
Emilia: “Eu realmente não entendo completamente o que você quer dizer com a expressão ‘Qual é a lógica por trás desse pensamento’, mas, Shaula é uma boa menina, não é? Ela salvou você e nós também, então posso dizer que todos nos daremos bem. Se nos esforçarmos, não haverá necessidade de lutar, certo?”
Subaru: “…Certo.”
A opinião dela era um pouco otimista demais, mas ele poderia dizer que ser muito pessimista também era um mau hábito.
Mesmo que Shaula descobrisse a verdade, isso não significava que ela iria ficar agressiva de repente. Mesmo que os fatos viessem à tona, Shaula deveria evitar entrar em conflito com seu próprio julgamento. Então, os pensamentos de Emilia de que todos deveriam se dar bem não eram tão equivocados assim, pelo menos agora ele conseguia pensar assim.
A razão por trás dessa intenção não era atingir um objetivo calculista como apelar para as emoções, mas sim porque eles não queriam lutar contra Shaula.
Ram: “Não tome totalmente para si palavra por palavra as idéias toscas de Emilia-sama, Barusu. Estamos na Torre de Vigia do ‘Sábio’ e precisamos desafiá-la até mesmo para conseguirmos voltar para as dunas de areia. Não iremos perder nada mantendo e fortalecendo a nossa guarda o máximo possível.”
Emilia: “Caramba Ram, você com certeza foi rápida em colocar as coisas dessa maneira. Você realmente deveria relaxar um pouco…”
Ram: “O resultado de eu ter baixado minha guarda foi que acabei sendo jogada na mesma área subterrânea com Barusu e Anastasia-sama. Levando em conta o quão delicada eu sou, esse sentimento de desespero era insuportável…Talvez seja por isso que Emilia-sama não tenha idéia disso.”
Emilia: “Hmm, acho que sim. Mas, certamente, se o lugar o qual vocês estão falando é a área subterrânea em torno desse lugar, então não deveria ser um grande evento para você? Não sei por que, mas estou em boa forma desde que cheguei às Dunas de Areia de Augria, sabia?”
Parecia que Emilia havia respondido às palavras afiadas de Ram de uma maneira bastante relaxada. A relação de Emilia e Ram como mestre e servo havia melhorado desde o ano passado.
A maneira como Ram falou e se comportou com ela mostrou um pouco a falta de respeito, mas parecia que Emilia não poderia deixar de ficar feliz em receber esse tratamento.
Emilia, que deveria ter experimentado o trauma da discriminação e do desprezo, pode ter sentido que as palavras de Ram não continham esse tipo de animosidade.
Subaru: “De qualquer forma, Emilia-tan, o que você quer dizer com estar em boa forma?”
Emilia: “Como devo dizer…eu acho que o ar combina bem com a minha pele. A Mana tem um tom ligeiramente diferente dependendo do país ou região em que você está, então acho que algo assim está acontecendo comigo, mas…a mana neste lugar especialmente parece combinar e fazer bem para a minha pele. Embora eu ache que não deveria estar muito feliz com isso.”
Subaru: “Bem, suponho que sim. Mas considerando que este é o lugar onde a Bruxa está selada e repleta de bestas ao redor…”
Emilia cerrou o punho como se sentisse uma grande onda de força percorrer seu corpo. No entanto, logo depois, um sorriso amargo apareceu em seu rosto sombrio. Levando em conta a frase de Subaru, sua opinião tinha sido, com certeza, muito encorajadora, pois ele simpatizou com o estado de espírito em que ela se encontrava.
E seguindo o que ele havia pensado, Subaru estava silenciosamente grato que a força de Emilia havia crescido nesse ambiente, que estava repleto de perigos como a Bruxa e as Bestas Demoníacas.
No entanto, mesmo assim, a figura que Shaula havia derrotado estava gravada na mente de Subaru, então essa não era uma razão que poderia acabar dando algum otimismo.
Subaru: “Embora, as condições tenham mudado, ao contrário de antes, onde ela poderia nos atacar da torre sem que pudéssemos fazer nada, agora que a distância entre nós é mínima, Emilia-tan não deve perder para ela.”
Shaula: “O que é isso? O que está insinuando?”
Subaru: “Nada, estava apenas dizendo como você tem uma visão muito boa. Você conseguiu nos atacar da torre com extrema precisão quando estávamos muito longe, não é? Como diabos isso funciona?”
Shaula: “Oohhh, isso é feito com a vinculação entre a minha mira e meus ferroēs com a mana do ambiente, isso faz com que ele seja puxado para até onde você está. ‘Hell’s Snipe’ foi invenção do Mestre, sabia?”
Subaru: “Entendo, você nem precisou treiná-la, hein, Flugel.”
Ele passou pelo inferno, retornou e foi salvo graças a isso. Ele provavelmente nunca teria a chance de falar com Flugel, mas se tivesse uma chance como na festa do chá, ele definitivamente daria a ele uma escolha de palavras muito alegres e coloridas.
Subaru soltou um suspiro ao ouvir a animada Shaula cantarolando. E então,
Julius: “Desculpe interrompê-lo no meio do seu bate-papo, mas chegamos.”
Subaru: “Ah?”
Na escada em espiral que levava aos andares superiores da torre, ele ouviu a voz de Julius, que estava na frente do grupo, conduzindo-os para cima.
Erguendo o rosto com as palavras do cavaleiro, que acompanhava Anastasia enquanto segurava suas mãos, de repente Subaru pôde ver o teto do outro lado de Julius, que estava de pé em sua diagonal.
Subaru: “Não, não é o teto, mas a parte do piso do andar de cima, devo dizer.”
Beatrice: “Devemos estar no Quinto Andar, “Celaeno”, suponho. Tudo o que há aqui é uma porta para o lado de fora, Betty e os outros entraram por aqui, na verdade.”
Beatrice, que estava ao lado dele, comentou isso assim que se aproximaram do quinto andar.
Quando ele concordou com as palavras dela, Subaru imediatamente percebeu que algo estava fora do lugar e disse: “Uh?”
Se ela estava insinuando que depois que eles foram separados Emilia e os outros entraram na torre do Quinto Andar, então…
Subaru: “Como a Carruagem do Dragão e Gyan desceram ao Andar Inferior? Não tem como essa escada ser larga o suficiente para deixar uma Carruagem de Dragão passar, certo?”
Abrindo os braços para a escada em espiral que ele subiu, Subaru verificou sua largura. A largura da escada era razoavelmente ampla, mas mesmo assim não caberia dois Subarus com os braços estendidos lado a lado.
Poderia ter sido possível deixar o enorme corpo de um Dragão de Terra passar por ali, mas não havia como a Carruagem do Dragão passar.
E, claro, deixar um Dragão de Terra descer essa longa escada em espiral era um caminho que realmente não deveria ser trilhado, mesmo que fosse teoricamente possível.
Subaru: “Existe algum tipo de engenhoca como um elevador intervindo por aqui? Se houver, então precisamos usá-lo na próxima vez. Manter-se saudável é ótimo e tudo, mas não é bom desconsiderar as conveniências modernas.”
Emilia: “Desculpe, eu realmente não entendo o que você está dizendo…mas,a resposta de como a Carruagem do Dragão chegou até lá é simples. Shaula a levantou e a carregou para baixo.”
Subaru: “…Pardon?”
Subaru sentiu como se tivesse perdido alguma coisa, e então ele perguntou a ela novamente. Emilia franziu o cenho ao ouvir a resposta dele, que havia sido dita em inglês, mas mesmo assim percebeu que ele parecia ter pedido que ela repetisse, então ela continuou suas palavras dizendo: “Então,
Emilia: “Shaula levantou sem esforço a Carruagem de Dragão junto com o Dragão de Terra e simplesmente os trouxe para baixo.”
Subaru: “Não não não não, não tem jeito. Uma carruagem de dragão não pesaria mais de uma tonelada devido o quão grande ela é? E além disso, você disse que ela fez isso em conjunto com o Dragão de terra…”
Subaru arregalou os olhos com essas observações terríveis, mas nenhum de seus companheiros negou as palavras de Emilia. E finalmente, Shaula estufou o peito amplo de orgulho e abriu as narinas.
Shaula: “É como ela disse, quem os carregou fui euzinha. Oh cara, foi como um pedaço de bolo. Se eu tivesse deixado o lagarto perto da porta, ele poderia ter ficado maluco devido ao miasma que emanava do lado de fora, você não acha? Eu só estava um pouco preocupada. Você poderia me elogiar, sabia!?”
Subaru: “Eu me sinto realmente grato, mas agora eu sei que seus braços finos não são nada finos, e isso é estranho. Uma pessoa com força sobre-humana… Imagino que nem mesmo Reinhard seria capaz de fazer isso!”
Embora na mente de Subaru o humano mais assustadoramente chocante fosse indiscutivelmenteReinhard, não seria provavelmente impossível até mesmo para ele levantar algo que pesasse mais do que um humano aguentaria e pudesse levantar?
Mesmo que ele pudesse cortar o mundo em pequenas fitas com a pressão de sua espada, mesmo que ele pudesse andar sobre a água, mesmo que ele pudesse reviver novamente, apesar de tudo isso, carregar uma Carruagem de Dragão com uma única mão para ele era–,
Subaru: “Eu acho que ele seria sim capaz de fazer isso. Isso me deixa um pouco desconfortável. Esse cara é realmente um humano?”
Shaula: “Hmph, apesar da minha história, o Mestre está pensando em outra pessoa. Ciúmes*.”
De qualquer forma, ele agora entendia como a Carruagem do Dragão havia sido levada até o último andar abaixo. Na verdade, ele não tinha visto ela carregando a carruagem, portanto o impacto da cena foi diminuído. Mas ainda assim, ele teve que considerá-la uma nova ameaça em potencial na eventualidade de que o problema de endurecimento de Shaula surgisse.
E, assim que eles terminaram de falar sobre isso, o grupo chegou ao Quinto Andar. “Celaeno”, como muitas vezes já havia sido apontado, era onde ficava a entrada que dava para o interior e o exterior da torre.
Uma enorme porta, que tinha uma forma cilíndrica, foi construída na parte de trás da torre.
Era grande o suficiente para que você tivesse que olhar para cima, e sua largura era facilmente próxima a de 10 metros. Era uma porta desnecessariamente grande, e a quantia de força necessária para abri-la também era um problema.
Subaru: “Não parece difícil entrar pela porta de teste?”
Julius: “Pelo menos, quando tentei empurrá-la, não cedeu um centímetro sequer. Graças a isso, não conseguimos procurar por você, Anastasia-sama e os outros.”
Enquanto ele olhava para a enorme porta, Subaru soltou um suspiro, e Julius acenou para ele. Com ela sendo tão pesada quanto parecia, a porta iria parar qualquer desafiante que tentasse ultrapassar seu caminho.
Abri-la pode ser possível para Shaula, que poderia facilmente carregar uma Carruagem de Dragão em uma única mão, mas para uma pessoa comum isso seria impossível. Por causa disso, Emilia e Julius foram incapazes de sair para procurar Subaru e os outros, e isso parecia ter os deixado muito preocupados.
Beatrice: “Mas, com certeza, parece um pouco barulhento aqui e ali dentro, eu suponho.”
Anastasia: “Eu acho que é porque o Vento da Areia é forte, a areia que é soprada pelo vento deve estar entrando pelas arestas, você não acha? Quando você respira fundo, imediatamente depois parece que o interior da sua boca está cheio de areia, então realmente é muito desagradável.”
Colocando a língua para fora, Anastasia traçou o dedo e limpou alguns grãos de areia que entraram em sua boca. Assim como ela havia dito, o interior da boca de Subaru também parecia ter areia. Ele havia notado que minúsculos grãos de areia sempre giravam em torno do Quinto Andar que levava ao lado de fora.
Julius: “A areia das dunas está cheia de miasma. Se você acabar não as levando a sério por achar que é apenas uma pequena quantidade, o miasma pode acabar comendo seu corpo por dentro. Devemos sair daqui o mais rápido possível, se não tivermos nada para fazer aqui.”
Subaru: “Nesse caso, vamos pular para ele! Meu objetivo não está aqui, mas sim no quarto andar “Alcyone“…Embora subir mais escadas pareça ainda mais cansativo.
Shaula: “A mesma e velha fraqueza~. De qualquer forma, você não precisa se preocupar. A escadaria entre o Quarto e o Quinto Andar é bem mais curta do que aquela entre o Quinto e o Sexto Andar. Se eles estivessem muito distantes, até eu me sentiria cansada indo e voltando o tempo todo, então obviamente isso foi levado em consideração~”
Meili: “Pare de me sacudir.”
Shaula, que abriu os braços dentro da nuvem de areia e correu em direção a ela, foi acertada por um golpe de caratê na parte de trás da cabeça por Meili. Olhando aquela cena pelo canto dos olhos, o grupo atravessou o Quinto Andar e se dirigiu para a escada que levava ao Quarto Andar.
A brisa invadiu suavemente, e através de sua visão que estava nublada por uma névoa amarelada pela escuridão acima, onde ele olhou, havia um teto que não parecia tão distante.
—Ele podia ver o chão do andar de cima e parecia que sua opinião era de fato verdadeira, pois não estava muito longe.
E assim, enquanto eles se dirigiam para o Quarto Andar “Alcyone” e conversavam, em pouco tempo o grupo alcançou o lugar desejado.
A constituição do Quarto Andar em si não era muito diferente do Quinto ou Sexto andar.
A constituição cilíndrica da torre não se desviou do que tinha sido mostrado, e seu tamanho também não mudou drasticamente.
—No entanto, ainda havia uma mudança óbvia de atmosfera.
Em primeiro lugar, o tamanho do piso que subia as escadas era bastante diferente dos andares inferiores.
O piso circular tornou-se muito mais estreito em comparação a eles. E isso não foi muito surpreendente, porque uma parede circular havia sido construída como uma divisória e usava o espaço de maneira diferente em comparação com os andares inferiores, que eram apenas grandes andares sem nada demais.
A escada em espiral dos andares inferiores ligava-se diretamente ao coração do Quarto Andar, e um grande número de portas estava espalhado pela parede que circundava os arredores, indicando que havia vários quartos neste andar.
Nota: “Se a explicação for difícil de se imaginar, pense em dois círculos concêntricos, o interno muito menor que o externo, que obviamente são as paredes principais da torre. No círculo interno, há muitas portas, que leva a um monte de salas diferentes em comparação com o piso do andar 5 e 6, que eram como um salão circular gigante.”
Shaula: “Este é o Quarto Andar, ‘Alcyone’, que eu normalmente uso como minha morada. E, a ‘Sala Verde’, que eu acredito ser o principal motivo pelo qual o Mestre veio aqui, está bem ali.”
Subaru: “A Sala Verde…?”
Enquanto Subaru estava perplexo olhando para o ambiente do Quarto Andar, Shaula, que estava de pé atrás dele, apontou para uma das portas na frente com um gesto excessivamente dramático.
As portas que estavam no Quarto Andar eram todas de tamanho normal em comparação com a porta do Quinto Andar. Não parecia que eles precisariam de nenhum poder especial para abri-las, mas havia uma sensação estranha emanando sobre a porta que ela havia apontado.
Assim como o nome implicava, a porta da “Sala Verde” estava coberta de incontáveis heras verdes e tinha um estado semelhante a de uma região inexplorada de uma selva que parecia ter sido deixada intocada por séculos.
Subaru: “Ao dizer que é por isso que eu vim até aqui, você quer dizer que Rem e Patrasche estão aqui?”
Shaula: “Eu não sei seus nomes, mas a garota e o lagarto estão aí.”
Ram: “Você não precisa se preocupar. Você pode ter certeza de que Rem e o Dragão de Terra estão lá dentro.”
Para o hesitante e duvidoso Subaru, o testemunho de Shaula faltava com confiabilidade.
Ram bufou o nariz para eles como se estivesse olhando para dois idiotas, cortou a liderança do grupo e se dirigiu para dentro da Sala Verde.
Ela estendeu a mão para a porta que, parecia ser feita de pedra, estava coberta de hera e a empurrou sem hesitação. Mesmo seus braços sendo tão magros a porta se abriu prontamente, e com isso a Sala Verde ficou à vista.
Ram: “Você não vai entrar? Barusu.”
Subaru: “Eu estou chegando, estou chegando.”
Subaru deixou de lado sua apreensão quando ouviu a pergunta de Ram, que parecia estar o testando, e seguiu em frente. Ele entrou confiante dentro da Sala Verde, seguindo Ram, que havia entrado na frente dele.
No entanto, logo após Ram e Subaru entrarem, a porta se fechou. Subaru se virou para trás com o olhar surpreso.
Subaru: “Ei, nós nos separamos.”
Ram: “Não há necessidade de ter medo. Esta sala parece ter um limite de quantas pessoas podem entrar nela. O proprietário do ambiente parece odiar ter muitas pessoas aqui.”
Ram disse isso sobre o que havia acontecido, e rapidamente continuou avançando. Subaru coçou a cabeça com a explicação dela e imediatamente continuou a segui-la.
A Sala Verde não traía a bizarrice daquela porta, seu interior estava coberto de uma copiosa quantidade de verde. Plantas retorcidas se estendiam por todos os lugares que você olhava, pelo teto, pelas paredes e pelo chão. De vez em quando, ele precisava se abaixar para evitar a hera pendurada em seu caminho ou dar um passo para o lado.
E, deitado nas profundezas desta sala dominada por tal vegetação estava–,
Subaru: “Rem…e Patrasche.”
Havia um pequeno espaço livre de plantas na parte de trás desta sala imersa em vegetação.
A grama verde crescia de forma densa e espessa, e alguns canteiros haviam sido feitos ali, cobertos por pequenas flores que haviam desabrochado.
Rem com o seu mesmo rosto adormecido de sempre, estava deitada em cima de uma cama que era feita de folhagens e flores.
Suas bochechas brancas não mudaram de cor, muito menos seu rosto adormecido. E para provar que estava viva, seu peito subia e descia conforme respirava fracamente, sendo esses seus únicos sinais vitais, exceto pelo calor que ela emitia.
No entanto, mesmo assim, Subaru sentiu uma grande sensação de alívio a ponto de sua força se esvair.
Subaru: “Ela realmente estava segura, hein…”
Ram: “Eu te disse isso. Ou, você achou que eu mentiria sobre Rem ou algo assim? Que significado eu teria em fazer isso?”
Subaru: “Eu não estou dizendo isso, mas eu não pude deixar de me preocupar, isso até que eu a visse com meus próprios olhos, você sabe…e Patrasche, eu estou feliz que você esteja bem e segura também.”
Subaru deu um leve sorriso agridoce ao ouvir as palavras de Ram, e então caminhou para perto de Rem que estava dormindo em sua cama feita de grama e Patrasche que estava sentada agachada.
Ela também estava deitada em uma cama verde, assim como Rem. A situação não era muito diferente de quando ela se deitava em cima de seus juncos no celeiro. No entanto, uma coisa ali era definitivamente diferente do normal–,
Subaru: “Esta grama é diferente da grama comum, não é?”
Patrasche: “––”
Patrasche encostou o nariz na palma da mão de Subaru, que se aproximou dela para ter certeza de que estava bem. Enquanto recebia afetuosamente a resposta de seu amado dragão, Subaru sentiu uma leve onda de calor vindo da cama coberta por vegetação em que Patrasche estava deitada e inclinou a cabeça em pensamento.
Ram: “Parece que o poder do Espírito pode acelerar o processo de cura.”
Subaru: “Há um espírito aqui? Onde?”
Ram: “Você é um usuário espiritual e não sabe? Esta sala inteira é o Espírito.”
Subaru: “––”
Subaru rapidamente olhou ao redor da sala em resposta às palavras de Ram enquanto ele acariciava Patrasche.
Ele não podia ver a existência do Espírito refletida em seus olhos entre o musgo que crescia das paredes e sobre a hera, no entanto, logo depois que ela explicou isso, Subaru percebeu a quantidade esmagadora de Mana que havia ali dentro.
Sua respiração e seu corpo pareciam totalmente à vontade, como se estivesse em uma área rica em oxigênio.
Pode ter havido um efeito semelhante ao de Mana de Cura. Mesmo o Subaru saudável e ileso sentiu como se estivesse recebendo essa “benção” quando ele relaxou e respirou fundo.
Subaru: “Acho que entendi. Este é o Espírito com certeza…ele não pode falar?”
Ram: “O Espírito daqui é de um tipo diferente… No entanto, eu acho que você poderia facilmente dizer que não existem espíritos que não diferem em alguma capacidade. O estimado Grande Espírito de Emilia-sama, e Beatrice-sama…são especiais, não parece que o Espírito daqui tenha qualquer tipo de vontade. Ele apenas tenta curar as feridas e doenças de qualquer um que entre.”
Subaru: “H-eehh.”
Ram: “Qual é o problema?”
Subaru: “Não é nada importante. Eu apenas pensei que soava como uma bruxa que eu conheço.”
Ram bufou o nariz, como se ela tivesse pensado que ouvir a palavra “Bruxa” era apenas mais uma tolice dele, então ela caminhou para o lado de Rem.
Depois disso, a hera começou a crescer logo atrás dela, formando-se rapidamente até se tornar uma cadeira verde que sustentava seu corpo, parecendo que estava ciente das intenções da irmã mais velha de cuidar de sua irmã mais nova.
Ram inclinou a cabeça em consideração pelo Espírito e disse: “Eu realmente aprecio isso” enquanto ela se deixava cair sobre a cadeira.
Subaru: “Whooa, incrível!”
Ram: “Pelo menos eles são certamente os mais cavalheirescos entre os Espíritos que eu conheci até agora, você não acha? Você também deveria seguir o exemplo deles um pouco, Barusu. Tanto deste Espírito quanto daquele Cavaleiro Julius.”
Subaru: “Eu prefiro não seguir nenhum deles.”
Subaru afastou a imagem dos dois indivíduos de sua cabeça e acariciou Patrasche. Ele acariciou sua cabeça e fez cócegas debaixo de seu queixo com a palma de sua mão, antes de deixá-la abaixar lentamente a cabeça erguida.
Subaru: “Descanse um pouco agora. Você trabalhou muito e me salvou mais uma vez. Não há inconveniência em tirar uma licença remunerada de vez em quando, sabia.”
Patrasche: “––”
Patrasche enrolou seu corpo, fechou seus olhos amarelos e adormeceu depois que ela ouviu as palavras gentis de Subaru. Ela os trouxe até a torre, e eles puderam confirmar a segurança um do outro.
Apenas isso foi suficiente, e o trabalho de Patrasche também.
Subaru: “Alguma mudança em Rem? Se curar as pessoas é a razão da existência dessa sala, então eu me pergunto se ela pode ter esse tipo de intervenção sobre o estado atual de Rem agora…”
Ram: “Sinto muito, mas essa é uma esperança distante. Não é bom nem ruim…mas não houve progresso em seu tratamento. Esse lugar não pode curar algo que não é uma ferida ou uma doença. Parece que esse é o julgamento, não é?”
Subaru: “…Eu acho que sim.”
Mesmo assim, não parecia que o espírito da Sala Verde não estivesse disposto a cuidar do Rem ainda adormecida. Ele também demonstrou dedicação a Ram, que vigiava a adormecida irmã.
Subaru: “No final das contas, isso significa que nada mudou ainda, não é?”
Ram: “…Se queremos que as coisas mudem, então temos que cumprir o objetivo que surgiu na torre, você não acha?”
Subaru: “A Grande Biblioteca Plêiades, e suas provações, hein?”
Seu propósito original era entrar em contato com a “Sábia” que estava na Torre de Vigia das Plêiades, emprestar sua sagacidade que havia sido estipulada para ser onisciente, e salvar Rem e as vítimas da “Luxúria e “Gula” que eles deixaram para trás em Pristella.
No entanto, Shaula, a “Sábia” da Torre de Vigia das Plêiades, era apenas um título, e na verdade o que eles encontraram foi uma garota estranha que confundiu Subaru com o “Sábio” Flugel. A Torre de Vigia das Plêiades acabou sendo a Grande Biblioteca das Plêiades, e o conhecimento que havia sido estipulado como a onisciência de Shaula estava adormecido dentro de inúmeros livros que eram mantidos nas bibliotecas, ou pelo menos assim foi dito.
Isso mesmo, seu propósito se tornou algo distorcido e seu objetivo final foi alterado para uma direção que eles nem podiam prever.
Subaru: “Eu vou conseguir esse conhecimento e trazer Rem de volta. Eu não hesitei nesse propósito.”
Ram: “…Sim. Assim espero.”
Ram baixou os olhos para Subaru girando os ombros e esticando-se agilmente. Com isso, ela ternamente pegou a mão de Rem adormecida sem olhar para Subaru.
Fechando um de seus olhos com a atitude de Ram, Subaru apontou o dedo para o teto.
Subaru: “Decidi que vou desafiar o julgamento lá em cima. E você?”
Ram: “Você não acha que seria muito motivo de ansiedade se ninguém estivesse cuidando de Rem? Considerando isso, vou assumir esse dever. Foi para cuidar de Rem que eu vim nesta longa jornada desde o início, cheguei a pedir tal irracionalidade para Roswaal-sama.”
Subaru: “Isso é…bem, sim, acho que sim. Nesse caso, confiarei Rem à você então.”
Ram: “No entanto, eu realmente não posso fazer muito além de observá-la.”
Subaru: “O fato de você estar vigiando tem um significado que apenas você entende e conhece.”
Dizendo isso para Ram, que tinha se depreciado de maneira incomum, Subaru olhou para o rosto adormecido de Rem antes de sair do quarto. Ela estava em um sonho em que sua expressão facial havia se extinguido, e ele não saberia dizer se ela parecia pacífica ou angustiada.
Ele estendeu a mão para a testa dela, onde sua franja descansava, e a tocou suavemente como se estivesse fazendo cócegas.
Subaru: “Bem, então, estou indo. Vejo você mais tarde.”
Rem: “––”
Claro que ela não respondeu.
Ram entendeu que ele estava falando consigo mesmo também, então ela não interveio insensivelmente. Satisfeito com isso, Subaru virou-se para a saída da sala.
Ele não pôde evitar estender a mão para a parede e, ao tocar na hera, pediu ao espírito: “Por favor, cuide de Rem e Patrasche”, para que o Espírito não esqueça.
Então, pouco antes de sair da sala, ele parou de repente.
Subaru: “A propósito, você acabou de dizer em não deixar Rem sozinha, mas agora pouco você deixou a sala vazia. Por que você se deu ao trabalho de descer as escadas?”
Ram: “––”
Subaru: “De jeito nenhum! Será que quando você soube que eu acordei, veio me ver o mais rápido que pôde? Se tiver algo para dizer, então por favor deixe-me saber…”
Ram: “Continue em frente e vá embora.”
Subaru: “Huh? não, mas, se tem algo em mente, então me diga…”
Ram: “Apresse-se e vá embora!”
Oprimido pela aura medonha que estava jorrando dela, Subaru não podia dizer mais nada para Ram, e assim não teve escolha a não ser fugir da Sala Verde cabisbaixo.
Subaru: “Eu nunca entendo realmente o que tem na cabeça da Ram, mas eu não tenho a entendido especialmente bem de uns tempos pra cá”.
Emilia: “Hmm, acho que não, Ram é surpreendentemente aberta com esse tipo de coisa. Acho fofo que ela tente esconder essa parte aberta dela”.
Subaru: “É bastante raro que você fale como se fosse mais velha que ela….. Embora eu ache que você seja realmente mais velha que ela”.
Emilia: “Sim, é um pouco como se eu fosse sua irmã mais velha. Sou mais velha do que qualquer outra pessoa aqui…..Oh, espere”.
Beatrice: “Mhhhm, Betty é definitivamente a irmãzona, na verdade. Isso está selado em pedra e ninguém pode discordar, eu suponho. Todos vocês deveriam me venerar, de fato”.
Assim que ele deixou a Sala Verde, ele se juntou de volta com todos que esperavam lá fora, o que levou a esta conversa.
Emilia parecia um pouco frustrada por ter tido seu lugar de mais velha da equipe retirado dela, enquanto Beatrice estufava seu peito plano cheia de orgulho. Embora, para ser honesto, nenhuma delas tivesse comportamento de irmãs mais velhas.
Além disso, uma conversa sobre quem era a mais velha dada as circunstâncias era de fato um assunto bastante delicado.
Anastasia: “Hmm? Natsuki-kun, o que é isso? ‘Ocê tem algo que quer me dizer?”.
Subaru: “Na verdade, não Só queria dizer que há muitos rostos aqui que não correspondem à sua verdadeira idade na aparência”.
Anastasia: “Oh? Costumam me dizer: “Você parece mais jovem do que realmente é” com muita freqüência. É um pouquin difícil para mim levar isso como um elogio, mas eu ignoro ao ser menosprezada, então dependendo de como eles dizem, eu posso aceitar”.
Embora Anastasia sorrisse com um olhar forte de determinação em seu rosto, como ela estava realmente se sentindo não era claro.
Anastasia tinha pouco mais de 20 anos de idade, mas parecia ter uns 14 ou 15. No entanto, o que Subaru queria apontar não era o que estava do lado de fora, mas o que estava do lado de dentro. Anastasia ainda tinha seu corpo sequestrado por Echidna atualmente.
Se o nascimento de Echidna tivesse sido no mesmo tempo de Beatrice, então não seria difícil para ela entrar na corrida para a mais velha. Entretanto, seria impossível para ele revelar o que escondeu até agora sobre um assunto tão insignificante, então Subaru não disse mais nada.
Além disso, havia outros candidatos proeminentes para a corrida para o mais velho quando levando em conta o presente.
Shaula: “Ei, o que está acontecendo, Mestre? Uh huh, hm, cê não gostou do cheiro de grama da Sala Verde? Eu entendo isso. Eu também acho esse quarto nojento e desagradável”.
Subaru: “Você não disse que havia um cheiro pungente vindo de mim também? Você está bem com o meu?”
Shaula: “O cheiro de mestre é um cheiro ao qual estou acostumada. De verdade. Desta vez não é mentira!”
Subaru: “Cala a matraca”.
Mantendo Shaula longe dele, que havia se aninhado perto e o farejado, Subaru olhou para o andar de cima. Os que ficaram no quarto andar desafiariam o Teste acima barrando Rem e Ram…
Subaru: “E você? Você vem a gente?”
Shaula: “Eeeeu? Beeem, eu não particularmente preciso, mas como já passou tanto tempo, eu acho que quero ir com você. Porque é solitário não poder falar apesar de ser perfeitamente capaz de fazê-lo. Há séculos que estou presa em silêncio, por isso quero falar e falar e falaaaar~”.
O Subaru ainda não conseguia ser frio com ela por ela ter dito uma coisa tão dolorosa com um sorriso amigável no rosto. Ele imaginava que Emilia e Beatriz conheciam muito bem esse tipo de solidão. Seus sentimentos em relação a Shaula eram profundamente tingidos de simpatia, de modo que ele realmente não tinha nenhuma intenção de mantê-la ativamente afastada.
Meili: “Eu gosto muito dessa Onee-san, então eu acho que ela deveria vir conosco”.
Julius: “É natural que o examinador esteja presente lá se quisermos fazer o Teste. É só para nos acompanhar para garantir que não cometamos nenhuma irregularidade”.
O apoio para isso veio de uma forma inesperada de Meili e Julius. Tendo feito isso, a maioria deles apoiou a companhia de Shaula.
Finalmente, Subaru olhou para Anastasia, que não tinha feito nenhum comentário sobre isso, de modo que todos chegassem a um consenso.
Ao receber aquele olhar, Anastasia inclinou sua cabeça e disse “Eu?
Anastasia: “Acho que não há nenhum significado em apenas eu me opor a isto aqui, eu não tenho nenhuma razão para me opor em primeiro lugar, e isso não é particularmente um problema? Além disso…”
Subaru: “Além disso?
Anastasia: “Aquela garota parece muito apegada a ‘ocê, Natsuki-kun, então se a levarmos conosco, ela poderá nos contar coisas sobre o conteúdo do Teste. Ela pode inadvertidamente vir pro’ nosso lado”.
Shaula: “Diiisculpa, mas não tenho a menor ideia sobre o conteúdo do Teste, então vou ter que deixar vocês na mão”.
Subaru: “Nossa, você realmente tinha que dizer isso assim”.
Anastasia riu com uma ‘Tahaha’, e Shaula parecia presunçosa como se tivesse sido elogiada.
Era questionável se as antecipações de Anastácia eram um presságio de boa ou má sorte, mas por enquanto, ninguém parecia ter nenhuma objeção a que Shaula as acompanhasse.
Embora ele não pudesse negar que foi um pouco descuidado, deixá-la sozinha também era algo preocupante, então a única diferença veio de deixar o perigo bem longe ou perto.
Subaru: “Está bem. Iremos juntos. Não parece que possamos contar com você, mas tenho grandes esperanças de que você surja com ideias”.
Shaula: “Ele está falando com você, mordedora de tornozelo. Dê o seumelhor”.
Beatrice: “Ele está falando com você, eu suponho! O que você estava ouvindo, de fato!”
Shaula encaracolou os lábios com um olhar de alguém que mencionou um tema que não devia. Enquanto ouvia os gritos de raiva de Beatrice, o grupo abriu a porta de uma sala em frente à Sala Verde – e quando espreitaram para dentro, encontraram as escadas que levavam até lá.
Subaru: “Acabaram com as escadas em espiral?”
Shaula: “O Quarto andar “Alcyone” e o Terceiro andar “Taygeta” estão diretamente ligados. Eu realmente não subo a menos que eu tenha algo pra fazer, por isso raramente tenho subido”.
Subaru: “Como assim algo pra fazer?”
Shaula: “É o segredo de uma jovem donzela”.
Afastando seu olhar de Shaula assim que ela começou a mostrar sinais de suas inutilidades, Subaru olhou para Julius. Ele e os outros já deveriam ter desafiado o Terceiro Andar enquanto ele dormia.
Ele esperava poder ouvir algo útil dele, mas o cavaleiro encolheu seus ombros calmamente.
Julius: “Peço desculpas por isto, já que você tem expectativas, mas nós entendemos muito pouco sobre isso. Imediatamente após subir ao Terceiro Andar, você se deparará com a sala se diz ser a do Teste, mas…..”.
Subaru: “Mas…”
Julius”: “O que existe ali é um enigma ininteligível. A verdade honesta é que não fomos capazes de encontrar nenhuma pista para resolvê-lo e acabamos não tendo a menor ideia do que fazer”.
Subaru: “Um enigma ininteligível…..?”
Subaru desviou sua atenção para o topo das escadas, sem entender as palavras de Julius. O andar de cima estava escuro e ele não conseguia perceber como ficava por baixo. No entanto, essa quietude o fez parecer mais sinistro.
Emília: “Mas, não parece que você pode simplesmente entrar e ver o que fazer. Nada realmente mudou, mesmo quando entramos e saímos…… A gente simplesmente ficou no vácuo”.
Beatrice: “Fico tão irritada quando penso em como fomos ignorados, suponho”.
Parecia que Emilia e Beatrice também concordavam com a impressão de Julius.
Na realidade, embora se dissesse que se tratava de um Teste, nenhum deles foi capaz de contestá-lo. Seus níveis de cautela tinham acabado de subir quando a palavra “provação” se assemelhava muito a ela.
Nota TL Pleiades: A Pleiades decidiu usar o termo “Teste”
Subaru: “Bem, não há nada que possa ser feito. Quem não arrisca, não petisca. — Então, vamos lá?”
Emilia: “Sim, esse é o espírito”.
Beatrice: “Esse é o espírito, na verdade.”
Shaula: “Esse é o espírito”.
Recebendo as três afirmações, cada uma com sua própria maneira de falar, Subaru tomou a iniciativa e colocou um de seus pés na escada. Então, passo a passo, ele subiu em direção ao andar acima. Ao contrário das escadas em espiral de antes, o número de degraus para chegar ao terceiro andar era mais ou menos o mesmo que um edifício comum.
Assim, ao contrário de sua preparação, Subaru invadiu diretamente o Terceiro Andar “Taygeta” ao ponto de sentir que ele tinha chegado lá muito rápido.
Subaru: “Estou…..”.
Imediatamente após ter entrado, Subaru sentiu uma sensação avassaladora de mal-estar. Um tufo de mal-estar, ou melhor, ele deveria dizer que era uma extensão que não suscitava nada além de mal-estar?
— Era uma branca, branca extensão.
Embora deva ser uma extensão da torre que até agora tinha sido cilíndrica em forma, o que recebeu Subaru depois de ter subido as escadas foi uma estranha extensão completamente tingida de branco em todas as direções.
A imensidão não deveria ter sido tão diferente em tamanho comparada à torre até agora, mas nem suas paredes, nem o final podiam ser vistos nesta imensidão incrivelmente branca. Quando ele olhou para cima, não podia dizer onde estava o teto, quando olhou para os pés, apenas a parte onde estavam as escadas era um pouco preta entreaberta. Fora isso, o chão era tão branco que o assustou ao andar sobre ele.
Ele não podia dizer que o chão era o chão, ou ele acabaria sendo atingido por uma ilusão que parecia que estava em queda livre contínua em quase todos os lugares. O teto e as paredes eram os mesmos – Subaru sentiu que provavelmente acabaria enlouquecendo se perdesse de vista as escadas que levavam até aqui embaixo.
E, na frente desta extensão branca – bem na frente das escadas, havia um estranho objeto flutuando para cima.
Subaru: “Uma laje de pedra…..?”
Essa foi a impressão que escapou da boca de Subaru quando ele olhou para aquele objeto. Na verdade, o objeto era tal que só podia ser expresso dessa forma.
Era uma laje única, preta, que tinha sido construída em forma de quadrilátero, e passava uma sensação de ser incrivelmente suave.
Ele não poderia chamá-lo de “laje de pedra” se não fosse construída a partir da pedra, mas ele não tinha outra maneira de chamá-lo considerando que não era metálico também.
Se ele realmente tivesse que chamá-la de algo mais chamativo, então ele provavelmente usaria o termo “Monólito”.
O Monólito silencioso havia adquirido um estranho poder flutuante e estava flutuando a dezenas de centímetros acima do chão.
Ou pelo menos deveria estar. Seus olhos foram completamente arremessados ao verificar quão longe ele estava do chão devido à brancura do chão, e isso se tornou cada vez mais obscuro para ele. Entretanto, o Monólito que flutuava no meio do ar estava lá pra ver.
Era aproximadamente da mesma altura que Subaru, e sua largura era aproximadamente do tamanho de duas pessoas alinhadas juntas – se ele tivesse que colocá-lo como algo semelhante em tamanho a ele, então a impressão que ele tinha era como se um tatame estivesse flutuando para cima.
Subaru: “Que diabos é essa coisa estranha?”
Julius: “Se eu tentasse expressá-lo de maneira diferente, eu diria que este é o artifício que nos colocou diante deste enigma”.
Julius olhou para o Monólito, de pé ao lado de Subaru, cuja atenção tinha sido dominada por este estranho espetáculo.
O rosto de Julius parecia mais severo do que de costume, como se ele já tivesse sido obrigado a passar por grandes dificuldades pelo Monólito muitas vezes. Os demais tinham chegado ao Terceiro Andar agora, e estavam reunidos num esforço para afastar a atmosfera insólita presente dentro da imensidão branca.
Subaru: “Este não é o tipo de quarto onde eu queira ficar por muito tempo”.
Julius: “Com isso eu concordo. Se ficarmos aqui por muito tempo, é bem provável que percamos nosso senso de equilíbrio. E se você acabar correndo em direção às escadas e seus pés escorregarem, imagino que sua vida possa acabar sendo ceifada, não acha?”
Anastasia: “Ooooi, Julius. Pare com a tagarelice desnecessária”.
Anastasia deu uma bofetada em protesto contra a tagarelice de Julius. Parecia que ela tinha escorregado no caminho de volta antes, que é o que Julius estava se referindo.
No entanto, Subaru não tinha a intenção de rir desse contratempo. Na verdade, esta sala tinha sido claramente feita com o objetivo de deixar os sentidos das pessoas fora de si. A sala parecia encarnar a maldade da natureza da pessoa que a tinha feito.
Subaru: “Então, o que devemos fazer a respeito do mistério principal”?
Beatrice: “Você deveria tocar naquela laje, de fato. O Teste começa, se você o fizer”.
Subaru: “Eu tenho que realmente tocar no Monólito?”
Julius: “Monólito? Esse é um nome que se encaixa muito bem nesse mistério. Vamos chamá-lo assim de agora em diante”.
Nota TL: Monolith é uma palavra de empréstimo em inglês em japonês, モノリス, então é claro que Julius não a entendeu.
Subaru se afastou de Julius, que estava admirado com essa estranheza, e avançou por todos. Como ninguém o impediu, ele caminhou até o Monólito.
Ele esperava que o Monólito liberasse uma sensação estranha e sinistra quando se aproximasse… Mas isso não aconteceu, era praticamente apenas uma simples placa de pedra velha, além do fato de estar flutuando. Quando ele pensou nisso como um tatame flutuante, ele sentiu que o medo que tinha no início havia desaparecido um pouco.
Subaru: “De qualquer forma, é só ir em frente e tocá-lo? Posso fazer uma contagem regressiva?”
Emilia: “Ah, certo, eu gostaria de fazer isso. Três, dois, um…..”.
Subaru: “Rápido pra carai! Mas, deixa, eu consigo. ”
Emilia levantou a mão e se voluntariou ao apelo de Subaru; depois começou a contagem regressiva. Ao iniciar a contagem, Subaru entrou em pânico e se virou para enfrentar o Monólito.
E então,
Emilia: “Zero—!”
Subaru tocou o Monólito ao mesmo tempo em que contava zero – e no momento seguinte, a superfície da laje preta brilhava por dentro. Depois disso, a cena na frente de seus olhos ficou embaçada.
Não, não estava exatamente embaçada.
O Monólito que Subaru havia tocado começou a crescer em número enquanto brilhava com um brilho negro.
O Monólito disparado replicou Monólito após Monólito de suas costas enquanto fazia sua superfície brilhar. Todos eles foram atirados pela sala a uma taxa incrível de nós, espalhados em posições estranhas, todos flutuando.
Inúmeros Monólitos haviam sido espalhados por toda a extensão branca, e Subaru havia sido apanhado de surpresa por essa mudança. Então, passando através dos tímpanos de Subaru, diretamente ao seu cérebro, uma voz ecoou.
???: “—Toque o mais brilhante dos heróis destruídos por Shaula”.
Subaru: “—hk!?”
Surpreso, Subaru sacudiu a mão do Monólito quando ouviu aquela voz soar tão abruptamente. E, enquanto ele cambaleava de volta, alguém apoiou suas costas por trás.
Ele se virou para olhar para eles. Lá, ele encontrou o rosto de Julius. Julius tocou sua franja com a mão esquerda enquanto segurava Subaru com a direita, e disse,
Julius: “Bem, olhe só pra isso. Nossa primeira surpresa, me pergunto se posso contar com a simpatia de vocês?”
Subaru: “Que coisa mais cuzona de se dizer…!”
Os protestos de Subaru só fizeram o sorriso sardônico de Julius crescer mais profundamente.
Em todo caso, o “Teste” tinha genuinamente começado agora.
O julgamento da Grande Biblioteca Pleiades, Terceiro Andar “Taygeta”.
Limite de tempo: “Sem restrições”. Número de tentativas: “Sem Restrições”. Desafios: “Sem Restrições”.
—Início do Teste.