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Re:Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu – Arco 6 – Capítulo 53

――Uma Voz, Soou

A cauda volitante com um ferrão, que voou na direção deles, despedaçou toda a ala de pedra, causando uma erupção de fumaça enquanto a destruição se espalhava caoticamente. 

Sentindo aquele espetáculo aparentemente em câmera lenta, Subaru testemunhou uma garota magra vestindo um vestido branco pular no centro do vortex daquele destruição terrível, que se desdobrava na frente de seus olhos 

Com seu cabelo enrolado balançando, aquela que pulou no centro da destruição de cabeça foi Beatrice.

Coragem―― não, imprudência. Sendo algo lógico, o corpo da jovem pequena menina era frágil, tinha muito menos capacidade de aguentar o tiro do ferrão da cauda do que um monumento de pedra. Se ela tentasse agir como um escudo, a jovem garota, com a sua estatura, não seria capaz de obstruir nada do peito de Subaru para cima. Em outras palavras, não era nada além de uma ação impulsiva, nada além de uma morte fútil.

Assim como o Subaru aos prantos, com a sua face suja de ranho, tinha agarrado a manga de Echidna.

Assim como ele, no fim, gritou o nome de Julius, que seria queimado pelas chamas.

Assim como ele tentou esmagar a cabeça de Ram contra a parede, e não tinha seguido o conselho da ilusão da jovem garota.

Beatrice também havia ignorado o『Impossível』, e tentou receber e parar o cauda com ferrão ――,

Subaru: “Woah?!”
Beatrice: “――『EMT Incompleto』de fato!”

Naquele instante, Beatrice, que pulou a frente, agarrou a mão de Subaru e estendeu a sua outra mão aberta adiante.

No mesmo ritmo com o grito da garota jovem, algo invisível aos olhos similar à energia que saiu do corpo de Subaru. Na frente de Subaru, que estava com a cabeça pouco firme, o tiro do ferrão foi bloqueado por uma parede de luz que nasceu da palma estendida de Beatrice.

“――――” 

A onda de impacto, que dava a impressão de que essa era a última coisa que alguém veria antes de morrer, foi bloqueada por muro defensiva que tinha de centro a palma de Beatrice e que dispersou os danos para a sua volta, parecendo se desviar de Subaru e dos outros.

O tiro do ferrou não parou com apenas um golpe, mas sim, choveu continuamente sobre eles. No entanto, foi bloqueado em sua totalidade pelo escudo que tomou a forma da garota chamada Beatrice, e desviou o dano para os arredores.

A onda de choque terrível explodiu violentamente, um dos dos fragmentos dispersos da ala raspou na bochecha de Subaru.

O som se tornou mais distante, na situação onde o campo de visão dele se tornou branca e ele apertou os olhos por conta da dor na bochecha, Subaru teve seu olhar roubado pelas costas de Beatrice. 

O escorpião gigante tinha ficado visível por um instante, se este era realmente o ferrão, que havia atacado incessantemente sobre eles, do escorpião, então era óbvio que era um morteiro que poderia facilmente transformar um corpo humano em pó.

Tendo sido salvo pela jovem garota com um corpo tão pequeno, deu a Subaru uma chance de agarrar a sua vida.

 No instante anterior, ele estava pensando sobre qual inferno inimaginável que ele deveria aguentar, tendo continuado desejando por uma salvação divina.

Subaru não tinha espaço para amaldiçoar seu próprio azar, e pelo seu conhecimento, uma existência separada de Beatrice ou do Escorpião estava presente no canto de sua visão. 

Aquela era Echidna, que havia sido pego de revesgueio na mira do ataque e exposta aos mesmos danos.

Ela havia declarado que iria agir separadamente e tentou partir caminhos com Subaru e Beatrice, mas imediatamente antes do ataque começar, ela tinha sido presa por Subaru, e por conta disso, arrastada para essa situação.

Por sorte, ela também estava em um local onde Beatrice estava protegendo, então o dano causado pelo ferrão havia sido obstruído pela parede de luz e não alcançou Echidna. Porém, isso era tudo.  

O que Beatrice tinha bloqueado era meramente o dano direto que havia sido atirado neles pelo ferrão.

Ela não foi capaz de defendê-los contra os danos secundários que o ferrão trazia consigo.

Em outras palavras―,

Echidna: “――Wo, ah!”

Levantado a sua voz levemente, Echidna perdeu o seu equilíbrio e caiu no chão.

Mesmo com ela dando um passo para trás para se suportar, não havia chão para suportá-la.

Despedaçado pelos ataques do ferrão, a ala quebrou pela metade. Como um resultado, a estrutura da ala do torre foi danificada, e por conta do colapso do chão, teto e paredes, Echidna perdeu qualquer lugar para pisar. Sendo abandonada em um espaço desconhecido, morto por motivo de queda seria inevitável.

Inativamente compreendendo esse medo, um senso de crise iminente passou pelos olhos de Echidna.

Subaru: “ ――~hk!”

Subaru instantaneamente deu passo à frente e agarrou a mão de Echidna, prevenindo que ela caísse para sua morte.              

Echidna: “Natsuki-kun…!?”

Beatrice tinha agarrado a mão direita dele, enquanto ele agarrou Echidna com a sua mão esquerda.

Graças à cirurgia grosseira de Reid, o ombro de Subaru ainda estava no lugar, a dor estava enraizada profundamente, o ombro dele talvez se deslocasse se fosse usado demais. Sem dar a responsabilidade para Beatrice, que estava ocupada defendendo desesperadamente os ataques do ferrão, Subaru usou as suas pernas de apoio enquanto rangeu os molares e não outra escolha a não ser usar toda a sua força para conter o peso de Echidna. 

Subaru: “Gh, ya~a~a~a~……!”

Mesmo tendo baixa estatura, Echidna ainda possuía o peso de um humano. Levantar uma pessoa não é uma tarefa fácil para início de conversa. Muito menos usando apenas uma mão, ainda menos por uma pessoa machucada, muito menos com a pessoa sendo levantada não cooperando por conta de uma crise ―― Mesmo sendo levantada, o perigo de cair ainda não havia desaparecido.  

Embora isso fosse algo que foi bem compreendido, mesmo que não tenha sido apropriadamente pensado. Ora, ele enfrentou esse risco.

Echidna: “…Não faça algo que, irá me fazer supor algo sobre você”

Subaru: “Como se eu me importasse…! Só foi instantâneo…!”

Echidna: “Essa resposta… Não parece algo que Natsuki-kun diria também!”

Sobrepondo o sermão exausto, ele refutou os apontamentos de Echidna, a quem ele salvou por reflexo. Girando o seu corpo e com o apoio do braço de Subaru, de alguma forma ela conseguiu pisar no chão desmoronado.

De alguma forma apoiando as ações dela até o fim, Subaru encarou o seu próprio braço.

――Letras escritas com feridas, padrões de manchas pretas cobrindo-o que ele quando ocorreu, cicatrizes brancas dolorosas e ferozes permaneciam em todo o seu corpo, que haviam sido entalhadas por sua própria vontade.

Subaru: “Ele, se move melhor do que… as minhas memórias lembram?”

Os braços dele funcionavam melhor do que ele se lembrava, ou os inúmeros arranhões neles. Seu físico, que tinha ficado um pouco mais forte, por pouco, conseguiu salvar Echidna de uma queda mortal.

Por mais que aquele corpo ainda seja insuficiente para a execução do plano do『Livro dos Mortos』.

Echidna: “De algum modo eu consegui levantar…! Beatrice! Como estão as coisas aí do seu lado?!” 

Beatrice: “Quase atingindo, no limite, eu suponho! Está quase na hora…”

Colocando as emoções que não eram cabíveis no momento, Echidna, tendo escalado de volta, chamou Beatrice com expressão sinistra. Em resposta, Beatrice enrijeceu suas bochechas amáveis e respondeu no exato instante seguinte ――, 

“――~Bishaaan!!”

O escorpião, que deve ter atirado os tiros consecutivos do ferrão, se agarrou ao teto e apontou suas pinças enormes na direção deles enquanto soltava um urro.

Subaru: “――~hk.”

Com as pinças ceifando sobre eles, se aproximando, Subaru teve seus pensamentos lentamente apagados.

De acordo com o seu conhecimento comum, quando se fala de um escorpião, vem à mente uma imagem de um ferrão venenoso, mas a verdade é que, em mais de milhares de espécies de escorpiões, aquelas que eram venenosas eram apenas algumas dúzias em número. Nesse caso, o que seria a arma do escorpião que caçava sem veneno. ――É claro, seria a suas pinças a suas armas.

Afiadas, ou talvez devesse ser chamada de força de corte. Talvez parecesse menos perigoso quando comparado a um ferrão venenoso, mas quando é um escorpião desse tamanho,  a sua habilidade de matar não deveria ser negligenciada.

Isso também ficou claro pelo espetáculo das paredes ou piso da torre, que mal conseguiam segurar sua estrutura, sendo picados como tofu sendo cortado com uma faca.

Beatrice: “――Murak.”

Beatrice desviou do espetáculo, aparentemente um símbolo de destruição e massacre, pulando e planando com um salto inacreditável — Não, voando anormalmente, como se ela estivesse tirando vantagem das leis da inércia.

Era uma sensação estranha, de aparentemente escapar dos efeitos da gravidade com Beatrice sendo o centro.

Beatrice a parte de baixo das costas de Subaru e as roupas de Echidna, se distanciando bastante do ataque do escorpião.

Com uma distância maior entre eles, Echidna preparou seus dedos da mão direita e os apontou na direção do escorpião.

Echidna: “El Jiwald――!”

Linhas brancas de calor foram atiradas de cada um dos cincos dedos respectivamente, os cincos feixes atravessaram a ala como garras de um gigante e queimaram a face, a pinça direita e carapaça do escorpião que se pendura no teto.

Talvez por conta de não conseguir aguentar aquela força e dano, o escorpião balançou a sua cauda e pinça esquerda intensamente, e enquanto deslizava pela poeira, que foi erguida pela destruição do corredor, recuou para a retaguarda.

Echidna: “Jiwald! Jiwald! Jiwa~ld!”

Subaru: “Espera! Se acalma, Echidna! Ele fugiu! Aquela coisa fugiu! Fugiu!”

Enquanto o escorpião fugia pela pluma de fumaça, Subaru abaixou o braço de Echidna, que se recusava a parar de atacar.

Mesmo depois disso, Echidna continuou paranoica por um tempo, encarando desesperadamente o outro lado da cortina de poeira, até que enfim relaxou seu corpo e confiou o seu peso para Subaru.

Echidna: “Hah, hah, hah…… Foi, o suficiente?”

Subaru: “….Não totalmente. Provavelmente fugiu.”

Subaru balançou horizontalmente a sua cabeça perante a pergunta de Echidna, que estava ofegante e em estado inimaginável. A fumaça ainda não havia se dissipado, mas dava a impressão que o corpo do escorpião não estava presente lá. 

Na verdade, até agora ele estava tremendo por conta do medo de receber um contra ataque do ferrão vindo do outro lado da pluma de poeira. 

Subaru: “Mas, aquilo não era… eh? Aquela coisa agora mesmo era……”

Beatrice: “Uma Majuu, de fato. Um companheiro grosseiro, que apareceu de repente no Quarto andar. Os tremores nos pisos abaixo, e a Majuu no Quarto Andar. Somado a isso, as anormalidades nos andares superiores.”

Subaru: “Em cima, em baixo, dentro… Tem problemas acontecendo em todo lugar?”  

“――――”

Como se tentasse a própria base dos pensamentos de Subaru, Echidna ficou sozinha, distanciando-se do peito de Subaru. Ela limpou o suor de sua testa, olhando para Subaru com uma atenção que ela achava indispensável.

Nos olhos azuis cor do céu estava vigilância, suspeita, junto com ansiedade e surpresa.  

Echidna: “Apenas o que… o que é você? Em que lado você está, o que você quer?”

Subaru: “Eu, não sei dos detalhes. Eu disse, não disse. Eu não sei o que aconteceu, e o que está acontecendo também, o mesmo que você. Afinal, eu….”

Beatrice: “――――Amnesia.”

Subaru murmurou fracamente em resposta à pergunta de Echidna, incapaz de responder com nada além da mesma perplexidade anterior. Aquela que continuou a frase foi Beatrice, que estava perdida em pensamentos com uma expressão séria.

――Amnesia, Subaru tinha aberto seu coração sobre esse assunto apenas para Emilia e Ram anteriormente. Em outras palavras, Beatrice e os outros sabiam da jaula e também das desculpas de Subaru.  

E mesmo sabendo, essa foi a atitude que Beatrice tomou.

Echidna também, por mais que ela quase tenha ficado sem palavras.

Echidna: “Como você, escapou da jaula?”

Subaru: “…Quando eu acordei, eu estava do lado de fora com um ombro quebrado.”

Por mais que ele tenha respondido honestamente e objetivamente, ele não esperou que acreditassem nele. Porém, a situação atual era uma sobreposição de mentiras em cima de mentiras levando à uma deterioração gradual.

Embora o seu eu tivesse até rezado a Deus com o nariz escorrendo para premiá-lo com uma punição, não havia mais sentido em manter as aparências e pretensões.

Com o estado mental atual , Subaru respondeu Echidna sem nenhuma falsidade, a fazendo hesitar em dizer algo por um breve período. Mas, depois disso, ela imediatamente fechou os olhos e continuou sem olhar para Subaru.

Echidna: “…… Por que, você me salvou, agora há pouco?”

“――――”

Echidna: “Caso você não tivesse oferecido a sua mão, eu com certeza teria morrido. Tendo pego o corpo da Ana, certamente seria uma terrível morte cheia de arrependimentos.”

Como se fosse outro assunto, a pergunta distanciou ele por um único passo.

Porém, a razão por que ela ousou fazer aquilo era a mesma razão que ela se evitou olhar para a cara de Subaru, mais especificamente seus olhos. Isto é, era um último recurso para garantir que ela não errou em seu julgamento por conta de suas emoções.

Com o tal julgamento de Echidna diante dele, Subaru ponderou. Por que o seu eu, ofereceu a mão à Echidna. ――Era porque Julius havia confiado à ele no final.

Aquelas palavras, fizeram Subaru oferecer a sua mão?

Subaru: “…Foi instantâneo, eu não sei.”

Porém, balançando a sua cabeça para direita e para esquerda, Subaru negou aquela ideia.

Certamente, Subaru relembrou as palavras de Julius e moveu com a intenção de prevenir que Echidna agisse sozinha. Mas quando a vida dela está de fato em perigo, a razão pela qual o seu corpo moveu não foi por conta de tal pensamento cauteloso.

Ele não sabia por que o seu eu fez tal movimento.

Subaru: “Não é como se tudo tivesse um motivo, sabe? Foi de repente. Tudo, de repente. Por isso, eu…”

Preparado para o desespero, Subaru expressou suas emoções internas enquanto gaguejava. Ele pensou que receberia, sem dúvida, uma resposta fria de Echidna, tendo fazendo-a ouvir isso —,

Echidna: “――. Talvez seja, a verdadeira natureza do humano conhecido como você.”

Subaru: “Eh…?”

E então falou Echidna, relaxando seus ombros depois de ter tensionado todo seu corpo. Após ouvir aquela resposta, Subaru encarou com espanto, envolto por surpresa.

Subaru ficou parado quieto, enquanto Echidna encolheu os ombros ao olhar dele.

Echidna: “É inevitável que iríamos querer uma discussão aqui. Também seria burrice permanecer aqui por muito tempo, e receber um segundo ataque daquela Majuu. Vamos. Quero encontrar com Julius.”

Subaru: “Ah, eh……”

Beatrice: “Concordo, de fato. Por agora, vamos sair desse lugar, eu suponho.”

Echidna e Beatrice determinaram o plano indiferentemente, deixando Subaru de fora, que estava olhando. Echidna verificou a área atrás de Subaru e Beatrice, e Beatrice pegou gentilmente a mão do menino.

Diante da sensação pequena ele olhou na direção da jovem garota, Beatrice, com um profundo aceno com a cabeça.

Beatrice: “Você não se lembra, quando você levou Betty para o lado de fora?”

Subaru: “…Desculpa. Eu não sei, do que, você tá falando.”

Beatrice: “――Tudo bem, de fato.”

Ouvindo a voz de Beatrice misturada com emoções transitórias de solidão, Subaru sentiu que ele havia cometido o pior crime do mundo.

Mas, Beatrice balançou a cabeça horizontalmente diante de Subaru, que estava banhado de medo de uma natureza desconhecida. E escondendo os sentimentos de solidão, ela encravou um sorriso amável nos seus lábios.

Beatrice: “Mesmo que Subaru tenha esquecido, ainda está presente no coração de Betty. É impossível o que Subaru gravou no coração de Betty se desfazer, eu suponho. Por isso, está tudo bem por enquanto, de fato.”

Subaru: “Beatrice…”

Beatrice: “Mesmo que Subaru esqueça, Betty nunca irá. Betty sempre se lembrará. E, Betty também fará Subaru se lembrar, eu suponho. Para isso, Betty irá fazer tudo que ela puder, de fato.”

“――――”

Essa tinha sido uma resposta deslumbrante demais para Natsuki Subaru, que estava aqui sozinho.

Quantas dificuldades ela superou, quantas vezes ela endureceu seu coração em aço, para fazer uma garota tão jovem ter tanta determinação.

Subaru: “――Ah.”

Ele poderia ser salvo e, com essa sensação, Subaru prendeu a respiração. Espontaneamente, uma sensação brotando no fundo de seus olhos tentou matar Subaru, enquanto ele ousava deixar aquele calor transbordar.

Beatrice apoiou aquele esforço de Subaru, segurando sua mão sem dizer nada.

Simplesmente o ato de segurar aquela mão, mostrava seu apoio.

Echidna: “Não parece possível seguir o caminho no qual Natsuki-kun veio por conta do ataque da Majuu agora a pouco. Por mais que seja inegavelmente perigoso, parece que não há outra escolha a não ser de seguir pelo lada da ala que ainda está de pé, o lado que a Majuu fugiu.”

Beatrice: “Echidna, você também….”

Echidna: “Falando sobre perdoar, não perdoar, duvidar, não duvidar não é adequado nesse lugar. De qualquer jeito, as suspeitas que eu tenho não podem ser esclarecidas. Porém, a situação não me permite. Criar uma ordem de prioridades é uma habilidade indispensável nos negócios. Eu testemunhei isso, ao lado de Ana.”   

Era por isso que mais nenhuma discussão acontecia nesse lugar.

Essa deve ter sido a conclusão de Echidna. Subaru também evitou se opor ao julgamento de Echidna, que havia feito concessões e possuía sentimentos de rejeição, e decidiu acatar o julgamento das duas.

Mesmo agora, não houve mudança no sentimento de querer fugir. Porém, ele queria acreditar que se ele agachasse e ficasse com a cabeça baixa, um cenário ainda mais digno de desespero o aguardaria, em vez de simplesmente oferecer suas orações a Deus.    

“――――”

Atrás dele, a ala no qual Subaru veio estava em um estado terrível. Tendo recebido o ataque do ferrão do escorpião como uma catástrofe, a maior parte dela havia virado pilhas de pedra e destroços e não parecia que poderia ser usada, como Echidna havia falado. 

O que a barreira mágica de Beatrice havia protegido foi apenas a sua própria vida e a dos outros dois. Mesmo se eles tentassem ir em direção a Emilia e os outros, que estavam agindo separadamente, ou de Julius que estava lutando no quinto andar, eles não tinham outra escolha a não ser avançar pelo lado da ala no qual o Escorpião havia se retirado.

Subaru: “Ugh……”

Antes de pular o buraco no qual Echidna quase caiu para a sua morte, depois de limpar a fumaça na parte do corredor que suas linhas brancas de calor haviam queimado, um motivo para Subaru gemer espontaneamente apareceu ali.

――Era a cauda de uma Majuu, que aparentemente havia caído de seu dono.

Echidna: “Entendi, isso significa que não tem contra-ataque. Os meios de ataque dele não funcionam mais, o que é uma notícia muito boa, eu acho.” 

Beatrice: “É o que parece, eu suponho… Não caia do piso, de fato. É hora de atravessar pulando, eu suponho.”

Beatrice e Echidna acenaram com a cabeça uma para a outra enquanto elas olharam para a cauda caída, que ainda tinha o ferrão encaixado. A aparência era extremamente grotesca, mas Majuu havia certamente perdido os seus meios de ataques de longa distância.

É claro, as circunstâncias dos andares abaixo era que incontáveis Centauras revestidas por chamas estavam entrando. Apenas porque o perigo de uma Majuu havia desaparecido não significava que todos os perigos que estavam presentes na torre reduziram.

Subaru: “――Aqui.”

Subaru levemente pulou sobre o buraco enquanto segurava Beatrice. O corpo dela era leve, muito leve à qualquer comparação. Os frutos de um ano de trabalho que se mostravam no corpo de Subaru, e que não podia ser encontrado em suas memórias —- A leveza dela aparentemente era independente disso.

“――――”

Mantendo isso em sua cabeça, Subaru virou seus olhos de novo para a cauda caída que estava na frente do buraco.

A cauda atirou rapidamente pelo ferrão como se fosse uma cataclismo, mas a sua estrutura era completamente diferente das características biológicas de um escorpião normal a qual Subaru conhecia, em um nível que poderia ser chamado de um artigo completamente diferente. Embora seja lógico, o ferrão venenoso dos escorpiões que Subaru conhecia não poderiam ser usados para coisas como atirar e provavelmente também não poderia ser regenerado.

Acima de tudo, evidente pelas condições do corredor destruído, o ferrão em si não foi atirado como um objeto. ―Estava atirando poder de fogo com formato de um ferrão.   

Basicamente, podia ser dito que, assim como a tela de proteção de Beatrice e as linhas brancas de calor de Echidna, o escorpião estava atirando algo como ferrões mágicos.

Naturalmente, por ser atirando pelo ferrão, não seria mais capaz de invocá-lo depois de perder a cauda, ​​é nisso que ele queria acreditar ――,

Subaru: “ーー?”

Pensando tão longe, Subaru foi abraçado pelo desconforto.
Ele notou isso depois de observar a cauda caída. Aquela cauda caída havia sido cortada quase desde a raiz, mas a ferida provinda do corte parecia algo incomum. 
Se tivesse sido queimado pelas linhas de calor de Echidna, independentemente da força de corte, deveria ter marcas de queimadura remanescentes no local da ferida. Na verdade, a parte ao redor do corredor que havia sido atingida também tinha essas marcas de queimadura.
Porém. não havia traços disso na cauda cauda do escorpião, mas sim, um corte extremamente limpo e reto ―,

Subaru: “――Bea”

Subaru notou que havia algo estranho tarde demais.

A cauda caída no chão que ele mantinha no limite de seu campo de visão vibrou de repente.

――Um instante depois, uma luz se expandiu violentamente.


――Existe um mecanismo chamado autonomia.

Um fenômeno primariamente testemunhado entre artrópodes e lagartos, é comumente chamado de coisas do tipo “cauda de lagarto” e se refere a ação de cortar fora uma parte do próprio corpo para escapar de inimigos eminentes. 

Essa ação pode ser vista entre as pinças de caranguejos, e em outras palavras, a Majuu em formato de escorpião provavelmente havia feito algo similar.

No caso em que um lagarto pratica autonomia em sua própria cauda, a parte desanexada da cauda continua se mexendo por um tempo e serve o propósito de distrair o inimigo enquanto o lagarto em si escapa.

É claro, a cauda não possui consciência e apenas age por reflexo, mas é um exemplo de uma espécie que pratica autonomia sendo capaz de tal ação reflexiva.

Então, isso também não seria possível?

Uma vez que a presa chega perto suficiente da cauda, explodiria  e espalharia o dano, uma função parecida de uma『Mina terrestre』, e ainda dá a habilidade de fazer com uma parte amputada.

Subaru: “U~gh, gh, u~gh……”

Ele lamentou. Enquanto soltava um gemido de sua garganta. Lento e constantemente, Subaru arrastava seus pés.

Quanto ao motivo de arrastá-los, não era por cansaço. O problema era físico. Com um corte grande e profundo na carne da perna esquerda, e em uma situação em que ele sangrava continuamente por aquele ferimento, ele não teve escolha a não ser se mover dessa maneira.

E, o que Subaru arrastava não era apenas seu próprio corpo.

???: “…Suficiente, agora. Me deixe, e vá.”

Então pronunciou Echidna, tendo perdido toda a sua força, enquanto estava sendo arrastada por Subaru que estava arrastando o seu pé.

Subaru a segurava pelas axilas, a puxando por trás e de algum modo saindo daquele cenário. Quando a explosão terminar, a Maju retornará.

――A Majuu escorpião, que deixou uma explosão como presente de despedida, responsável por despedaçar Subaru e os outros.

Subaru: “――Merda, Merda, Merda, Merda!”

Ele foi negligente. Ele abaixou a guarda. Sua mente foi completamente submergida em água morna.

Apenas um instante antes, havia palavras que Beatrice a havia falado, houve um certo amolecimento na atitude de Echidna, resultando em uma brecha em seu coração, e é exatamente por isso que eles estavam do jeito que estão agora.

Ele era tão patético, tão patético, tão patético do fundo do coração, que ele começou a chorar.

Por que, mesmo sendo forçado a encarar tais crises, o seu eu ainda não mostrava crescimento? Não mostrava mudança? Problemas, desafios, dificuldades, essas não eram mudanças dadas por Deus para incentivar mudança?

Porém, se as dificuldades podiam apenas consistir em virar comida, sangrar até a última gota e ter todos os ossos quebrados, ter a alma despedaçada e a vida roubada, então apenas para que os humanos sofrem? 

Echidna: “Natsuki, -kun…… já é, o suficiente……”

Subaru: “Não é suficiente! Nada é suficiente!”

Echidna: “…Beatrice, ao invés de mim, né?”

Fechando os seus olhos, Echidna cochichou com dificuldade. Respondendo as palavras dela com um grito, Subaru parou sua respiração com as palavras que ela proferiu em seguida.

As palavras de Echidna, por mais tristes que fossem, faziam sentido. Se perguntassem para Subaru quem era mais valiosa entre Beatrice e Echidna, Subaru escolheria Beatrice.

O valor de vidas talvez fosse iguais, mas o valor de humanos não é. Existe uma ordem sequencial quando se fala de relacionamentos. Em um cenário de escolha, essa ordem provavelmente seria seguida.   

――Porém, Beatrice não estava lá. Ela não estava lá. Ela não estava mais em lugar algum.

No momento em que a cauda deixada pela Majuu escorpião explodiu, Subaru puxou Beatrice em sua direção por conta do medo. Que sorte teria sido, se ele tivesse sido capaz de proteger ela com seu próprio corpo.

No entanto, as ações de Subaru foram tragicamente lentas e seu desejo não pôde ser realizado.

A cauda da Majuu, da qual se espalhou incontáveis ferrões de luz em uma explosão. Por mais que Subaru não tenha sido exposto à explosão de perto, a principal razão pela qual ele sobreviveu, mesmo sendo fatalmente ferido, foi culpa inteiramente de Beatrice.    

No momento que Subaru a abraçou e a puxou, ela tentou servir de escudo para o corpo dele e seus pontos vitais. Como resultado de tal ação, ela foi exposta para a luz concentrada —,

Subaru: “――~hk.”

Echidna: “……Eu, entendi. Aquela criança, realmente, é assim.”

Parecia que a imaginação de Echidna tinha uma ideia do que havia acontecido a partir das palavras que ele não conseguiu terminar. Subaru não conseguia de maneira alguma refutar a voz rouca e suspirante dela.

Subaru, sangrando e gemendo em agonia, não foi capaz de trocar palavras finais com a jovem garota, que aparentemente havia derretido. ―Porém, a última expressão da face dela, ele possuía isso em sua memória.

Olhos aliviados, aparentemente amando e apreciando Subaru.

Aquela expressão extremamente conveniente para Subaru, foi o fim de Beatrice.

Se é assim, então 『Natsuki Subaru』, que fez o eu dela desaparecer com aquela expressão, deveria  sumir desse mundo sem deixar nenhum rastro para trás.

E por processo de eliminação depois do desaparecimento de Beatrice, Subaru escapou, arrastando Echidna, que ainda estava respirando, com ele .

Como se fosse uma reparação, como se fosse uma redenção, ou talvez um esforço para ser justamente punido pelo ofensor.

E tais ações de Subaru foram paradas pela respiração fraca de Echidna. Dizendo a ele que seria inútil  fazer isso, ela, que estava tão entusiasmada em devolver o corpo de Anastasia.

Isso também já era esperado. ―Já que as duas pernas dela foram arrancadas pelas explosões.  

“――――”

Nesse ponto, ela estava quase parando de sangrar.

Puxando esse corpo, ele sentiu que era mais leve do que o de Beatrice, em um cenário onde ela não receberia atenção médica imediata, que tipo de futuro a aguardava?

Subaru: “Ugh, ah ~hk!”

Com esses pensamentos enchendo a sua cabeça, Subaru tropeçou nos destroços, e caiu ali mesmo. Ao mesmo tempo, Echidna, que estava sendo arrastada, foi jogada pelo corredor, rolando pelo chão.

Echidna: “Dói… ah, dói, muito. O corpo humano, realmente, dói…”

Subaru: “Fo-foi culpa minha… Desculpa, desculpa… Não, ao invés disso, eu…”    

Echidna: “Não se desculpe, de verdade, Natsuki-kun. E também… Eu, não consigo mais encarar Ana… Essa dor, é o todo meu, reembolso para Ana.”

Subaru: “Re, embolso…?”

Permanecendo caída no chão, Echidna assentiu, incapaz de, até mesmo, mover seu corpo, enquanto Subaru tremeu os olhos, não tendo a habilidade de compreender o que ela havia falado.

Apenas o que, reembolso significava. Olhando para a expressão confusa Subaru, Echidna falou “Afinal, não é assim mesmo?” abrindo suavemente a boca. 

Echidna: “Se eu, devolver o corpo para Ana agora… Ela teria que sentir toda essa dor insuportável, e temer a morte… Isso seria, inferno. Eu devo ser quem deve sentir essa dor, sozinha.”

Subaru: “Ah, ugh……”

Echidna: “Incapaz de retornar esse corpo para Ana por ela, e incapaz de ajudar Julius… É apropriado, para mim cair, nesse inferno desse jeito.”

Ele podia entender as emoções de vergonha e autocensura que queimavam veementemente o coração de Echidna.

Mesmo Subaru foi capaz de entender que os olhos sem vida de Echidna, depois de ter falado isso, começaram a contagem regressiva para sua 『Morte』, que  se aproximava a cada segundo.

Sem ter feito nada, o impotente, o incapaz, o próprio incopentente.

Sem esses arrependimentos, Echidna morreria. —Ela morreria, deixando Subaru para trás.

Subaru: “Espe…~hk.”

Echidna: “Por favor, não, pense em deixar isso……. fácil, ok? Eu estou, yeah, bem assim……”

Echidna com a sua vida se esvaindo, tremendo isso, Subaru levantou a sua voz primeiro. Porém, as palavras dela deram a Subaru, que foi incapaz de fazer qualquer coisa, uma nova escolha.

――Ele deveria deixar isso fácil. As ações dele, nesse ponto, era muito lentas para serem chamadas de morte confortante, ainda assim, ajudando ela diminuindo o tempo que ela sofreria e acelerando a『Morte」dela era algo que até ele era capaz de realizar.  

“――――”

Subaru forçou seu corpo, ao qual estava agonizando, a se levantar e ficar ao lado de Echidna, que respirava suave e fracamente, e ele pegou um pedaço de pedra do corredor quebrado, confirmando o seu peso.

Com um tamanho que podia ser segurado com uma palma, mais ou menos o tamanho de um punho no máximo. Porém, até mesmo isso poderia servir de arma para tirar a vida de uma jovem garota à beira da morte.   

Subaru: “……Echidna.”

Echidna: “――――”

Mantendo o pedaço destroço em sua mão, Subaru chamou o nome de Echidna e se ajoelhou ao lado, negando a condição dela.

Sem resposta, ele nem abriu os olhos. Mas, poderia se entender da expressão dela que ele não estava inconsciente, tendo tensionado levemente as sua bochechas e franzido os lábios.

Ela talvez não possuía mais qualquer força de vontade restante.

Se Subaru levantasse o pedaço de entulho e o balançasse para baixo energicamente,  a vida dela seria tirada facilmente.   

Meili:『Esmagar a cabeça de alguém com uma pedra, até mesmo eu não faria algo ass~im.』

Então ouviu Subaru, a voz da doce jovem garota que ecoava dentro de sua mente enquanto ele segurava um pedaço de destroço em suas mãos. Porém, essa ação não tinha como objetivo ler os『Livro dos Mortos』.

Talvez aquilo fosse acontecer como resultado, mas neste momento, Subaru não tinha isso em mente. 

Ele estava sendo um assistente de suicidio. Um assistente de suicidio, com o objetivo de fazer alguém partiu, alguém que já estava a beira da morte, o mais confortável possível.

Se alguém tivesse o direito de tirar aquela vida, então certamente apenas nesse momento era sincero―

Essa era a única oportunidade para o perdão de Subaru, que por acaso estava presente aqui, para Natsuki Subaru, que não era mais capaz de fazer nada.

Era a única oportunidade, e ainda ―, 

“――――”

A mão dele tremeu. As profundezas das suas pálpebras estavam agonizando, sua garganta esqueceu de como respirar e gelou.

Levantar acima da cabeça, e balançar para baixo. Uma ação extremamente fácil. O Subaru atual era incapaz de executar isso. Seu corpo não se mexia, como se ele tivesse se esquecido de como movimentar seu próprio corpo. 

Subaru: “……Ah.”

Soltando um suspiro rouco, o pedaço de pedregulho caiu no chão do corredor, dando origem a um relato.

Admitindo a derrota para aquele relato e para os seus joelhos impotentes, Subaru desmoronou no mesmo lugar.

Subaru: “…… De jeito nenhum.”

Você nem consegue fazer uma coisa tão simples, Natsuki Subaru.

Balançar um arma com a um objetivo de fazer as coisas mais fáceis para alguém que estava sofrendo e indo em direção a morte, e você não é capaz de nem isso.

reparação de meras palavras, culpa que foi apenas algo oportuno, se isso está errado, como você explicaria essa situação?

Echidna: “……Natsuki-kun.”

Subaru: “Eu, tô……”

Echidna: “Ajudando, com suicidio, você… Não consegue nem, segurar uma pedra…”

Levantando as suas pálpebras, aqueles olhos azuis cor-do-céu sem poder algum olharam para Subaru, que estava de joelhos, e cochichou. Pensando naquela voz fraca, aparecida com um suspiro, tinha chamado atenção das fraquezas de Subaru. A respiração dele parou

Porém, enquanto Subaru se distanciava, Echidna afrouxou indevidamente os lábios,

Echidna: “…Me perdoe, por duvidar de você.”

Subaru: “――――”

Echidna: “――――”

Enquanto perdia o fôlego, ela se desculpou.

Echidna, se desculpou com ele. Ele se desculpou, por ter duvidado de Natsuki Subaru.

――E antes dele poder mostrar a sua intenção verdadeira, ela morreu.

Matando Meili e escondendo o seu corpo, agindo sem dizer que ele havia perdido as suas memórias, continuamente acumulando nada além de dúvidas, escapando da jaula de gelo na qual ele estava preso, incapaz de realizar o desejo que foi confiado a ele, protegido pela jovem garota que tentou salvar o coração dele, e, por fim, incapaz de sujar as suas mãos de sangue pela garota que estava morrendo, enquanto Subaru se ajoelhava pensando na sua própria  desgraça, Echidna se desculpou com ele e morreu.

Subaru: “――――”

Ele queria morrer.

Ele queria esquecer de tudo que aconteceu agora, e morrer.

Ele queria que todas as pessoas de toda mundo que apontassem seus dedos para Natsuki Subaru, dizendo que ele merece morrer, e sendo sentenciado a pena de morte.

Natsuki Subaru se desesperou consigo mesmo, por ter cometido um pecado condizente com isso.

Ele, se desesperou.


Desespero reinava e corroía o coração de Natsuki Subaru.

Subaru: “――――”

Ele não conseguia se mover. Ele não tinha direito de se mover. Nada de bom aconteceria se ele se movesse.

Tinha sido provado. Natsuki Subaru tinha provado sua própria incompetência ―Não, chamar de incompetência seria até fofo. Ao invés disso, mais precisamente, Natsuki Subaru tinha provado que ele era uma peste, um anjo da morte. 

Subaru: “――――”

Caso o desespero tomasse forma no peito de alguém, mataria o coração do mesmo. O que é consumido até a ruína, até mesmo antes da morte, é a alma.    

Se isso acontecer, então não seria mais possível permanecer de pé. Não mais, seria impossível lutar contra qualquer um. Se ele percebesse que ele próprio era a fonte genuína de angústia sem poder contestar-se, era uma consequência natural.

Eu quero desaparecer. Eu quero sumir.

Deveria ter decidido muito mais cedo. Antes das coisas acabarem assim, nesse mundo diferente. Eu devia saber, devia saber antes de ter vindo a um lugar como esse em um mundo diferente

Por que você dá trabalho para os corações dos outros simplesmente por existir.

De maneira alguma há um jeito de você ter direito de ocupar uma parte do coração dos outros, não o quão pequena seja. Sua mancha suja. Você, uma parecida de uma pilha de poeira acumulada no canto da sala, como mosquitos que ficam em volta de uma pilha de lixo puro, como uma cicatriz chamativa em um lugar visível. 

Natsuki Subaru, por que você não morre.

Mesmo morrendo, tudo que o espera é refazer? quem decidiu isso. Quem dava a certeza que isso continuaria para sempre? Se uma vez não é o suficiente, então morra dez, morra mil vezes.

Morra até desaparecer.

Morra até que você desapareça da memória de todos, até que você não consiga mais afetar qualquer coisa, até seu nome, sua existência, seus vestígios não estejam mais no coração de ninguém.  

―― Eu te amo.

Cala a boca. Desapareça. Me apague.

―― Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo.

Quieta. Não fala comigo. Não me atrapalhe em desaparecer. Eu quero desaparecer, só desaparecer.

―― Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo.

Eu quero morrer. Eu quero desaparecer. Eu quero ser esmagado em pedaços. Eu não quero deixar mais traços. Eu quero me tornar algo que nunca existiu. Eu quero apagar a minha existência. Eu quero desaparecer da história. Eu quero desaparecer das memórias. Eu quero desaparecer das lembranças. Eu quero desaparecer até mesmo da garota que disse que não me esqueceria. Eu não tenho nada que seja digno de ser deixado para trás. Tudo, qualquer coisa, desapareça, suma desse mundo.

―― Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo eu te amo.

Enquanto o desespero dominava seu coração, o mundo ao seu redor e tudo a sua volta estava oculto pela sombra negra, a confissão oca de amor foi derramada sobre ele incessantemente enquanto se aproximava para punir o lixo que assumiu a forma de um humano agachado.

Se ele fosse engolido por ela, ele finalmente desapareceria.

Ele afundaria na realidade muito maior que a morte. Estaria realmente abandonado em um lugar conveniente, como um espaço escuro que nenhum olhar poderia alcançar.

Se eu puder morrer lá, então, eu vou――.

Eu vou――,
Natsuki Subaru, indo em direção ao desespero que aparentemente pintou tudoーー,

???: “――Isso é o mais longe que você irá.”

――Uma voz, soou.

Uma voz, semelhante a um sino de prata, negando o fim deste mundo, soou.

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