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Second Life Ranker – Capítulo 318

Carta de Amizade (3)

Yeon-woo sorriu porque essa carta era a cara do Kahn. Ele desapareceu e não apareceu mais mesmo quando Yeon-woo saiu a procura dele.

A carta era longa e a primeira parte perguntava mais sobre como Yeon-woo estava indo. Kahn só compartilhou o que aconteceu com ele mais para o fim.

“Na verdade, depois daquele dia, eu fiquei bem ocupado. Fiz um acordo com o Exército Demoníaco.”

A expressão de Yeon-woo ficou rígida e seus olhos brilharam. Um acordo com o Exército Demoníaco não podia ser tratado de qualquer forma. ‘Victoria disse que os perseguidores e Kanh tinham sumido quando ela acordou.’

Não havia nenhum detalhe sobre o acordo de Kahn com o Exército Demoníaco. Tudo que ele disse foi para não se preocupar e que estava tudo bem.

“De qualquer forma, eu dei uma saída pela primeira vez depois de um tempo para me encontrar com o maldito do meu pai e fiquei sabendo que você está procurando por mim, então pensei em escrever para você.

“Me disseram que você também fez um acordo com a Pela Mesa? Eu só consegui através de conexões, mas você é realmente incrível, huh?”

Yeon-woo levantou seus olhos para olhar para Atran. Ele não disse nada, mas Atran balançou sua cabeça como se soubesse o que ele ia perguntar. “Você já sabe que somos extremamente discretos sobre os nossos clientes. Mas dependendo da pessoa, algumas restrições são mais relaxadas. O Senhor Kahn é da nobreza, então não tinha problema em contar a ele que você tem um contrato conosco, mas o dele é segredo. Na verdade, nem nós sabemos muito bem o que é.”

A não ser que Kahn fosse estúpido, ele deve ter feito um acordo direto com a Pela Mesa, já que estava tentando ficar no anonimato.

“Você provavelmente tem várias perguntas, mas isso é tudo que posso dizer. Lembra de como você se escondia de mim no começo? É mais ou menos isso.

“Mas estou bem, não se preocupe. E entregue meus cumprimentos para Victoria. Vou visitar quando terminar as coisas aqui, está bem? Fique bem até lá.”

A carta de Kahn terminou com essa frase. Onde ele estava e o que estava fazendo? Que acordo ele fez com o Exército Demoníaco? Por que ele não conseguia encontrar nada sobre Doyle? E o que aconteceu entre os dois? Yeon-woo suspirou enquanto dobrava a carta.

Ele não sabia se Kahn realmente estava bem ou se só estava fingindo para encobrir o problema em que se meteu. ‘Pelo menos ele conseguiu escrever para mim.’

E ele descobriu algo novo: ‘Então Kahn é filho do Leão de Ferro.’ O Clã Leão de Ferro era um clã de mercenários que Yeon-woo encontrou por um breve momento durante sua luta contra Walpurgisnacht. Ele não sabia que o líder era o pai de Kahn. Não era um segredo, mas como Yeon-woo nunca verificou o passado de Kahn, ele não sabia disso. ‘Se algo acontecer, posso procurar por ele através do Leão de Ferro.’

Ele esperava que onde quer que Kahn estivesse, ele estivesse bem. Ao mesmo tempo, ele estava ficando preocupado com Doyle e se perguntava como ele estava indo.


“Aaaaah! Me poupe! Por favor! Por favor!”

“Heheh. Eu sempre quis comer um centauro pelo menos uma vez. Ouvi dizer que o fígado é delicioso… Como será que é o gosto?”

Centauros eram criaturas meio humanos e meio cavalos. Eram nativos do 32º andar, mas não havia muitos deles. Além disso, eles eram bem reclusos, então era difícil de encontrar um deles. No entanto, por causa da sua força incomparável, sempre que apareciam, atraíam atenção.

Natahan era um centauro que deixou o 32º andar porque não gostava da pequena sociedade dos seus companheiros centauros e conseguiu se tornar um dos Oitenta e Um Olhos do Dragão Vermelho. Quase não havia ninguém na Torre que não ouviu falar do Arqueiro de Olhos Vermelhos. Quando Natahan voltou para sua terra natal, os olhares nos rostos de seus amigos o fizeram se sentir orgulhoso.

No entanto, sua mãe não aprovava, ela continuava dizendo para que ele saísse do clã e se libertasse. Ele acabaria em perigo se continuasse, já que centauros não pertenciam a um campo de batalha obscuro, mas sim a um campo aberto e vasto.

Natahan gritou com sua mãe, dizendo que ela não sabia de nada. Suas reclamações o deixavam irritado. Ele tinha tido sucesso e estava progredindo bem, então por que sua mãe estava tão preocupada? Era estressante e ele odiava isso.

Porém, agora à beira da morte, tudo que Natahan conseguia se lembrar era dos olhos preocupados de sua mãe. Suas palavras sobre voltar para casa ecoaram em seus ouvidos enquanto ele olhava para o Imperador da Gula que tinha um sorriso enorme no rosto, como o de um demônio. ‘Mãe, me desculpe…!’

Puk! A mão do Imperador da Gula perfurou a parte inferior do abdômen de Natahan. Ele não resistiu porque a aura predatória do Imperador da Gula o fez perder toda a vontade de lutar. O Imperador da Gula enfiou o rosto na ferida para ver o fígado que pulsava levemente. Ele usou seus caninos para morder as veias grossas e engoliu tudo. Era como uma iguaria para ele.

A visão do Imperador da Gula comendo um centauro vivo era nojenta, mas os dois duques que o protegiam, Duque Tuan Tien e Duque Moglay, não mostraram nenhuma expressão enquanto mantinham seus olhares em Natahan.

A Terra do Sangue sofreu enormes perdas quando o Duque Ardbad e Duque Robera morreram para a Rainha da Primavera. Eles iniciaram uma guerra oficial contra o Dragão Branco e a primeira coisa que o Imperador da Gula e os dois Duques fizeram foi caçar os antigos Oitenta e Um Olhos.

Agora que Natahan, a ex-mão direita da Rainha do Verão, estava morto, o dano dos dois lados estava equilibrado. É claro que esse não era o fim. Se o Imperador da Gula tivesse ficado satisfeito com um assunto tão insignificante, ele não teria começado uma guerra. Ele queria trabalhar com o Dragão Negro para derrubar o Dragão Branco, pois só queria uma coisa: ‘Comer o coração da Rainha da Primavera.’

O desejo do Imperador da Gula de experimentar carne de dragão não tinha desaparecido. Ele também ainda tinha o pequeno desejo de comer um membro da Tribo dos Unichifres depois que o Rei Marcial o espancou no passado. Se ele comesse o coração da Rainha da Primavera, estaria comendo um dragão e um membro da Tribo dos Unichifres. Onde mais ele encontraria uma presa tão divertida como ela?

Mastiga, mastiga!

“Mmm.” O Imperador da Gula lentamente levantou sua cabeça depois de terminar de comer. Seu rosto e roupas estavam cobertos de sangue. Ele limpou seu rosto com o lenço que Duque Tuan Tien lhe entregou e sorriu. Era um sorriso de satisfação por ter tido uma ótima refeição. Uma energia negra se reuniu em seus olhos e desapareceu.

Predação e Digestão eram habilidades que o Imperador da Gula usava para acumular o poder mágico e Fatores que consumia. Era uma das melhores habilidades de absorção de energia, junto com a Espada Vampírica de Bathory. “Normalmente centauros não têm um gosto muito bom, porque têm muita gordura por terem sido criados em fazendas. Mas esse tinha bastante músculo e um gosto bom.”

“Que alívio, senhor.”

“Mas não deve ser tão bom quanto carne de dragão. Quero comer um bife de carne de dragão! E como seria emocionante tomar um vinho feito de Sangue Dracônico! Eu preciso comer um dragão algum dia!”

Quanto mais iguarias ele comia, maior se tornava sua obsessão por carne de dragão.

“Parece que não vai demorar muito.” Duque Tuan Tien entregou outro lenço a ele.

“Ah, temos boas notícias?”

“O Dragão Negro disse que planejam atacar o Dragão Branco. O Dragão Verde também vai atacá-los, então quer a nossa ajuda.”

“Outro ataque, hm? Bom, ainda assim vai ser divertido.”

A luta entre os três clãs que se dividiram do Dragão Vermelho ainda continuava. Clãs como a Terra do Sangue e Elohim estavam de olho em uma chance de interferir assim que pudessem.

Novos clãs estavam emergindo porque os grandes clãs só se concentravam uns nos outros e havia grandes batalhas todos os dias. Estava se tornando difícil de diferenciar os aliados e inimigos. No entanto, naquele momento, o Imperador da Gula não tinha planos de trair ninguém. Seu desejo de vingar seus subordinados e comer carne de dragão se tornou uma obsessão. Se visse uma oportunidade, ele aproveitaria. “Ótimo. Tuan Tien, se concentre na luta que está por vir. Vai ser um verdadeiro banquete, entendeu?”

“Sim, senhor!” Duque Tuan Tien, o segundo no comando da Terra do Sangue, saiu com sua mente cheia das ordens que teria que dar. Duque Moglay tomou seu lugar.

“Sua Majestade, as notícias que você estava esperando acabaram de chegar.”

“Notícias?”

“O nosso amigo próximo, o Acumulador, pediu desculpas por estar ocupado no passado e espera poder visitar Sua Majestade.”

“O quê? Por que só está me dizendo isso agora?!” O rosto do Imperador da Gula ficou vermelho. Ele pulou de seu assento. “O que você está esperando? Prepare-se para voltarmos para o castelo agora! Um convidado importante está vindo e precisamos estar preparados. Precisamos preparar um banquete!”


Depois que Yeon-woo passou uma mensagem para a Terra do Sangue através de Atran falando sobre sua visita, ele foi para a Tribo dos Unichifres.

“Vou esperar aqui, já que forasteiros não são permitidos.” Depois de se despedir de Yeon-woo, Creutz ergueu uma barreira de luz e começou a descansar. Ele não teve a chance de fazer isso desde que deixaram o Tártaro. Yeon-woo foi imediatamente se encontrar com Brahm.

“Ainda temos Sangue Dracônico?”

“Sim, um pouco.” Brahm olhou para Yeon-woo com uma expressão de surpresa. “Se você está falando do sangue da Rainha do verão, eu usei a maioria.” Havia vários usos para Sangue Dracônico, já que tesouros com essa quantidade de poder mágico eram raros. Brahm o usou para purificar Vigrid, reconstruir o Espaço Exterior e criar diferentes itens mágicos. “Você disse para usar sem hesitar e não economizar com coisas importantes.”

Era natural Brahm ter ficado surpreso com a pergunta de Yeon-woo. Ele sentia como se estivesse sendo interrogado e era uma sensação desagradável. Mas Yeon-woo parecia satisfeito. “Então sobrou um pouco.”

“Só uma pequena quantidade.”

“Não tem problema. Se precisar dele para alguma coisa, pode só me dar uma quantidade diluída. Ou pode me dar o que sobrar depois que terminar de usá-lo.”

Brahm percebeu que Yeon-woo estava planejando algo de novo. Interesse preencheu seu rosto. “Onde você está planejando usá-lo?”

“Vou dar para o Imperador da Gula.”

“O quê?” Brahm franziu as sobrancelhas. O Imperador da Gula era uma das pessoas atrás de Sesha e Yeon-woo ia dar um presente a ele? Antes que um mal-entendido acontecesse, Yeon-woo calmamente explicou sua ideia e Brahm ficou perplexo. Então ele sorriu.

“Então você vai dar o resto do sangue para ele e pedir Licor de Jamshid em troca?”

“Isso mesmo.”

“Você sabe o que o Licor de Jamshid é? É ainda mais caro do que Sangue Dracônico entre os fanáticos.”

Licor de Jamshid não era uma simples bebida. Ele possuía o poder mágico de um rei antigo e seu valor como um elixir era incrível.

“Nós nem temos tanto assim sobrando e você quer dar o resto para ele…”

“O valor de um item é subjetivo.”

“Acho que pode se dizer isso.” Brahm estalou a língua, pensando na obsessão do Imperador da Gula por sangue e carne de dragão. “Nesse caso, espere um momento.” Brahm se levantou e foi até seu laboratório. Quando voltou, ele entregou um frasco fechado com uma rolha para Yeon-woo.

Yeon-woo o pegou e olhou para o sangue vermelho dentro do frasco.

“Eu o diluí e misturei com um monte de outras coisas. Fiz com que ficasse com o mesmo sabor de sangue, então aquele idiota vai gostar.”

O Imperador da Gula provavelmente adoraria.

“E isso é carne de dragão. Eu estava guardando em caso de emergência, mas pode pegar o quanto quiser.” Brahm colocou uma bolsa enorme em cima da mesa.

Yeon-woo a aceitou. “Obrigado.”

“É tudo seu de qualquer forma. Além disso…” Os olhos de Brahm brilharam. “Você acha que é verdade que podemos encontrar a alma do Jeong-woo?”

“Não tenho certeza, mas parece que a alma dele não está no Além. Então…”

“Você precisa criar Kynee o mais rápido possível. É isso?”

“Sim.”

Brahm assentiu de forma séria. “Hades… aquele cara não saía muito do Olimpo, então eu não o via muito. Mas ele tem bastante orgulho e é bem responsável quando se trata dos seus deveres. Provavelmente é por isso que ele ainda está no Tártaro.” Então seus olhos se estreitaram. “Mas é um pouco estranho. Ele podia ter pedido ajuda ao Olimpo. Por que…”

Apesar de Hades ter um forte senso de responsabilidade, ele não era do tipo de pessoa que deixaria a situação deteriorar tanto. Será que havia algo impedindo que ele pedisse ajuda?

Yeon-woo também pensou nisso, então acenou com a cabeça concordando. “No meu planeta, temos um ditado ‘Cem pessoas, cem cores’. Quer dizer que cada pessoa tem seus próprios problemas. Não tem necessidade de interferir com o que os deuses estão planejando. Vou só me concentrar em Kynee.”

“Eu costumava viver sob as regras das leis da causalidade. Não precisa me dar um sermão sobre isso.”

Yeon-woo e Brahm conversaram um pouco até que Yeon-woo deu uma olhada em outra sala, onde Ananta estava sentada em uma cadeira de balanço. Seus olhos ainda estavam vazios. “Posso falar com Ananta por um momento?”

“Eu ficaria grato se você conversar com ela. Assim ela não vai ficar entediada.”

Ele entrou no quarto de Ananta. Um cobertor com um padrão fofo de ursos cobria seus joelhos. Era um cobertor de Sesha e parecia que ela tinha dado a Ananta para que se sentisse mais confortável.

Yeon-woo sorriu e se ajoelhou para que seus olhos ficassem na mesma altura dos de Ananta. Clack! Ele tirou sua máscara e olhou Ananta nos olhos, mostrando o mesmo rosto de Jeong-woo. “Ananta.”


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