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Second Life Ranker – Capítulo 385

Gigantomaquia (10)

Mãe-Terra. Desde o começo dos tempos, a Mãe-Terra era conhecida por diferentes nomes: Gaia, Ishtar, Hebat, Tiamat, Devi, Ymir, Nuwa, Velha Mago… e Vieira Dune. Cada lenda a mencionava com um nome diferente, um sinal de sua influência e independência das sociedades dos deuses e demônios.

A Mãe-Terra sempre existiu antes do mundo celestial ser formado. Na verdade, ela já existia antes que o universo em si fosse estabelecido. Então ela contribuiu bastante para a criação das coisas a partir do nada.

Ela levantou montanhas, cortou colinas e fez rios fluíram. Então ela deu luz à vida para encher o mundo vazio. Ela possuía as habilidades de um deus da criação.

No entanto, eventualmente, a Mãe-Terra foi esquecida por suas criações. O universo começou a evoluir sem a sua ajuda e a escapar de suas garras. Conforme se expandia, várias estrelas eram criadas e universos enormes se tornaram zonas onde universos menores colidiam. O mundo começou a criar múltiplas dimensões.

Incontáveis heróis nasceram no universo que se expandia. Quando conseguiam santidade com suas lendas, eles ganhavam a transcendência. Eles se chamavam de deuses, demônios, dragões e gigantes e tinham o desejo de continuar se tornando mais fortes.

A Mãe-Terra ficou descontente. Embora ela fosse mais como um conceito e não tivesse uma identidade, ela ainda acreditava que os universos e mundos eram seus filhos. Ela os via como entidades jovens que não sabiam quais eram seus limites e tentavam escapar de seu controle.

Ela englobava tudo, mas liberdade não existia em seu vocabulário. No entanto, a Mãe-Terra não podia agir por desejo próprio, pois não possuía um ego. Ela acabou criando manifestações de si mesma para punir suas crianças malcriadas. Essas manifestações tomaram a forma de monstros e fantasmas que começaram terríveis guerras com os transcendentes – a guerra contra grandes seres imortalizada nas lendas.

O Olimpo começou uma guerra contra os Gigantes de Gaia, Asgard criou montanhas e colinas com a morte do Gigante Ymir, Dilmun caçou o dragão maligno Tiamat, as Seitas Chan e Jie trabalharam juntas pela primeira vez para selar Nuwa, L’Infernal ganhou poderes ao roubá-los da Mãe-Terra, e por aí vai.

Cada universo e mundo lutou contra a Mãe-Terra em diferentes frentes ao mesmo tempo. As grandes lendas que se resultaram desses conflitos levaram à criação de um único sistema. Incapaz de lutar em várias batalhas ao mesmo tempo, a Mãe-Terra foi afugentada e vários universos e mundos ganharam sua liberdade dela.

Os transcendentes organizaram os grupos que foram formados para lutar na guerra e passaram a governar seus mundos, mas um ser desgraçado os prendeu no mundo celestial não muito tempo depois. Ainda assim, Poseidon se lembrava da glória do passado, quando o mundo sem fim esteve em suas mãos.

Obviamente, a Mãe-Terra não havia sido completamente aniquilada e guerras eram travadas regularmente. Quando Poseidon viu o reflexo da Mãe-Terra nos olhos de Perséfone, um calafrio desceu por sua espinha, apesar do olhar só ter aparecido por uma fração de segundos, fazendo-o pensar que ele talvez tivesse visto coisas. Ele não sentia esse tipo de terror desde que derrotou o Apóstolo dele, Cronos.

Clap! Mas seus pensamentos foram interrompidos por Deméter, que bateu suas palmas. “Certo, isso já é o suficiente.” Deméter entrou no meio dos dois deuses. “Perséfone, por que não paramos por aqui?”

“Sim, mãe.” Perséfone não via sua mãe há muito tempo e não conseguiu negar seu pedido. Ela também acreditava que Poseidon tinha entendido a mensagem, então recuou.

As sombras que estavam imobilizando Poseidon recuaram silenciosamente. Plop! Poseidon caiu no chão, ofegando enquanto encarava Perséfone.

Deméter bateu suas mãos mais uma vez para tranquilizar a atmosfera tensa. “O casal aqui está se encontrando pela primeira vez depois de centenas de anos, então eles devem ter bastante coisa para conversar. Por que não damos um tempo para que eles possam conversar sozinhos? Afinal, amanhã será o começo de uma nova Gigantomaquia.” Deméter silenciosamente deu sinais para Hades com seus olhos antes de ir embora, mas a expressão de Hades ainda continuava triste.


Depois que a conferência caótica terminou, Hades e Perséfone foram deixados sozinhos no silêncio. As bebidas e comidas elegantes na mesa pareciam ter sido abandonadas. Perséfone andou calmamente pelo templo e deu um sorriso brilhante. “Nada mudou. Eu já esperava por isso.”

Porém, Hades continuou a observando em silêncio de seu assento.

Perséfone fez um beicinho, parecendo magoada. “Você está vendo a sua esposa depois de tanto tempo e não tem nada a dizer?”

As pálpebras de Hades tremeram com a voz em que ele pensava todos os dias pelas últimas centenas de anos, a voz que o ensinou o que era o amor. “Você… esteve bem nesses últimos anos?” Sua voz tremeu.

“Você acha que eu fiquei bem? Quantas esposas ficariam calmas se seus maridos não voltassem para casa?”

Ele queria perguntar se isso era verdade, mas mudou de ideia. “Então peço desculpas.” Seus olhos ficaram tristes e outro silêncio pesado tomou conta deles.

Perséfone deu uma pequena risada, seu marido de poucas palavras continuava o mesmo de sempre. Ela olhou para ele com uma expressão serena, o sorriso tão caloroso quanto a luz do sol da primavera foi sumindo de seu rosto e deixando a frieza do inverno para trás. “Você viu o que eu estava fazendo naquele dia?”

Hades pressionou seus lábios e manteve seu silêncio. No entanto, o incidente que ela mencionou se repetiu em sua mente mais uma vez. Era o dia em que ele saiu do Submundo para ir para o Tártaro.

“Tudo… será como a Grande-Mãe deseja.”

Ele havia visto tudo puramente por acidente.

Hades correu para o Tártaro depois de ouvir que havia problemas por lá e ficou ocupado com as batalhas para defender seus territórios sagrados. Então ele voltou para o Submundo para limpar a cabeça e acabou vendo Perséfone rezando sozinha no quarto deles, ajoelhada no chão.

No começo, ele ficou comovido, achando que sua esposa finalmente havia aberto seu coração para ele e estava rezando pelo seu retorno em segurança. Mas ele rapidamente percebeu que era uma oração de adoração a outro ser. Ele nunca tinha ouvido falar de uma coisa dessas antes, de um deus idolatrando outro deus.

Porém, quando ele sentiu o poder sagrado reagindo, ele percebeu quem Perséfone começou a servir e ao que a rebelião dos Gigantes e Titãs levaria.

“Parece que você viu. Eu não tinha totalmente certeza… então tentei esconder o melhor que pude, mas acho que fui descuidada.” Ela lentamente se aproximou dele. Por onde ela passava, o chão ficava preto com sombras, como tinta manchando papel.

Essa cor lembrava Hades de si mesmo enquanto observava ela se aproximando. Depois de perceber a verdade sobre Perséfone, ele agonizou por dias. Se ele a deixasse fazer o que quisesse, o Tártaro não seria o único lugar em perigo. O Submundo inteiro, incluindo Érebo, estaria em risco.

O motivo para os Gigantes e Titãs terem sido aprisionados no Tártaro era para cortar o contato deles com Gaia. Mas se Perséfone se tornasse Apóstola de Gaia e os conectasse de novo, seria um desastre não só para o Submundo, mas também para o Olimpo. Desse ponto em diante, o mundo celestial seria afetado e o 98º andar inteiro seria ameaçado por Gaia.

O incidente que o Olimpo e os outros transcendentes estiveram tentando impedir aconteceria mais uma vez. Naquele momento, ele entendeu que precisava matar Perséfone imediatamente. Não parecia que ela possuía o poder de Gaia há muito tempo, então ainda era possível matá-la. Porém, ele simplesmente não conseguia. Suas mãos se moveram para sua espada, mas ele não conseguia encontrar a força para puxá-la. Como ele poderia matar sua própria esposa?

Ela havia sido forçada a viver como sua esposa esse tempo todo por causa do seu amor unilateral e não conseguiu reunir a coragem para feri-la novamente. Só havia uma coisa que ele poderia fazer: acabar com a rebelião dos Titãs e Gigantes antes que Perséfone pudesse agir. Se ele pudesse bloquear a entrada do Tártaro, ela não conseguiria fazer nada.

Depois de tomar sua decisão, Hades continuou no Tártaro, deixando passar centenas de anos. Ele falhou e não conseguiu nem manter seus territórios sagrados, muito menos acabar com a rebelião. Quando Tifão, outro Apóstolo de Gaia, consumiu o poder de Cronos, ele se tornou ainda mais influente que Hades.

Foi nesse momento em que as emoções de Hades começaram a se transformar em cinismo. Ele sabia qual seria o fim inevitável, mesmo depois de tentar ganhar tempo. Agora que a conexão com o Olimpo tinha sido restabelecida, Perséfone apareceu. O momento que ele esteve tentando adiar e queria evitar havia chegado. “Você sabia de tudo, mas não contou a ninguém?” Perséfone perguntou enquanto se aproximava. Era uma pergunta cuja resposta continuava a iludi-la. Quando Hades não voltou, ela percebeu que ele tinha descoberto seu segredo. Mas ele não contou ao Olimpo. Se tivesse contado, a rebelião não teria piorado a esse ponto.

“Porque eu te amo.”

Perséfone pausou com sua confissão calma. Seus olhos queimavam apesar de sua voz estar calma. O olhar em seu rosto era dolorosamente familiar para ela – era igual ao que ela viu na primeira vez em que se encontraram. Ele não disse muito, mas ela sabia que seu destino mudaria inevitavelmente. Antes que pudesse recusar, ela foi praticamente sequestrada para o Submundo e forçada a se casar com ele.

Ela pediu ajuda aos outros, mas sempre foi negada. Ninguém queria se tornar inimigo do Rei do Submundo. Eles até disseram que era uma boa situação para ela, já que deuses não podiam se casar. No entanto, Perséfone nunca deixou esse ressentimento de lado. A sua juventude foi cortada e ela foi abandonada em um lugar estranho, longe de sua mãe.

Seu marido fazia de tudo para tranquilizá-la, mas nada apaziguava sua indignação. E agora, eles tinham chegado a esse ponto. Os sacrifícios e mortes dos Titãs no Tártaro forneceram a ela mais poder da Mãe-Terra.

Whoosh! As sombras surgiram e envolveram Hades. Apesar de estar à beira da morte, Hades não resistiu. Ele deixou seu destino nas mãos dela, pois havia tomado o dela há muito tempo. Agora era a vez de Perséfone.

“Idiota.” Ela murmurou suavemente no ouvido dele. “Nada vai mudar mesmo se dizer isso.” Uma adaga apareceu na mão de Perséfone e apunhalou Hades no coração. Seu sangue começou a manchar as sombras, deixando-as vermelhas enquanto elas o absorviam.

O caminho… finalmente vai se abrir…

Ahh… Grande-Mãe, sua filha… finalmente abriu o caminho para a rainha… Eu… vou dar… as boas-vindas a você em breve.

Uma multidão de olhos se abriu na escuridão. Seus donos, os Titãs e Gigantes, rasgaram e saíram da escuridão. A Gigantomaquia estava começando.


Enquanto isso, em um lugar distante, Yeon-woo arregalou os olhos.

Whoosh!

“Hm?” A Fúria do Rei Obscuro em seu pescoço tremeu, emitindo uma luz negra.

Ding!

[As condições foram cumpridas para um bônus oculto.]

[Bônus: Rei do Submundo]


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XcloneD
Membro
Xclone
4 meses atrás

Quem conhece a história dos deuses do olimpo sabe que Hades fez isso mesmo com ela, levou ela pro submundo pra casar com ele contra a vontade dela. Foi uma boa deixa pra esse plot Twist. Mas o pior é que o Doyle é apóstolo dessa cadela, garanto que não vai dar boa pra ele.

Viny??
Visitante
Viny??
4 meses atrás

que plot twist inerperado mano

Danilo Torres
Membro
Danilo Torres
4 meses atrás

KRL, n esperava por essa

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