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Second Life Ranker – Capítulo 434

Arthia (4)

Keeeek! Kyak! Kyak!

Depois que o poder sagrado do Caos Rastejante desapareceu da casa do clã, monstros estranhos ficaram para trás. Sem a conexão com o Caos Rastejante, o poder sagrado assumiu identidades independentes e começou a formar diferentes vestígios que eram bizarros demais para terem evoluído naturalmente. Eles eram tão resistentes que até a Tribulação do Inferno e o Fogo Sagrado não conseguiam queimá-los.

Yeon-woo hesitou em aumentar a intensidade do poder do fogo com medo de que a casa do clã pudesse ser destruída.

“Que problemático.” Brahm estalou a língua e ativou sua magia, ciente do problema. Várias explosões ecoaram e um quadrado mágico enorme apareceu. Poder sagrado era a força de um deus e ele estava usando magia para fazer a casa do clã voltar a sua condição original.

Whoosh! Quando raios de luz apareceram, o poder sagrado começou a enfraquecer. Galliard, que estava de pé em silêncio atrás deles, atirou uma flecha que se dividiu em vários pedaços e acertaram as cabeças dos monstros, fazendo-os explodir como fogos de artifício.

[A ‘Espada Devoradora de Espíritos de Hades’ está absorvendo o poder sagrado do Caos Rastejante!]

[A proficiência da habilidade da ‘Espada Devoradora de Espíritos de Hades’ aumentou. 3,2%]

[‘Sistema Atman’ está avaliando o poder sagrado absorvido.]

[Processo de Refinamento: 32,1%]

[A Pedra do Pecado (Superbia-Gula) reagiu e está acelerando o processo.]

[Refinamento Final: 42,9%]

[O poder sagrado refinado foi armazenado na sua reserva de poder mágico (Coração Dracônico).]

Yeon-woo enfraquecia os monstros com Tribulação do Inferno, Brahm os eliminava com sua magia, e Galliard e Edora cuidavam do resto. Eles repetiram esse processo várias vezes e, depois de um tempo, finalmente se livraram de todo o poder sagrado na casa do clã. A Espada Devoradora de Espíritos de Hades consumiu todas as cinzas de forma gananciosa.

[Você conseguiu uma pequena conquista.]

[Você adquiriu 50.000 karma.]

A casa do clã era exatamente como Yeon-woo tinha visto no diário.

“Há quanto tempo.” Brahm murmurou baixinho para si mesmo com uma expressão nostálgica. Como o professor de alquimia de Jeong-woo, Brahm tinha uma relação próxima com Arthia, então esse lugar também possuía memórias especiais para ele. Como ele se arrependia por não ter estado ao lado de Jeong-woo porque estava ocupado cuidando de Sesha, essas memórias o deixaram comovido.

Galliard, que acreditava que continuaria no Tutorial para sempre, também ficou emotivo quando se lembrou do garoto que o seguia para todos os lados o chamando de “Professor”.

Edora ficou admirada com a visão da base da famosa Arthia, mas também estava preocupada com Yeon-woo.

Yeon-woo encarou a casa do clã.

“Vamos.” Brahm olhou para Yeon-woo e levou Galliard e Edora para algum outro lugar para dar privacidade a ele.

***

A casa do clã era composta por uma construção longa conectada a três outras menores, formando a letra “E”. Havia salas separadas e áreas de treinamentos que ficavam localizados longe do prédio principal.

Yeon-woo examinou lentamente cada uma das construções. Apesar de ter se passado muito tempo, a magia de limpeza manteve a casa do clã arrumada como se ainda tivessem pessoas morando ali. Isso fez Yeon-woo imaginar várias cenas.

“Hahaha! Por que você tá com essa aparência?!”

“Haaa… Aquele idiota causou problemas de novo.”

“Haha! É a cara do nosso comandante, não é?”

“Sério, esse temperamento…”

“Eu te amo.”

Eram memórias de Jeong-woo e seus amigos, como quando ele brigou com Bayluk sobre os produtos químicos em seu laboratório.

“Aaah! Ei, seu arrombado! Eu disse que você tá morto se tocar nisso!”

“Huh? Por que não pode tocar?”

“Se não sabe, cala a boca e fica quieto!”

Memórias de Jeong-woo rindo com Leonte no depósito enquanto planejavam sair para comprar bebidas.

“Quanto você acha que isso vale?”

“Hmm. Provavelmente o mesmo que a armadura que você está usando?”

“Merda! Por que essa joia é tão cara?”

“É sério isso? Todo mundo é louco por Lágrimas de Sereias. Como o líder pode ser tão ignorante assim?”

“O que acha da gente vender e ficar com o dinheiro?”

“Ei! Se formos pegos pelo Leon, nós dois estamos mortos.”

“Vamos comprar umas bebidas.”

“Beleza!”

Memórias de Valdebich reclamando de Jeong-woo enquanto o ensinava técnicas de luta dos Gigantes na área de treinamento comum.

“Chefe, você é fraco demais. Assim não vai dar, levanta.”

“Ei! Isso não é justo! Tem uma diferença enorme entre os nossos corpos. De qualquer forma, eu não fui feito para combate corpo-a-corpo, mas sim para magia…”

“Você fala demais. Levanta.”

“Aaaaahh!”

Memórias dele dormindo na sala de descanso junto com Bahal.

“Quero dormir mais um pouco.”

“Eu também.”

“Então vamos.”

“Perfeito.”

Memórias de Jeong-woo brigando sobre dinheiro com Leonhardt na sala de conferências.

“Chefe, você sabe quanto dinheiro já gastou nesse mês? Por favor… pense antes de gastar. Me disseram que você pagou uma rodada para todo mundo no bar porque estava de bom humor? Você me disse que era para comprar alguns itens.”

“Ei, por que você está suspeitando tanto? Você nem é a minha esposa.”

“Alguém me contou.”

“Hahaha! Merda…! Quem foi que me dedurou dessa vez?!”

“Pare de gastar tanto, seu idiota!”

Memórias de Kun Khr e Jeanne, que sempre discutiam um com o outro, jogando a bomba de que eles planejavam se casar.

“Chefe, tenho algo importante para dizer.”

“O quê?”

“Nós decidimos nos casar.”

“Hã? Sem chance…”

“E também vamos ter um bebê.”

“O quê? Quando?”

Memórias de Jeong-woo com Sadi na sala de armas, com Horst no jardim… Cinco anos de memórias felizes de Jeong-woo estavam ali. E no quarto de seu irmão onde ele compartilhava momentos com Vieira Dune.

“Eu te amo.”

“Eu também te amo.”

Yeon-woo observou todas as cenas sendo reproduzidas e viu seu irmão rindo, conversando, argumentando, gritando e passando tempo com seus amigos. Pelo menos ele podia ver seu irmão ainda sorrindo, diferente do fim do diário que estava cheio de lágrimas, raiva e arrependimento.

Também havia memórias do sofrimento de seu irmão, mas Yeon-woo as evitou de propósito. Não havia necessidade de assisti-las. Ele já estava ficando sem tempo só por assistir essas memórias felizes. O relógio de bolso também entendia claramente os sentimentos de Yeon-woo, pois estava quieto.

“É aqui?” Yeon-woo encontrou a sala que ficava nas profundezas do prédio principal: o escritório do líder do clã. ‘Onde o Jeong-woo fechou os olhos pela última vez?’

Yeon-woo abriu a porta lentamente. Click. O escritório não parecia muito diferente das outras salas. Jeong-woo gostava de ler, então a sala estava cheia de livros. Havia um tapete preto no meio da sala e em cima dele, uma mesa de carvalho e cadeiras feitas por Henova. Como se alguém estivesse sentado ali um momento atrás, a mesa estava cheia de canetas, documentos e uma pequena caixa.

Yeon-woo deu uma olhada no escritório de seu irmão e se sentou quietamente na cadeira. Crack. Ela rangeu já que não recebia manutenção há um tempo. ‘Aqui…’ Yeon-woo passou a mão na mesa. Ele estava sentado na cadeira em que Jeong-woo morreu ainda desejando se reencontrar com seu irmão e sua mãe. Foi nesse momento em que o diário terminou e a próxima pista começou.

As canetas e os documentos organizados estavam exatamente como nas memórias finais de Jeong-woo, mas havia um novo item na mesa: ‘A caixa.’

Yeon-woo lentamente abriu a tampa. Suas pálpebras tremeram quando viu que dentro havia uma foto de seu irmão sorrindo com seus amigos. Ele vasculhou seu bolso e puxou a foto que recebeu junto com o relógio de bolso. ‘É igual.’

A única diferença entre as duas fotos era que a que estava dentro da caixa tinha algo escrito atrás: “Nono dia do sétimo mês do ano 6217 da Torre. Um dia divertido. Da casa do clã Arthia.”

As letras eram tortas e desajeitadas, como se uma criança as tivesse escrito. Eram tão largas que preenchiam a parte de trás inteira da foto. Só uma pessoa em Arthia possuía essa caligrafia. ‘Valdebich.’

Como o meio-Gigante Valdebich tinha sido criado como um guerreiro desde o nascimento de acordo com as tradições da espécie de Gigantes, ele era analfabeto. Ele só tinha aprendido a ler e escrever graças a Jeong-woo. Apesar de ser importante desenvolver suas capacidades físicas subindo a Torre com sucesso, aprender a ler e escrever também te daria mais opções.

Além disso, os pensamentos de Valdebich eram diferentes dos outros. Ele falava em frases quebradas e só aqueles que eram próximos dele o entendiam. Era necessário que ele aprendesse a ler e a escrever para melhorar isso.

Jeong-woo se sentava com Valdebich e o ensinava sempre que tinha tempo. Graças a ele, quando Arthia cresceu, Valdebich já conseguia falar normalmente, apesar de sua caligrafia horrível não ter melhorado.

A caixa estava cheia de outros itens de Valdebich: uma pequena adaga, um anel e artefatos de colares. Eram todos presentes que Jeong-woo deu a ele.

Kalatus disse que tinha sido Valdebich quem cuidou do corpo e pertences de Jeong-woo. Será que essa era a evidência? Por que ele desapareceu só para voltar quando tudo estava acabado? Como ele encontrou Laputa, cuja localização era desconhecida para os membros de Arthia e como descobriu as novas coordenadas? Como ele enviou Jeong-woo para a Terra?

Inúmeras perguntas surgiram na cabeça de Yeon-woo. Ele esperava encontrar as respostas para todas elas aqui. Havia um envelope no fundo da caixa e letras nítidas, mas tortas diziam: Para a família do Jeong-woo.

‘Então ele sabia que eu viria.’ Yeon-woo abriu cuidadosamente o envelope e retirou a carta para ler a confissão de um guerreiro.

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