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Second Life Ranker – Capítulo 66

A Torre (8)

A aparição do Phante era a última coisa que Yeon-woo esperava. Felizmente, a parede quebrada foi logo reparada por um círculo mágico de reparo automático instalado pela Patrulha Noturna. No entanto, o abalo emocional do Henova não se recuperaria tão facilmente; afinal, tormento da Patrulha Noturna e a invasão de Phante aconteceram num intervalo de dois dias. Henova se perguntou o que tinha feito para merecer isso, enquanto bufava inexpressivamente no cachimbo para controlar seu temperamento. Ele franziu tanto a testa que várias marcas profundas apareceram em cima das sobrancelhas.

Clang! Clang.

Apesar da agonia do Henova, Yeon-woo continuou martelando. Seu interesse na ferraria floresceu após sua primeira criação bem-sucedida. No entanto, o som de marteladas, que costumava ser música para os ouvidos do Henova, agora parecia irritante e dissonante. — Você vai deixar ele assim?

Ele olhou de volta para Phante, que se agachou em um canto da forja, esfregando um olho machucado com um ovo enquanto o encarava. Quando seus olhos se encontraram, ele ficou surpreso e mudo, enquanto Yeon-woo imediatamente se virou e continuou martelando.

Clang! Clang!

— Ei! — sentindo-se humilhado, Phante saltou e gritou em um acesso de raiva, mas Yeon-woo não deu a mínima para ele.

Clang! Clang!

— Me pegou desprevenido, então não valeu!

Clang! Clang!

— Vamos de novo. Eu vou te esmagar desta vez!

Clang! Clang!

— Venha para fora e me enfrente. Lute de homem para homem! Guerreiro para guerreiro! Vamos acabar logo com isso.

Clang! Clang!

— Vai se foder! Pelo menos presta atenção no que tô falando, porra! — Phante explodiu quando Yeon-woo ignorou cada palavra que disse. Por um momento, ele agonizou profundamente sobre dar um soco na cara do Yeon-woo, mas começar uma luta com alguém que não tinha vontade de lutar mancharia sua reputação como um guerreiro orgulhoso da tribo de unichifre, e ele não queria que isso acontecesse.

— Claro, lutar contra alguém inocente é uma grande desgraça. Mas parece que destruir a forja de uma pessoa inocente não é uma grande desgraça. Hmm… acho que preciso perguntar ao Rei Marcial depois — Henova murmurou com uma voz baixa, mas audível.

Phante se encolheu com suas palavras. Quando ouviu a voz do Yeon-woo do lado de fora da forja, ele invadiu arrombando na hora, sem nem mesmo pensar duas vezes. Nunca em seus sonhos mais selvagens imaginaria que não só era a forja de um ferreiro que tinha fornecido várias armas para sua tribo antes, como, ainda pior, também era o conhecido do seu pai. Assim, decidiu que a única maneira de superar seu constrangimento era ignorar Henova e continuar encarando Yeon-woo. — Lute comigo!

As rugas na testa do Henova ficaram mais profundas. Ele debateu consigo mesmo várias vezes se deveria ou não trazer a alabarda que tinha deixado no depósito nos últimos dez anos. A única razão pela qual ainda não tinha feito isso era por causa de Edora.

— Por favor, tome um gole e se acalme. — Edora sorriu animadamente e entregou uma xícara de chá quente de marmelo para Henova, que pegou a xícara e acabou notando espada que ela carregava. — Sua espada parece familiar.

Edora sorriu com timidez. — O senhor se lembra? Esta é a espada que o senhor forjou para mim quando eu era mais nova.

— Ah, verdade. Agora eu lembro. Você é a filha obstinada do Rei Marcial. Já está tão grande assim? Como o tempo voa. — Henova riu enquanto se lembrava dos lindos olhos redondos dela, enquanto ela tentava convencê-lo a fazer uma espada. — Pensando bem, também tinha um garotinho que era um verdadeiro encrenqueiro. — Ele fez a conexão com Phante imediatamente; as coisas claramente não mudaram muito. — Aliás, você vai dar um jeito nele? — Henova apontou para Phante, que ainda estava importunando Yeon-woo.

— Não posso fazer quase nada quando fica assim, ele é esse tipo de pessoa — Edora falou, como se já estivesse resignada com o comportamento do Phante.

— Hmm — Henova gemeu.

Daquele dia em diante, mais duas pessoas começaram a visitar a forja do Henova todos os dias.

— Você vai lutar comigo hoje? Qual é, seja homem!

Clang! Clang!

Claro, Yeon-woo o ignorou, mas Phante não desistiu e continuou incomodando: — Um guerreiro deve aceitar um desafio de duelo!

Enquanto Yeon-woo martelava. — Lute comigo se você é um verdadeiro guerreiro!

Enquanto comia. — Vamos lutar!

Até mesmo quando ia ao banheiro resolver suas necessidades. — Vamos!

No entanto, ele agiu como se Phante não existisse.

Finalmente, as ameaças dele (“Pare de agir como se você não me ouvisse! Vou acabar com esse seu rosto lindo.”) se transformou em pedidos (“Por favor, eu quero mesmo lutar com você.”), depois se transformou em apelos (“To te implorando…”) e, no final, Phante estava perto de chorar. Qualquer outra pessoa pelo menos prestaria atenção, mas Yeon-woo teimosamente continuou martelando sem olhar nenhuma vez.

Clang! Clang!

— Por faaaaaaaavor…

No fim, a paciência do Henova chegou ao limite, visto que acabou gritando: — Só lute com ele logo para essa merda acabar!

— É isso aí! Vamos! — Phante entrou na conversa.

Henova o fitou. — E você… Cale a porra da boca!

Phante olhou para Yeon-woo com os lábios selados. Henova também o encarou. Edora, que estava lendo silenciosamente um livro em um canto, também levantou a cabeça e olhou para Yeon-woo. Todos os olhos se focaram subitamente nele.

No fim, Yeon-woo abaixou o martelo e olhou para Phante com olhos irritados. — Por que eu tenho que lutar com você?

— Você pode testar suas habilidades contra as minhas como um guerreiro!

— Mas eu não ligo, então pode contar que a vitória é sua. Já não falamos sobre isso?

— Mas… não é assim que funciona!

— O que vou ganhar se a gente lutar?

— Que tipo de guerreiro pensa em ganhos quando luta?

— Eu… — A resposta enfática do Yeon-woo deixou Phante perplexo. Por causa de sua educação como guerreiro, ele não conseguia entender nada sobre o outro.

— Ou podemos fazer uma aposta. — Yeon-woo falou com um sorriso travesso. — Esqueça a luta se não quiser apostar. — Ele virou a cabeça de volta para a bigorna.

— O perdedor servirá o vencedor e vai chamar de hyung! — Phante gritou com urgência.

Yeon-woo se virou e olhou para ele novamente com uma expressão suspeita. — E você, ao menos, ouve um hyung?

— Claro que sim! — Phante se gabou enquanto batia no peito com o punho.

Yeon-woo soltou o martelo. — Tá bom, tô dentro

Depois de um minuto ou dois, houve um baque alto fora da forja.

Creak!

Yeon-woo logo voltou para dentro da forja, balançando a cabeça algumas vezes. Phante o seguiu com os ombros caídos e agora parecia um panda com os dois círculos pretos na região dos olhos.

Era óbvio para Henova quem tinha vencido a luta, e, agora que acabou, não tinha mais nada para incomodá-lo enquanto trabalhava. Só que um pensamento súbito surgiu assim que pegou o martelo. “Calma aí, Phante não é filho do Rei Marcial?” Henova se virou para Yeon-woo com os olhos um pouco chocados. “Não passou só um minuto desde que começaram a lutar?”

Edora também olhou para Yeon-woo com olhos brilhantes. Phante e Yeon-woo estavam quase no mesmo nível quando lutaram no Tutorial, mas a luta não durou quase nada agora. “Ele ficou ainda mais forte!” Sua taxa de crescimento era assustadora.

Yeon-woo ficou na frente da bigorna e pegou seu martelo, apesar de todos os olhos fixos nele. — Até que enfim o capeta se calou agora.

Phante se sentou ao lado do Yeon-woo e o observou martelar o metal sem uma palavra, parecendo tão lamentável quanto um filhote de cachorro na chuva. Ele passou a vida toda aprimorando suas habilidades como guerreiro, apenas para acabar com dois círculos pretos nos olhos. Phante se sentou com um olhar vazio por um longo tempo, então abriu cuidadosamente a boca: — Oi, hy… ung, por que você veio para o Distrito Externo em vez de ir para a Torre? — Phante murmurou de propósito a palavra “hyung” enquanto perguntava, seus olhos estavam cheios de curiosidade. As habilidades do Yeon-woo estavam além de um lugar como este, mas ainda adiou a subida na Torre.

Yeon-woo abaixou o martelo e olhou para o outro com uma expressão impassível. — “Oi”?

Phante se encolheu. — Eu quis dizer “com licença”.

Yeon-woo voltou a martelar.

Clang! Clang!

Phante continuou falando com pressa. — Esperei por você por tanto tempo na Torre… — Não conseguiu aplacar sua raiva durante todo esse tempo que ficou na torre, não importava o que fizesse, porque queria tanto lutar contra Yeon-woo. Ele e Edora permaneceram nos andares inferiores para esperar por Yeon-woo, visto que ir para a Torre após o Tutorial era o caminho comumente aceito. Na verdade, os clãs que tentavam recrutá-lo também procuraram entre os andares inferiores, mas nenhum conseguiu encontrá-lo.

E, depois de cerca de meio mês esperando Yeon-woo aparecer, Edora sugeriu que poderia estar no Distrito Externo se não estivesse na Torre. Phante riu, dizendo que era impossível, mas ela o persuadiu de que não fazia nenhum mal verificar, e foi assim que saíram da Torre. Foi quando ouviram o que tinha acontecido entre Yeon-woo e a Patrulha Noturna.

No final, conseguiram encontrar Yeon-woo, só que o resultado foi uma derrota total para Phante, que era muito orgulhoso quando se tratava das suas habilidades e talento. Acreditava que ninguém da idade dele era páreo para ele, e que mesmo subindo a Torre, não encontraria nenhum rival nos andares inferiores.

Kahn, a Espada Sanguinolenta? Doyle, a Sombra da Raposa? Vyram, o Espadachim Marcusiano? Aqueles jogadores deveriam ser seus rivais, mas Phante nunca os considerou como iguais. E, no entanto, um especialista como ele foi derrotado instantaneamente por Yeon-woo. Simplesmente não conseguia entender por que alguém como ele estava ficando no Distrito Externo.

— Phante.

— Ah… Oi?

Yeon-woo falou com um tom irritado: — Dá para ficar quieto? Não consigo me concentrar se continuar tagarelando assim.

Yeon-woo calou a matraca do Phante com sua autoridade como um hyung e se concentrou em martelar novamente.

Clang! Clang!

Yeon-woo estava ciente de que Phante ainda estava olhando para ele com olhos deploráveis, mas simplesmente o ignorou. No entanto, um leve sorriso, mas muito significativo, apareceu nos seus lábios atrás da máscara. “Por que estou aqui? Os motivos são vários.”


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Danilo Torres
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Danilo Torres
3 meses atrás

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK mto bom

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