Selina perguntou: — Mas… ela não vai para casa no Natal?
Luke deu de ombros: — Você sabe que várias crianças saem de casa e nunca retornam quando ficam livres. A Jimena disse que queria ficar aqui e tentar a sorte.
Selina perguntou: — Para se tornar uma estrela?
Luke respondeu com entretenimento: — Não, ela mudou de objetivo. Uma gerente em sua empresa chamada Gennero a iluminou e ela quer ver se pode trabalhar no setor financeiro.
Selina comentou: — … Ela está bêbada? O povo do setor financeiro não são todos das escolas da Ivy League? Ela passou em matemática no ensino médio?
Luke concordou secretamente com ela. Finanças era sobre números, e considerando a falta de talento dela em matemática, era improvável que se tornaria uma elite da finança.
Todavia, Luke só podia dizer: — Ela ainda é jovem. Ninguém pode impedi-la de tentar tudo; é o direito dela.
Selina não falou nada.
Realmente não era seu problema e nem de Luke dizer a Jimena o que fazer ou não no futuro.
Só podiam oferecer sugestões, porém, não podiam forçar Jimena a aceitar suas opiniões.
Após um breve silêncio, Selina perguntou: — Então, onde vai levá-la no Natal? Você não pode trazê-la aqui, ou vou ficar brava.
Luke riu: — Certamente não vou. A Corporação Nakatomi está tendo uma festa da empresa na Véspera de Natal, e como uma estagiária, Jimena pode comparecer… Bem, tudo bem, ela vai estar trabalhando, como servir vinho as outras pessoas. Ela não precisa, é claro, mas será difícil de trabalhar na empresa por muito tempo se não fizer. Portanto, você sabe…
Selina ficou sem palavras por um momento: — Como você vai entrar?
Luke respondeu solenemente: — Como um membro da polícia de Los Angeles, é minha responsabilidade sair de patrulha na Véspera de Natal para garantir a segurança de nossos cidadãos. Não precisa me agradecer. Isto é hora extra voluntária.
Selina: — …
Ela sentiu que tinha feito uma pergunta idiota, e fez um beicinho triste.
Assistir TV sozinha na Véspera de Natal era deprimente demais.
Luke sorriu: — Não fique com raiva. Preparei o almoço e jantar para você. Você pode aquecer antes de comer; é seu bife favorito.
Selina assentiu desanimada, parecendo estar traumatizada.
Luke, todavia, não teve escolha.
Era um cara comum, e não fez sexo desde que romperam com Jimena meio ano atrás.
Não era porque não queria, era porque não encontrou a pessoa certa ou tempo.
Havia Selina, mas não queria que o relacionamento virasse algo romântico.
Os irmãos podiam se tornar inimigos após começarem um negócio juntos; o mesmo podia acontecer com parceiros que se envolveram romanticamente.
Jimena sempre foi uma pessoa apaixonada. Quando Luke falou com ela, a mesma praticamente disse: — Venha me encontrar e traga proteção.
O que mais Luke podia fazer, além de aceitar alegremente a oferta?
No dia seguinte era 24 de dezembro, Véspera de Natal.
Luke partiu, deixando Selina assistindo infeliz as novelas e xingando-o, sozinha no apartamento.
Já era anoitecer quando chegou no Plaza Nakatomi. Dirigiu o carro até a garagem subterrâneo e uma limousine seguiu atrás.
Luke olhou para trás para descobrir que o motorista da limousine era um homem negro charmoso e baixo.
Luke não prestou muita atenção e pegou o elevador para o saguão.
Fez uma pergunta a recepcionista de meia-idade e apontou para uma tela não muito longe e respondeu: — Digite o nome da pessoa que está procurando e dirá em qual andar está.
Luke se perguntou se Jimena estava na lista, pois ela era apenas uma estagiária.
A recepcionista disse o mesmo ao homem e Luke apressadamente abriu caminho para ele.
Um momento depois, observou o homem digitar um nome: Holly Gennero. Ele lembrou que esse era o nome da gerente sênior que Jimena mencionou.
Ele seguiu apressadamente o homem para o elevador.
O homem estava em seus trinta, e usava uma camiseta branca abaixo da camisa. Luke nem mesmo precisou pensar para saber o que o homem fazia para viver.
Ele era um policial! E um muito bom, ainda por cima.
Quando chegaram no elevador, o homem se virou cautelosamente e perguntou: — Quem é você?
Luke respondeu com um sorriso: — Minha amiga é uma estagiária na Corporação Nakatomi. Não consegui encontrar o nome na lista, mas ela me disse que Gennero é sua gerente, então…
O homem exibiu uma expressão estranha. Parecia infeliz, porém, Luke sentiu que o homem não estava chateado com ele.
Ambos entraram juntos no elevador. Para evitar o silêncio estranho, Luke perguntou casualmente: — Posso saber seu nome?
Atordoado por um momento, o homem respondeu com um sorriso vago: — John.
Luke assentiu: — Me chamo Luke. É um prazer conhecê-lo, Oficial John.
O homem ficou atordoado novamente: — Como você sabe disso?
Luke riu e mostrou seu distintivo: — Porque somos colegas.
O homem ficou surpreso: — Você é um policial? A LAPD está contratando garotos agora?
Porém, imediatamente percebeu como seu lembrete foi insultante e rapidamente se desculpou: — Desculpe, só quero dizer…
Luke levantou a mão: — Eu sei. A maioria dos policiais formados estão em seus vinte. Contudo, você sabe que certas pessoas podem ignorar as regras?
John perguntou curiosamente: — Você é uma dessas pessoas?
Luke sorriu: — Não exatamente, mas tive um pequeno conflito com um deles, e de algum modo me transferiu para cá. Contudo…
John ficou interessado: — Contudo o quê?
Luke respondeu: — Contudo, parece que o cara já esqueceu de mim.
John ficou perplexo.
Luke finalmente sorriu de novo: — Então, não sou rico e não tenho um pai poderoso. Sou apenas um cara comum do Texas.
John agora parecia mais relaxado. Estendeu a mão para Luke: — Deixe-me me reintroduzir. Sou John McClane, da Divisão de Crimes Graves do Departamento de Polícia de Nova York.
Atordoado por um momento, Luke sorriu: — Prazer em conhecê-lo. Sou Luke, da Divisão de Crimes Graves do Departamento de Polícia de Los Angeles.
John ficou ainda mais curioso: — Como você…