Selina estendeu a mão para entregar uma toalha. Ela perguntou baixinho: — Quer descansar um pouco?
Luke assentiu e entrou na fortaleza feita por eles no canto. Ele limpou o suor.
De repente, ouviu alguém murmurando em algum canto.
Ele virou a cabeça, só para ver uma lanterna no canto e uma mulher de meia-idade que estava rezando entusiasticamente.
Ouvindo-a por um momento, Luke amaldiçoou em voz baixa: — Besteira!
A mulher de meia-idade era aquela psicopata que nocautearam e jogaram no banheiro ontem.
Ela também foi a pessoa que atacou Jim e tentou impedi-lo de desligar a luz fora.
Agora, a mulher estava pregando sua teoria sobre a punição de Deus de novo.
Luke mexeu numa cesta e encontrou uma laranja.
Ele pesou na mão e sentindo que era boa o bastante, arremessou.
Swoosh!
A mulher estava dizendo: — … Leia a bíblia. Profanamos Deus por tempo demais. Hoje, ele quer que paguemos com sangue pelo que fizemos. É hora de se posicionar. Um sacrifício de sangue, assim como Abraão estava pronto para sacrificar seu filho para provar sua devoção a Deus…
Bang!
Um objeto voou na escuridão, e a cabeça da mulher foi jogada para trás quando a atingiu bem na boca.
O objeto explodiu e espalhou na audiência.
Todos ficaram atordoados. Eles tocaram no fluido em seus rostos, e ficaram aliviados após confirmar que não era sangue.
Eles olharam para o que explodiu na boca da mulher. Acabou sendo uma enorme laranja.
Olharam em volta, só para ver nada além de escuridão, bem como as expressões divertidas daqueles que estavam olhando para eles.
Putong!
A mulher de meia-idade desabou.
Ela realmente não era uma Escolhida. O impacto da laranja foi demais para ela e simplesmente desmaiou.
Luke colocou a mão de volta no bolso e assobiou enquanto caminhava para a fortaleza.
Selina riu baixinho e beijou a bochecha dele, quando o último sentou. Ela o elogiou baixinho: — Querido, você fez um trabalho maravilhoso.
Luke deu de ombros: — Nada. A laranja que fez.
Após a psicopata nojenta ser nocauteada pela laranja, o supermercado caiu em silêncio.
Depois de um dia de pânico e medo, todos ficaram exaustos.
Luke teve que descansar e Selina ficou alerta.
Ele não confiava em ninguém além da Selina em tal situação.
Após três horas de sono, Luke acordou.
Deu um tapinha na cansada Selina e disse: — Estou de pé. Você pode descansar um pouco.
Selina imediatamente deitou próximo dele e se cobriu com uma coberta. Ela logo adormeceu.
Ouvindo o barulho ocasional fora do supermercado, Luke estava imerso no pensamento.
Ficar aqui não ia funcionar.
Esta era só uma cidadezinha.
Ele havia sido informado que as comunicações aqui estavam inoperantes. Os rumores sobre a base militar que estava ouvindo no supermercado também indicava como esta questão era complicada.
Luke não planejava apostar sua vida no senso de consciência dos militares. Ele tinha que sair se quisesse viver.
Contudo, era arriscado demais dirigir.
Um carro não poderia proteger a si e Selina dos monstros enormes que viram.
Sair daqui ia ser um problema complicado.
Pensou por um longo tempo.
Alguém se aproximou dele furtivamente.
Luke notou que era uma mulher.
Ela chegou perto e falou baixinho: — Obrigada por me salvar noite passada.
Luke assentiu. Finalmente lembrou quem era.
Ela era a pessoa pega e quase morta pelo monstro pterossauro.
Tinha por volta de 30 anos. Suas roupas não eram chamativas, só que Luke reconheceu que pertenciam a uma marca de luxo e valiam pelo menos mil dólares a peça.
O relógio caro da mulher no pulso também indicava sua riqueza.
Seu cabelo aparados e unhas também eram prova.
— Me chamo Alice Miller. — Ela sentiu próxima de Luke e continuou baixinho: — Sou uma CEO de uma grande empresa.
Vendo que Luke não estava interessado, hesitou por um momento, mas ainda disse: — Você é bem forte. Esperava que pudesse salvar minha filha.
Luke levantou as sobrancelhas: — Lá fora? Hehe. Não quero ser morto.
— Posso dar muito dinheiro — Alice ofereceu: — Que tal cem mil?”
Luke balançou a cabeça: — Sra. Miller, dinheiro é inútil quando se está morto.
Com um coração pesado, Alice aumentou a oferta: — Dois… Não, quinhentos mil. Posso assinar um contrato primeiro. Contanto que tire minha filha daqui, você será capaz de retirar o dinheiro da minha conta.
Luke balançou a cabeça sem hesitar: — Desculpe. Não estou interessado.
O rosto de Alice desabou, e lágrimas fluíram: — Minha filha só tem oito anos. Ela está em casa sozinha faz meio-dia…
Luke achou engraçado: — Sra. Miller, perdoe minha franqueza, mas é difícil dizer quantas pessoas fora deste supermercado ainda estão vivos. Não estou jogando na cara; mas como podemos resgatar sua filha quando mal conseguimos cuidar de nós mesmos?
Alice ficou com raiva até que ouviu “cuidar de nós mesmos”.
Ela aproximou ainda mais e falou: — E se eu puder tirar a gente daqui?
Luke levantou a sobrancelha: — Diga-me mais.
Alice disse: — Há um helicóptero no meu jardim.
Luke ficou atordoado: — Está brincando?
Helicópteros não eram incomuns, mas com certeza seriam numa cidadezinha.
Alice respondeu: — Você pode perguntar a qualquer um. Todos sabem que sempre venho aqui num helicóptero. Não esqueça que sou uma CEO de uma grande empresa. Posso me dar ao luxo de ter um.
Franzindo a testa, Luke ponderou por um momento, então disse: — Preciso pensar. Darei a você uma resposta antes do amanhecer.
Alice hesitou por um momento: — Quanto mais cedo, melhor. Minha filha mal se move devido ao autismo, mas ela pode procurar por comida e ir ao banheiro. Receio que…
Luke assentiu.
Alice finalmente saiu.
Franzindo a testa, Luke acordou Selina e disse a oferta de Alice.
Após dois minutos de discussão, decidiram que deviam encontrar o helicóptero.
Isto é, se esta Alice tivesse um helicóptero.
Selina se levantou e esgueirou no escritório. Ela encontrou várias mulheres que estavam acordadas e perguntou sobre o helicóptero.
Luke encontrou Ollie e vários balconistas e checou a declaração de Alice com eles.
Como se mostrou, Alice não estava mentindo.
Era verdade que ela costumava voar de helicóptero nas férias aqui com sua filha.
Além disso, sua casa estava apenas a quinhentos metros do supermercado.
Luke ficou tentado.
Ao invés de aguardar por reforços, preferia achar uma maneira de sair sozinho.
A maior vantagem de um helicóptero era que podia voar.
Pode haver monstros no céu, mas da observação de Luke, não havia muito barulho no ar.
Parecia que os monstros pterossauros e insetos não podiam voar alto.
Contanto que o helicóptero subisse rápido, seria capaz de escapar dos mais perigosos.
É claro, pode haver criaturas mais perigosas no ar, só que nenhuma escolha era absolutamente segura.
Luke especulou que seria muito mais perigoso esperar por reforços que encontrar o helicóptero e escapar.
Era assim porque só havia algumas centenas de pessoas em Rumford.
Mesmo que os residentes das outras cidades tivessem vindo ao supermercado ontem, o número total ainda era menos de mil.
Luke aprendeu isto da conversa com Ollie ontem. Esta também era sua maior preocupação.
Se o exército estivesse por trás deste incidente do nevoeiro, o que eles fariam para eliminar os monstros no nevoeiro?
Luke sentiu que acabaria sendo uma vítima inocente se esperasse mais.
Pensando nisto, deu a Selina um aviso em voz baixa e foi encontrar Alice Miller novamente.
— Tem certeza que o helicóptero está na sua casa? — Luke perguntou em voz baixa.
Animada, Alice assentiu rapidamente: — Sim, ele só foi usado ontem, foi quando vim. O tanque também está cheio.
Luke respirou fundo: — Tudo bem, se prepare. Partiremos às sete.
Alice ficou bem ansiosa: — Não podemos sair agora?
Luke revirou os olhos: — Está escuro lá fora. Não sou louco o bastante para lutar cego. Também não quero atrair os insetos.
Alice não podia dizer nada.
Havia realmente insetos demais. Eles também podem atrair mais monstros pterossauros que quase a matou.
Luke checou a hora e falou: — É melhor descansar um pouco. Já são cinco. Vamos sair em uma hora e meia.
Alice assentiu e simplesmente se deitou próximo deles para ficar à vontade.
Luke não disse nada.
Ele não podia culpar uma mãe disposta a fazer qualquer coisa por sua filha.
Deixando Selina descansar mais, Luke começou as preparações.
O mapa da cidade era simples. Ele já tinha conseguido uma cópia do supermercado.
Após estudar repetidamente a rota para a casa da Alice, Luke ficou mais confiante.
Havia apenas quinhentos metros daqui até a casa de Alice, que levaria três minutos de carro no máximo.
Quanto a se encontrariam monstros gigantes ou não, isso dependeria da sorte.
Voar de helicóptero não era um problema. Salazar, cujo Luke abateu, sabia como voar num, e Luke pegou essa habilidade.
O helicóptero de Alice era simples, veículo de duas pessoas, mas grande o bastante para acomodar três adultos e uma criança.
Pensando sobre isto por um longo tempo, Luke sentiu que agora era um bom momento para começar a rezar.
Se fosse sortudo, conseguiriam fugir daqui e retornar em segurança em dez minutos.
Se fosse azarado, seria possível que encontrassem um monstro chefão no momento que saíssem.
Quando era seis e meia, Luke acordou Selina e Alice, e disse para se prepararem.
Nesse meio tempo, encontrou Ollie e David, e os informou que estavam partindo.
Ambos ficaram surpresos ao descobrir que Luke ia ajudar Alice a encontrar sua filha.
Porém, era escolha dele. Eles não tinham motivo o bastante para mantê-lo aqui.
Luke reorganizou os esconderijos para os cidadãos agora há pouco. Todos se moveram para o armazém e escritório nos fundos do supermercado e os produtos foram transformados em barricadas.
Nesta situação, mesmo que alguns monstros invadissem, não seria tão caótico como noite passada.
Esta era a aproximação mais segura considerando as circunstâncias.
Nenhum dos cidadãos estava disposto a desafiar os monstros fora.
A psicopata de meia-idade, que era o maior obstáculo aqui, foi nocauteada por Luke noite passada. Metade dos seus dentes se foram e seus lábios estavam inchados. Ela também tinha sinais claros de uma concussão cerebral.
Após resolver tudo, Luke levou Selina e Alice até a porta. Assentiu para Ollie e afastou os canos e mesa que estavam bloqueando a entrada.
Os três entraram no carro de Luke, que não estava muito longe.
Sem ligar as luzes, o Ford virou silenciosamente e dirigiram no nevoeiro sem fim.
Ollie e David ficaram perdidos por um tempo após fecharem o supermercado de novo, antes de se esconderem na área segura nos fundos.
O carro de Luke dirigiu lentamente ao longo da estrada como um fantasma.
Ele não ousou dirigir rápido, por medo de encontrar algo.
O carro moveu como se estivesse flutuando num oceano de nevoeiro.
Alice tinha coberto a boca com uma toalha. Luke pediu para colocar no caso dela gritar sem querer.
Se quisesse falar, podia tirar a toalha primeiro.
O coração de Alice acelerou enquanto Luke movia em frente.
Luke não estava perdido. Ele estava no caminho certo e chegou na casa dela em dois minutos.
Notando a caixa de correio do vizinho, disse baixinho: — Chegamos. Está dez metros de distância.
Luke parou o carro e disse: — Não faça barulho. Siga-nos.
Ele então saiu do veículo, com Selina e Alice por perto.
Eles chegaram na porta da casa cinco segundos depois. Com a chave de Alice, Luke abriu a porta e entrou.
Após Selina e Alice entrarem, imediatamente fechou a porta.
Gesticulando para Alice, foi direto ao quarto dela no segundo andar.
A cama em seu quarto estava vazia. Ela abriu a porta do banheiro e encontrou uma criancinha agachada na banheira.
Tremendo, Alice chamou: — Carrie! Carrie!
Luke deu um tapinha forte no ombro dela.
Voltando aos sentidos, Alice imediatamente abriu caminho para ele.
Luke se moveu e checou a garota. Então disse a Alice baixinho: — Ela está bem, embora precise de comida e água. Vamos sair daqui primeiro.
Como CEO de uma empresa, Alice não era idiotia. Ela assentiu rapidamente.
Carrie não estava na melhor condição, só que não estava em perigo.
Devido ao seu autismo, ela era quieta e tendia a esconder na banheira quando não havia ninguém por perto para fazer companhia.
Talvez fosse o motivo pelo qual nenhum monstro a pegou.
Os três desceram as escadas com Carrie.
Luke abriu a porta dos fundos lentamente, e o nevoeiro branco entrou.
Ele avançou sem pressa pronto com o bastão.
Após avançar dez metros, viu o helicóptero de Alice.
Luke abriu a porta do helicóptero e se sentou no assento do piloto. Ele então examinou o veículo.
Um momento depois, ligou o helicóptero.
O momento mais perigoso chegou.
Desde que era uma emergência, pulou a maioria das checagens padrões de voo. Porém, um helicóptero no final não era um carro, e não podia voar simplesmente pisando no acelerador.
Quando as hélices do helicóptero começaram a girar, um barulho enorme soou.
Luke continuou com calma enquanto o helicóptero aquecia.
Ele sentiu que estava sendo observado, mas talvez os monstros não estivessem familiarizados com helicópteros e o giro enlouquecido das hélices os dissuadiu de chegar perto.
Cada segundo era como um ano para Luke, Selina e Alice.
Esperar pelo helicóptero aquecer era torturante demais quando havia monstros por toda parte.
Finalmente, Luke disse no walkie-talkie: — Você pode sair agora, Selina.
Alguns segundos depois, Selina e Alice correram com Carrie.
Selina subiu primeiro e então ajudou Alice. Todos sentaram.
Luke finalmente fechou a porta do seu lado. Alice também fechou do outro lado.
O helicóptero subiu lentamente.
No nevoeiro, o helicóptero era como um pequeno pássaro que estava lutando para voar da gaiola.
Gradualmente, o helicóptero subiu cada vez mais alto.
Luke finalmente ficou menos apreensivo.
Agora, o helicóptero estava a quase cem metros de altura. O risco de perigo diminuiu significativamente.
De repente, Luke detectou algo errado e girou o helicóptero subconscientemente.
Dois segundos depois, o helicóptero passou por algo de raspão.
O coração de Luke martelou apesar de sua calmaria casual.
Selina e Alice prenderam a respiração, não ousando fazer um som.
No nevoeiro, uma criatura gigante passou pelo helicóptero.
Luke sentiu a criatura olhando para o helicóptero, mas não virou.
Ele olhou subconscientemente para o painel. Eles estavam a uma altitude de 120 metros.
Contudo, a criatura gigante olhou para o helicóptero de frente.
Então, tinha… mais de cem metros de altura?
Luke não esperava que realmente encontraria um monstro chefe.
Também estava além de suas expectativas que o monstro fosse tão grande que nem se incomodou em prestar atenção neles.
Provavelmente era como os leões que não estavam interessados em moscas; o helicóptero mal encheria a boca deste monstro.
O helicóptero atravessou o grosso nevoeiro quando estavam a quinhentos metros de altura. O sol da manhã no horizonte iluminou os passageiros dentro do helicóptero.
Naquele momento, mesmo alguém tão composto quanto Luke sentiu como se tivesse renascido.
Às oito da manhã, o helicóptero aterrissou em Houston de novo. Todos se sentiram afortunados por escapar.
O departamento de polícia foi tingida de dourado pelo sol.
Um detetive da Divisão de Crimes Graves estava entrando com seu café da manhã, quando viu Luke e Selina no campo aéreo. Ele ficou atordoado: — Luke, Selina, já voltaram?
Os dois o cumprimentaram com sorrisos: — Oh, Creech, bom dia.
Creech olhou para o helicóptero, achando estranho: — Por que… voltaram nisto?
Luke riu: — Fomos pegos numa emergência. Uma amiga nos trouxe de volta com o helicóptero.
Creech não foi completamente convencido, mas não fez mais perguntas.
Os detetives mantiveram seus casos confidenciais, e só partilhariam com os melhores amigos.
Luke e Selina eram novatos e não estavam familiarizados com os outros.
Assim, Creech simplesmente assentiu e entrou.
Luke e Selina entraram no departamento de polícia com Alice e sua filha.
Selina parou na porta dos fundos e inseriu algumas moedas na máquina de vendas.
Duas latas de Dr. Pepper, bem como duas caixas de leite, caíram.
Selina deu uma das latas para Luke e o leite para Alice.
Observando Selina aproveitando seu Dr. Pepper, Luke balançou a cabeça, mas só podia beber o seu.
Ele nunca gostou, mas Selina estava tentando desde sempre fazê-lo se apaixonar por isto. Pela citação dela: parceiros devem compartilhar coisas que gostam.
Não havia como dizer se foi porque tinha cheirado muitas coisas noite passada, só que Luke sentiu de repente que não era tão ruim.
Aproveitando sua bebida, levaram Alice e sua filha ao escritório de Thomas.
Luke pediu para ela esperar. Bateu na porta e Thomas disse: — Entre.
Luke e Selina entraram. Thomas franziu a testa e não disse nada.
Como o vice-chefe do departamento de polícia, não queria que o subordinado de seu subordinado viesse diretamente, mesmo que Luke fosse um de seus homens.
Luke bateu continência e relatou: — Chefe, há algo que precisamos relatar.
Thomas franziu a testa: — Por que não escreveu um relatório?
Luke respondeu: — Desculpe, chefe, mas não acho que possa escrever um relatório.
Thomas perguntou: — Por quê?
Luke respondeu: — O Oficial Brock nos deu o caso sobre o policial desaparecido em Laquin, então partimos ontem para lá.
Thomas ficou brevemente atordoado: — E?
Luke continuou: — Então, antes de chegarmos a Laquin, nos encontramos numa emergência em Rumford, uma cidade a cinquenta quilômetros de distância. A cidade agora está cercada por um nevoeiro estranho. Criaturas estranhas no nevoeiro mataram vários residentes. Os sobreviventes estão aguardando por reforço no supermercado.
Thomas ficou embasbacado: — O quê? Você está brincando? Que filme de terror você assistiu?
Luke disse: — Não, chefe. Você será capaz de confirmar o assunto. Estou aqui para perguntar como devo escrever o relatório.
Thomas ficou sombrio.
Ele não era idiota.
Luke claramente estava tentando envolvê-lo para dividir a responsabilidade.
Todavia… ele poderia não ser envolvido?
Pensando cuidadosamente, disse: — Não escreva um relatório ainda. Também, você e Selina podem… tirar três dias de folga. Não diga a ninguém o que aconteceu em Rumford. Estamos claros?
Luke assentiu: — Como cristal. Preciso falar com o Oficial Brock?
Thomas balançou a mão: — Não é necessário. Vou informá-lo. Você pode ficar no saguão até mais notícias.
Após saírem, Thomas começou a fazer ligações.
Trinta minutos depois, sentou no seu escritório, atordoado e suando muito.
Um momento depois, percebeu de repente o que estava acontecendo e xingou: — Brock! Seu idiota! Você é tão incompetente, mas com certeza tem vários truques ardilosos.
O que enfureceu Thomas foi o timing de Brock entregando o caso para Luke.
Se tivesse sido um dia depois, Thomas não ficaria tão nervoso.
Bem, tudo bem. Thomas ainda teria ficado com raiva, porque foi a pessoa que abriu o caso.
Se não tivesse sido por ele, o Departamento de Polícia de Westside não teria sido envolvido na investigação em Laquin em primeiro lugar.
Como resultado, agora era uma vítima de sua própria ação.
A situação era bem complicada. Centenas de pessoas estavam presas em Rumford, e apenas seus dois detetives escaparam de lá.
Era difícil de dizer se sua posição seria ou não afetada pelo incidente.
Ele poderia ser culpado? Claro que não.
Ele era o vice-chefe. Não podia ser injustiçado. Só podia ser culpa de seu subordinado.
Luke e Selina não fizeram nada errado. Ele podia culpá-los por trabalhar duro?
Assim, Brock era a única pessoa culpada aqui.
Se Brock não tivesse enviado Luke e Selina para Laquin, Thomas não estaria nesta bagunça.
Ao fazer isto, Brock estava dando aos novatos dificuldades e mostrando sua posição a Thomas.
Além disso, Brock não era seu homem, mas do Chefe Faraday.
Também foi o motivo pelo qual Brock ousou jogar sujo contra Luke.
Contanto que fosse sobre o pretexto de trabalho, Brock não estava com medo de Thomas.
Mas agora… Thomas zombou e chamou Brock, dizendo-lhe que Luke e Selina tinham três dias de folga devido a uma situação especial.
Então, Thomas puxou algumas cordas e perguntou sobre Rumford de Laquin.
Luke e Selina foram ao saguão com Alice e sua filha. Quando passaram por suas mesas, pegaram alguns lanches que tinham lá.
O saguão era, na verdade, apenas um canto no corredor que foi parcialmente bloqueado de fora.
Havia mesas e cadeiras e um sofá aqui para os oficiais descansarem.
Luke e Selina encontraram duas cobertas para Alice e sua filha.
Então, sentaram numa mesa e comeram os lanches.
Naturalmente, Luke tinha chocolate. Ele preparou muita comida com alta caloria para si.
Aproveitando sanduíches, leite e chocolate, Luke finalmente teve tempo para examinar o que ganhou no dia passado.
Tenso.