Han Sen olhou para o homem com suspeita, sem saber se estava falando sério ou apenas entrando na brincadeira. Sete bilhões não era uma quantia pequena, e, em geral, até mesmo as pessoas mais ricas nunca carregavam tanto dinheiro assim.
— Por esse preço, você tem certeza? — Han Sen, querendo confirmar, perguntou ao homem.
— Claro que estou — respondeu o homem, com confiança absoluta.
— Só me dar o dinheiro então — disse Han Sen, sorrindo.
— Você acha mesmo que tenho sete bilhões no meu bolso, neste exato momento? Passa o número do Comlink, e vou transferir o dinheiro quando retornar à Aliança — disse o homem.
— Ok. — Han Sen não deu o número do Comlink, apenas o número da conta da comunidade virtual na Skynet, como uma maneira de o homem encontrá-lo.
Então, ambos saíram do abrigo juntos. De volta à Aliança, os dois entraram na comunidade virtual e se comunicaram.
Han Sen não acreditava que tinha um perdedor com tanto dinheiro, então achou surpreendente quando o homem veio imediatamente e o viu no jogo.
— Amigo, posso falar com você? — O cara se aproximou dele com uma expressão peculiar.
— O que foi? Não quer mais comprar? — Han Sen estava rindo.
— Não. É isso que você acha? Tenho uma proposta diferente, só isso. E se eu te der 50 milhões, você me empresta os animais de estimação por não mais do que três dias? Vou te devolver em três dias, sem um único fio de cabelo deles a menos. — O homem sorriu.
— Cinquenta milhões são trocados. Esse tipo de troca exige pelo menos 100 milhões. Mas só posso te emprestar o gato preto. O animal de estimação branco não é negociável, de forma alguma. — Han Sen entendeu imediatamente o que o homem estava insinuando, então tentou o seu melhor para não rir.
— Topo. Mas você terá que cooperar quando voltarmos ao abrigo — disse o homem.
Han Sen então concordou. Sem perder tempo, o homem enviou para Han Sen cem milhões e disse: — Vou te pagar o jantar.
— Claro. Podemos jantar, mas você tem que me prometer que vai cuidar do animal de estimação. Estou com ele há muito tempo, então sou muito apegado — Han Sen falou.
— Amigo, se não confia que eu, Lin Mei, vou cuidar bem dele, então confie no Lin Feng. Ele é meu maninho. Temos um contrato, então não precisa se preocupar. — Lin Mei deu um tapinha no peito estufado.
— Lin Feng? Quem? — Han Sen agiu como se não conhecesse a pessoa, com um olhar intrigado.
— Você não sabe mesmo quem eu sou? — Lin Mei ficou genuinamente surpreso. Só que depois sorriu e falou: — Bem, tudo bem se você não me conhece. Apenas saiba que sou de confiança, tá?
— Você conhece o Tang Zhenliu? — Han Sen teve que perguntar, pois a pessoa diante dele realmente se parecia com o Lin Feng.
— Claro que conheço. É o melhor amigo do meu maninho; eles até usam roupas combinando! São inseparáveis. Conhece ele, também? — Lin Mei perguntou de volta.
— Então não somos estranhos. Sou chegado do Tang Zhenliu. — No entanto, Han Sen pensou: ‘Eu não posso acreditar que Lin Feng tem um irmão assim. Mas não tenho certeza se são irmãos de verdade. Ou apenas primos.’
— Ah, não é incrível? Bem, se esse é o caso, que tal me oferecer um desconto, por termos esses laços?
— Não. Relações são relações, negócios são negócios — Han Sen rejeitou imediatamente.
Assim, discutiram os detalhes dos arranjos pelo resto do tempo na comunidade virtual, voltando ao abrigo logo depois.
Ambos foram se encontrar de volta de onde pararam. Lin Mei chegou segurando a namorada peituda e com um olhar descontente. Eles se aproximaram do Han Sen, e Lin Mei disse: — Ei, isso não é muito justo. Você disse dois por sete bilhões! Agora está aumentando o preço ainda mais?
— Me apeguei muito a eles para me separar tão facilmente. Se está mesmo tão determinado a comprar, o preto pode ser comprado por sete bilhões. O branquinho não está à venda.
— Bem, que seja então. Dinheiro flui como água da torneira para mim. Muito bem, vou aceitar o preto por sete bilhões. E vou comprar o outro por sete bilhões também. A única coisa que me preocupa é a felicidade e o contentamento da minha esposa. Vou gastar o quanto for preciso, para mantê-la sorrindo.
— Ah, querido! Você é tão maravilhoso! A mulher bajulou e beijou Lin Mei.
— Já falei; só o preto está à venda. O branquinho é só meu. — Han Sen, no seu teatrinho, foi inflexível sobre apenas continuar com a venda do Meowth. No fim, Lin Mei cedeu e comprou. A mulher, enquanto segurava Meowth nas mãos, ficou radiante de alegria e não reclamou nada.
Desde então, uma história começou a rondar na Montanha do Diabo; um conto que recitava o desespero que um homem faria para agradar uma mulher. Foi dito que este homem lamentável comprou um gato de estimação inútil pela soma gritante de sete bilhões.
— Han, você vendeu mesmo aquele animal de estimação por sete bilhões? — Wang Yuwang ficou boquiaberto de descrença, enquanto encarava Han Sen.
— Ele disse que era da família Lin. Seu nome é Lin Mei. Também falou o Lin Feng é maninho dele. Deve ser um mentiroso se você não conhecer ele — disse Han Sen.
— Lin Mei? Aquele mulherengo? E eu fiquei aqui imaginando que infeliz seria perdedor o suficiente para pagar essa quantia. Então foi ele, hein? — Wang Yuhang agora entendeu.
— A família Lin tem mesmo alguém assim? — Han Sen ficou surpreso ao saber que Lin Mei era um membro genuíno da família Lin, pois meio que suspeitava que não tinha sido verdadeiro sobre a identidade.
Wang Yuhang assentiu e falou: — Sim, é mesmo. É primo do Lin Feng. Deve ser muito mais velho do que ele, talvez até da mesma idade da Lin Weiwei. Antes da Lin Weiwei ficar famosa, o Lin Mei era conhecido como um tipo de gênio. Só que sua fama não durou basicamente nada, apenas durante a adolescência. Em pouco tempo, se perdeu nos prazeres carnais das mulheres e, logo depois, ficou todo conhecido como o maior perdedor da família Lin. No entanto, o pai dele financia todos os desejos dele, então Lin Mei é muito rico como resultado. Sete bilhões não é nada para ele. Mas não me mantenho atualizado com os passos dele, e o maluco raramente aparece nos eventos de famílias, de qualquer jeito. Foi bom saber disso hoje.
— Um perdedor, hein? — Han Sen ergueu os lábios, mas não disse mais nada.
Continuaram andando pela rua e foi então que notaram algum tipo de comoção mais abaixo. Muitos Evoluídos estavam correndo na direção do portão do abrigo.
Wang Yuhang perguntou rapidamente sobre o que estava acontecendo, e alguém respondeu que uma criatura poderosa emergiu da Montanha do Diabo e trouxe a ruína para três abrigos diferentes. Agora, tinha chegado aqui. Lu Hui emitiu um comando, instigando os homens a se reunirem para o combate e parar o avanço da criatura.
Rapidamente, muitos Evoluídos se reuniram e marcharam em uníssono além das paredes do abrigo, seguindo a trilha do monstro.
Lu Hui já tinha chegado lá com seu próprio regimento pequeno, mas ainda não haviam começado o ataque.
‘Deve ser uma Super Criatura para Lu Hui levar essa ameaça tão a sério’, pensou Han Sen. Então, virou-se para Wang Yuhang e falou: — Nós devemos verificar também.
Eles saíram da cidade e quando chegaram às planícies da batalha, inúmeros Evoluídos estavam se reunindo. Havia também outras pessoas no meio, que pareciam ter chegado apenas para que pudessem desfrutar do espetáculo que se aproximava e assistir a batalha com alegria.
Depois de caminhar uma dúzia de quilômetros, ouviram o rugido de um elefante barulhento. Han Sen perguntou para si mesmo, ‘aquele é o Elefante de Ossos Brancos da Montanha do Diabo?’
O mesmo pensamento percorreu a mente do Wang Yuhang. Os dois se viraram para se olhar, com um olhar assustado no rosto. O Elefante de Ossos Brancos era um inimigo aterrorizante demais e tinha devorado uma Criatura de Linhagem Sagrada de Variante Furiosa apenas com uma mordida. Era, sem dúvida, um monstro de alto nível entre as Super Criaturas. Com seu tamanho gigante, parar a aproximação dele não seria um feito pequeno.
Eles caminharam mais alguns quilômetros até ver um Elefante de Ossos Brancos marchando apressadamente pela trilha, produzindo tremores a cada passo. Os humanos ao redor eram como formigas.