Participe do nosso grupo no Telegram https://t.me/+hWBjSu3JuOE2NDQx
Considere fazer uma Doação e contribua para que o site permaneça ativo, acesse a Página de Doação.

Supreme Magus – Capítulo 1085

Conflito Interno (1)

“Não é? Você conseguiria fazer um baralho de cartas com todas essas runas de contato.” O sorriso de Kamila não se estendia aos olhos e sua voz estava tão afiada que poderia cortar Davross como se fosse uma faca quente na manteiga.

“Friya, me ajuda aqui. Você é a única que normalmente passa por esse tipo de coisa. Diga a Kamila que não é minha culpa antes que minha irmã piore ainda mais as coisas.”

“Ele tá certo.” Friya suspirou. “Essas pessoas não passam de interesseiras atraídas pela cor de seu manto. Além do sorriso presunçoso que ele dá todas as vezes que alguma aia dá em cima dele, não há motivo para ficar irritada.”

“Eu sabia que não estava imaginando coisas! Quando voltarmos pra casa, vamos conversar.” Kamila amuou.

“Bons deuses, Kami, essa é a Corte Real. Eu tenho que ser educado e entrar no jogo. Eu não posso só enxotá-las como se fossem pombos. Cada uma delas é no mínimo uma marquesa e eu não posso me dar ao luxo de virar inimigo de metade do Reino.” Lith disse, tentando se defender.

“Kami? Que apelido fofo! Lith também tem um?” Tista cutucou ele de novo, fazendo Kamila corar.

“Sim, normalmente eu o chamo de ‘idiota’.”

As portas da sala do trono se abriram, salvando Lith de mais constrangimento. As brincadeiras de Tista ajudaram todos a relaxar, mantendo suas mentes longe da audiência.

A sala tinha mais de quarenta metros de comprimento e pelo menos trinta de largura, com um único tapete vermelho de seda com bordas douradas que ia das portas duplas de três metros de largura até os dois degraus que distanciava o piso mais baixo onde os nobres ficavam, do mais elevado da família real.

O casal Real estava sentado em seus tronos de ouro, observando todos que já estavam lá dentro. Lith reconheceu apenas alguns deles e a julgar pelo som de suas vozes, somente a presença da Realeza os impedia de avançarem nos pescoços um do outro.

Toda a sala era iluminada por lustres de cristal alimentados com magia, não deixando espaços para sombras. Tanto os pisos quanto os pilares eram feitos de mármore com veios de ouro.

Era naturalmente resistente à magia em geral e à magia de terra em particular, tornando-o um dos mais preciosos e robustos materiais presentes no Reino Grifo.

No lado esquerda da sala, Lith reconheceu Jirni, a Marquesa Distar, Órion e o general Berion. No lado direito, em vez disso, estavam o Arquimago Deirus, Arquimago Kwart, o Presidente da Associação de Magos, e a Arquimaga Onia, Diretora do Grifo Negro.

Ambas as facções mantinham as mãos do lado do corpo e suas vozes baixas, porém Lith tinha certeza de que, se olhares pudessem lançar feitiços, a sala do Trono estaria em ruínas, apesar do mármore com veios de ouro.

O Secretário perto da porta bateu no chão duas vezes com um grosso bastão dourado, produzindo um som sordo que chamou a atenção de todos.

“Arquimago Lith Verhen, Condestável Real Kamila Yehval, Maga Tista Verhen, Maga Quylla Ernas, Maga Friya Teleta Aelia Ernas e Maga Phloria Rose Terra Ernas chegaram.” O Secretário disse.

Lith teve dificuldade em reprimir o riso com seus nomes longos e pomposos. Ouvi-los pela primeira vez os fez soar ainda mais cômicos, especialmente o de Phloria. Kamila e Tista estavam no mesmo barco, porém elas só conseguiam olhar de soslaio para suas amigas nobres.

Friya e Phloria odiavam seus nomes do meio, contudo elas só podiam amaldiçoar interiormente a etiqueta da Corte e engoli-la.

O grupo caminhou até ficar em frente aos tronos antes de se ajoelharem.

“Obrigado por virem aqui em tão pouco tempo.” A Realeza os deu permissão para se levantarem. “Antes de chamá-los aqui, nós procuramos por evidências que pudessem corroborar a história dos sobreviventes da expedição de Belin.”

“Infelizmente, mesmo após semanas usando as melhores ferramentas à nossa disposição, os eventos dos quais todos vocês participaram continuam tão inacreditáveis quanto a primeira vez que ouvimos sobre eles. Nós os convocamos na esperança que vocês possam esclarecer as partes mais controversas desta terrível história.” Disse o Rei Meron.

Arquimago Kwart — o precário Presidente da Associação — olhou para o grupo de Lith com desprezo. Ele os considerava traidores que conspiraram com o exército, as feras ou ambos para destruir o trabalho de sua vida.

No entanto, ele só podia continuar calado e encará-los enquanto a Rainha Sylpha fazia perguntas.

“O que aconteceu após entrarem sozinhas nas minas, Magas Ernas?”

Phloria era a comandante da expedição, então ela se adiantou e contou a eles tudo sobre a emboscada dos Carniçais. Ela seguiu as instruções de Jirni, descrevendo como foram encurraladas e citando palavra por palavra o líder Carniçal admitindo que eles haviam sido contratados por Deirus.

Diferente de Wyra, Ex-segunda em comando de Friya, Phloria já era seu alvo e o nome Ernas significava muito na corte.

“Apesar dos melhores esforços do Arquimago Verhen, não estaríamos aqui hoje se não fosse pelo guarda-costas que minha mãe, Arconte Ernas, me designou secretamente e pela intervenção de uma criatura misteriosa que se chamava Nandi.” Phloria olhou ao redor da sala, procurando por Morok.

“Você tem alguma prova para apoiar suas alegações?” O Rei perguntou.

“Apenas minha palavra, a de minhas irmãs e do Mago Eari. Minha irmã Quylla pode mostrar a vocês um holograma da criatura. Além disso, sua presença, assim como a da Abominação nas minas de Laroxya, explica por que os mortos-vivos abandonaram as minas e por que não as detonaram quando tudo estava perdido.”

O Rei e a Rainha ponderaram as palavras de Phloria, não encontrando nenhuma falha em sua lógica. Os misteriosos híbridos de Abominação já haviam provado ser capazes de se comunicar e sempre escolhiam lugares abundantes em energia mundial como sua morada.

Além disso, as minas de Belin eram um bem inestimável e apenas a presença de um oponente verdadeiramente poderoso poderia ter forçado os mortos-vivos a deixar os cristais mais preciosos para o Reino.

No entanto, o Rei e a Rainha concentraram sua atenção em outro detalhe que Phloria havia mencionado “casualmente”.

“Maga Quylla, você realmente pode produzir hologramas também?” A Rainha perguntou.

“Sim, Vossa Majestade.” Quylla se curvou e criou uma projeção em tamanho real da aparência de Nandi.

“Criatura fascinante.” Sylpha assentiu. “O Arquimago Verhen te ensinou?”

“Não, eu aprendi sozinha. Minha esperança é um dia superar o professor Manohar.” As palavras de Quylla fizeram o coração da realeza vibrar enquanto o dos aliados de Deirus azedava.

Cada um deles se ressentia de Quylla por diferentes motivos, mas seu rancor mútuo os uniu contra a família Ernas.

“Vossa Majestade, com todo o respeito, os eventos que a Maga Ernas descreveu são muito convenientes.” Disse o Arquimago Deirus. “Se o que ela diz é verdade, onde está esse tal de Eari e por que essa criatura lendária desapareceu antes que a equipe de resgate explorasse as minas?”

“Sem mencionar o quão calunioso é associar meu nome com as divagações de um Carniçal apenas para seguir os interesses de sua família.”

“Eu concordo com Deirus apenas em uma coisa. Onde está Eari?” Jirni perguntou.

“Por alguma razão que não conseguimos entender, ele foi parar em um local distante do Deserto de Sangue.” O Rei Meron apertou o nariz em frustração.

“Enviamos uma equipe de resgate assim que identificamos sua localização, mas sua presença além das fronteiras criou um pequeno acidente diplomático que ainda precisamos resolver.”


Comentários

5 2 votos
Avalie!
Se Inscrever
Notificar de
guest
2 Comentários
Mais recente
Mais Antigo Mais votado
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários
Danilo Torres
Membro
Danilo Torres
1 mês atrás

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK PORRA FALUEL

Ramareqo
Membro
Ramareqo
8 meses atrás

Obrigado pelo capitulo! S2

Opções

Não funciona com o modo escuro
Resetar