Switch Mode
Participe do nosso grupo no Telegram https://t.me/+hWBjSu3JuOE2NDQx
Considere fazer uma Doação e contribua para que o site permaneça ativo, acesse a Página de Doação.

Supreme Magus – Capítulo 1156

Dois Mundos (2)

Cada casa era maior que a de Lith e cercada por um pequeno jardim cheio de árvores sazonais e frutíferas que espalhavam um perfume doce.

‘Você tá certíssima. As Bestas são monstros sem coração. Como elas podem forçar as pessoas a viverem em um lixão?!’ Lith pensou enquanto os outros tinham dificuldade em acreditar que ainda estavam em Reghia.

‘Ok, tudo bem. Retiro o que disse. Este lugar é maravilhoso e essas pessoas provavelmente serão idiotas ingratos.’ disse Phloria.

O grupo decidiu seguir o conselho de Solus e se separou. Cada um deles foi para uma casa diferente, mas todos receberam o mesmo tratamento.

“O que você quer, Greniana imunda? Não tenho comida para dividir com uma selvagem.” Uma mulher de trinta e poucos anos com pele bronzeada disse a Tista.

A mulher olhou para a pele morena clara de Tista com despeito, confundindo-a com uma cidadã da Democracia Gren com a qual seu povo tinha uma inimizade de séculos.

“Eu não sou Greniana e eu não preciso de comida. Aren, o líder de Reghia, me mandou aqui para te ensinar a língua do meu continente, Garlen. Você poderia trazer aqui–” Nem mesmo o melhor sorriso de Tista impediu sua anfitriã de cortá-la rapidamente.

“Eu deveria saber que você não é daqui. Muita carne nesses ossos e sorrisos demais. Não há felicidade em Reghia. Não apenas essas feras deixaram meu marido morrer como se fosse um cachorro, mas também me forçaram a trabalhar como escrava e meus filhos viverem cercados de inimigos.”

“Diga a essa cobra super crescida que eu me recuso a desistir das tradições que meus antepassados ​​deram a vida para manter e proteger só para aprender uma língua estrangeira. Se ele realmente quiser que as pessoas comecem a agir civilizadamente, então ele deveria começar a ensinar Pacleano em vez desse garrancho que vocês chamam de língua.”

A mulher bateu a porta na cara de Tista, machucando um pouco o nariz dela.

Tanto Lith quanto Phloria tiveram a mesma sorte em suas tentativas.

“Onde estava você, verme de Garlen, enquanto nossa Democracia Gren morria por causa da praga espalhada por aqueles assassinos do Paclean? Você tem coragem para vir à minha casa e me dar ordens. Talvez você esteja acostumado a seguir cegamente a ordem de seu tirano como um bom soldado, mas meu povo tem direitos!” Um homem em seus vinte e poucos anos gritou na cara de Lith.

“E onde estavam vocês idiotas pomposos quando o Reino Grifo quase foi destruído por uma praga?” Lith zombou, segurando a porta aberta com sua força superior.

“Aqui, cuspindo merda como sempre, eu presumo. Eu, em vez disso, me esforcei pra caralho para salvar meu país. Você pode dizer o mesmo ou só sabe culpar os outros por sua inutilidade?”

“Quanto ao meu chamado tirano, a realeza nos manteve em paz por séculos e estamos em relações amigáveis com nossos vizinhos, enquanto apenas a peste parou as guerras em seu continente. Quanto aos seus direitos, você não tem nenhum.”

“Gren não existe mais, amiguinho. Estamos em Reghia. Vou me certificar de relatar seu comportamento e reduzir pela metade suas rações de comida. Vamos ver se seu nacionalismo aguenta a fome ou se você está sendo arrogante só porque tá de barriga cheia.”

Então Lith bateu a porta com força suficiente para que o homem que ainda estava apertando a maçaneta batesse o rosto contra a madeira e depois caisse de bunda no chão, tentando parar o sangramento nasal.

“Primeiro, eles me confundiram com algo chamado Vargharian e culparam meu suposto povo pela praga. Então, quando expliquei que venho de Garlen, eles me mandaram tomar no cu.” disse

Phloria. “Como foi com você?”

“Igual.” Lith rosnou enquanto se transformava em sua forma híbrida novamente. “Estou farto desses idiotas. Vou pedir outra tarefa. Afinal, tenho que experimentar como é viver como uma fera e cuidar de humanos não faz parte da descrição do trabalho.”

“Sinto muito, Phloria, mas tô com Lith nessa.” Tista olhou para a casa da mulher Paclean com raiva.

“Vocês não podem estar falando sério.” disse Phloria. “Eles estão apenas traumatizados por terem sido arrancados de suas casas enquanto as viam morrer. Essas pessoas precisam de nossa ajuda e compreensão, não de nosso julgamento.”

“Você estaria certa se a praga tivesse acontecido ontem e não meses atrás.” Tista balançou a cabeça.

“Essas pessoas têm tudo o que precisam, mas desperdiçam seu tempo apontando dedos e brincando sobre sua superioridade sobre os outros, chamando-os de bárbaros.”

“Isso não é tristeza, mas orgulho cego. Lith e eu tínhamos muito menos quando éramos crianças, então não posso simpatizar com seu comportamento idiota.”

Ela apontou para as crianças brincando lá fora com seus amigos bestas mágicas. Ao contrário de seus pais, as crianças não tinham problemas em sair juntas e até tentavam aprender a se comunicar umas com as outras.

“Aren está certo. Se só ter comida e teto os torna tão arrogantes, então é melhor não dar a eles nenhuma mercadoria mágica. Até que os humanos de Reghia deixem de lado seu orgulho e percebam que precisam começar do zero, nós só estaremos desperdiçando nosso tempo.”

Lith e Tista voltaram ao centro de comando de Reghia para receber novas missões enquanto Phloria visitava uma casa de cada vez. Além das pessoas cuja família inteira foi salva por uma Besta Imperador, os outros nem se incomodaram em falar com ela.

Mesmo aqueles que agiram de forma amigável e estavam dispostos a aprender a língua do continente Garlen se recusaram a deixar o distrito humano. Eles estavam com muito medo dos animais e de seus próprios vizinhos, confiando em ninguém além dos membros de seu próprio país.

Aprender uma língua teria sido uma tarefa tola se seus alunos não tivessem ninguém para praticar e continuassem falando seu idioma nativo.

No momento em que ela desviou das portas que poderiam ser batidas em seu rosto, Phloria entendeu que a situação dos humanos em Jiera não era tão ruim quanto Aren havia descrito.

Era muito pior.

Deserto de Sangue, dentro da Margem dos Rezars.

Enquanto isso, Nalrond havia desmaiado após o choque de descobrir que seu povo ainda poderia estar vivo, o resto do grupo tinha ignorado sua explosão e continuado a olhar para os arredores com admiração.

Na frente deles, havia prados que iam além de onde a vista alcançava e no horizonte bosques tão grandes que ofuscavam os bosques de Trawn. No entanto, atrás deles não havia nada além do nevoeiro prateado que separava a Margem do resto de Mogar.

Formava uma cúpula que só se tornava visível de perto. Mesmo a poucos metros de distância, o nevoeiro refletia seus arredores como um espelho, fazendo a Margem passar a impressão de não ter limites.

A névoa espessa era composta de energia mundial pura que permitia que o espaço distorcido permanecesse estável, não importando o que acontecesse dentro e fora da cúpula.

“Esse lugar é incrível. A quantidade de energia mundial é tão grande que tô arrepiada.” Friya usou a primeira magia para conjurar uma pequena chama em seu dedo indicador direito, mas sua mão inteira se transformou em uma chama abrasadora.

“Mas que caralhos? Acabei de usar a primeira magia, mas o feitiço tem um poder semelhante a um nível um.”

Quylla e Morok também tentaram, confirmando suas descobertas. Cada feitiço que eles lançaram teve seu efeito aumentado em um nível graças à abundante energia mundial que impulsiona todos os tipos de magia elementar.


Comentários

5 3 votos
Avalie!
Se Inscrever
Notificar de
guest
1 Comentário
Mais recente
Mais Antigo Mais votado
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários
Ramareqo
Membro
Ramareqo
8 meses atrás

Obrigado pelo capitulo! S2

Opções

Não funciona com o modo escuro
Resetar