Supreme Magus – Capítulo 800

Além disso, se os Mortos-Vivos pudessem se mover livremente por Garlen, eles superariam sua maior limitação que até aquele momento os impedia de ser uma ameaça real para os vivos.

A maioria dos mortos-vivos não conseguia se mover durante o dia e alguns não podiam nem mesmo deixar seu local de morte por muito tempo. O sistema de segurança do Portal do Reino tornava impossível para eles usá-lo sem serem descobertos e estabelecer um próprio era impossível para eles.

Mortos Vivo os tornava mestres de forja péssimos devido à incapacidade de canalizar adequadamente o elemento de luz. Criar um portão, esculpi-lo com runas e infundi-lo com um feitiço poderoso o suficiente para dobrar o espaço por centenas de quilômetros de distância era mais do que qualquer um deles poderia fazer.

Sua única esperança era colocar as mãos em um existente.

Depois de ouvir a resposta de Quylla, Marth suspirou interiormente de alívio. Ele não podia pedir nada a ela e, quando tentou entrar em contato com Jirni, ela se recusou a contar a ele sobre o paradeiro de sua filha.

“Quylla acabou de voltar do pesadelo vivo que Kulah era e ela ainda não se recuperou totalmente do trauma de ser vítima de um círculo de escravos. Ela já sacrificou o suficiente pelo Reino.

“Eu não vou permitir que você a traga para uma zona de guerra.” Foram as palavras de despedida de Jirni com Marth e seu tom não deixou espaço para discussão, não se Marth gostasse de sua cabeça onde estava.

“Existe algo que possamos fazer para ajudar?” Perguntou Phloria. “Com todo o respeito, Diretor, não posso confiar a segurança da minha irmã a um bando de estranhos. Especialmente quando eles são um bando de esquisitos.”

“Se for de algum consolo, não estamos aqui sozinhos. Tanto o Deserto de Sangue quanto o Império Górgon enviaram seus melhores curandeiros para encontrar uma cura o mais rápido possível.” Marth disse. “As equipes de pesquisa têm detalhes de nossos respectivos países e de Laruel. Até agora, as coisas têm corrido bem.”

“Sim, mas isso é só porque você está longe de encontrar uma cura.” Friya disse. – Do contrário, você não se arriscaria a pedir a ajuda de Quylla. Somente quando você resolver o problema, a verdadeira luta começará. Estou com Phloria nisso.

“Não seria um período de férias passar meu tempo preocupado com Quylla a cada segundo do dia, de qualquer maneira.”

Lith interiormente praguejou e depois de pedir para usar o banheiro, ele configurou todas as proteções necessárias para fazer uma chamada. Ele estava ansioso para informar o Conselho sobre isso e pedir-lhes que mexessem o traseiro. Infelizmente, todos os seus amuletos estavam mortos.

Os arranjos de Laruel impediam qualquer forma de comunicação com o exterior para evitar que a cidade fosse descoberta. Lith voltou a se sentar, incapaz de decidir. Por um lado, ele não queria deixar seus amigos sozinhos, por outro lado, ele estava doente e cansado desse tipo de besteira.

“Você não precisa se preocupar comigo. Faça o que você acha que é certo.” Kamila segurou a mão dele, confundindo o silêncio de Lith com culpa, porque ele estava prestes a ir embora novamente.

“Isso é maior do que você e eu. Eu realmente não estou bem com você passando tanto tempo com seu ex, nem ficando em uma cidade cheia de …” Ela não quis ser rude com seus anfitriões, mas araila estava apontando o dedo para Ryssa, que continuava acariciando Marth sem se importar com a presença de convidados.

“Mas se essa situação sair do controle, não será mais um problema apenas para as grandes cidades. Qualquer psicopata pode ir e vir à vontade, até mesmo para Lutia. Ninguém estaria seguro, não importa onde vivesse.”

Lith assentiu em silêncio. Desta vez, até mesmo fugir para o Império ou para o Deserto foi inútil. Pela primeira vez, o Reino de Griffon não tinha culpa e o problema era grande demais para deixá-lo nas mãos de um bando de estranhos.

“Obrigado, querida.” Ele disse. “Quando começamos?”

“Agora é tarde demais. Vou pedir a Lyta para trazê-la de volta a Javvok e buscá-la no mesmo lugar amanhã ao amanhecer. A essa altura, suas acomodações devem estar prontas.” Antes de encontra-los, Marth não tinha ideia de que estavam todos juntos, portanto, ele apenas havia preparado um quarto para Quylla.

Para hospedar tantas pessoas, eles tiveram que mudar de local para uma árvore maior. Mágico ou não, para cultivá-los levava tempo e eles poderiam usar toda a ajuda que pudessem.

De volta ao hotel, todos foram direto para seus amuletos. As meninas tiveram que falar com seus pais, Kamila com seus comandantes e Lith com Athung.

O problema envolveria principalmente a civilização humana, já que as feras não tinham cidades próprias, ou assim ele pensava, portanto, lidar com isso era uma questão para o Conselho humano.

Athung atendeu quase imediatamente, curiosa para saber por que um dos tópicos mais quentes da comunidade dos Despertos precisava da ajuda dela. Depois que Faluel, a Hidra, chutou verbalmente o traseiro de Raagu, o Conselho humano e o Conselho da besta estavam em desacordo pela falta de respeito que a Hidra havia demonstrado.

“Isso tudo é notícia velha.” Athung disse assim que Lith terminou de reclamar. “O Conselho não se preocupa com os assuntos humanos. Não temos nada a ganhar ou a temer. Muito pelo contrário. Jiera foi um golpe de sorte para seus Despertos.

“Agora todos os recursos pertencem a eles, eles conseguiram colocar as mãos na maioria dos legados mágicos dos falsos magos, e o que é incrível, é que eles podem finalmente viver ao ar livre.

“As únicas cidades habitadas agora são povoadas por feras ou Despertos. Consideramos uma grande oportunidade para ver se ter um país próprio pode funcionar e como podemos conviver com feras não-Despertadas.

“Estamos até a considerar reivindicar Jiera para nós próprios se tudo correr bem.”

“Você sabia sobre a praga e não fez nada a respeito?” Lith ficou pasmo, isso era um nível de idiotice além dele mesmo.

“É claro que sabíamos, e os Guardiões também. Humanos não são crianças que você pode guiar pela mão, nós tentamos e falhamos inúmeras vezes. Claro, poderíamos matar o Rei e aqueles que haviam pesquisado a praga, mas o que sobre os outros estados?

“Eles estavam pesquisando suas próprias armas mágicas também. Se matássemos todos os envolvidos nesse tipo de pesquisa, o vazio de poder teria desencadeado guerras que teriam durado décadas e exposto nossa existência.

“Por que deveríamos arriscar nossas vidas, nossa segurança, por pessoas que nos queimariam na fogueira ou nos experimentariam como ratos para roubar nossos segredos? Nós Despertos podemos ser idiotas, mas pelo menos temos regras e as obedecemos.

“Os humanos, ao contrário, são ávidos por poder e nunca pensam nas consequências de suas ações.

“Eles fizeram sua escolha e pagaram por ela. Só podemos esperar que o continente Garlen aprenda com seus erros. O Guardião local fez tudo o que podia. Você não pode impedir uma ideia com violência, apenas tente provar que está errada e isso o que ele fez junto com os outros Guardiões.

“Eles avisaram os humanos, mas não ouviram. Os Guardiões até causaram um pequeno surto antes que a praga fosse desencadeada, esperando que os humanos percebessem os imensos riscos que tal loucura carregava.

“Eles enterraram seus mortos e seguiram em frente como se nada tivesse acontecido. Para o bem maior, eles disseram. Pela primeira vez, eles estavam certos. Para nós, Despertos, foi um grande bem.” Athung sorriu.