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Sword Pilgrim – Capítulo 16

Capítulo 16

Vozes abafadas e uma procissão barulhenta.

Eram todos viajantes entrando e saindo de Tristar.

— Tem alguma coisa acontecendo?

— Ouvi dizer que Tem um apóstata se escondendo aqui. Aqueles são os Inquisidores de Heréticos da Igreja Valtherus.

Um padrão de espadas duplas vermelhas e cruzadas era o símbolo dos Inquisidores de Heréticos.

— Eles estão fazendo interrogatórios no posto de controle para encontrar o apóstata?

— Ei, esses malucos. Se não nos apressarmos e cruzarmos as montanhas logo, ficaremos para trás e teremos que acampar ao ar livre, mas esses doidos estão realmente sendo cuidadosos!!

— Os Inquisidores de Heréticos não deveriam ser capazes de identificar os apóstatas apenas olhando para o poder divino?

— Não é à toa que continuamos sendo derrotados pelo Império.

— Você aí, fique quieto!

Com esta ordem dada pelos soldados, as vozes rapidamente se reduziram a sussurros.

— Mestre, está tudo bem?

— Está tudo bem, calado, Bruns.

— Sim.

O Inquisidor perguntou, apontando para o homem de capuz.

— Espere, você aí, pare! Identificação?

— Aqui.

O Inquisidor verificou a identificação, virando-a para frente e para trás.

— Tire o capuz.

— Por que você está pedindo para ele tirar o capuz? O mestre não gosta de mostrar o rosto!

— Um dos traços do apóstata são seus olhos. Ele tem olhos cinzentos, que são raros, então tire o capuz.

— Não, mas este cavalheiro…!

— Acalme-se, Bruns. Não tem problema…

Saaaa.

Quando o capuz foi puxado para trás, um homem bonito com traços claros e olhos negros apareceu.

— Hmm… Que olhos bonitos.

Os olhos negros brilharam excepcionalmente.

— Está no meu sangue.

— Hmm … pode passar.

Callius colocou o capuz de volta e passou pelo Inquisidor.

Após um tempo…

Callius parou na floresta em direção ao norte através das largas planícies de Tristar, e estendeu a mão para Bruns.

— Aqui está.

— Hmm.

Quando Bruns lhe entregou um pequeno recipiente, ele abriu e tocou seus globos oculares com a mão para arrancar algumas coisas, que foram colocadas no recipiente.

— Você está bem?

— Sinto que meus olhos estão rígidos. Acho que não dá para usar isso por muito tempo.

Havia duas lentes na caixa.

Era um par de lentes pretas feitas de vidro, produzido por Dexter.

‘Não dá para usar duas vezes.’

Na Idade Média, dizia-se que as lentes costumavam ser feitas de vidro, então mandei fazer estas, mas foi mais doloroso do que eu pensava.

Nesta época, o conceito de componentes avançados, como silicone, não era bem conhecido, portanto, apenas lentes de vidro estavam disponíveis.

Pelo menos, isso era possível porque as habilidades físicas de Callius eram superiores comparadas às de uma pessoa comum.

Se um criminoso comum tivesse usado tal coisa, seus olhos seriam feridos no mesmo instante.

— Vamos. Temos uma estrada movimentada pela frente.

— Sim!

Foi então que…

— Então, era mesmo você.

Uma voz fria como gelo, e uma presença estranha atacou Callius.

Ele imediatamente desembainhou Arsando.

Chaeeng–!

Keuk…!!

Kkikig! Kkikikigig!!

Faíscas voavam quando as espadas se chocaram.

Os arbustos tremeram e os cabelos cor de água da inimiga tremularam na sua frente.

— Você pode ter enganado aquele Inquisidor extremista, mas não pode enganar meus olhos, já que eu conheço seu rosto. O Manto do Crepúsculo. Foi você também.

— Esther Sol Ciliad…

A próxima Paladina.

Um gênio entre os gênios que era intitulada como a próxima Santa. Uma mulher que não podia deixar de ser elogiada por sua esgrima, poder divino, beleza e graça.

Esther.

Seus cabelos cor de água brilhavam suavemente na luz como se ela fosse uma apóstola enviada pelo próprio Deus Valtherus. Seus olhos eram azuis escuros como se contivessem todas as profundezas de um oceano.

— Sua voz. Seu rosto. E seu olhar também. Nunca vou esquecer.

— É uma honra que a próxima Santa me diga isso.

À primeira vista, suas palavras soaram como um hino de amor, mas essa não era a atmosfera.

Não sei por que ela está me olhando como se eu fosse seu inimigo mais antigo.

Ela tem rancor do Callius, será que rolou algo que eu não saiba?

Não sei.

Isso é algo que não sei.

Algo que ainda não foi definido.

Então, é ainda mais confuso.

— Três anos atrás, eu te avisei. Peregrino Callius.

— Do que você tá falando?

— Já se esqueceu? Então, vou te fazer lembrar.

A espada da Esther apontou para baixo, e ela consertou a postura, baixando a espada com as duas mãos e formando um ângulo.

— Deixei claro naquela hora. Se eu me deparar com você como um Peregrino, na minha peregrinação.

– Juro que vou te matar.

— Eu, a Peregrina Esther, desafio você, Peregrino Callius, para um duelo.

O duelo não terminará até que alguém morra e se transforme na espada do oponente.

— Peregrino Callius. Não morra facilmente. Esperei muito ansiosa por este momento por tanto tempo!

Shhik!

Esther desapareceu com o som de um vento forte.

‘Rápida.’

Saaak!

Sua espada chegou onde o pescoço do Callius estava um momento antes.

Rápida.

E linda.

Sua espada era assim.

Era rápida e precisa.

No início, ela se aproximou tão rapidamente que ele nem percebeu, e em um instante sacou a espada e atacou.

Suu.

Ela atacou duas ou três vezes no tempo em que uma pessoa normal só conseguiria atacar uma vez.

Esgrima rápida. Era uma esgrima rápida e difícil de acompanhar e de contra-atacar.

Chaeeng–! Chwaak!

Kugugung! Quang!

Bruns correu para a floresta sem entender o que estava acontecendo.

Ele se escondeu entre os arbustos e olhou atrás das árvores para ver a batalha feroz entre Callius e Esther.

Faíscas vibravam entre os golpes de espada que eram muito rápidos para serem vistos, árvores eram cortadas e desmoronavam em instantes.

Glup.

Era assim que os Peregrinos lutavam.

— Não é hora de ficar emocionado. Ah, não existe nenhum jeito de ajudar o mestre.

Tudo o que podia fazer era observar de longe.

Chaeeng–!

‘Os ataques estão ficando mais fortes.’

Não era apenas velocidade.

Sua força era igualmente forte.

A qualidade do poder divino também era alta.

Talvez fosse porque havia observado o poder divino contido na pedra sagrada, então conseguia ver o nível do poder dela apenas a observando.

Seu poder divino estava no nível 3.

Na verdade, logo vai virar nível 2.

A pureza do poder divino era excepcional.

— Faz apenas três anos e você já atingiu esse nível. Isso é ótimo.

— Você também conseguiu evoluir bastante. Eu não esperava que durasse tanto contra meus ataques.

— O tempo foi justo com todos

Ele estava dando o seu melhor, mas sua mão direita que segurava a espada tremia.

‘Se não fosse pela luva que Dexter fez, minhas mãos já teriam explodido.’

Porque a esgrima dela era rápida e pesada.

Movimentos ágeis, e a serenidade do poder divino que era perfeito pra ela.

Em suma, suas habilidades físicas aumentadas e sua esgrima rápida sem igual dava a ilusão de que muitas espadas voavam de todas as direções.

Como se…

Estivesse no meio de uma chuva forte.

Pode até tentar evitar, mas não consegue.

Quanto mais tenta defender em uma direção, mais rápido outro ataque vem de outra direção.

— Hoh.

Dezenas de cortes rasos de espada apareceram em seus braços e pernas durante essa breve troca.

— Isso é por causa do Manto?

— Também! Estou atrás dele, mas não estou fazendo algo assim só por causa disso.

— Então, por quê?

— Você não se lembra…?

— Não. Esqueci tudo do meu passado.

Ela baixou a espada e fechou lentamente as pálpebras.

Seus longos cílios tremiam, e ela parecia bastante irritada.

— Você é um gênio em deixar as pessoas com raiva.

— O que eu te fiz?

— O que você fez. O que você fez!!!! Ninguém mais sabe, e até você não se lembra, então é como se você nunca tivesse feito nada, certo!!

Ela gritou furiosa sem dar uma resposta concreta.

Esther definitivamente não deveria ser assim.

Ela nunca ficava zangada, nem triste, porque era fria e rígida.

Uma mulher que era impiedosa com demônios e bestas, mas gentil com crianças.

Essa era Esther Sol Ciliad.

— Hmm

Sinceramente, eu não sei.

Sei que Callius não deve ter ficado parado na igreja, mas não sei se ele fez algo com Esther.

‘Será que ele fez algo com a… Esther.’

Justo quando eu estava prestes a tentar pensar em algo.

A boca de Esther se abriu.

— Você se aproximou de mim primeiro, mas quando descobriu que eu não era de uma família nobre, começou a me tratar mal.

— Uh

— E por algum motivo você começou a me desprezar e até mesmo atormentar os monges nascidos plebeus que ficavam comigo.

— Uh… então é isso.

— Não foi só isso!!!! Você me pediu para praticar esgrima com você, e depois que foi derrotado, você fez todos os tipos de coisas absurdas!

Eram coisas frívolas, como colocar pregos no cabo da espada de madeira da Esther e colocar agulhas nos seus sapatos.

Formando um grupo com aristocratas, ele assediou os plebeus e puniu qualquer um que falasse com Esther.

Foi isso que fez.

— Continuei me desculpando com você o tempo todo. Fiz isso mesmo não tendo feito nada de errado. Mas você continuou me incomodando ainda mais.

— Hm… Entendo…

— Eu vou te matar! Sua própria existência é maligna. Você não é diferente dos monstros.

— Então, é assim que vai ser…

Eu não tenho o que dizer.

Essas coisas definitivamente não foram feitas por mim, mas o que posso dizer a esse ponto?

Mesmo que eu tenha dez bocas, não tem nada que eu possa falar.

‘Callius é louco? Eu não sei sobre os outros, mas até mesmo a Esther…’

Mas eu acho que sabia.

Assim que ele viu Esther, o coração de Callius deve ter vibrado como um peixe pulando da água.

Provavelmente…

‘Ele deve ter gostado da Esther.’

Poucos não gostavam dela, até porque era linda e forte.

Forte o suficiente para ser a próxima Paladina, e gentil o suficiente para ser a próxima Santa.

Ela era como uma espada afiada agora, mas, com o passar do tempo e a cada situação de vida ou morte que presenciar, gradualmente adquirirá o atributo de uma santa.

Então, Callius deve ter gostado da Esther também.

Ele também era humano. Se não estivesse interessado, não a teria incomodado tanto.

Ele teve uma queda por ela, apaixonou-se, mas parecia que não ser de uma família nobre era de alguma forma inaceitável.

‘Então, deve ter sido isso.’

Em primeiro lugar, ele tinha o atributo “Filho Pródigo da Igreja”. Não havia uma mulher que não tivesse perseguido.

Callius era uma babaca, só que agora eu era ele!

— Por que você fez isso?

Ela mudou o pé que estava pisando e deu uma estocada bem rápido.

Em seguida, levantei Arsando.

Sua esgrima era assim…

Mas, naquele momento, a trajetória mudou.

Kkigigigig!

Sua espada deslizou pela parte plana de Arsando.

Seuk.

Quando inclinei a cabeça para trás, uma linha profunda clara foi desenhada no meu pescoço.

Julug.

Gotas de sangue se formaram ao longo dessa linha.

E no momento em que começaram a fluir…

Poeok!

— Kaahk!

Seu chute perfurou meu estômago como uma besta atravessando minhas defesas.

Kuung!

Shheich!

Sua espada me furou mais uma vez.

Agora, mirou a minha cabeça.

Droga!

— Seus olhos estão melhores do que antes. Você se esquivou muito bem da minha espada.

Inclinei a cabeça para evitar a espada.

A espada da Esther perfurou a árvore atrás de mim.

— Este também é o poder da relíquia sagrada?

— Você veio encontrar a relíquia também?

— Meu trabalho é encontrar a relíquia.

— E me matar?

— Isso é pessoal.

— Mas o quê…?

Uma risada escapou.

Era uma situação em que eu não tinha escolha a não ser ficar nervoso, mas mesmo que a morte estivesse próxima, estranhamente ri.

— Qual a graça?

— É apenas engraçado. É engraçado que você esteja na minha frente agora, e eu não posso acreditar que você veio me matar.

— Não é brincadeira.

— É, acho que não é. Hoo.

Callius suspirou pesadamente e olhou nos olhos da Esther.

— Não tem nenhuma relíquia. Se eu tivesse uma coisa dessas, não estaria nessa situação.

— É mesmo?

— Sim. O milagre da relíquia sagrada que a Igreja não conseguiu encontrar em primeiro lugar não é algo deste tipo

— Foi o que pensei…

— Acredita em mim?

— Pelo menos, pelo que sei, você era orgulhoso como um nobre. Um nobre que não mentia, mesmo que foi rude comigo.

Obrigado por acreditar em mim.

— É uma pena que não haja relíquias sagradas.

— Você ainda vai me matar.

— Sim, porque foi isso que decidi fazer.

Então, me mate.

Simples e claro.

Bem, pelo que me contou, ela foi intimidada desde que se tornou uma freira, então quanto tempo durou toda essa merda?

Isso é motivo suficiente.

Callius deve ter sido arrogante na frente dela, exibindo seu status de aristocrata, já que não podia competir com ela na esgrima.

Até eu quero me matar também.

Mas não posso morrer.

Não posso morrer tão facilmente.

— Seria uma honra morrer pelas suas mãos.

— É mesmo?

— Mas não posso morrer ainda.

— Não cabe a você decidir isso.

Sua espada desembainhada estava dirigida ao meu pescoço.

— Cabe a mim decidir.

Logo, a espada dela foi brandida, mas desamarrei a pulseira, antes do meu pescoço ser cortado.

Click.

Em seguida, com o poder divino que estava armazenado nela…

『Talento, < Composição do Versículo da Morte (Não Morra Antes da Hora) – Iluminação da Morte> foi ativada.』

Composição do Versículo da Morte era um atributo único do Callius.

Foi acionado pela espada de Esther, só sendo possível quando realmente percebia que a morte estava chegando.

O poder divino transbordou como uma represa que rompeu, e tudo se harmonizou com o atributo Iluminação.

A quantidade de poder divino no campo do elixir aumentou, mas na verdade não era tão grande quanto costumava ser. Pouco a pouco, um por um, foi se comprimindo.

Lenta e densamente, foi refinado. Agora estava firme e tomou forma.

Brotos prateados empilhados em camadas.

Seuk.

Os olhos cinzentos de Callius brilhavam.

<Flores de Seis Pontas que Desabrocham no Fim da Estação atingiu o primeiro nível.>

Flores de Seis Pontas que Desabrocham no Fim da Estação

Classe: Única

Estágio:Primeiro nível.

  • Seis brotos desabrocham no fim da estação.

O poder divino da espada da Esther.

Os fluxos de poder divino que estavam aninhados dentro da sua espada ficaram claramente visíveis.

— Floresça.

Kaaaang!!

Surgiu um som agudo e afiado de metal.

A espada da Esther ricocheteou, e seus olhos ficaram trêmulos, quando sua esgrima foi quebrada.

Após a explosão de luz, pequenas partículas flutuavam ao redor deles como pétalas.

Uma esgrima que quebra a esgrima do oponente usando seu próprio poder divino contra eles.

Seu nome era assim, pois era tão linda quanto pétalas prateadas.

— Espada de Onda da Flor Prateada…


Nota:

은화파검 (銀花破劍) está sendo traduzido como Espada de Onda da Flor Prateada.


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