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Sword Pilgrim – Capítulo 34

Capítulo 34

Emily duvidou dos próprios olhos.

Não, ela simplesmente não podia acreditar no que tinha visto.

‘Isso é absurdo.’

Que tipo de esgrima o maior lixo da história dos Jervain acabou de exibir? A esgrima da lendária Santa Stella, cujas canções ainda eram cantadas.

A arte chamada Espada de Onda da Flor Prateada.

Pétalas dançaram no ar, e ele pintou flores coloridas ao vento com sua espada.

Pétalas pairavam ao redor dele, movendo-se com sua espada de acordo com seu desejo.

Gradualmente condensando e reunindo suas forças, uma onda de pétalas atacou o inimigo como uma maré alta.

O poder que ostentou naquele momento era como uma tempestade furiosa.

Como se fosse o próprio vento do norte.

O chão ficou cheio de cicatrizes daquelas pétalas, uma lembrança da passagem daquela espada. Como poderia tal fenômeno ser causado apenas por uma espada?

Emily não acreditou quando viu.

Especialmente desde que quem causou isso foi a ovelha negra dos Jervain.

Especialmente porque era Callius von Jervain!

— Haha… haha…

Mas até isso já tinha acabado.

A respiração do Callius ficou pesada.

Seu poder espiritual, que tinha queimado com uma divindade tão resplandecente, também estava se espalhando. Foi porque tinha despejado a maior parte da sua energia naquela única espada.

— O Grande Guerreiro…

A forma do Grande Guerreiro não estava em lugar nenhum.

Vendo que Bernard estava embainhando sua espada, infelizmente, parecia que ele tinha fugido.

Mas até mesmo isso erauma grande conquista. Lutar e derrotar um Grande Guerreiro Orc, um forte o suficiente para liderar um batalhão inteiro!!

Tuk.

A espada caiu do aperto dele, e logo depois foi o seu corpo desabando no chão. Em seguida, seu peito começou a sangrar novamente.

Os olhos da Emily se arregalaram para o tamanho da pires.

— Nia! Bruns!

Emily correu para frente.

Callius certamente morrerá se for deixado assim. Não importava que tinha engolido uma pedra sagrada, porque perdeu muito sangue.

PimPim.

Seu sangue se acumulou no chão estéril.

O rosto da Emily se contorceu.

— Ah, Mestre.

— Uh… o que devemos fazer?

Não sei.

Preciso curar a ferida de alguma forma, mas não posso.

Ele já sangrou demais.

Ele pode não sobreviver mesmo que a ferida cure, e não tem remédio disponível para curá-la.

— Vovô!

— Me deixa ver.

Havia um jeito, mas Bernard não conseguiria fazer.

Poderia ser feito se eles pudessem chegar ao castelo, mas estavam muito longe.

A julgar pela condição, Callius morreria no caminho.

Bernard, que tinha experimentado tal cena muitas vezes nos seus anos de experiência, sabia disso.

As rugas na testa se aprofundaram.

— Não tem escolha a não ser orar para Deus.

Oh, grande Deus, Valtherus.

Seu filho está em perigo. A arte da espada que ele mostrou tem o potencial de um dia realizar seu desejo, então, por favor, não o descarte.

Enquanto todos rezavam…

— Ei, eu tenho um jeito!

Era Bruns.

Ele vasculhou a bolsa como um homem possuído e tirou um frasco com as mãos trêmulas.

— O que é isso?

— Me-mestre, fez este remédio. Ele me deu um desses e me disse para usar nele no caso de ele perder a consciência, ou se eu pensasse que ele ia morrer…

Emily o pegou antes que pudesse terminar de falar.

— Como… como eu aplico isso!?

— Você apenas despeja na ferida ou faz ele engolir.

Emily imediatamente abriu a tampa do frasco, despejou metade do conteúdo sobre a ferida e o resto na boca do Callius. Em seguida, ela o abraçou e chorou.

— Não morra! Você não pode morrer. Acabamos de nos conhecer, então por que você já está tentando morrer!

Bernard acariciou as costas da Emily com olhos de pena e ordenou que os Cavaleiros se reunissem ao seu redor.

— Vocês vão para o castelo agora! Ele está na encruzilhada entre a vida e a morte, então teremos que nos esconder na floresta e esperar ele melhorar.

Callius estava em estado crítico, então eles não podiam movê-lo apressadamente, mas não tem necessidade de um grande grupo de pessoas permanecer aqui.

— Ficaremos juntos.

Mas os Cavaleiros negaram com a cabeça.

Antes, eles não tinham fugido, apenas aceitaram a morte.

E, ainda assim, viveram por causa dp Callius, então não tinham nenhum desejo de fugir novamente e preservar suas próprias vidas.

— Tudo bem então. Heh heh.

Vendo-os seguindo Callius apesar das circunstâncias, Bernard sentiu seu humor melhorar.

Só que não durou muito, porque viu a aparência sangrenta de Callius novamente.

— Então vamos sair daqui.

Logo depois, o grupo se moveu para evitar a próxima onda dos orcs.

Tique-taque!

Acordei com o agradável som de uma fogueira. O teto parecia uma cabana feita de madeira escura.

Kkig.

Quando me virei, a cama gemeu.

— Hum

Emily estava dormindo de bruços ao lado da cama. Do outro lado, uma lareira vermelha iluminava o alojamento.

Quando estava prestes a me levantar, vi Emily ainda dormindo, então me deitei.

Refleti sobre o que tinha acontecido.

Eu não perdi nenhuma memória.

Felizmente, lembrei de tudo.

Ainda deitado na cama, estiquei a mão para cima.

‘Corte.’

Com esta mão. Fiz aquela esgrima quase que inconsciente, mas lembro da sensação do corte.

Mas eu não sei exatamente onde o cortei.

Eu estava consciente e a memória permaneceu clara, mas não estava são ou racional naquele momento.

Mas eu o peguei, sem dúvidas.

Só que ele fugiu depois.

‘Que pena.’

Se eu tivesse derrotado o Grande Guerreiro, a recompensa da missão, bem como a classe da Carcaça feita dos restos mortais, teria sido algo para comemorar.

Havia um gosto amargo de arrependimento na minha língua, mas então ri.

Eu, que estava prestes a morrer, voltei à vida.

Desejar ainda mais além disso é pura avareza.

Apenas sobreviver ao Grande Guerreiro era o suficiente para me gabar por toda a vida, quando se tratava dos outros Cavaleiros.

‘Hum… Bruns usou a água benta?’

A ferida que ia do ombro para o lado estava cicatrizando suavemente.

Era uma ferida muito profunda, então ainda não tinha cicatrizado completamente, mas era seguro dizer que era apenas uma questão de tempo.

Não era uma ferida que pudesse ser curada tão bem sem usar água benta, então parecia que a preparada de antemão foi usada.

‘Então agora tenho mais quatro.’

Eu mantive toda a água benta na [Bolsa de Pano de Eldora], exceto pelo frasco que dei ao Bruns, por precaução. Afinal, não era melhor considerar todas as possibilidades e preparar contingências?

Caso contrário, se eu alguma vez ficasse inconsciente e quase morresse, não teria como usar a água benta escondida no estigma.

‘Devo agradecer o Bruns quando ele aparecer.’

Desta vez, ele realmente merecia elogios.

— Mas não sei por que essa garota está fazendo isso.

Emily.

Vendo-a dormir tão profundamente, senti pena por algum motivo.

‘Ela não pode ser filha de Elburton.’

Não tinha nenhum caminho que teria permitido Elburton ter uma filha tão jovem.

Se sim, então tinha que ser adotada… Havia alguma razão para Elburton adotar uma criança cujo sangue divino estava bloqueado?

Acho que não.

Então, como e por que Emily se tornou filha adotiva de Elburton?

Não tinha como saber qual sangue de Jervain ela herdou.

— Ela é minha filha?

Sem chance.

Emily tinha doze anos e Callius vinte e seis, então precisaria ter um filho quando tinha apenas quatorze…

— Bem…

Se estamos falando do Callius, não é impossível.

‘Eu nunca planejei algo assim.’

Não importa o quanto eu pense, não tem resposta.

Por que Bernard está cuidando dessa criança?

Foi então que…

Kkiiiig.

— Você está acordado?

A porta se abriu e um homem com cabelos grisalhos cortados e frágeis entrou.

Um Paladino com um físico que desmentia sua idade.

Era Bernard.

— Sim.

Não fiquei muito surpreso porque já sabia que era ele.

Se eu expandisse meu senso de aura um pouco mais, poderia até sentir a presença de muitos Cavaleiros, posicionados perto desta cabana na montanha.

— Por quanto tempo fiquei inconsciente?

— Cerca de quatro dias.

Isso significa que o momento já passou?

Eu demorei muito.

Em quatro dias, os orcs já devem ter chegado ao castelo.

Não tenho tempo para ficar assim.

Levantei-me cuidadosamente da cama, pegando a armadura de couro e o equipamento bem organizados nas proximidades.

— Você não acabou de acordar? Não tem pressa, então descanse agora.

— Não tenho tempo pra isso. Minhas feridas já estão cicatrizando e, acima de tudo, tem momento para descansar?

Bernard calou a boca com minhas palavras.

Um suspiro profundo saiu dele, cheio de angústia.

— Qual é a situação atual?

— Não sei os detalhes, mas eu sei que os orcs chegaram ao castelo.

— Eles começaram?

— Não, ainda não.

Parecia que a guerra ainda não tinha começado corretamente.

Graças a Deus.

Ainda não era tarde demais.

Temos que sair agora mesmo.

— Callius.

— O quê?

Depois de responder levemente a Bernard, amarrei Loas e Lucen à minha cintura. Toda vez que me movia, minhas feridas latejavam, mas era tolerável.

O poder da água benta ainda permanecia dentro de mim, e lentamente me curaria, mesmo que eu me movesse.

Cheok.

Callius, usando o Manto do Crepúsculo, olhou para Bernard e depois para a forma adormecida da Emily.

A expressão de Bernard era incomum.

— O que está acontecendo? Você parece nervoso e urgente demais.

— É assim que você fala…

Resmungando sobre como Callius era um bastardo podre, Bernard olhou para Emily e perguntou baixinho.

— Esta guerra será mais feroz do que você pensa e será um campo de batalha que ninguém certamente pode sobreviver. Claro, haverá muitos momentos em que sua vida estará em risco, e o mesmo vale para mim também.

O que esse velho está balbuciando?

Eu me agachei, cruzei os braços e ouvi silenciosamente o que Bernard tinha a dizer.

— Então, você fica aqui.

— E por que isso?

— Eu vi você lutando contra o Grande Guerreiro. Achei que você estava aperfeiçoando algo estranho, mas não esperava que fosse a esgrima de Stella.

— Então… isso não deveria ser uma razão para eu participar ainda mais da guerra?

— Não, é por isso que você não deve mais entrar neste campo de batalha.

— Qual é o problema?

— Eu não sei como você aprendeu a Espada de Onda da Flor Prateada, mas desde que possa dominar essa espada… Então você não é mais um simples peregrino, nem a ovelha negra dos Jervain.

Resumindo, Bernard me disse:

— Callius. Vá para a Igreja. Vá e mostre sua espada a eles.

Para divulgar a arte da Espada de Onda da Flor Prateada.

— Você não sofreu porque foi expulso da família durante esse tempo? Houve muitas vezes em que quase morreu. Mesmo agora, você voltou do precipício da morte. Você não precisa sofrer assim.

— Hum

Eu sabia o que Bernard queria dizer.

Você não tem que passar por nenhum problema.

Não tem necessidade de arriscar sua vida.

Apenas ensinando e divulgando a esgrima, Carpe e Valtherus podem se tornar mais fortes.

Isso era verdade, mas…

Com isso, a Igreja reconhecerá Callius e Carpe, assim como os Jervain também o reconhecerão.

‘Está falando sério?’

Os olhos de Bernard estavam sérios.

Ele estava sendo sincero e disse essas palavras apenas pensando em mim.

Mas o que você sabe?

Ele não fazia ideia.

‘Qual meu propósito?’

Quais são os riscos de fazer isso?

— Eu me recuso.

Não vale a pena ouvi-lo mais.

— O motivo?

Tenho muitos.

Animais. Seres mágicos. Império. Pagãos. Krasion. Demônios. Há inúmeros perigos no meu caminho.

Para sobreviver a essas coisas, tenho que aumentar meu próprio poder.

Você não pode conseguir nada se apenas se esconder sob a saia da Igreja ou do Estado.

Mesmo que consiga, é temporário.

No Caminho do Peregrino, a única maneira de Callius sobreviver era pegar uma espada.

O único caminho.

— Eu sou…

Bernard esperou pacientemente pela minha resposta.

Pensando no que dizer, finalmente falei o óbvio.

— Eu sou um Peregrino.

Um peregrino em busca da espada até o fim da vida.

Sim.

Antes de ser um nobre.

Antes mesmo de ser um discípulo de Bernard.

Eu era um peregrino…

— Tudo bem então. É isso, não é?

Bernard sorriu amargamente, desculpando-se como se tivesse cometido um erro.

— Esqueça. Esqueci que você era um Peregrino por um tempo. Sim, o dever de um Peregrino é encontrar sua espada…

Sua amada espada.

Ele acariciou o cabo de Rakan e sorriu.

— Então, onde está sua espada?

◈◈◈◈◈

『Roda de Fatalite.』

  • Número de orcs mortos: 172
  • Número de bestas mortas: 86
  • Número de pessoas salvas: 41
  • ???

<Recompensa> [A] -???

◈◈◈◈◈

Respondendo à pergunta dele…

Levantei uma sobrancelha e respondi.

— Onde mais? Está na roda.

A roda que estava sempre girando na minha peregrinação.

Minha espada estará no fim da trilha.


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